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História Perdoe minha inocência - Olhos de cobra


Escrita por: noitepensante

Capítulo 7 - Olhos de cobra


4 de Março, 1892

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JOSEPH


À porta da Mansão Phamtohive uma borboleta pousou em meu ombro.

A borboleta azul que pousou sobre meu ombro me fez ter uma pequena reminiscência de um dia ensolarado que eu não vivi. É possível sentir saudade de experiências não vividas? Todo esse saudosismo é pérfido e tolo; mesmo assim, ainda consigo sentí-lo magoado no iminente fenecimento desta borboleta. Cá estou eu mais uma vez divagando sobre bobagens.

Um tempo atrás a Rainha Vitória deu uma confraternização em seu palácio, vários nobres e intelectuais apareceram. A pequena senhorita não conseguiu escapar de comparecer a festa de sua própria mãe, então tive de vestí-la com o traje que a situação pedia. Apesar de toda a loucura, era a primeira princesa da Inglaterra. Particularmente a achava a mais garrida das senhoritas. O vestido feito sob medida não falhou em cair perfeitamente em seu corpo esguio. Estava belíssima com o segundo modelo do vestido. Lady Daisy me pediu para que cortasse a parte superior, pelo menos um pouco. Desse modo seus ombros e boa parte da região compreendida acima dos seios ficaria exposta. A minha senhorita era tão ousada. Pediu-me para acompanhá-la por aquela noite.

Seu noivo havia vindo. Percebi o quão ansioso estava para lhe oferecer uma dança. Nós tínhamos nos juntado à mesa dos barões, os quase rejeitados pela nobreza. Dessa maneira a Lady não precisaria se forçar a interagir com as demais pessoas.

"Queres dançar, Daisy?"

A Princesa assentiu fracamente e cruzou o seu braço no de Charles, os dois seguiram para o meio do salão. Lady Daisy quase nunca recusava um convite vindo dele, tinha medo de magoá-lo. Já era o bastante ser judiado por ter uma noiva louca, então sempre tentava agradá-lo, mesmo que não agradasse a si mesma. Ela virou a cabeça para trás e me lançou um olhar implorando por ajuda. Precisava de alguma desculpa para tomá-la de volta. Talvez dissesse que um duque a chamava. De qualquer maneira, precisava ajudá-la. Mas um senhor idoso começou a falar comigo. Tagarelava sobre quão belas borboletas havia visto no caminho para cá.

"O senhor sabe o significado da cor de cada borboleta?"

O velho Barão me disse que as borboletas azuis fazem referência à metamorfose da vida humana. Às transformações que todos os seres humanos passam. Os anos de alguém parecem mesmo insignificantes aos nossos olhos, contudo optamos por esquecer tudo o que aquela pessoa passou até chegar a idade atual. Se nós mesmos passamos por dificuldades hodiernamente, imagine quantas alguém mais velho já deve ter enfrentado. Mudanças no seu humor, mudanças físicas, mudanças psicológicas, mudanças metafísicas. Todos passam por estas coisas. Ele falou que a borboleta azul significava sorte. As informações que consegui com o Barão não consegui esquecer. A Princesa acabou por dançar duas músicas inteiras antes que eu me levantasse da cadeira.

Um homem que aparentava ter a mesma idade que eu abriu a porta. Sebastian Michaelis. Um sorriso dissimulado tomou seus lábios ao me olhar com os olhos isentos de brilho algum.

- Eu não havia batido ainda.

- Por acaso estava no segundo andar quando o senhor caminhar até a porta. Tomei liberdade de vir abrí-la. Não queria deixá-lo esperando.

- Não precisas usar tanta formalidade. Somos iguais. Sou mordomo da Princesa - expliquei. A face dele continuou a mesma enquanto abria a porta totalmente. Pediu-me que entrasse e foi o que fiz.

- Desejas que eu chame sua madame?

- Se não te incomodares.

- Nem um pouco. Estamos aqui para servir, não é mesmo? - Ele me guiou até uma sala com um piano e me pediu para aguardar um pouco enquanto iria trazê-la. Nos olhamos um pouco. Não desejaria ter de falar com ele, porém preciso aguentá-lo. Uma tortura psicológica faz bem de vez em quando. Faz você refletir sobre a sua vida.

- Então, Joseph, como vais?

- Um pouco infeliz.

- É uma pena. Há tantas maravilhas para se ver nesse mundo.

- Certamente.

Nossa conversa não poderia ser mais falsa que isso. Sebastian era um bom ator, mas dava para notar que seu tom de voz simpático era forçado. Estava usando uma máscara, e admito que lhe caía muito bem. Provavelmente ele já sabe sobre mim. Se o seu mestre é tão perfeccionista quanto a minha, então já devia ter investigado tudo a meu respeito também, chegando a informação crucial de que sou da mesma espécie sobrenatural que o mordomo de preto. É possível que Sebastian não tirará os olhos de mim enquanto me hospedar na Mansão. Mas tudo bem, eu aceito isso, afinal, não é como eu fizesse muito diferente dele. Meus olhos estarão pregados em sua sombra e onde quer que ela se mova. Sei mais do que qualquer um que não se deve confiar em demônios.

Quase abracei a minha senhorita quando ela veio. Abriu um grande sorriso e estendeu a mão para eu beijá-la, o que fiz com a devida elegância de alguém reconhecido pela família real, curvando-me como se recebesse uma benção.

- Eu senti tua falta - ela confessa em um tom cúmplice para mim, com seus olhos sempre me fitando como se fosse uma peça a se decifrar.

- Princesa, a senhorita não faz ideia do quanto eu compartilho esse sentimento.

- É mais provável que você não o faça. Afinal, humanos são mais sensíveis do que demônios, não é mesmo?

- A princesa claramente duvida de minha integridade. Eu não deveria me ofender por isso, já que, eu mesmo foi quem disse para não acreditar em demônios - tomo a sua mão e a sento na poltrona de veludo vermelho sangue mais próxima -, contudo eu digo que pude me sentir magoado. Queria que entendesse que, para a senhorita, não existem mentiras saindo de meus lábios. Não sou permitido e não quero mentir para a senhorita.

Ela se desenconstou do apoio macio e pôs sua coluna mais à frente, sem piscar, com os olhos fixos em mim. Sempre com aquele meio sorriso nos lábios tingidos de carmesim.

- Eu confio em ti. Cegamente. Totalmente.

A forma como a madame me encara  me fez me sentir vivo. Quase pude imaginar um coração normal pulsando forte e rápido, como se quisesse quebrar as costelas. Sentir-se apaixonado é uma benção imerecida de alguma divindade desconhecida.

- Agradeço por isso.

- Tu estás bastante sorridente hoje, Joseph. Estás alegre? - Nem tinha percebido o tamanho de meu sorriso que já exibia todos os dentes por seu voto de confiança. - Aliás, demônios se alegram?

- A senhorita precisa então me definir o que é alegria.

Ela se encosta no apoio novamente, cruzando as pernas e braços. Levanta seus olhos enquanto permanece poucos segundos pensando.

- Alegria é o que você sente ao se deliciar com sua comida favorita, ou estar perto de pessoas que você gosta, ou fazer algo que goste. Esse tipo de coisa.

- Alegria me parece um pouco triste.

- Como pode parecer?

- Porque a alegria da qual a senhorita me explicou é algo efêmero. É como se alguém estivesse uma vida em plena desgraça e então surgisse um momento bom em que ficasse alegre, então esse pequeno instante de euforia iria fazer com que ela esquecesse previamente toda a miséria que estava passando. - Noto que captei sua atenção quando ela segura o queixo com mão, completamente entretida em minha oratória. - A alegria seria então o próprio panis et circenses. Seria apenas uma ilusão que as pessoas se deixam entrar para não dizerem que sua vida é uma perda de tempo.

Aproximo-me de sua poltrona.

- Se é isso então o que é alegria, então quero rejeitá-la com força. - E era verdade. - Mas não consigo. Mesmo sendo demônio, mesmo apesar disso eu me sinto alegre em alguns momentos. - A maioria deles é quando estou junto a ti. - Então a partir disso, é um miserável quem espera por momentos alegres que o façam esquecer de sua situação ruim. Faças tua própria alegria, cries tua própria ilusão.

- Então tu achas também que ninguém vive uma vida totalmente boa e alegre.

- Oh, muitos vivem uma vida boa e alegre, mas isto quem define são os outros. A tua vida nunca irá parecer boa o bastante para ti. Sempre irás almejar por mais. Mas uma vida também não poderá ser isso, porque se alguém é alegre todo o tempo...

- Então não é alegre de fato.

E, como sempre, ela me entendia perfeitamente.

- Exatamente. A alegria é algo ocasional, não sentimos todo tempo. Então ninguém é capaz de ficar alegre todo tempo, apenas tenta se convencer disso, ou a suspeita mais provável e mais miserável: convencer os outros de que está.

- Deixemos então de besteiras - ela anunciou após a conclusão de meu pensamento. - Quero te relatar o que está acontecendo nessa mansão.

- E o que estaria acontecendo mais do que a senhorita me contou nas cartas?

- Nas cartas sinto que não consegui descrever realmente o que está acontecendo. Há muito sentimento que não conseguimos encorpar em letras em uma folha de papel, Joseph. E nossas cartas sempre foram sucintas e supérfluas, mas tu já sabes o porquê. Desde que Lady Sullivan se foi, a única companhia que me restou foi o Conde, além de seus serviçais. Nossas horas juntas se estenderam de uma maneira que eu não pude prever.

- Onde queres chegar com isso?

- Aparentemente Ciel e eu estamos nos apaixonando um pelo outro.


X-X


CIEL


- Ele é de fato o mordomo da Lady Victoria. Alto, loiro e definitivamente inglês.

- Mas tu me disseste que ele era um demônio.

- E não menti. O que ocorre é que esse demônio é quase tão habilidoso quanto eu.

- Então ele é melhor que tu?

- Jovem mestre, acho que o senhor não prestou atenção em minha fala.

- Não importa - declarei. - Disseste que os dois estão na sala de visitas, não é? - Sebastian confirmou com um aceno de cabeça. Em um gesto de impaciência acabo por ajeitar minha gravata pela terceira vez desde que esse demônio veio avisar sobre a vinda do outro. - Achas que devo ir lá cumprimentá-lo?

- Mesmo que seja um mordomo da família real, ele é apenas um mordomo. Não penso que um conde como o senhor deva se dar o trabalho de se dispor a falar com um mordomo. Se o encontrar, cumprimente-o; senão, não se preocupe com algo assim.

- Mas Daisy comentou várias vezes que o atribui um enorme afeto e valor.

- Então considera Joseph importante?

- Pensei que fosse óbvio.

Talvez tenha soado bastante arrogante, pois Sebastian comprimiu levemente os lábios após um suspiro. Desculpo-me em tom baixo. Em breve farei dezessete  anos, não posso me dar o luxo de me portar como uma criança mimada que era. Com dezessete anos é quando se recebe o título nobre de fato. Embora a rainha Victoria tenha me permitido tomá-lo mais cedo aos treze, esta será a hora em que os demais nobres me respeitarão como semelhante.

Sebastian me tranquilizou com seu sorriso satisfeito.

- Jovem mestre, o senhor só considera Joseph Blatter um ser digno de atenção porque ele é alvo dos afetos da senhorita que está apaixonado.

- Exatamente. Espere. O quê?!

- Pensei que já tinha lhe caído a máscara - ele se aproximou da mesa enquanto falava. - Está claro para qualquer um que o senhor está se afeiçoando àquela senhorita.

Esse desgraçado.

- Eu não estou - replico. - Só aconteceu de Daisy e eu nos tornamos mais um pouco íntimos. Não nego que estou me afeiçoando a ela, mas é isso que acontece durante as relações humanas. Quanto mais alguém conversa e vê uma pessoa, mais se adapta a ela. - Mesmo com a minha explicação, noto que Sebastian não está nada convencido. - Daisy ainda continua sendo uma garota estranha demais para mim.

E começo a ficar nervoso. Não iria conseguir enganá-lo; Sebastian sempre estará a dois passos à minha frente. Levanto-me da cadeira de supetão. Viro-me para me ver ao reflexo quase invisível da janela, ajustando pela quarta vez a gravata azul. Acabo por a bagunçar ainda mais, no fim, desatando o laço.

- Tenho quase certeza de que ela é esquizofrênica. Você não acha também? - Continuo, usando qualquer argumento que for plausível. - Não posso ter alguém como ela ao meu lado, não acha? - Estava pedindo demais por sua opinião. - Coitado de Gray. Deve ser alvo de chacota entre os outros, não acha?

Sebastian tocou em meu ombro, pedindo silenciosamente para parar de falar asneiras.

- Se eu não me engano, o senhor costumava odiá-la quando a Lady chegou aqui, não era?

- Está sim. - Ufa. - Eu não suportava olhar para a cara dela. Sentia raiva instantâneamente. Mesmo que não me sinta mais assim, não tem como ir do ódio para o amor tão rápido, não é?

- Dizem que o amor que nasce do ódio é o mais forte de todos.

- Mas eu não a amo.

Viro-me para encará-lo de novo.

- Entendo que queira me convencer disso. - Ele abre a terceira gaveta da mesa e de lá tira o porta retrato que estava virado. - Mas como pode fazer isso se guarda um porta retrato com uma foto dela em sua escrivaninha?

Lá estava a foto que Sullivan tirou escondida e me deu. Daisy segurando em suas mãos ela própria. Uma pequena e murcha margarida que um dia fora tão bela quanto a própria mulher¹. Eu sou realmente estúpido em pensar que meu mordomo não descobriria. Mesmo após anos de convivência, ainda tinha a audácia de subestimá-lo. Bruscamente, tomo-lhe o porta retrato.

- Aconselho-o para parar de tentar fazer um jogo psicológico comigo. Não irá funcionar, Jovem Mestre. - Eu guardo novamente o porta retrato assim que Sebastian se afasta da gaveta e se dirige à saída. - E tenho certeza de que o senhor não se importaria em ser alvo de chacota se isso significasse estar ao lado daquela senhorita desvairada.

Eu o repreenderia por falar tais coisas de Daisy, mas o demônio foi mais ligeiro fazendo uma reverência antes de fechar a porta e me deixar sozinho com um segredo revelado de uma foto coberta de cores azuis.


X-X


MEIRIN


Não importa a idade, os relacionamentos se iniciam com uma simples trocas de olhares. A partir daí as coisas mudam de casal para casal. E foi simplesmente assim que aconteceu comigo. Um simples olhar demorado fez com que me perdesse na tranquilidade de seu ser e me deixasse a mercê de suas futuras ações. No momento em que o olhei já soube o que aconteceria. Creio que só os mais ingênuos e tolos não percebem.

Em minha idade já me contentei em viver o restante dos anos somente servindo ao Jovem Mestre. Não sentia vontade de me unir a mais ninguém. Há um certo momento na sua vida em que achas que não resta mais nada inovador e se acostuma com às vicissitudes. A mesma coisa se aplica na área dos romances e namoros.

Porém mesmo quando pensei que me acomodaria nessa apática existência, meus olhos demoraram mais do que o necessário nele. Nossas conversas demoraram mais do que o necessário comum. E seus olhos demoraram mais do que o necessário em mim.

Mormente, disse a mim mesma que não deveria me envolver. Não teria como funcionar. E como se fosse uma piada, parece que esse meu alerta só serviu para nós aproximarmos mais do que necessário. Só serviu para me apaixonar mais do que um dia poderia me apaixonar por qualquer outro.

Se meu afeto é sentido na mesma intensidade por ambos isso deixou de importar nos primeiros beijos que trocamos. Há outras emoções além da casto amor que o ser humano consegue sentir a se relacionar com quem sente atração.

Quando fito seus olhos esperando os meus pela manhã fico pensando se seria capaz de viver sem um dia poder conhecê-lo. Juro para meu orgulho próprio que sim; com certeza. Mas enquanto admiro seus olhos de cobra, não resta dúvidas em minha mente que não.


X-X


CIEL


Passeando pelo jardim em esperança a encontrá-la sempre a paisano por essa área. Quantos mais árvores houverem, mais fácil a chance de encontrá-la observando a maioria das coisas que deixava de perceber antes dela chegar. Comecei até mesmo a imitar seu jeito de comprimir os lábios quando não tem uma contra-argumentação. Suas manias estavam sendo passadas à mim. Ainda não decidi se era algo bom ou ruim.

A realidade é que, embora Daisy esteja fazendo meus dias não passarem em branco, o brilho de seus olhos azuis ora me fazem o homem mais feliz de todos, ora me entristecem. É assim que alguém se sente ao apaixonar-se profundamente por outra pessoa. É um contentamento descontente.

Deveria apagar isso de meu coração. Deveria mesmo. Simplesmente um futuro saudável em que nós dois estejamos unidos não consegue me vir à cabeça. E, acredites, meu amigo, já imaginei tantos.

Parei para olhar a Mansão pela parte de trás. Era estonteantemente grande. Há alguns anos atrás, sempre quando a via, batia-me um saudosismo dos tempos em que estava junto de meus pais. Parecia que meu peito era atingido por uma flecha em chamas. Porém parei de me permitir sentir algo tão primário como saudade dos mortos. Não era algo que valia a pena. Não é com lágrimas nos olhos que os mortos querem lhe ver ao lembrar deles.

- Ciel!

Daisy de uma janela térrea gritou meu nome. Aproximo-me desta rapidamente enquanto ela me esperava com os olhos.

- Senhorita?

- Creio que tu já estejas sabendo sobre Joseph.

- De fato. Sebastian me avisou no momento em que ele chegou.

- Não duvido - murmurou. - Gostaria que tu o conhecesse. Qualquer horário que tu estejas livre servirá, não tenhas pressa.

- O que há contigo? Usualmente tu me obrigarias a conhecê-lo. Ele esteve te ensinando lições de etiqueta enquanto chegou?

Ela sorriu, servindo para me lembrar de quão bela era.

- Gosto de ficar menos mimada quando estou na presença de Joseph.

- Para ele pensar que eres uma senhorita formosa?

- Algo parecido - ela olhou para dentro por um segundo, depois retornou a atenção. - Após o almoço te servirias?

- Sim, seria perfeito.

- Ótimo. Encontro-te à mesa.

E sem esperar uma resposta, a jovem Lady me deu as costas e correu. Consegui ver que o seu mordomo estava mais ao fundo no cômodo, com um livro em sua mão. Ela deu-lhe o braço e os ambos saíram pela porta  entreaberta.

E quando dei por mim havia minutos que a princesa havia me deixado e ainda estava paralisado no mesmo lugar; e estava a sorrir por motivo nenhum.

- Jovem Mestre.

Sebastian apareceu ao meu lado. Agitei os braços por puro reflexo e logo me perguntou o que fazia aqui.

- Não é da tua conta - foi o que lhe respondi.

O mordomo já ignorava minhas respostas ácidas havia éons.

- Jovem Mestre, acabei de receber uma carta de Elizabeth.



Notas Finais


¹Daisy: Margarida.

Sei, até eu sentia raiva de mim por demorar tanto. Desculpe por demorar tanto. Os estudos estão me deixando louca. Irei boicotar o Enem.


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