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História Perfect For Us:: Taejikook - ABO - Twenty-two


Escrita por: Nhstylinson

Notas do Autor


Esse capítulo contém gatilhos, caso não se sinta bem lendo, recomendo que pule.

Boa leitura ♡

Capítulo 23 - Twenty-two


O final de semana havia chegado, e com ele, um Jimin ultra animado. Finalmente poderia ir até a casa de Yoongi para poder conversar sobre o desfile. Hoseok havia lhe dito por mensagem que o local estava reservado, tinha até mesmo a data e hora, tudo o que Jimin precisava fazer agora era conversar com Yoongi. 


Se despediu de Chung e correu para a entrada da casa do beta lúpus, que não demorou a atendê-lo e deixá-lo entrar. 


— Ainda é meio cedo, Jimin — Yoongi suspirou, deitando-se na cama e o mais novo deitou-se ao seu lado. 


— Você vai fazer o seu desfile! — Jimin exclamou animado, e rapidamente Yoongi o olhou.


— Como é a história? 


— Já tenho um local e uma data. E não temos tanto tempo, precisamos ser rápidos! — Jimin sentou-se, pensativo.


— Eu ainda tô tentando processar, pimentinha. Como? — Yoongi também se sentou, confuso. 


— Não importa como, só importa que você vai sim fazer o seu desfile — Jimin bateu palminhas. — Taehyung, Jungkook e eu iremos fazer um book, Namjoon hyung e Seokjin também irão. Irei postar nas minhas redes sociais e você vai ver, será um grande sucesso! 


— Jimin, quanto tempo? — Yoon indagou, sério.


— Um… mês? — Jimin respondeu baixinho, temendo a reação do outro. 


— Um mês?! Você quer que eu planeje a porra do meu desfile em um mês, Jimin? Tá com merda na cabeça, garoto? — Yoongi se levantou, passando a andar para lá e pra cá em seu quarto, nervoso. 


— Você não vai planejar. Só vai criar as roupas e nos ajudar com o book de fotos; não precisa se preocupar com o resto!


— Como não? — Yoongi passou a mão pelo rosto, aflito. 


— Ora, conheço alguém que está cuidando de tudo isso. Não se preocupe.


— Quem? — Yoongi semicerrou os olhos para o ômega, desconfiado. 


— Você não conhece. — Jimin deu de ombros. — Mas e então, quer me mostrar algumas peças? 


Yoongi riu, ainda desacreditado, e pulou em cima de Jimin, abraçando-o com força. 


— Obrigado, pimentinha, obrigado! — Yoongi o apertou ainda mais em seus braços, fazendo-o rir. 


— Tudo pelo melhor amigo do mundo todinho! 


O ômega foi embora duas horas depois, aproveitou que estava sozinho em casa para varrer o chão e passar pano. Tudo bem que ele pesquisou tutorial no YouTube, mas o que importa é que no fim, ele havia conseguido. 


Adentrou a cozinha para pegar um cacho de uvas na geladeira, estava com fome depois de fazer todo aquele esforço. Até mesmo o ninho havia limpado. 


No entanto, após comer algumas uvas, sentiu aquela vontade que fingia não sentir há bastante tempo. Largou o que restava do cachos de uva em cima da mesa e correu para o banheiro, se ajoelhando em frente ao vaso sanitário. 


Pôs para fora tudo o que havia ingerido quando forçou dois dedos na garganta. Jimin se sentia fraco, perdido. Logo as lágrimas cobriram seus olhos, descendo pelas bochechas. Ele se sentia um doente. Um merda. Sabia que ainda não estava bem, que a bulimia ainda existia dentro de si. 


Durante todo aquele tempo o ômega tentava fingir que estava melhor, não queria desapontar seus alfas, não queria desapontar ninguém. Sabia que precisava de tratamento. Sabia que o caminho seria longo. Jimin sabia. Ele, mais do que ninguém, queria se ajudar e ser ajudado. 


Jimin estava decepcionado consigo mesmo. Havia até mesmo contado os dias em que conseguiu resistir a vontade de vomitar. E agora… tudo tinha ido por água abaixo.


— Parabéns, Jimin — O ômega sussurrou, sentando-se no chão gelado do banheiro e limpando a boca com as costas de sua mão em seguida. 


Jimin levantou minutos depois e se olhou no espelho da pia. Não viu ali o Jimin de dezenove anos, mas sim o de quinze, o Jimin que havia sentido pela primeira vez a pressão psicológica para se manter magro, dentro daquele padrão doentio. 


— Jimin, filho, você está bem? Meu amor, falta pouco para o desfile, seu pai está estressado. 


— Já vou, mãe — Jimin se pôs a escovar os dentes, querendo que aquele gosto ruim em sua boca tivesse um fim.


— Está nervoso? — Sua mãe sorriu para ele assim que saiu do banheiro. 


— Um pouco. É o meu primeiro desfile, tenho medo de desapontar. 


— Você não vai, querido. Aposto que será ótimo! — Arrumou a franja do filho, orgulhosa. 


— Mãe, eu estou gordo? — Jimin perguntou, inseguro.


— Claro que não, meu amor. Quem te disse isso? — Franziu o cenho.


— Papai — suspirou. — Acho que ele me acha feio. 


— Ele está errado. Você é perfeito do jeito que é. 


Jimin fechou os olhos com força, a dor da lembrança vindo a tona. Quando abriu seus olhos, enxergou o Jimin de dezesseis anos na sua frente. 


— Já falei pra você emagrecer, garoto! Viu a vergonha que me fez passar? Todo mundo reparou que você engordou dois quilos! Trate de emagrecer; e logo! 


— Eu não queria… — Jimin resmungou baixinho, encolhendo-se. 


— Eu vi você comendo aquele pedaço de bolo! Como não iria engordar? Você tem que ser um exemplo! — Chin refutou, furioso.


— Me desculpa, pai… 


— Estamos na agência, à partir de hoje quero que me chame de Senhor Chin; e trate a sua mãe da mesma forma! Estamos sendo muito moles com você, moleque. Talvez assim você aprenda a se manter na linha. 


— Por que? — Jimin chorou, confuso. — Por que tá fazendo isso? 


— Para o seu próprio bem! E seque já essas lágrimas! — Chin saiu apressadamente do banheiro, deixando seu filho ali sozinho. 


— Você ouviu o senhor Chin, Jimin, precisa ficar na linha! — Jimin disse para seu reflexo no espelho. 


Andou até uma das cabines e entrou, trancando a porta em seguida. De joelhos, se forçou a pôr tudo para fora, não se importando com a queimação em sua garganta, nem com o quão dolorida ela estava ficando. 


Tudo aquilo era necessário para permanecer magro. 


Jimin fechou os olhos novamente, balançando a cabeça para tentar se livrar daquelas memórias doloridas. Quando os abriu, encontrou o Jimin de dezessete. 


— Está pronto? O desfile já vai começar. — Chin falou ao entrar no camarim, encarando Jimin. 


— Estou. — Há poucos minutos ele havia vomitado de modo forçado, ele não estava bem. Sua garganta doía como nunca.


— Agora, Park Jimin, entrando com um look sofisticado para essa época do ano! — A voz do apresentador se fez presente. 


Jimin suspirou e entrou, sério, sem olhar para nada e nem ninguém, apenas mantendo seu olhar para a frente. 


No entanto, ao fazer a volta, sentiu pontadas fortes em seu estômago. Sua pressão caiu, fazendo-o perder a força, e ele foi ao chão.


Ouvia vozes, mas nada conseguia falar, sentiu seu corpo sendo levado para algum lugar. Tentou manter seus olhos abertos, mas pouco depois apagou de vez, esgotado. 


Acordou já no hospital, com o médico explicando tudo para sua mãe, que chorava com a culpa que lhe atingia. 


— Ele precisa de tratamento. Bulimia é uma doença grave e ele poderia estar bem pior. Seu estômago está machucado por todas as vezes em que ele forçou o vômito. A garganta não está diferente, há bastante feridas, está inflamada. Ele precisa de cuidados. 


Jimin fechou os olhos, permitindo-se chorar copiosamente, sentia-se culpado. Tomou um longo banho e deu descarga na privada. Foi até o ninho e por lá se trancou, atordoado. 


— E se eu falhar de novo? — Jimin perguntou para o ar, chorando copiosamente. — E se eu não conseguir sair nunca dessa merda? 


Chorou um pouco mais. 


— Eu só queria ser bom o bastante. — sussurrou em meio ao choro. 


Sem pensar no que estava fazendo, o ômega passou a se arranhar, sentindo que merecia aquilo, que merecia ser castigado. 


Seu estômago doía, sua garganta ardia, e agora sua pele sofria as consequências de uma dor interna. 


Jimin sentia-se quebrado. Sem conserto. 


[...] 


Jungkook sentiu a dor e o desespero de seu ômega através da marca. Preocupado e meio desesperado, saiu do meio da festa em que trabalhava e correu até o ponto táxi mais próximo, não demorou a entrar em um carro e ir o mais rápido possível para casa, despedindo-se e pagando o motorista antes de descer. 


Na entrada, encontrou um Taehyung nervoso, tentando abrir a porta com sua chave. O lúpus também havia sentido. 


— Deixe-me abrir isso. — Jungkook pediu, pegando a chave e abrindo a porta nos instantes seguintes. 


— Você sentiu, não é? — Taehyung indagou ao entrar em casa, fechando a porta. 


Jungkook assentiu, olhando para o lúpus com os olhos marejados, preocupado com o ômega. 


— Bebê — Jungkook passou a chamá-lo, correndo pela casa com seu coração a mil. 


Os alfas o procuraram por todos os cômodos antes de irem para o último que restava. O ninho. 


— Petit… — Taehyung chamou ao se aproximar da porta. 


— Eu quero ficar sozinho. — Jimin se limitou a dizer, baixinho, olhando para a porta fechada. 


— Deixa a gente entrar, Jiminie, por favor. — Jungkook suplicou ao tentar abrir e perceber que estava trancada. 


Jimin nada disse, esperando que os alfas respeitassem a sua vontade. 


— Sabemos que não está bem, meu anjo, deixa a gente te ajudar, por favor — Taehyung pediu, tentando manter a calma. 


Jimin sentiu seu coração se apertar, não conseguiria encarar seus alfas agora, nem ninguém. Apenas precisava ficar sozinho. 


— Bebê, eu vou ficar aqui com você, tá? Mesmo que não abra a porta. Só saiba que não está sozinho. — Jungkook falou baixinho, sentando-se no chão enquanto um nó se formava em sua garganta. 


De nada adiantou. A porta continuou trancada. 


Jimin chorava baixinho enquanto se culpava por tudo mentalmente. Taehyung e Jungkook tentavam conversar e até levavam comida. Quando se passou mais de um dia, e apenas uma vez, Jimin abriu a porta quando os alfas tiveram que sair por um instante. Não sentia fome, não sentia nada além da culpa que corroía seu corpo por inteiro. 


Bebeu água e tomou banho, e então, novamente se trancou. E assim ficou por três dias. Jungkook e Taehyung já não sabiam mais o que fazer. Estavam preocupados e sequer conseguiam dormir durante a noite. 


— Vim o mais rápido que pude — Yoongi disse ao chegar na casa do melhor amigo, encarando Taehyung e Jungkook. 


— A gente não sabe mais o que fazer, Yoongi, ele está muito mal. — Jungkook contou, sua voz embargada pelo choro, suas olheiras eram evidentes de quem não dormia há dias. 


— Alguém sabe o que aconteceu? — Yoongi passou a mão no cabelo, nervoso. — Ele parecia estar bem quando foi na minha casa. 


E esse era o ponto. Jimin não estava bem. Ele havia melhorado, sim, mas isso não mudou o fato de que todo santo dia passava por uma luta interna; onde estava completamente sozinho, lutando contra os traumas que havia em si, tentando não se deixar levar a toda pressão psicológica que passou durante anos para permanecer magro. Jimin teve uma recaída. E isso foi o suficiente para o ômega passar a se odiar novamente, mais do que nunca. 


— Ele não abre a porta para nós — Taehyung suspirou, exausto. — Talvez você consiga falar com ele. 


Yoongi assentiu. 


— Esperem aqui — pediu, e os alfas concordaram. 


O beta foi em direção ao ninho e bateu na porta sem muita força, soltando um suspiro.


— Minie, sou eu, seu melhor amigo… — começou a falar, calmo. — Eu tô aqui, sei que estive ausente durante anos e eu sinto muito, mas agora estou aqui de novo e não vou a lugar nenhum até conseguir falar com você. 


O coração de Jimin doeu. Não aguentava mais todo aquele isolamento e sabia que seus alfas também não. E agora tinha Yoongi ali, chamando por ele. 


— Eu sei que você não está bem, pimentinha. Então me deixa ficar com você. Não precisa falar nada se não quiser, só não me afasta. Não agora que nossa amizade retornou. Eu me sinto tão mal por não ter te ajudado antes, por favor, não me impeça de te ajudar agora. Tá todo mundo preocupado, meu amor. Seus alfas, seus amigos, sua mãe. 


Jimin se levantou, ainda incerto, e caminhou em direção a porta, sentindo seu corpo fraco. Não havia ingerido praticamente nada, doía em todo lugar. 


— Jimin, abra a porta. Seja o que for, iremos resolver juntos, tá? Iremos dar um jeito. Caralho, pimentinha, me deixa te abraçar um pouco. 


Jimin chorou, encostando a testa na porta, enquanto sua destra segurava a maçaneta. 


— Chimmy, deixa o hyung te ajudar… Antes que a gente caia no soco por toda a preocupação que tá me fazendo sentir. 


Jimin destrancou a porta, soluçando alto quando abriu e seu corpo rapidamente foi abraçado pelo beta, mantendo-o em pé, enquanto suas pernas estavam fracas o suficiente para não se sustentarem sozinhas.


— E-Eu sinto m-muito, Yoongie — Jimin sussurrou enquanto chorava no peito do outro, sentindo o beta lhe abraçar ainda mais forte. 


— Quer me contar o que aconteceu? — Yoongi indagou enquanto afagava suas costas, sem deixar de o abraçar forte. 


— Você vai me odiar! — Jimin exclamou em meio ao choro.


— Não vou, Jiminie, acredite em mim. 


— Eu… Eu vomitei. — Sabia que era o bastante para Yoongi entender. 


— Ok. Vai ficar tudo bem. — Yoongi sussurrou, afastando o ômega para que ele olhasse em seus olhos, suas mãos agora na cintura de Jimin, o segurando.


— E se eu não conseguir nunca? 


— É claro que vai, pimentinha, você é o ômega mais forte que eu conheço! 


Jimin fungou, negando com a cabeça. 


— Eu decepcionei os alfas, decepcionei todo mundo. — Jimin encarou o chão, cabisbaixo, sem nunca parar de chorar. 


— Você não decepcionou ninguém, ômega, olhe para mim — Yoongi pediu.


Jimin levantou a cabeça, olhando o beta nos olhos. 


— Eu sei que está difícil e sei que pensa que é o fim de tudo, mas não é, você vai conseguir sair dessa, porque você é o ômega mais forte que eu conheço. Você é muito importante pra mim! Você não está sozinho nessa, estamos juntos! 


— Ela continua aqui, Yoon, ela não foi embora, ainda faz parte de mim. E é tão difícil lutar contra ela, tão difícil… — chorou, sendo abraçado novamente. 


— Eu sei — Yoongi sussurrou. — Mas vamos vencê-la, tenha certeza disso, ok? 


— Ok — Jimin concordou, tentando conter seu choro. 


— Obrigado por ter aberto a porta, sabe, tem dois alfas na sala quase morrendo de preocupação, garoto, achei que fossem ter um infarte. — Tentou amenizar o clima, o que fez Jimin sorrir pequeno. 


— Eles devem me odiar… — Seus lábios formaram um biquinho.


— Nem em outra vida, eles são doidinhos por você. Doidinhos, doidinhos. — Yoon riu, dando beijinhos nas bochechas do ômega. 


— Pode chamá-los aqui? — Jimin pediu baixinho e Yoongi confirmou, ajudando o ômega a se sentar nas almofadas.


— Se eu voltar e essa porta estiver trancada eu juro que arrombo! 


Jimin assentiu, sabendo que seu melhor amigo não estava mentindo. 


Um latido foi ouvido e logo Yeontan estava em cima do corpo do ômega, o cheirando inteiro, num intuito de fazer carinho. Sentia falta dele. 


— Oi, anjinho — Jimin sussurrou, acariciando e sorrindo levemente. 


— Ele sentiu sua falta, sabia? — Ouviu a voz do alfa não lúpus e levantou a cabeça no mesmo instante, olhando-o nos olhos. 


Jungkook tinha a expressão cansada, mas ainda assim havia um sorriso em seus lábios, um brilho no olhar direcionado ao ômega. 


Taehyung não estava diferente. Seus cabelos estavam um pouquinho bagunçados, e isso deixava-o fofo. 


Jimin engoliu em seco e se levantou, jogando-se nos braços deles, abraçando-os pelo pescoço. Não demorou para que o abraço fosse retribuído. 


— Eu sinto tanto… — Jimin lamentou em meio ao choro, sentindo o abraço ser ainda mais intensificado. 


— Está tudo bem, bebê, já passou — Jungkook suspirou contra o corpo dele, estava tão preocupado e com tanta saudade. 


— Estamos com você, petit, você não está sozinho. — Taehyung se afastou um pouco, chamando com gestos os seus dois homens para se sentarem, e assim fizeram. 


Jimin estava no colo de Jungkook, com as pernas por cima das de Taehyung. 


— Quer nos contar o que aconteceu, meu amor? — Jungkook enxugou uma lágrima da bochecha de Jimin, enquanto o olhava de modo sereno. 


— Yoon não contou? — fungou, passando o braço por seu nariz. 


— Não, bebê. Ele sabia que isso teria que vir de você. 


Jimin respirou fundo, assentindo. Estava tentando tomar coragem para o que iria dizer.


— Vocês sabem que eu tenho bulimia. — Começou, e seus alfas assentiram. — Eu sinto que ela está ganhando… 


Jungkook o abraçou pela cintura, notando a palidez do ômega. O que já era de se esperar, visto que naqueles dias ele mal comeu alguma coisa. 


— Eu sei que a minha bulimia foi causada por toda a pressão psicológica que eu senti para ficar dentro do padrão — Jimin fungou, sem coragem de olhar seus alfas nos olhos. — E sei também, que quando me afastei daquele meio tóxico que era as agências de meu pai, eu melhorei e a vontade de vomitar reduziu. Mas ela não sumiu, alfas, ela continua aqui — Jimin chorou, sentido com tudo aquilo. — Sempre que eu como sinto vontade de pôr pra fora, e eu juro que fiz todo o possível para evitar, eu juro! — levantou o olhar para os alfas, que o olhavam compreensivos. 


— A gente sabe, bebê… 


— E eu não consegui lutar contra isso no sábado passado, por mais que eu tenha tentado! — Yeontan, que ainda estava ali, subiu no colo do ômega, como se sentisse a sua dor e ali deitou, choramingando baixinho. — Eu sinto muito, sinto muito por ser uma decepção, eu não queria… — Jimin soluçou, sendo amparado na mesma hora. 


— Hey, petit, você não nos decepcionou, minha vida. Nós sabemos que você tem uma luta interna diariamente e vemos o quanto você se esforça. Você é o nosso maior orgulho, anjo. — Taehyung secou as lágrimas do ômega com as palmas de sua mão.


Jimin olhou para o alfa, seu narizinho estava vermelho pelo choro e seus olhos não estavam muito diferentes. 


— Nós amamos você, bebê, e estamos nessa luta juntos! Se houver recaídas, não nos deixe afastados, por favor, não há do que se envergonhar! Você é o ômega mais incrível que nós conhecemos e eu sei que você irá passar por tudo isso. — Jungkook falou, segurando na mão pequena do ômega. 


— Até mesmo Yeontan está nessa luta com você, petit — Taehyung sorriu, afagando o cachorro no colo do ômega. O que fez Jimin sorrir, mesmo que minimamente. 


— Eu fiquei com tanta vergonha, com tanta raiva de mim, que eu só quis me trancar, poupar vocês de toda essa confusão que eu carrego comigo. — Suspirou, mordendo seu lábio inferior. 


— Bebê, você tem as nossas marcas, assim como temos a sua, o que significa que estamos juntos para o que der e vier. Não só nos momentos de alegria, como nos de tristeza também. Não importa as dificuldades que tenhamos que passar, o que realmente importa é que estaremos juntos, ajudando o outro. É assim que tem que ser, e é assim que será. Tudo bem, nenê? 


Jimin assentiu rapidamente, soltando lágrimas de felicidade, seu peito cheio de amor. Abraçou novamente os alfas, agradecido por tê-los, eles eram o seu porto seguro. 


Os alfas perceberam os arranhões em sua pele, e suspiraram quase que ao mesmo tempo ao entenderem. Por hora, resolveram não tocar no assunto, pois sabiam que o ômega havia feito aquilo por se sentir culpado por não achar ser merecedor de tudo de bom que estava acontecendo em sua volta. 


Mas Jimin merecia tudo do bom e do melhor, ele era sim, merecedor de coisas extraordinárias, e os alfas fariam de tudo para que isso se realizasse. 


— Agora vamos, precisamos te levar ao hospital para uma checagem rápida, ok? Iremos marcar o início de seu tratamento, e lembre-se: nós estaremos juntos. — Taehyung falou, apertando as bochechas gordinhas de seu ômega, que assentiu.


— Tudo bem. 


Saíram do ninho e Jungkook levou Jimin ao banheiro para o ajudar a tomar um banho rápido. Taehyung foi para a sala e encontrou não só Yoongi, como Hyeri também. 


— Eu soube do Jimin, precisei vir vê-lo, espero que não se importe. — Se levantou, encarando o alfa. 


— É bem vinda aqui, não se preocupe — Taehyung sorriu, fazendo-a sorrir junto. — Ele está no banho, iremos levá-lo ao hospital. Mas pode conversar com ele um pouquinho antes, caso queira. 


— Tudo bem, obrigada. Irei junto com vocês.


— Eu também vou. — Yoongi disse, recebendo um concordar de cabeça de Taehyung. 


Minutos depois, Jimin e Jungkook apareceram na sala, o alfa tinha Yeontan em seus braços. 


— Vamos levar o Yeontan pro Seokjin hyung daqui a pouco, ele não vai mais querer deixar a gente pegar nosso cachorro de volta, juro por tudo. Ele é super apegado nesse bebê. — Jungkook beijou a cabeça de Yeontan, rindo baixinho. 


— Yeontan é o nosso filho, Jungkookie, Seok não é nem doido de tentar tirar ele de nós — Jimin sorriu levemente. 


— Oi, filho, fiquei preocupada — Hyeri disse, indo até o ômega e o abraçando em seguida. 


— Me desculpe, mãe — murmurou, retribuindo o abraço. 


— Está tudo bem! — Hyeri sorriu, ainda sem o soltar. — Eu amo você mais do que tudo nesse mundo. E sempre, sempre poderá contar com a sua mãe. 




Notas Finais


Até o próximo ♡


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