História Perfect Sin - Seventeen

        Lauren pareceu ficar pensativa e tive medo da reação dela.

        —Como tem a Sofi, acho melhor vocês duas dormirem lá na minha casa. – Falou sorridente. – Eu busco vocês e amanhã podemos acordar mais cedo e deixo vocês se arrumarem.

        —Não vamos tirar a privacidade da Taylor? – Perguntei receosa.

        —Ela adora vocês, fora que ela vai adorar ter a companhia de Sofi, elas se dão super bem.

        —Vou avisar minha mãe. – Lauren abriu um sorriso enorme, de orelha a orelha.

        —Você a chamou de mãe. – Deu um abraço apertado por trás de mim. – Você e Sofi dormem comigo na minha cama.

        —Vou precisar arrumar um pijama. – Sorri sem graça.

        —Por quê? – Perguntou curiosa.

        —Eu já te falei que dormimos apenas de calcinha, menos no orfanato. – Respondi e ela sorriu de uma forma diferente das outras vezes.

        —Eu não me importo de que você durma como queira. Às vezes eu mesma durmo assim quando está muito calor.

        —Vamos com calma, já combinamos isso. – Repreendi e ela levantou as mãos como forma de rendição. – Acho que hoje de noite vai fazer frio.

        —Vou levar roupa de frio então. – O sinal tocou e nos levantamos.

        —Vamos logo. – Caminhamos juntas e de mãos dadas até a sala. Sentamos e ficamos esperamos as meninas. – A professora desse horário faltou. – Lauren disse me olhando. – Estou louca para te beijar.

        —Lauren Michelle, estamos na escola. – Fiquei envergonhada e Dinah nos olhava. – Dinah está nos olhando.

        —Deixa ela. – Lauren ignorou. – Vamos ao banheiro?

        —Não estou apertada, pode ir. – Abri meu caderno.

        —Não sei se amo sua inocência ou se ela atrapalha. – Ela revirou os olhos. – Vamos para lá porque podemos ficar juntas.

        —Você fazia isso com a Lucy? – Perguntei e a encarei.

        —Sim, mas não fica com raiva.

        —Não estou. Eu só não gosto de lembrar que você ficou com ela. – Olhei em direção para Lucy, que nos olhava com raiva.

        —Fiquei, coisa do passado. Agora eu fico e ficarei com você, presente e futuro. – Sorri ao saber que ela me quer no futuro. – Se você não quiser, eu entendo perfeitamente.

        —Nunca pensei em beijar alguém no banheiro do colégio. – Ri com a ideia. – Quero aprender tudo com você.

        —Isso é um sim? – Perguntou ansiosa e assenti. – Eu vou primeiro e depois você vem.

        —Onde fica o banheiro? – Perguntei.

        — Segue o corredor e vira à esquerda, é a segunda porta o banheiro feminino e a primeira porta é o banheiro masculino. – Assenti e ela saiu.

        —Mila? – Normani me chamou e a olhei. – Já vai se pegar com a Laur no banheiro?

        —E-eu... – Não consegui responder e só abaixei minha cabeça.

        —Ninguém vai te julgar, mas é melhor ir logo. – Mani disse e levantei.

        Segui o caminho que Lauren havia explicado e entrei. Lauren me esperava e me puxou para dentro de uma cabine, trancando-a em seguida.

        —Eu quero te agarrar toda hora. – Lauren sussurrou enquanto encarava minha boca. – Sua boca carnuda, quero ela toda hora na minha, ter seu corpo junto ao meu e quero sempre estar contigo.

        —Pensei que não fosse romântica. – Brinquei e ela riu.

        —Eu sou, só quando quero. – Lauren respondeu e se aproximou.

        Abri minha boca ao sentir seus lábios pressionando os meus e sua língua pediu passagem, cedi rapidamente. Nossas línguas se encontravam, pareciam dançar uma música lenta. Suas mãos estavam na minha cintura, fazendo um carinho por cima da minha blusa enquanto eu fazia um carinho em seu cabelo.

        Lauren me deu um selinho demorado, sorrindo e logo em seguida se afastando, mas ainda assim continuávamos perto uma da outra.

        —Eu gostaria de poder passar o dia te beijando. – Ela disse sorrindo.

        —Se dependesse de você, passaríamos o dia todo fazendo outra coisa. – Revirei os olhos.

        —Realmente, mas quero que isso aconteça quando você estiver pronta e que seja marcante para quando se lembrar, lembre que foi algo bom. – Explicou e sorri de ouvi-la falar assim.

        —Lauren, eu tenho certeza que irei me lembrar como algo bom, vai ter você e vai ser com você. – Ela que sorriu, me fazendo roubar um selinho de seus lábios.

        —Vem cá, quero você. – Me puxou pela cintura e seus lábios foram de encontro com os meus novamente.

        Dessa vez o beijo foi mais intenso, mais rápido. Lauren parecia estar desesperada, como se necessitasse desse beijo para sobreviver, e eu apenas acompanhava. Senti suas mãos, que estavam em minha cintura, descerem para minha bunda, me fazendo dar um pulo e parar o beijo.

        —Camila, o que houve? – Perguntou me olhando preocupada.

        —Sua mão. – Falei envergonhada olhando para baixo. – Estava na minha bunda.

        —Eu esqueci desse detalhe. – Levantou meu queixo, fazendo olhá-la. – Me desculpa. – Assenti. – É normal ter mão boba, tipo, pegar na bunda, até nos seios. – Explicou.

        —Isso não quer dizer que vamos transar, né!? – Perguntei com certo medo da resposta.

        —Não significa que faremos sexo, é só para deixar o beijo mais quente.

        —Acho que gostei. – Falei envergonhada com esse assunto.

        —Me dá outro beijo. – Me olhou com uma cara de pidona. – Estou viciada em tudo que está relacionado a você.

        —Besame mucho. – Sussurrei em seu ouvido.

        —Cuidado latina, esse seu sotaque espanhol acaba com toda minha estrutura. Não me controlo desse jeito. – Lauren falou manhosa e soltei uma risadinha baixa.

        —Controle-se Jauregui. – Ela me encarou. – Se nos pegarem aqui, pode dar problema e é só meu primeiro dia de aula.

        —Eu assumo a culpa se nos pegarem, eu te arrastei para cá. – Deu de ombros. – Acho que você está certa, é melhor voltarmos.

        —Seu cabelo está bagunçado. – Saímos da cabine e ela foi direto para o espelho.

        —Foi você quem fez isso. – Rimos. – Mas eu gosto dele bagunçado. – Ajeitou de qualquer jeito. – Vamos. – Segurou minha mão e voltamos para a sala.

        —Foi uma rapidinha. – Dinah disse assim que atravessamos a porta. – Jauregay está cada vez mais rápida.

        —Dinah, toma jeito. – Ally resmungou. – Deixa as duas se pegarem e não enche o saco das coitadas.

        —Você está precisando ir logo para a cama com Troy. – Dinah disse e a baixinha encarou-a furiosa.

        —Só depois do casamento. – Ally respondeu e arregalei os olhos.

        —Ela é religiosa e segue o que mandam, menos na parte de bebidas alcóolicas. – Lauren me explicou baixinho. – Ela e Troy são da mesma Igreja, então eles querem fazer só depois do casamente. É mais pela baixinha do que por ele. Coitado.

        —Estou pensando em aderir isso. – Cochichei para ela, que me olhou assustada e parecia desesperada. – Estou brincando, boba. – Ri da sua reação.

        —Nunca mais faça isso. – Abraçou-me. – Me assustou e pensei que ficaria sem sexo por um bom tempo.

        —Você vai ficar, só quando me sentir pronta e sem pressão. Você disse que vai me respeitar.