História Peripécias de Kawasumi e Borusara PAUSADA - Não se mete onde não foi chamada bsa

Eram 13:42 quando Sarada chegou à residência Uzumaki, Boruto tinha combinado com ela de se encontrarem para treinarem juntos com Sasuke naquela tarde, Sarada queria buscá-lo para eles começarem a se aquecer um pouco antes do horário combinado com o Uchiha. Era o terceiro dia em que Kawaki e Boruto estavam sozinhos na casa, pois Hinata, Himawari e Naruto haviam viajado, eles retornariam na manhã do dia seguinte. Hinata havia deixado porções organizadas, separadas e etiquetadas de carnes, vegetais, arroz e leguminosas, pré-prontas para que os meninos as preparassem para cada refeição, ela advertira veementemente para que Kawaki e Boruto se alimentassem corretamente e nos horários certos conforme ela tinha deixado em uma planilha anexada na geladeira. Naqueles dias eles não teriam missões fora da cidade e estariam sozinhos tomando conta da casa, Hinata também deixara outra planilha com os afazeres domésticos básicos para a manutenção da casa naquele período. Bem, os dois adolescentes não eram lá tão bagunceiros, mas dizer que estavam organizando a casa como Hinata tinha pedido era pura ilusão. Pra começar, estavam com os horários todos errados, os dois não tinham hora para acordar, como estavam de folga e sem supervisão de adultos, trocavam a dia pelo noite, Boruto ficava no vídeo game, já Kawaki, que não conseguia competir com a habilidade do irmão adotivo nesse quesito, não gastava muito tempo nesses jogos, então preferia ir para a cozinha e experimentar alguma receita de doce que tinha encontrado num caderno de Kushina, a matriarca Uzumaki tinha preferências bem mais calóricas que a nora Hyuga, a qual optava por pratos mais saudáveis. Boruto implicava com o irmão por ter se tornado uma "verdadeira formiga", mas não reclamava quando comia bom bocados das receitas que Kawaki fazia. Na hora de lavar a louça havia certa intriga e acabava sobrando para Kawaki, já que ele que tinha inventado de cozinhar "fora do roteiro da mamãe" como argumentava Boruto, mas este, por sua vez, fugia desse roteiro todo dia quando preferira comer um hambúrguer do delivery no jantar e ainda contava vantagem por não sujar nenhuma louça. Sarada sabia que os dois estavam sozinhos há três dias e no fundo quis ir pessoalmente buscar Boruto, para dar uma sondada na casa e saber se os dois não tinham "botado fogo em nada." Ela tocou a campainha três vezes, com intervalo de quase um minuto entre as vezes. Ninguém apareceu para recebê-la, a garota de cabelo negros já estava irritada, imaginando que Kawaki estava dormindo até àquela hora e que Boruto talvez tivesse saído, ela sabia que o sono de um era pesado e do outro, bem, ele não era tão dorminhoco. Resolveu sentar no batente da porta de entrada e esperar mais um pouco. Tudo bem, ela tinha vindo mais de uma hora mais cedo que o combinado, Boruto não demoraria a aparecer caso tivesse saído, pensou.

_Sarada, é você! _Kawaki abriu a porta atrás da garota depois de cinco minutos de espera, o garoto estava de cabelos molhados e com uma cara de puro mau humor.

Sarada se levantou rapidamente e ficou de frente à porta encarando Kawaki.

_Ah, então você tá acordado!

Kawaki estalou a língua:

_É, a não ser que eu tomasse banho sonâmbulo. O Boruto não tá, como você já percebeu. Volta outra hora, que eu tenho mais o que fazer.

Sarada franziu o cenho:

_Credo, mas a sua grosseira tá atacada hoje, não vai nem oferecer pra eu entrar pra esperar ele chegar? Eu combinei com o Boruto às três, não demora para ele voltar, aonde ele foi afinal?

Kawaki deu de ombros, deixou a porta aberta e se virou caminhando pelo corredor enquanto falava e se afastava da entrada:

_Pra gente intrometida igual você nem convite a gente faz, você vai entrar de qualquer jeito, mas eu não vou ficar fazendo sala.

Sarada bufou e cerrou os punhos sem dizer nada, entrou no vestíbulo e tirou os sapatos. Kawaki ia subir as escadas, mas parou de repente, ao mesmo tempo EM que Sarada tinha fechado a porta e se voltado para o corredor. Os dois falaram simultaneamente:

_Que cheiro é esse?!_Sarada indagou.

_Meu almoço!_Kawaki exclamou correndo na direção da cozinha.

Sarada também correu até a cozinha e viu Kawaki tirando uma forma com um rocambole de carne esfumaçado.

Kawaki disse enquanto colocava a bandeja em cima do balcão:

_Droga, o timer não desligou o forno!

Sarada se aproximou abanando o ar cheio de fumaça preta:

_Sério? Não foi você que esqueceu de ligar?

Kawaki esbravejou:

_Eu liguei essa desgraça de timer sim!

Sarada torceu a boca:

_E só por isso você esqueceu da vida? A gente tem sempre que ficar de olho quando tem coisa no forno, hein.

Kawaki retrucou já num tom de frustação:

_Era pra essa bosta ter funcionado, eu não tenho culpa. Será que dá pra salvar?

Sarada soltou o ar pela boca e analisou a comida enegrecida na bandeja:

_Difícil, essa crosta de queimado deve tá grossa... mas deixa eu ver_ Sarada abriu a terceira gaveta do armário da pia e pegou uma faca grande. Kawaki arqueou a sobrancelha esquerda observando como a garota tinha pegado a faca mais afiada da casa que Hinata usava só para cortar peixe.

_O que você pensa que tá fazendo?_ Kawaki indagou Sarada antes que ela chegasse mais perto da bandeja com a carne queimada.

Sarada:

_Ué, eu vou cortar a crosta pra ver se o miolo da carne ainda dá pra comer.

Kawaki:

_Pois usa outra faca, você vai estragar essa daí.

Sarada ficou surpresa e observou a faca que segurava, deu um suspiro percebendo que Kawaki tinha razão. Então guardou a faca de volta onde tinha pegado e pegou outra que estava na mesma gaveta. Kawaki a observava fazendo uma careta:

_Vai usar faca de cortar pão?

Sarada:

_Sim, essa não estraga porque é serrilhada, é só fazer o movimento certo.

Kawaki:

_Eu acho melhor usar o descascador de batatas, pra tirar camadas finas._ ele disse enquanto pegava o descascador que estava no escorredor de louças, que, por sinal, estava lotado.

Sarada:

_Não, vai levar uma eternidade pra tirar a crosta se for assim, com a faca dá mais certo.

Sarada empunhando a faca em sua mão direita se enfiou na frente de Kawaki tomando pose do acesso à bandeja com o rocambole queimado, pegou um garfo que estava no escorredor de louça e espetou a carne com ele para firmá-la enquanto começava a fatiar a camada externa. Kawaki observava a cena por cima do ombro de Sarada já contrariado desde que a garota tinha tomado à iniciativa de "salvar o almoço dele".

Kawaki:

_Ei, pode parar, você tá desperdiçando carne boa.

Sarada:

_Claro que não, eu tinha era que ter cortado mais fundo.

Kawaki se aproximou mais de Sarada e segurou o braço direito dela por trás:

_Larga disso, deixa que eu faço.

Sarada libertou abruptamente o braço da agarrada de Kawaki e retrucou brava:

_Não encosta em mim!

Ela virou o corpo o encarando enquanto segurava a faca de maneira ameaçadora, Kawaki deu um passo para trás e tentou disfarçar o receio que teve com essa atitude da morena. "Eita, ela vai tentar me matar agora?" ele pensou automaticamente, ficando com o corpo tenso. Retrucou com um tom feroz:

_Você não tinha que se meter onde não foi chamada! 

Não percam o próximo capítulo, outros personagens vão entrar em cena.