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História Peripécias do destino - Uma chance


Escrita por: AndreiaPaz

Notas do Autor


Olá!
Sim, eu disse que postaria ontem, porém a internet caiu antes de eu terminar de escrever o capítulo, tinha terminado às 22:25, mas... Sorry

Capítulo 15 - Uma chance


 

■■■

          America caminhava de um lado para o outro treinando sua postura enquanto Lucy e Michele a corrigiam. Sra. Singer fiscalizava a aula a longa distância por intermédio de um tablet, essa imagem me pareceu bem familiar, mas não sei explicar onde posso ter visto antes.

          A aula durou horas e sua alteza real agiu como se a noite de ontem jamais tivesse existido. Sua expressão ao ser corrigida é impagável, as bochechas chegam a ficarem vermelhas de raiva, provavelmente por não ver nenhum fundamento no exercício.

          Finjo não a notar assim como ela fez. Folheios as planilhas que acabei de imprimir disfarçando. Eu deveria me sentir culpado por estar feliz com o fato dela ter terminado o namoro, porém não é bem culpa ou remorso que estou sentindo.

           America é interessante demais para ser ignorada, é linda, embora não de uma forma extravagante, possui feições delicadas que contrastam bastante com o seu pavio curto. Os saltos tilintam indo para lá e para cá desconcentrando-me, sair da sala não adiantaria muito, seu rosto me acompanharia por todos os cômodos.

           Não imaginei que fosse me sentir atraído por alguém tão explosiva, nem que fosse achar pretextos para justificar isso. Mas aqui estou eu, na Itália, quase como assessor, e agindo como um completo idiota, tudo por culpa de uma certa dama de cabelos ruivos.

— Entediada?

Pergunto horas depois vendo America debruçar-se sobre a janela aproveitando uma aragem de sol.

— É, pode se dizer que sim. Aquele rei insuportável bem que poderia responder logo. Para que tanto suspense?

 Ela reclama prendendo os cabelos em um coque malfeito.

 — Vingue-se depois que assumir o trono.

— Não me dê ideias.

 Diz com um sorrisinho maquiavélico.

 — O que está te preocupando?

— Tudo. Ainda não aprendi a lidar com a fama, sabe? — Responde sorrindo envergonhada.

          Passei um bom tempo pensando em uma forma de chamar a atenção de certa ruivinha, por fim pensei em algo que talvez funcione. Se ele a fez chorar é porque não se importa, não?

■■■

 

         Livros, datas e acontecimentos, além de ter que memorizar tanta informação ainda tenho que ser “graciosa”, de fato não nasci para ser princesa, rainha muito menos. Penso nisso enquanto escrevo um resumo sobre a filosofia contemporânea. O que eu tenho a ver com isso? Acho que nada, mas minha mãe me mandou fazer e enviar para ela então...

— Estás muito ocupada, alteza?

Ethan pergunta assim que termino de enviar o tediante resumo.

— Não. Por que?

— Quer sair daqui por alguns minutos?

Ele sussurra tão baixa que eu mal pude ouvir.

— Óbvio.

           Ele não me contou com fez para driblar a segurança, e não questionei no momento, estar fora do hotel é uma dádiva boa demais para ser desperdiçada.

— O que vossa alteza quer fazer? — Pergunta.

— Caminhar, esqueci de trazer a minha bolsa.

— Tenho ideias melhores.

Ele diz tirando uma câmara fotográfica da mochila assim que nos afastamos do hotel.

— Para que isso?

Pergunto enquanto ele se diverte tirando fotos minhas e fazendo perguntas aleatórias como se eu fosse alguma celebridade.

— Estou te ajudando a se acostumar com a fama.

— Chato! — Protesto.

— Gostou da surpresa?

           Ethan pergunta depois de passamos um bom tempo percorrendo as ruas dentro de um táxi. Tínhamos chegado a um dos pontos turísticos mais famosos  da capital italiana: Fontana di Trevi.

             No estilo barroco, é parte da fachada do Palazzo Poli, esculturas feitas em mármore e em outros materiais cujos nomes eu não saberia citar, é uma fonte belíssima e cercada de mistérios.

— Incrível como isso sobreviveu à guerra.

Respondo me sentando perto da água corrente, por algum motivo hoje a praça estava quase deserta.

— É, dá certa esperança, não?

— Sim.

            Ethan se senta ao meu lado. Achei que fosse enlouquecer com minhas novas obrigações, entretanto, ele estava ali para me ajudar, como tem feito já há um bom tempo. Não sei se é por causa do local ou alguma outra coisa aleatória, mas sinto-me estranhamente ligada a ele.

— Trouxe você aqui para relaxar um pouco, tens passado tempo demais presa.

            Ele comenta. Acho que não saberia expressar o quanto gostei do gesto, e o quanto estou grata por ele estar aqui comigo, ainda que me irrite, é uma das pessoas que mais tem me ajudado. Tem sido muito gentil.

— Sim, obrigada. Respirar ar levemente puro na superfície é melhor do que ficar dentro de um bunker.

Comento. Ele ri.

— “Levemente puro”. — Repete se divertindo. — Tá, talvez ainda tenha alguma radiação, mas também não é para tanto, não estamos nas zonas vermelhas.

— Foi por pouco. O mundo ainda não conseguiu se levantar dos escombros. — Comento apoiando minha cabeça em seu ombro. Essa foi a melhor surpresa que poderia ter me feito.

— Mas vai. Illéa terá uma rainha excepcional.

          Ele sussurra colocando o braço em torno de mim, permito o atrevimento. Resolvo admitir para mim mesma que a dor em meu peito tem diminuído consideravelmente e Ethan é o maior responsável por isso.

 — Exagerado. — Murmuro.

— America, quero te perguntar uma coisa, e quero que você seja sincera em sua resposta.

Ethan diz depois de alguns proveitosos segundos de silêncio.

— Pergunte. — Permito fixando meu olhar no dele. Pude ver as mesmas dúvidas em seus olhos. “Por que isso está acontecendo? Por que tão rápido? Por que assim? O que eu faço? ”

— Há alguma chance, ainda que mínima, de nós dois formamos um nós?

            Penso por alguns instantes antes de responder. Pensei no fora que levei, pensei nos últimos dias, no quanto ele tem sido atencioso comigo, no fim concluí que não seria algo impossível me apaixonar por ele...

— Sim, há.

Ethan acaricia meus cabelos delicadamente. Passado um minuto ele retira duas moedinhas do bolso.

— Dizem que quem joga uma moeda nessa fonte volta à Roma. Você jogaria? —                    Diz me estendendo uma das moedas. Dou-lhe um beijo na bochecha e atiro a moeda que ele me deu na fonte, ele sorri e atira a moedinha restante.

           Seus lábios tocam os meus devagar, um beijo tímido e sem pressa, mas repleto de palavras não ditas. Pingos de chuva começam a cair.

— Hora de voltar. — Fala me estendo a mão.

— Ficaram ótimas! — Ethan comenta me mostrando as fotos que tinha mandado revelar.

— Ficaram péssimas! — Reclamo da minha cara de susto nas fotos. — Jogue fora.

— Nem pensar. — Responde guardando as fotos de volta no envelope e me dando um abraço.

— Divulga essas porcarias para você ver se eu não te mato. — Ameaço.

— Vou ficar milionário com isso. — Ri me dando um beijinho no alto da cabeça.

— Ethan?

— Oi?

— O quanto você gosta de mim? — Testo olhando para ele.

— Prefiro mostrar.

Responde me dando o mais terno dos beijos...

 


Notas Finais


Gostaram?
No próximo teremos mais ação ;)
E logo descobriremos o paradeiro de um desaparecido aí...
Quanto tempo vai demorar até o Maxon recuperar a memória? E será que os sentimentos deles serão fortes o suficiente para eles permanecerem juntos depois da verdade ser revelada?
Façam suas apostas ;)


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