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História Peripécias do destino - Pedido


Escrita por: AndreiaPaz

Notas do Autor


Oiiii, era quinta, né? não deu, sorry...
Mas, voltei!

Capítulo 20 - Pedido


 

■■■

         Ethan e eu caminhamos sem pressa, eu havia dito a meus pais que tinha novidades, claro que ninguém está com ânimos para festas ou mesmo banquetes, mas era algo que eu queria dizer de uma vez a eles. Achei que meu coração fosse se fechar completamente depois de tudo o que sofri por Aspen, porém, Ethan conseguiu passar por uma pequena brecha no último instante.

         Ele passou a fazer meus dias mais felizes, e eu não tenho muitas palavras para descrever o quanto isso foi repentino e maravilhoso ao mesmo tempo.

— O que foi? — Pergunto ao notar que ele estava um pouco distraído.

         Giro a maçaneta que dava para a sala onde meus pais nos aguardavam. Ethan está estranho desde ontem à noite, como se algo o incomodasse, mas de jeito nenhum queria me dizer o que era esse “algo”.

— Nada. — Responde disfarçando com um sorriso.

         Resolvi insistir só depois, havíamos acabado de entrar na sala e o assunto deveria ser outro.

         Papai larga o jornal que estava lendo assim que entramos, mamãe repousa a xícara de chá sobre a mesa e olha para mim com uma curiosidade evidente, May cobre o rosto com as mãos na tentativa de abafar o riso.

—Achei que realmente seria uma novidade, mas isso já era bem óbvio. — Ela cantarola se retirando da sala. Papai franze o cenho e mamãe fita a xícara.

 — Para alguns é de fato uma novidade.

Meu pai responde fazendo sinal para que nós sentássemos à mesa. Ethan aperta a minha mão com um pouco mais de força, visivelmente nervoso.

— Com licença, Sr. e Sra. Singer. — Ele diz simulando uma falsa autoconfiança enquanto estende a mão para meu pai, em seguida cumprimenta minha mãe. — Eu entendo que o momento é bastante delicado, porém, America e eu gostaríamos de lhes contar uma coisa.

Ele começa assim que fasta uma cadeira para mim e em seguida se senta ao meu lado.

— Prossiga, rapaz. — Papai pede fitando Ethan.

— Sua filha é uma garota incrível, meus sentimentos por ela excedem a barreira da amizade e por algum milagre isso é reciproco. — Ele diz sorrindo ao olhar para mim. — Então... Bem, nós gostaríamos de ter a vossa aprovação antes de assumirmos um compromisso publicamente.

         Ele diz fazendo esforço para não gaguejar, imagino a quantidade de tempo que ele gastou pensando em como falaria isso. Polido, como sempre, eu seria bem mais direta.

— É isso. — Respondo constrangida sentindo minhas bochechas queimarem.

— O que acha disso, Magda? Mandamos nossa filha para o exterior e ela já volta assim? — Papai diz desfazendo sua carranca, sei que ele e Ethan conversaram bastante por telefone, e mesmo que eu saiba que não foi sobre mim, é perceptível que os dois se dão bem da maneira deles.

— America é cheia de surpresas. — Mamãe comenta sorrindo para mascarar seu desconforto, sei que isso não lhe agradou muito, é um obstáculo no meio de seus planos de me casar com o príncipe da Inglaterra.

— Bastante. Bem, você não é mais uma criança e eu prefiro pensar que você sabe o que faz com a sua própria vida, filha. Se é reciproco vocês têm a minha aprovação.

Meu pai fala depois de ponderar a questão por alguns segundos.

— Você sabe a minha opinião, America, mas se é a sua decisão eu irei respeitar. — Diz visivelmente contrariada.

— Agradeço pela... Recepção. — Ethan responde um tanto quanto desconfortável com a situação.

— Sabe, eu não conheço você muito bem, embora tenha gostado das mudanças que fez nas finanças eu quero enfatizar que negócios são negócios e a minha filha não está entre eles. — Papai alerta voltando a ficar sério.

— Eu entendo, senhor.

— Ótimo, para o seu bem-estar eu espero mesmo que tenha entendido. — Ele diz, sorrio de seu drama.

— Quinze ameaças de morte em meia hora, seu pai te adora, Meri.

Ethan comenta enquanto cruzamos o corredor principal. Estava praticamente vazio, muitos estavam na ala hospitalar, outros ainda não conseguiram superar a perda, e todos estão temorosos do que pode acontecer.

— É, pode se dizer que sim. Resolveu desistir? — Provoco quando chegamos na porta do escritório dele.

— Não. Eu vou correr o risco. — Ele fala me puxando para si e me dando um selinho.

— Eu preciso ir, a ala hospitalar está lotada, eu quero ajudar. — Respondo. Quero fazer alguma coisa enquanto não recebo ordens para ajudar a retaliar o ataque, temos apoio, resta meu pai dar a ordem.

— Claro que quer, você é uma médica excelente.

— É para amenizar o fato de eu ser uma péssima princesa. — Brinco.

— Você consegue. Vai lá, nos vemos depois.

Diz me dando um beijo na testa.

— No jantar? — Sugiro ainda animada com o fato dele não ter ciúmes do meu trabalho.

— Pode ser, contarei os segundos.

Responde se despedindo de mim com um último beijo em meus lábios.

         A ala hospitalar estava mais cheia do que antes, alguns vieram de outras bases que sofreram ataques. O cerco está se fechando cada vez mais e não faço ideia do que o meu pai esteja esperando para dar um basta nisso. Falaria com ele assim que terminasse aqui, não há maneiras de se ter diplomacia numa situação caótica dessas.

— Esse lugar está cheio demais, America. — Tyler comenta tão resignado quanto eu por conta dessa demora em acertar as contas.

— É, eu sei. Estão chegando mais. — Comento aplicando um analgésico nele.

— Chega, alteza. Vá tratar dos outros. — Ele diz me expulsando.

— Quer parar de se fazer de forte só porque é médico?! — Protesto.

— Isso é humilhante. — Ele resmunga resignado por precisar ficar deitado enquanto há tantos feridos ao seu redor.

— Eu sei, mas resmungar não adianta. Logo você estará pronto para outra.

— Você consolando alguém é um desastre. — Ele ri.

— Eu sei. — Retribuo o riso enquanto descarto a seringa.

— Me dá outra dose desse, isso dói pra caramba. — Pede sem conseguir mais bancar o forte.

— Isso, seja sincero. Estamos sobrecarregados mas temos remédios.

         Respondo dando-lhe um remédio mais forte, eu sei que ele sabe e não quis mencionar que ele demoraria um bom tempo até poder andar novamente.

— Teve alta?

Pergunto vendo Marlee caminhando rumo à porta ainda com o braço enfaixado.

— Sim. Estou melhor. — Ela responde.

         Deixei Tyler com o ortopedista e fui atender alguns dos novos pacientes, as pessoas ali se animaram um pouco ao me ver ali, ainda que eu não pudesse dar-lhes a resposta que queriam. Quando entrei na UTI quase não acreditei no que estava vendo, esper tanto por esse reencontro que até me cansei, e agora que ele finalmente chegou não consegui processar de imediato, mas ali estava ele...

 


Notas Finais


Gostaram? Quem será? Quem será?
;)


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