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História Permita-se Amar - SuperCorp - 15. Um oceano de ternura


Escrita por: Lundgren

Capítulo 15 - 15. Um oceano de ternura


Tem pessoas que entram nas nossas vidas e precisam apenas de alguns minutos para deixar sua marca. Já outras, permanecem ao nosso lado por anos e, muitas vezes, não nos damos conta do quanto elas são indispensáveis até que um fato novo surge e muda nossa forma de ver e sentir alguém que julgávamos já ser tão familiar.  

É engraçado, mas somos induzidos a pensar que a paixão sempre precede o amor, porém, em alguns casos, os polos se invertem e podemos sentir um querer muito forte por alguém, sem necessariamente enxergá-lo através de um olhar apaixonado.

Lena Luthor levou sete anos para perceber Kara Danvers de uma forma diferente, e não saberia dizer se o sentimento romântico que agora nutria por sua melhor amiga permaneceu adormecido dentro dela durante os anos de convivência. Ela só tinha certeza de uma coisa: era uma experiência única, quase celestial, sentir e poder desfrutar, pela primeira vez, do doce sabor da paixão.

 .::. Semanas depois .::. 

Voltar para Nova Iorque era maravilhoso. Voltar para os braços de sua amada era ainda mais mágico. As duas não se viam há quase uma semana. Lena teve que ir ao Canadá para participar do festival de cinema em Toronto, onde concorreu na categoria de melhor atriz por seu papel no filme “The Devil”, e, mesmo não tendo ganhado, já se sentiu privilegiada por estar entre as concorrentes, todas mulheres talentosas.

Nesse período, Kara ficou em Nova Iorque dirigindo um dos episódios da série feminista "Women", uma produção voltada para o empoderamento feminino dentro e fora das telas. Lena estava ao lado da loira, quando ela atendeu a ligação e lembrava-se claramente do sorriso radiante nos lábios de sua amada ao receber aquele convite. E o que era o sorriso radiante de Kara? Praticamente tão lindo quanto o nascer e o pôr do sol. 

Aliás, Lena acompanhava cada gesto da loira com a mesma atenção que um cão dedica ao seu dono e achava adorável o hábito que Kara tinha de olhar por cima dos óculos, quando estava escrevendo suas peças na máquina de datilografia que a atriz lhe dera de presente anos antes.

Suspirando, Lena estacionou em frente à casa do lago. Aquele era o refúgio delas. Ali, tinham privacidade e ficavam longe dos holofotes e da agitação que sempre acompanhavam a fama.

Ainda conseguiam manter seu relacionamento em segredo, mas sabiam que era apenas uma questão de tempo para que a mídia descobrisse que entre Kara Danvers e Lena Luthor existia algo mais que uma forte amizade. Afinal, mesmo quando a relação era somente fraternal, não faltava quem insinuasse que as duas eram namoradas. E, como isso passou a ser uma realidade, não demoraria para que a verdade viesse à tona.

Mas, por ora, nenhuma delas queria se preocupar com as consequências que o namoro, ainda não assumido, traria para suas vidas. Apenas desejavam viver seu amor escondido em paz, enquanto isso fosse possível.

Já dentro da casa, Lena deixou as malas perto da porta e foi para a suíte. No outro cômodo, ela encontrou Kara debaixo do chuveiro, segurando o shampoo e cantando uma melodia romântica que tocava em seu celular. 

A loira seguiu de olhos fechados, sem saber que agora o “show” tinha uma plateia bem seleta, e Lena continuou se divertindo com a cena adorável que sua namorada protagonizava.

A beleza da escritora era um espetáculo que Lena não cansava de apreciar. O corpo dela  era tão perfeito, tão atrativo… Que fazia a atriz se questionar como conseguiu durante tantos anos ficar indiferente a Kara, ao desejo que um simples arrastar de olhos pela pele  macia de sua namorada lhe despertava. A repulsa ao sexo fazia parte do seu passado e, mesmo que ainda não suportasse ser penetrada, descobrira que fazer amor era muito mais do que isso. 

Depois que voltaram do Havaí, Kara a convenceu a procurar ajuda profissional, mostrando como seria benéfico conversar com um especialista sobre o que ocorrera em seu passado.

E à medida que a terapia avançou, Lena passou a compreender que sempre associava o sexo a um momento degradante, que só lhe trouxera dor e humilhação, além de representar a perda de sua inocência e de seus ideais românticos, fazendo com que a atriz fosse incapaz de ter qualquer impressão positiva e saudável sobre o ato sexual, depois da traumática experiência vivida aos dezoito anos.

Não era de se admirar que ela passou, desde então, a viver em negação, negando não só o amor, mas reprimindo também os impulsos sexuais que sentia. Sabia que ainda não estava totalmente curada, porém, era consciente que não só a terapia, como o amor, a paciência e o carinho de Kara tinham sido fundamentais para que tivesse conseguido chegar até ali, e já fosse capaz de conhecer o desejo sem sentir-se suja ou inadequada.  

Enquanto esses pensamentos cruzavam sua mente, Lena foi se despindo e, ainda contando com a total distração de Kara, entrou no box, abraçando-a por trás, colando seu corpo nu completamente ao da namorada.

No primeiro momento, Kara ficou tensa, assustada com o repentino e inesperado abraço, depois, reconhecendo a forma que se moldava a sua, relaxou e sorriu, desfrutando da sensação de plenitude que somente a presença de Lena era capaz de lhe provocar.

— Senti sua falta, meu amor — Lena sussurrou. 

— Não mais do que eu — Kara deixou o shampoo no porta acessórios do box e girou o corpo devagar.

Quando ficaram cara a cara, a escritora sorriu expansivamente, olhando para o rosto que mais adorava no mundo.

— Sabia que eu te amo mais hoje, do que te amava há sete dias? — Kara declarou, apaixonada.

— Hum... Não é o que parece, você ainda nem me beijou — Lena fez charme, mostrando um adorável bico.

— É por que eu adoro a sensação de te observar por alguns segundos, antes de te beijar — Kara falou e, sem dar espaço para que a namorada se queixasse novamente, inclinou-se selando seus lábios aos carnudos. 

Lena entrelaçou os dedos nos fios molhados, puxando-os delicadamente, deixando sua outra mão deslizar pelas costas da loira, até chegar onde ela queria.

O beijo tornou-se mais profundo e, ao mesmo tempo que as línguas se enroscavam, as duas andavam devagar, saindo do box, tropeçando aqui e acolá, em meio a sorrisos, entrando no quarto, onde caíram sobre a cama, fazendo Lena gemer ao sentir o peso de Kara sobre si.

O contato dos lábios foi interrompido. As duas se entreolharam, sorriram e voltaram a se beijar, enquanto a água escorria pela pele e cabelos, molhando o lençol da cama que dividiam já há algumas semanas.

— Quero sentir o seu amor — Lena murmurou, rouca, interrompendo o contato.

E a escritora estava sempre pronta, ansiosa, para fazer Lena sentir seu amor. Queria mostrar-lhe, mais uma vez, que o sentimento que guardou em silêncio durante anos, era muito mais significativo do que um simples desejo, uma mera atração... Era um sentimento maior, um oceano de ternura.

Kara escorregou pelo corpo da morena, acariciando a pele da amada com seus cabelos. Os lábios macios chegaram ao meio das coxas de Lena, e ela chupou-lhe vagarosamente o clitóris entumecido, provocando na atriz uma sensação deliciosa e extasiante. A língua percorreu com habilidade, os grandes lábios, arrancando-lhe gemidos e aumentando o tesão de Lena.

— Kara — a atriz sussurrou o nome, deixando-o se enrolar em sua língua feito um tablete de chocolate: doce, saboroso e viciante. — Oh, Deus... — a escritora sabia como tocá-la, como acariciá-la, e Lena era consciente da necessidade crescente do seu corpo, da satisfação que sentia em ser tocada daquela forma por Kara.

Mas Kara subitamente parou e Lena se agarrou ao lençol, impulsionando sua cabeça contra os travesseiros, um pouco frustrada.

— Por que você faz isso? — a voz dela saiu rouca, quase irritada.

A escritora não disse nada, apenas subiu beijando a barriga da morena de uma maneira muito carinhosa.

— Kara? — Lena repetiu, levantando a cabeça para encará-la.

— Você é muito apressada — Danvers respondeu, sem fitá-la, esfregando os lábios molhados no mamilo rijo — Eu já lhe disse que você precisa aprender a saborear as preliminares — parou a carícia para enfrentar os olhos verdes que brilhavam intensamente.

Lena sorriu. Como não sorrir, se Kara estava tão adorável com os cabelos desalinhados e os lábios brilhando, molhados, como uma evidência do que estivera fazendo pouco tempo atrás?

— Desculpe, é que eu gosto do que você faz comigo  — confessou, levemente envergonhada. 

Kara também sorriu. Como não sorrir, se Lena ficava ainda mais linda com o rosto ruborizado?

— Você é linda, sabia? — expressou, deslizando a ponta do nariz entre os vale dos seios de Lena, chegando no pescoço cheiroso, onde deixou um beijo delicado, fazendo os pelos da atriz se arrepiarem.

Às mãos de Lena fecharam-se em volta da nuca da loira, puxando-a para um beijo. A língua da escritora penetrou em sua boca, molhada, quente, macia... instigando sua libido e provocando uma onda de desejo no corpo curvilíneo.

— Deus... Como você beija bem — Lena ofegou, a voz hesitante de prazer, quando os lábios se separaram.

Kara apenas sorriu ao ouvir a confidência de sua namorada. Poder tocar aquela pele acetinada, sentir a textura sedosa dos cabelos negros e o sabor embriagante da boca, davam-lhe ainda mais certeza que ela havia nascido para amar Lena Luthor. A necessidade que sentia dela, e só dela, era tão imutável quanto absoluta.

— Lena — sussurrou contra os lábios carnudos e trêmulos. — Meu amor… — voltou a gemer.

As mãos de Kara cobriram os seios fartos e redondos da atriz, pressionando os mamilos e levando Lena a se curvar sobre o colchão, no momento que a loira aprofundou o beijo, provando o sabor doce e delicioso da mulher que estava embaixo dela.

A respiração da escritora acelerou e os músculos de seu corpo enrijeceram, quando se deu conta que Lena correspondia com a mesma intensidade as carícias que ela lhe fazia.Lena estava se entregando a Kara de um modo que misturava rendição e sedução. 

As línguas deslizando, molhadas, uma sobre a outra, os corpos começando a ganhar certo ritmo, provocando o atrito entre as peles úmidas.  

Lena deixou escapar um gemido profundo, extraído do fundo de sua garganta. Seus dedos tremiam ao tocar os músculos das costas de Kara, deslizando até a parte baixa, apertando-a, levando a loira a se curvar e esfregar seu sexo molhado no da morena.

Kara era o seu porto seguro. Por causa dela, Lena reaprendera a acreditar em almas gêmeas e no amor. As fantasias de sua adolescência tornavam-se realidade a cada dia que passava ao lado da mulher que era sua melhor amiga; sua doce namorada; o seu precioso amor.

Lena sentiu o deslizar macio das palmas de Kara pelas suas coxas e o leve toque dos lábios dela contra os seus. A morena mergulhou os dedos na adorável bagunça dos ca­belos loiros e acariciou-lhe a pele macia do pescoço enquanto, com a outra mão, percorria-lhe as costas, fazendo o caminho de volta até as omoplatas fortes.  

Kara arrebatou-lhe uma vez mais a boca num contato ardente e apaixonado. Lena ofegou quando a loira, enfim, arrancou os lábios dos seus. Os pulmões de Kara também pediam por ar. Cada vez que respirava, sorvia a fragrância da pele e dos cabelos da morena, e aquilo a atordoava.

Beijaram-se de novo, bocas úmidas e maleáveis. As línguas brin­cavam e entrelaçavam-se. Os sabores se fundiam, numa mistura inebriante como uma droga.

— Faça amor comigo — Lena pediu, tonta de desejo — Por favor!

Os dedos longos e hábeis de Kara, deslizaram pela carne molhada,  tateando o sexo rosado e palpitante, parando no ponto mais elevado da vulva de Lena, tocando-o devagar numa suave e gostosa carícia. Kara abriu a mão, cobrindo o monte de Vênus e dois dedos escorregaram lentos, lânguidos até a abertura do sexo de Lena.

O corpo da atriz imediatamente ficou tenso.

— Não vou te machucar...— a escritora murmurou, sabendo que estava prestes a dar um grande e definitivo passo — Confie em mim.

Os mamilos de Lena enrijeceram ao ouvir aquela súplica, transformando-se de botões em picos pontiagudos no espaço de segundos. A auréola que os cercava também se modificou; macia como pétala de rosa em um instante, granulada como chocolate a seguir.

Tudo era novo para a atriz, cada carícia, cada reação. O passado não era mais seu  parâmetro. O que Lena Luthor experimentava com Kara, dia após dia, era diferente de tudo o que já vivera.

A atriz estremeceu ao sentir a loira se esgueirar devagar para dentro dela e ficou admirada quando sentiu apenas uma leve dor. Estava surpresa com a intensidade do desejo que crescia e com a reação do seu corpo que, pela primeira vez, abria-se sem pudor e sem reservas, entregando-se espontaneamente a posse completa, querendo mais e mais...

Um gemido de prazer veio-lhe das entranhas quando os dedos entraram ainda mais fundo,  fazendo-a morder o ombro de Kara, cravando os dentes na tez delicada e perfumada da namorada.  

Enquanto os dedos a penetravam, a palma da mão ocupava-se em pressionar o clitóris, fazendo Lena se contrair em espasmos numa resposta involuntária ao contato. Ela desfrutava de uma sensação esquisita e maravilhosa, sentindo seu corpo pulsar, da cabeça aos pés, e de modo ainda mais forte entre as coxas.  

Kara ouvia os gemidos roucos de Lena, e se controlava, tinha medo de machucar o seu amor. Queria apagar, definitivamente, a experiência traumática da mente dela e sabia que precisava ser cuidadosa, por isso ia devagar, pouco a pouco, penetrando-a em suaves arremetidas. E ela vibrou, quando sentiu Lena relaxar, separando mais as coxas, também movendo-se sob o seu corpo, arqueando-se a sua procura, entregando-se totalmente. 

Ouvin­do-a gemer, passou a friccionar-se contra a coxa de Lena, deixando-a consciente de sua própria excitação. A umidade lhe ajudava a deslizar na perna pálida e, ao mesmo tempo que uma mão ocupava-se em dar prazer a Lena, a outra agarrava-se a nuca dela, levando as bocas a se unirem novamente.

— Ah... — gemeram juntas e de maneira abafada pelo beijo, sentindo as pequenas contrações que assinalavam o princípio do orgasmo.

Enquanto os gemidos ecoavam pelo quarto, e o mundo parecia se fragmentar ao redor daquela cama, Kara e Lena tocaram o céu ao mesmo tempo, acreditando que a vida não podia ser mais maravilhosa.



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