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História Pero me acuerdo de ti - Revelação


Escrita por: biafb1903

Notas do Autor


Bia me deixou em tremenda saia justa para escrever esse capítulo (Típico dela me colocar em situações difíceis) Foi difícil escrever isso. :/

- Ary

Capítulo 11 - Revelação


LETY

    Não é novidade que Fernando Mendiola me deixa extasiada em felicidade. Hoje por exemplo, foi pouco, mas o curto tempo que passamos juntos sem trabalhar foi suficiente para encher meu peito de uma alegria maravilhosa. E foi divertido também. Sorri com meu pensamento. Foi uma graça seu jeito desajeitado com a caixa registradora, que malvadamente o deixei usando como se funcionasse.

    Quando ele percebeu que o objeto moderno a qual mexia era apenas decorativo, se emburrou instantaneamente, mas depois de roubar um beijo, fizemos “as pazes” e tudo voltou a sua harmonia. No fim da tarde, caminhamos pelas ruas, como nos velhos tempos, mas dessa vez, mais apaixonados.

    Depois de muito tentar me convencer, o esperei entrar no ônibus – me pareceu que ele tem uma espécie de vergonha, medo que eu o veja assim, mas sinceramente eu não me importo. Parei em um ponto de táxi alí perto, já que hoje tive preguiça de dirigir. Aproveitei que não precisava me concentrar no trânsito e foquei no dia de hoje. Foi maravilhoso, descrevendo de uma forma geral. Sei que é no início - ou no nosso caso, segundo início - tudo é flores, felicidade e love, mas, cultivarei esses momentos ao longo de nossa vida.

    O taxista anunciou o fim do trajeto e eu saí de meus devaneios. É impossível não imaginar uma vida ao lado dele. Paguei pela viagem e abri o grande portão de casa, atravessei o jardim e destravei a tranca da porta entrando.

    - Filha, que bom que chegou

    - Hello mami – Lhe cumprimentei com um beijo e me sentei por alí, na cozinha – O que a senhora está aprontando dessa vez?

    - Pondo em prática uma nova receita – Riu

   - Seja lá o que for, está com um aroma que me deixou com fome – Rimos

    - Você vai gostar, é massa

    - Eu vou gostar e a senhora também. Mãe, eu não estou magra!

    - Você está ficando seca Letícia, escute meu aviso

    - Nunca esquecerei. Mas eu não vou jantar em casa hoje

    - De novo? O que você está aprontando Letícia?

    - Lhe conto tudo amanhã, prometo – Dei as costas mas voltei – A propósito, cadê papai? Geralmente ele está no sofá com seu jornal mas hoje não o vi

    - Ele saiu não tem muito tempo.

    - E Tomás? Apareceu?

    - Não – Riu – Até estranhei

    Subi para meu quarto. Ainda tinha um tempinho para me arrumar, mas resolvi adiantar logo esse ponto, já que sempre me distraía com coisas sem importância. Demorei no banho como sempre, mas pelo menos, já tinha escolhido o que vestir.

    Meia hora depois eu estava usando um pantalona de cintura alta vinho, com uma blusa de mangas soltas branca. Meus indispensáveis saltos já estavam em meus pés, o cabelo semi amarrado e maquiagem leve, não quero nada exagerado para hoje. Percebi que se não saísse em cinco minutos me atrasaria para nossa reserva, peguei meu típico perfume e me vesti daquele aroma doce. Me olhei no espelho pela última vez e desci calmamente, papai já estava em casa

    - Vai sair Lety?

    - Sim, já falei com mamis – Beijei os dois

    - Não vai para uma balada, não é?

    - Nunca frequentei baladas papai – Ri – Nos vemos mais tarde – Mandei beijos

    O trânsito estava bom, por isso não demorei a chegar no restaurante. Tinha passado o endereço à Fê, espero que não tenha chegado antes dele.

    Assim que entrei no lugar o percebi sentando em uma mesa não tão afastada. Sorri e me aproximei, ele se levantou e se segurou minhas mãos quando cheguei perto.

    - Nossa – Me olhou de cima à baixo – Você está... Como posso dizer... Você está muito gata! – Rimos e ele me deu um selinho demorado, puxou a cadeira para mim e nos sentamos.

     - Você também não fica atrás. Está lindo amor – Toquei sua mão o olhando apaixonada. Ele apenas riu e recolheu sua mão. Resolvi deixar por isso mesmo – Já pediu algo?

    - Não, estava esperando você

    - Cavalheiro – Ri.

    Fizemos nossos pedidos e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios. Percebi que ele estava estranho, até riu umas vezes mas isso não me deixou menos preocupada

    - Amor você quer me contar algo? – Perguntei bastante paciente – Dessa vez de verdade

    - Como assim de verdade? Alguma vez foi de mentira? – Ele riu e percebi que foi de nervosismo

    - Fê – Toquei sua mão, seu olhar pousou nas nossas mãos e depois nos meus olhos – Você está me deixando preocupada, algo te incomoda?

    - É... – Gaguejou

    - Fernando por favor me fala, é algo entre nós? – Supliquei com o olhar

    - Não! – Disse rápido. Finalmente tomou uma atitude – Não é nada que possa afetar nós dois – Abaixou o tom de voz – Ou sim...

    - Seja o que for me conte. Você me disse que queria esclarecer as coisas, mas está me escondendo algo – Eu aparentava estar calma mas internamente algo gritava em desespero

    - Lety... – Iniciou ainda nervoso – É sobre meu passado... – Ele segurou melhor minha mão e logo criei neuras

    - Seu passado... – Repeti raciocinando , não havíamos ainda tocando nesse assunto, e admito que estou apreensiva com isso, principalmente pela forma como ele falou – Fê... Não me diga que... Você tem um filho?

    - O quê?

    Ele me olhou com uma expressão de confusão, conclui que não era isso e me senti aliviada, mas não menos apreensiva com a situação

    - Me diz então...

    Vendo minha expressão de desespero ele começou a falar. Iniciou do momento em que nos separamos, que ele foi para outro estado e não nos vimos até o presente momento. Logo em seguida me contou que a convivência que seus pais não estava nada boa, chegando ao ponto de ter uma discursão feia com seu pai, e isso o fez sair de casa.

    Eu ouvia atentamente, me compadeci imaginando meu Fernando adolescente “sozinho” no mundo, sofrendo como eu, só que ao contrário de mim, ele não tinha pais que o apoiavam e estavam ao seu lado. Até essa parte estava tudo bem, o que me inquietou para descobrir o motivo de tanto nervosismo se seu passado não era hostil. Porém, a bomba vinha logo em seguida.

    Sozinho, sem pais e sem dinheiro, Fernando me contou que se envolveu com pessoas erradas, fez coisas ilícitas, oriundas de um criminoso. Eu ouvia calada, não conseguia formular uma reação para aquilo que me contava. Desalentado, me entregou um papel um tanto amassado, olhei e senti péssima, horrivelmente desolada. O rosto do meu amado, estava estampado em um panfleto, o acusando de assassinato.

    Senti lágrimas silenciosas escorrerem por minha face.

    - Você matou um homem?

    - Não. Amor eu não matei ninguém, me escuta

    - E seu rosto aqui? O que significa isso Fernando?! – Estava difícil conter as lágrimas

    - Não fui eu, ele me devia sim, mas não fui eu! Foram eles! Os que me ajudaram...

    - Levar para o lado errado não é a melhor definição de ajudar – Olhei mais uma vez para o papel e derramei mais lágrimas

    - Eu quero mudar... – Me olhou – Eu quero sair dessa vida, por você... Acredita que eu não metei esse homem?

    Me senti destroçada, mesmo descobrindo isso por ele. A decepção que sentia me doía de forma que... Não sei explicar, por isso soltei mais lágrimas.

    - Não sei – Me levantei abrindo a bolsa

    - Lety, não vai – Ele segurou meu braço

    - Eu preciso ir... – Tirei umas notas de dinheiro e pus sobre a mesa – Aí está o dinheiro do jantar, e de um táxi, para você ir para onde quer que esteja passando a noite

    - Então acabou tudo entre nós? – Me olhou com súplica. Poderia jurar que estava lacrimejando

    - Não sei. Preciso pensar, digerir a situação

     Me soltei de seu braço e saí. Com sorte um táxi passava na rua, acenei e o carro parou ao meu lado. Escutei Fernando me chamar mas não olhei para trás, apenas entrei e mandei o motorista me tirar dalí o mais rápido possível. 


Notas Finais


:/


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