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História Pero me acuerdo de ti - Uma luz no fim do túnel?


Escrita por: biafb1903

Notas do Autor


Oi amores/amoras/brotos/darlings!
Fico feliz em voltar aqui, mesmo depois do longo período de abstinências que os(as) confinei. Perdão, lhes peço.
E um último pedido: Não matem a louca das balas aqui. KKK

- Aryana

Capítulo 31 - Uma luz no fim do túnel?


 

LETÍCIA

     - Não pode ser! Como não pensei nisso antes?

    Fernando estava com o papel em mãos e andando em círculos, parecia ter entendido aquela charadinha, mas nada fazia sentindo para mim, tampouco para Márcia ou Phillip.

    - Fernando, o que é? – Estava impaciente, farta, esgotada. Foram muitas emoções adversas em tão pouco tempo.

    - A pista mais boba de toda a vida! – Riu.

    - Então eu levei uma bala em vão? – Márcia o fuzilou com o olhar. – Fernando, agora eu quero te matar!

    - Fernando, para de joguinhos e fala logo! – Estourei.

    - E de elefante, D de dado e U de urubu. – Gracejou. – Edu! – Nós o olhamos ainda sem entender. – Eduardo, Lety!

    - Eduardo, Eduardo? O Eduardo que conhecemos?

    - Tem outro?

    - PAREM DE FALAR COMO SE SÓ ESTIVESSEM VOCÊS! – Márcia levantou o tom. – Esse caso foi o mais perigoso de toda a minha carreira, levei uma bala e essa porcaria de ferimento está latejando, e a não ser que queiram que eu desista desse caso, é bom falarem sem rodeios. – Se acalmou. – Ótimo, agora podem explicar.

    Eu e Fernando nos entreolhamos e concordamos que era tolo continuar aquele diálogo privado.

    - Eduardo é um amigo do pai de Lety, que também é meu amigo, na verdade, não nos falamos há muito tempo. – Riu rapidamente. – Ele é amigo do dono do bar, foi ele que me apresentou aquele lugar, e foi lá que eu levei os capangas de Aldo para nossas “reuniões”. Edu estava lá no dia do assassinato, mas não sei se presenciou a cena.

    - Dane-se, pelo o que eu entendi as fitas estão com ele. Precisamos delas. – Márcia fez uns sinais para Phillip. – Onde está o endereço?

    - Não... Não tem endereço.

    Contei de um até dez, mas quem explodiu primeiro foi Márcia..

    - Como não tem endereço? – Grunhiu.

    - Não tem, mas eu sei um, espero que ele ainda resida lá.

    - Esse cara sacanagem né? – Phillip, que eu desconfiava que tinha ficado mudo, mostrou que tinha voz.

     - Não desistam do caso, não agora. – Fernando nos olhou com uma esperança inacreditável no olhar, misturado com uma súplica compreensível.

    - Vamos logo. – Márcia bufou e saiu da nossa casa abandonada.

***

    Estávamos a pelo menos cem quilômetros de nossa cidade, os comandos de Fernando nos levaram a um condado numa cidade afastada, nos afundamos mais naquele lugar que parecia cada vez mais inóspito e paramos finalmente numa rua desértica.

     - Eu vou na frente. – Fernando já ia abrir a porta do carro.

     - Ficou maluco?

    - Se estamos nesse carro e não sofremos nenhum atentado ainda, é porque no mínimo posso sair daqui.

     - Odeio sua bravura. – Resmunguei enquanto ele saía, assim que Márcia e Phillip ficaram no encalço dele, desci.

     - É alí.

     Ele apontou para a última casa – na verdade, um casebre -, em condições deploráveis, que parecia ter sido abandonado há anos.

    - As coisas só pioram. – Márcia revirou os olhos e colocou uma arma na cintura, assim como Phillip. – Vai na frente, traste.

    - Olha aqui...

    - Quer mesmo discutir aqui, Letícia?

    Me calei e seguimos.

    Como Fernando foi na frente, fiquei entre Márcia e Phillip, um pouco desconfortável por estar entre duas pessoas armadas, mas seguindo.

    Fernando chamou e não obteve nenhum a resposta, chamou mais uma vez e da porta saiu um homem segurando um fuzil; a temperatura de meu corpo caiu drasticamente em milésimos de segundo.

    - Eduardo...

    - Sei que seus guarda-costas estão armados, então entra só você ou manda eles deixaram as pistolas no carro. Escolha.

    Ouvi o longo suspiro de Fernando.

    - Sei que não confia mais em mim, entendo, mas preciso que me entregue as fitas da...

     - Entra. – Olhou para os lados rapidamente. – Os quatro.

    Fernando fez um pequeno aceno em nossa direção, e temerosos (Ao menos eu) entramos.

    A aparência medíocre do casebre era apenas externa, o interior era limpo e organizado, e não repleto de poeira e outras sujeiras como imaginava.

    O tal Eduardo colocou seu “brinquedo” sobre uma mesa e foi a uma estante próxima, pegou uma caixa, jogou sobre a mesma mesa e puxou uma cadeira para se sentar.

    - Essas porcarias colocaram minha vida em perigo. Até hoje me arrependo de ter aceitado proteger isso. – Fernando abriu a caixa e ergueu as gravações que precisávamos. – Aldo descobriu que estava comigo e lógico, mandou me matar.

    - Queima de arquivo. – Márcia sussurrou.

    - Até que você não é tão burra, loirinha. - Voltou a olhar para Fernando. – Tive que forjar minha morte ou ele mandaria me procurar até a última camada de terra existente. Não sei se consegui convencê-lo, aquele psicopata é imprevisível. – Calou-se por uns instantes. – Ele pode estar monitorando os passos de vocês, saber que estamos todos aqui e mandar capangas para nos matar de uma só vez.

    - Entregá-los a polícia é a única forma de sair dessa teia do mal. Mas não posso agir isso desprotegido, essas gravações são a única coisa que podem me dar proteção federal.

    - O material é seu. – Tocou a caixa. – Mas terá que me tirar da frente da linha de tiro.

    - Márcia? – Virou-se para onde estávamos.

    - Se não que não querem morrer é bom que saiamos daqui logo, cada minuto é decisivo.

   Suspirei esperançosa, as coisas pareciam estar caminhando para a resolução.

    Pena que não era tão simples assim.

    Antes mesmo que Eduardo abrisse a porta da casa, Phillip alertou um som estranho que ouvira, e logo recuamos. Eduardo olhou as câmeras escondidas que tinha (Por isso que ele sabia que estávamos armados!) e viu atiradores escondidos esperando para nos alvejar.

    - Mudança de planos. – Saiu da tela de vigilância. – Todos para os fundos.

    - O que tem lá? – Phillip questionou.

    - Um carro e uma saída que dá numa estrada de terra, ligada a rodovia mais próxima. – Pegou um molho de chaves e mostrou. – Ou acha mesmo que ficaria nessa pocilga desprevenido?

    E seguimos e realmente tinha um carro, desses que se usa em estradas de terra (Como se ele planejasse uma fuga há tempos), nos acomodamos e assim que a última porta se fechou, Eduardo arrancou nos tirando dalí.

    Antes de chegarmos à rodovia, o carro ainda foi atingido umas vezes, a escapatória de Eduardo não era tão infalível assim, mas conseguimos nos livrar temporariamente do tormento.

    - Vai ficar tudo bem. – Fernando sussurrou para mim quando encostei a cabeça em seu ombro.

    Espero que sim. 


Notas Finais


E então? Desconfiavam que era o Eduardo? (Imagino que sim haha) E que o nome dele está no "caderninho" [Capítulo 28], lembravam?


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