FERNANDO
Estava ansioso pela resposta da Lety, já havíamos pedido a comida e já estávamos comendo, já que tudo era rápido, por isso era o meu restaurante favorito.
- Mano, não tenho tanto dinheiro pra pagar... – disse um pouco envergonhado.
- Tudo bem maninho, eu pago.
- Obrigado.
- Então... O que vai fazer para reconquistar a Lety?
- Ainda estou pensando, mas acho que tenho uma ideia...
- Me fala, posso ajudá-lo já que não tem tanto dinheiro.
- Bom olha só... (e contei meu plano para Omar)
- Nossa, Fernando Mendiola o conquistador! Sua ideia é fantástica, vejo que não fiz o bastante para a minha Carolsinha...
- Que nada irmão, se ela ficou com você deve ter dado muito trabalho.
- É maninho, deu um pouco de trabalho sim.
- Por falar em trabalho, você sabe se tem algum emprego pra mim por aqui?
- Não sei, mas pesquiso para você.
- Obrigado irmão, você tem sido uma fada madrinha pra mim.
- Que fada madrinha o que irmãozinho, posso até ser um anjo da guarda, mas uma fada madrinha já é demais.
- Desculpa irmão, mas não canso de lembrar daquela hora que você disse que era gay – ri, ele ficou sério, mas logo se juntou a mim.
- Sabe? Acho que não mudamos nada.
- Concordo, apesar do tempo nossa amizade continua a mesma ou até melhor. – nós dois sorrimos e continuamos a comer, estava bastante contente e nervoso, queria muito que a Lety respondesse para por meu plano em prática com Omar. Acabei pegando o contato dos meus amigos novamente com Omar, anotados num celular que havia roubado.
Assim que terminei de anotar o último número apareceu uma ligação na tela do celular de Omar. Era ela.
Logo peguei o celular e o atendi.
- Lety! – disse animado.
- Oi Fê! Obrigada pela foto! Você me salvou.
- Que nada, Omar que merece todo o crédito. – sorrio, olhando para Omar.
- Mesmo assim. Eu não imaginaria minha vida ao lado de ninguém além de você. – Meu coração bateu mais rápido e dei um grande sorriso – Eu ia me separar dele de qualquer jeito.
- É bom mesmo senhorita Padilha, não quero te perder por ninguém. – respondi brincalhão.
- Pode deixar senhor Mendiola, não me perderá por ninguém. – falou ela no mesmo tom.
- Ai Lety, não sabe a dor que eu passei. Você é a minha salvação pelo que estou passando. Não acreditei que tinha perdido você. – mostrei minha dor em minha voz.
- Fê, me desculpa por ter te feito sofrer, na verdade achei... Que nunca mais ia te ver.
- Eu sei! Eu é quem devo pedir desculpas. Tinha que ter pego o primeiro avião pra cá para vê-la novamente...
- Mas passado é passado Fê, você sabe o quanto nós sofremos para estarmos juntos novamente, mas agora que conseguimos concertar tudo no passado – ou quase tudo, completei em pensamento. – podemos finalmente nos reencontrar, e pra falar a verdade eu estou morrendo de saudades...
- Você está certa Lety, mas... Mesmo morrendo de saudades eu não posso encontrá-la... Como você sabe, o meu amigo Omar está aqui e bem... Antes disso tudo acontecer, eu e ele planejamos uma coisa pra fazer juntos, já que não nos vemos faz tempo... Espero que não fique chateada, mas nós só podemos nos encontrar à noite.
- Ah, tudo bem. – disse ela desapontada. – nos vemos à noite então.
- Obrigado por entender, prometo deixar a noite divertida.
Ela suspirou – tudo bem.
- E prometa que vai usar calça quando for se vestir. – Brinquei
- E por que eu tenho que usar calça? Que eu saiba em um encontro tem que se usar vestido. – disse ela com o mesmo tom de brincadeira, o que me fez rir.
- É uma surpresa, não tão legal, mas ainda é uma surpresa.
- Não vejo a hora desse encontro.
- Nem eu. Te busco às oito, pode ser?
- Claro! Te espero.
- Ok, tchau até às oito.
- Até Fê.
Finalmente desliguei o celular e olhei para Omar.
- Achei que nunca mais ia terminar essa ligação.
O olhei preocupado – Oh, desculpa irmão, gastei seus créditos! Eu pago assim que tiver meu emprego... Desculpa de verdade.
- Não se preocupe irmão, agora vamos arrumar as coisas para a sua surpresa.
- Vamos!
Andamos de um lado para o outro a procura das coisas perfeitas para a minha surpresa. Logo terminamos tudo umas sete e meia, me troquei na casa de Omar e fui a casa da Lety. Arrumei a bicicleta comprada e toquei a campainha, esperando que ela estivesse pronta.
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