História Perpetual pearl - Capítulo 50

Capítulo 50

Volta 

“É muito fácil ser pedra, o difícil é ser vidraça.”

Provérbio Chinês

Qinghe Nie

Quando Lan Zhan chegou no vosso quarto designado ele o protegeu adequadamente com os talismãs desenhados por Wei, sentindo-se seguro o suficiente para adormecer na hora adequada pela vossa seita.

Quando os vossos olhos se abriram e Lan Zhan levanta-se, observa que duas de vossas armadilhas haviam sido acionadas, fazendo-o buscar as vossas coisas e sair do vosso aposento, encontrando Wei deitado no vosso telhado ao lado com uma expressão irritada na face, mesmo adormecido.

Lan Zhan observa o vosso noivo piscar os vossos olhos quando dá um pulo, havia algo estranho, ele havia retirado um talismã do vosso braço, sacudindo-o e voltando os vossos olhos em direção ao noivo.

-Lan Zhan, por que tão cedo? –questiona, resmungando, quase caindo do telhado e sendo amparado pelo vosso noivo, que olha-o nos olhos.

O coração de Lan Zhan perde a batida por estar tão próximo do noivo, avalia-o com atenção, enquanto Wei entrelaça os vossos braços ao redor do pescoço de Lan Zhan, fazendo-o soltar um longo suspiro.

-Está aproximação não és apropriada! –afirma Jiang Cheng, pulando do telhado e aproximando-se dele.

-Eu caí. –resmunga Wei, enquanto Lan Zhan o põe no chão, acariciando levemente as vossas costas, atraindo o olhar de Wei, que solta um longo suspiro.

Aquele era um daqueles momentos que o mundo parava quando Lan Zhan observava os vossos olhos claros, aquele brilho infantil que aquecia o vosso coração e fazia-o bater descontroladamente no vosso peito.

-Acredito que devemos partir imediatamente. –comenta o jovem mestre Jiang, olhando o casal nos olhos e Lan Zhan concorda com a cabeça.

Wei coloca uma expressão desgostosa na face, Lan Zhan tinha consciência de que ele gostaria de participar do desjejum e eis por isto que ele tinha passado na cozinha e pedido que preparasse algo para a viagem.

-Mas... Nós não deveríamos comer primeiro? –questiona Wei, coçando a vossa nuca e antes que o vosso irmão jurado dissesse algo desagradável, Lan Zhan aproxima-se do noivo e suspira.

Ele sabia o quão difícil estaria sendo para Wei, ele que não gostava de acordar cedo, ele que gostava de comer abundantemente pela manhã.

-Já providenciei. –responde, passando por eles e sentindo que estava sendo seguido.

Wei abre um enorme sorriso, correndo e caminhando ao lado de Lan Zhan, que se direciona para a cozinha e busca as trouxas de comida, passando para o vosso noivo e o vosso irmão jurado, seguindo em direção ao final da cidade em seguida.

Depois de um tempo de caminhada e Lan Zhan observar o vosso noivo terminar o vosso desjejum, ele sente Wei roçar os vossos dedos roçarem nos vossos, recebendo um olhar de desagrado do vosso irmão jurado. 

Lan Zhan observar Wei desembainhar Suibian, puxando o vosso noivo para os vossos braços e montando-a, sentindo o vosso coração bater contra o vosso peito.

Ambos sabiam que o futuro líder da seita Jiang estava encarando-os, mas não se importavam com isto.

-Isto não és adequado... Isto não és nenhum pouco adequado! –resmunga Jiang Cheng, negando com a cabeça.

Lan Zhan tinha consciência do quanto Wei estava agindo de forma inadequada, mas já havia aceitando as consequências das vossas atitudes ao vosso lado

-Não vou deixá-lo andar nestas condições... Recrimine-me o quanto quiser! –afirma, aumentando a velocidade do voo. –Está tudo bem? Sente alguma fisgada na perna? –questiona, preocupado, avaliando-o com atenção e recebendo uma negativa com a cabeça.

Ele estava mais forte, forte o bastante para seguir viagem sem parar e Lan Zhan tinha consciência disso, fora as pequenas transferências de energia que ele vinha lhe dando desde que partiram.

Vez ou outra na viagem, eles conseguiam ouvir o berro da coruja Wen, tendo consciência de que estavam sendo seguidos, muitas vezes perto demais para que Lan Zhan sentisse segurança no que estavam fazendo.

Portanto, quando pousaram à beira do Recanto das Nuvens, Lan Zhan afasta-se um pouco de Wei, sentindo-o prender o vosso pulso com um dos vossos talismãs.

-Eu sei que precisa subir o mais rápido possível, mas... –interrompe-se quando Lan Zhan aproxima-se dele e beija a vossa face, roçando levemente o vosso nariz na bochecha de Wei. –Vou sentir vossa falta. –sussurra, carinhoso.

-Já estou condenado mesmo. –sussurra, afastando-se levemente de Wei, que também beija a vossa bochecha, dando de ombros e deixando a vossa bochecha rosada amostra. 

Havia resignação em vossa expressão, afastando-se de Lan Zhan dando passos para trás e seguindo o vosso irmão jurado.

-Também estou condenado! –afirma, despreocupado, voltando a montar em Suibian e seguindo ao lado de Jiang Cheng para o Píer Lotus.

Lan Zhan sobe a montanha, atirando vários talismãs de proteção por todos os cantos, seguindo o vosso caminho e ouvindo que estava sendo seguido e foi por isto que em vez de seguir em direção ao mestre seguiu em direção à câmara glacial, guardando o pedaço que faltava e seguindo em direção ao mestre, que encontrava-se sentado, bebendo chá.

Ele aproxima-se do tio, fazendo uma breve reverência e encarando o chão.

-O meu bom discípulo está demasiadamente desobediente! –afirma, seguro. –Deveria ter mandado o jovem mestre Wei para a vossa casa imediatamente! –garante, gritando.

Lan Zhan sente as vossas palavras, sente a força da vossa raiva, fazendo-o soltar um longo suspiro, enquanto o vosso irmão aproxima-se deles, parando ao lado do tio.

-Mestre, lembre-se que a responsabilidade também és do jovem mestre Wei. –lembra Lan Xichen, calmamente e Lan Zhan segura à vontade de voltar-se em direção ao irmão, ele mantém-se com os vossos olhos afastados, mantém-se com os vossos olhos cravados no chão.

-Isto não significa que podes desonrar duas seitas ao mesmo tempo! –grita, nervosamente. –A honra de ambos quase foi abalada... Ficará ajoelhado com as mãos esticadas diante desta sede até que eu acredite que não seja mais necessário! –manda, hiperativo.

E ali Lan Zhan teve a certeza de que ele estava mais preocupado com a honra do que com o vosso bem estar.

-Sim, mestre. –diz, levantando-se e seguindo para o vosso castigo.