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História Persistir ou Desistir? - Erros


Escrita por: Lilly-Cipher

Notas do Autor


Eu fiz o trabalho de história, deu muito trabalho e eu tive muita preguiça mas eu fiz, levou quase o dia inteiro...

Agora minha mãe ta no meu pé por causa de outro trabalho, Aff... mas eu faço assim que terminar esse cap.

Capítulo 3 - Erros


Han, às vezes, bebia demais, e logo depois Chewie o levava para o apartamento de Leia. Os dois sempre acabavam discutindo por esta razão, e quase sempre a gêmea o expulsava do local. Fora numa dessas vezes que Han apareceu no apartamento de Luke totalmente embriagado. O jedi ainda tentou ajudar contatando Chewie, achando que Han se sentiria mais confortável com a presença do parceiro peludo, todavia, o contrabandista o impediu segurando seu braço. 

Quando Luke se virou, Han visualizou-o muito bem. Possuía uma pele bronzeada salpicada de pequenas e quase imperceptíveis sardas. Os olhos lembravam-no os oceanos mais azuis e cristalinos e os cabelos, a cor dourada do sol crepuscular. A seriedade da experiência que marcava o rosto de Luke quase invalidava sua juventude, isso era nítido a maior parte do tempo.

Ali, parado tão próximo dele, entretanto, era diferente. A inocência inata que Han apreciara nos primeiros minutos em que conheceu o rapaz ainda estava presente, sua coragem, criatividade e senso de aventura, também. Até mesmo a ignorância advinda de ter passado a maior parte da vida naquela bola de areia fedorenta.

Recordava-se de um sentimento bonito que teve ao pensar em estar tirando o jovem de Tatooine, ao ser aquele que o faria. Fora uma linha de raciocínio secundária, uma na qual ele não havia pensado de fato, uma que só surgira.

Han passou alguns segundos a mais apenas o encarando, e, então, o beijou. 

O próprio rapaz não acreditou no que acontecia. Sua falta de reação no beijo e a brusquidão com a qual tentou afastá-lo depois disseram isso a ele. Han o teria soltado, não fosse pela correspondência estusiasta e repentina de Luke. Alguma noção de certo e errado buscou alcançar seu cérebro alcoolizado, uma tentativa vã ao ver dele.

 Han acordou no dia seguinte com uma belíssima ressaca, recordando-se melhor da noite anterior do qualquer outro dia em sua vida. Nada conversou com Luke, deixando seus olhos safira carentes de resposta para a pergunta que queriam fazer enquanto ele se utilizava de uma arma mental para neutralizar a culpa. Só aconteceu de novo e de novo e de novo, e o resto das vezes em que aconteceu, ele não estava bêbado.


Seus batimentos cardíacos estavam, outra vez, acelerados. Dessa vez por motivos diferentes.

Merda. Por que tinha que vir, garoto? Pra que complicar as coisas para mim? Por que sua preciosa Força insiste na minha desgraça?

Han reconhecia, porém, que não era a Força desgraçando-o. Não existia outra pessoa o desgraçando além dele mesmo. Se ele apenas fosse o único desgraçado em toda aquela bosta...

Se eu apenas não tivesse atirado a bosta nas hélices do ventilador.

— A Leia não tá. Nem sequer passou a noite aqui. Apressada como sempre — Han falou despreocupado, encostando-se ao batente. — E ainda vai demorar pra voltar. Quer entrar? — interrogou, dando espaço para o mesmo passar. 

Luke demorou a reagir. Seus olhos nebulosos e distantes denunciavam sua luta interna, ele estava constantemente contemplando o futuro, principalmente após eles terminarem na cama. Parecia a Han que o jovem divagava sobre tentar convencê-lo novamente.

 Talvez em alguma realidade alternativa eu aceitasse seu ponto, garoto. Talvez esse eu menos convarde até o ajudasse. Talvez esse eu mais corajoso nunca tivesse permitido que você fosse só um amante.

Ele entrou e Han celou a entrada.

O antigo contrabandista alcançou o braço do jedi e o virou para si gentilmente, como da primeira vez. Seus olhares teriam se encontrado se Luke não mirasse uma direção qualquer antes. E uma parte ínfima de Solo sentiu-se aliviada por isso.

O jovem desprendeu-se de seu aperto para dizer convictamente:

— Nós precisamos conversar.

— Conversar? Sobre? — o sarcasmo usual pingou de sua voz e trejeitos, e ele jogou-se despojado sobre o sofá da sala de estar requintada, uma perna sobre o braço do móvel.

— Chega de se esconder atrás dessa máscara irreverente, Han. Você sabe sobre o que é. Sabe tão bem disso quanto onde está o que no motor da Millenium — respondeu sem conseguir encará-lo, sua exaustão nítida quando ele cerrou as pálpebras e beliscou o dorso do nariz.

— Ah, esse assunto. Bom, tão bem quanto eu sei onde está o que no motor da Millenium Falcon, você sabe minha resposta — Han fitou Luke ao repetir: — Não.

Bastava daquilo, bastava de conversas sobre Leia. Bastava de Leia por hoje. A discussão na madrugada o exaurira o suficiente.

Luke inspirou e expirou audivelmente, rogando por quaisquer resquícios de sua conformidade que pudessem ter restado.

— Não acha que está na hora de acabar com tudo isso?

Claro que sim.

Acabar com?

A linguagem corporal do jedi transpareceu todo o desgosto que nutriu em vista de sua fala, e Han percebeu-se murchando por dentro um tanto mais.

Infernos Corelianos, Solo! Quer descanso e acaba de provocar o outro gêmeo?

— Precisamos parar com isso! Você precisa parar de ser adúltero, de ser como é!

Sim, eu sei.

— Como eu sou? Até parece que você não gosta. O que quer di-

— Eu preciso deixar de ser... O que sou — o menino mirou os pés por um instante, voltando-se integralmente para Han após analisar o que quer estivesse em sua mente. — Precisamos contar. Não. Precisamos confessar! Não é justo com ela, e... 

Luke estava tão tenso que mal conseguia formular frases. Cada dito assemelhava-se a uma torção da Força mais profunda em seu peito, como se o próprio Vader o estivesse torturando outra vez, esmagando seu coração no lugar de usar as máquinas de dor.

Não acontecia há anos – Luke obtivera um excelente treinamento de paciência com o tal Ben Kenobi e o esquisitinho Yoda, mas Han constatou muito cedo seu dom para fazer as pessoas mais comedidas explodirem muito mais facilmente que aquilo.

— Eu sou um jedi, Han. Um dos últimos que restaram. Eu tenho um compromisso com a nova Ordem! Não é certo...

— Não é certo? — Han interrompeu, se levantando de supetão. — Os Jedi não pregavam o amor, Luke? É errado amar? Ensinará sua Ordem que é errado?

Assim que terminou de dizer as palavras quis pegá-las de volta, fechá-las em sua garganta e mover sua pistola contra os neurônios responsáveis por ele ser capaz de falá-las, registrá-las, conhecê-las.

Eles jamais conversavam sobre, nunca falaram além do que diziam um para o outro em meio aos lençóis. A relação dos dois estava pautada na inverbalidade voluntária, no físico e não no sentimental. Ou, ao menos, era o que Solo gostava de pensar para anular quão errado ele se sentia após.

O jovem, como era de se esperar, absorveu sua fala com vigor, tão ávido estava pelo que se passava em seu coração, e expressou dele se mortificou, bem como a de Han.

Boquiaberto, indagou-lhe:

— Você me ama?


Notas Finais


Aí que canseira, mas ta aí, prontinho, fresquinho, recém saído do caderno


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