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História Personal Soldier - Eu não posso te perder.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Capítulo bem fofo e surpreendente para vocês!
Obrigada a todos que favoritaram a historia.
BOA LEITURA!

Capítulo 18 - Eu não posso te perder.


Quando despertei estava sozinha no chão atrás do bar e coberta por um dos lençóis brancos. Me vesti e chamei por Logan. Nenhuma resposta. Fiquei preocupada. Onde ele poderia ter ido? O que poderia ter acontecido? Será que tudo não passou de um sonho? Uma ilusão? Talvez o poder de Owen não fosse o teletransporte. Talvez eu estivesse delirando. Senti um estado de aflição me dominando. Procurei por Logan dentro do bar e nada. Abri a porta da frente e o avistei ao longe vindo em minha direção. Comecei a me acalmar novamente. Ele era lindo demais para ser apenas fruto da minha imaginação.

Sem que eu pudesse esperar ele me beijou brevemente. Não. Eu realmente não imaginaria algo tão bom com essa perfeição.

– Bom dia. – O cumprimentei tentando não sorrir como uma boba. Tentando.

– Bom dia. Nossa carona está a caminho. – Fiquei surpresa. Logan me contou que andou até a casa mais próxima e pediu ajuda. Teve que inventar toda uma historia mirabolante de que fomos roubados e estávamos perdidos, e felizmente, acreditaram. Ele usou o telefone para avisar Ororo e assim Colossus estava indo nos resgatar. – Vamos esperar lá dentro.

Aproveitei aqueles últimos minutos em que teríamos privacidade e me atirei nos braços de Logan. Logo a realidade das nossas responsabilidades e preocupações com julgamentos alheios nos atingiria e tudo poderia desaparecer.

– Então Logan... – Relutante interrompi um beijo. – Ontem você me perguntou como seria daqui pra frente... – Pacientemente ele esperou que eu continuasse a linha de pensamento. – Acho que você ainda tem que se acostumar com isso. Quero que você tenha certeza sobre isso. Sobre nós.

– Eu não vou mentir pra você. Isso é diferente. Novo. Já vivi muito Marie. Mais do que você possa imaginar. O professor me ajudou a recuperar alguns fragmentos de memórias bem antigas. Eu já estive com muitas outras mulheres. E me lembro de que algumas foram muito especiais. Porém são só imagens recuperadas. Não consigo lembrar de como me sentia de verdade. Não consigo me lembrar de como é estar com alguém.

– E Jean? – Praticamente sussurrei e me arrependi em seguida. Por que eu tive que falar dela? Obviamente era uma péssima hora.

– Eu a amei, mas Jean nunca esteve comigo. Ela era uma ideia. Nunca foi real. Isso aqui é. – O polegar direito dele acariciou minha bochecha. – Eu me sinto confuso de como devo agir, mas eu quero isso Marie.

Era o bastante pra me deixar imensamente feliz. A sinceridade nas palavras e no olhar de Logan me arrebatavam para um estado de espírito pleno.

– Acho que é melhor nos encontrarmos as escondidas. – Sugeri fazendo Logan rir. Era raro vê-lo rir de verdade, e não por sarcasmo ou ironia. E toda vez que ele me surpreendia com tal ato era mágico. Eu queria escutar e ver aquele riso todos os dias. – Só por um tempo. Os outros podem estranhar um pouco...

– Encontros secretos? – Logan questionou a ideia.

– É. Eu não quero apressar as coisas Logan. Podemos dar um passo de cada vez.

– Eu concordo com isso. Mas um namorico as escondidas me parece tão... – Procurou uma boa palavra. – adolescente.

– Você é sempre tão crítico. – Observei ignorando a fato hilário de ele ter utilizado o termo “namorico”. – Temos uma opção melhor que essa?

– Não. Eu acho que não. – Ele aceitou.

Logo ouvimos o barulho do jato e saímos do bar. Colossus, nada discreto, parou a aeronave de pequeno porte bem no meio da estrada. Nos apressamos fugindo do frio e dos olhares curiosos.

Peguei um moletom em um compartimento e o vesti. Logan assentou-se como co-piloto e eu me encolhi na cadeira atrás dele. De tempos em tempos ele me lançava um olhar por cima do ombro e eu retribuía a atenção com um sorriso discreto. Será difícil esconder que algo tão importante faz parte da minha vida. Como disfarçar tamanha felicidade? Eu teria que exercitar minha veia artística. Melanie com certeza perceberia que algo estava diferente e eu teria que me esquivar de todas as suas especulações. Já fui trabalhando meu psicológico para as muitas perguntas, não só de Melanie, mas de Warren.

Magoá-lo era o que mais me preocupava. Nunca foi minha intenção, mas aconteceria. O efeito colateral da minha felicidade com Logan seria a infelicidade de Warren e talvez de Ororo. Eu ainda não tinha nenhuma certeza quanto aos possíveis sentimentos de Tempestade por Wolverine, entretanto, suspeitava. E se fosse uma suposição correta, ela também sofreria.

Encarei as nuvens com aparência de algodão surgirem na paisagem. O clima fechado do Canadá estava ficando para trás e assim tentei afastar minhas muitas dúvidas também.

 

POV LOGAN

De 5 em 5 segundos eu tinha que colocar meus olhos em Marie. Nós estávamos mesmo fazendo aquilo?

O silencio no jato era de certa forma reconfortante. Colossus não perguntou nada e eu estava grato por isso. Já tinha sido difícil o suficiente contar para Ororo que eu e Marie tínhamos ido parar no Canadá e passamos a noite em um bar abandonado. Certamente ela iria querer mais detalhes quando voltássemos. E isso me amedrontava.

Assim que descemos do jato no subterrâneo do instituto Ororo nos esperava na porta. As perguntas viriam antes até do que eu poderia esperar.

 – Vocês estão bem? – Ela pareceu realmente preocupada. Segurou as mãos de Marie e a examinou mais de perto. Na minha direção ela só olhou depois. Comigo ela não precisava se preocupar mesmo. Sabe muito bem que sei me virar. – Não entendi muito bem o que aconteceu.

– Eu te explico. – Respondi.

Marie pode ter ficado mais confiante, mas ainda é uma terrível mentirosa. Se Ororo fizesse a pergunta certa ela acabaria entregando tudo e não queríamos isso. O plano era namorar escondido. Se é que podíamos rotular aquilo de namoro. Não faço isso há tanto tempo que nem sei ao certo. Acho que Marie usaria o termo “ficar”. Teria que perguntar depois.

Caminhamos para dentro do instituto e pegamos o elevador para o nível da casa.

– Querida, vá para seu quarto. Está liberada da aula por hoje. – A mutante de cabelos brancos falou doce e Marie deu um meio sorriso. Apensar de feliz ela parecia cansada. Foram muitas emoções na mesma noite.

– Te vejo depois? – Me encarou antes de sair. Apenas assenti e ela saiu andando. Esperei que ela virasse na dobra do corredor para tirar meus olhos dela. Quando voltei minha atenção para Tempestade percebi que a sua expressão carinhosa e compreensiva tinha desaparecido. A reprovação tomou conta de seus olhos escuros. Eu fiz algo de errado?

Me sentei a frente da mesa de trabalho de Ororo e já comecei a formular as falas mais vagas e sem detalhes possíveis. Ela sentou em sua poltrona e me encarou. Esperei que iniciasse a conversa e nada. Apenas um olhar estranho em minha direção. Ela queria que eu falasse primeiro?

– Então... – Pausei. – Obrigado pelo resgate.

– Não precisa agradecer Wolverine. Você acha que deixaria vocês lá? Nunca. – Ororo ajeitou sua postura, se reclinando sobre a mesa e ficando mais próxima de mim. – Me explique melhor o que aconteceu.

– Nem eu entendi muito bem. – Tentei usar um tom divertido, porem não funcionou muito. – Marie acompanhou Bobby numa missão de reconhecimento. Parece que lá ela acabou pegando os poderes de um jovem. No caso, ele é um teleportador e quando estávamos conversando ela comentou sobre o Canadá, onde nos conhecemos e de repente já estávamos lá.

– Hum. Entendo. – Ororo claramente não estava satisfeita.

– O tempo estava muito ruim. Nos abrigamos em um bar abandonado. Sem um telefone decidimos que era melhor esperar a noite passar e pedir ajuda pela manhã.

Um breve silencio dessa vez desconfortável. O que eu devia dizer para deixá-la tranquila? Algo para ela não estava certo. Algo naquela historia a incomodava. A intuição de Ororo estava certa. Tinha mais, muito mais, entretanto ela não poderia saber.

– Logan, você melhor que ninguém sabe o quanto Marie é especial. Não sabe? Ela é delicada e muito sentimental. – Concordei com a cabeça. Onde aquele papo chegaria? – Vocês chegaram aqui juntos. Passaram por grandes provações juntos. Ela te admira tanto. Vocês têm essa ligação toda. E depois de tudo que aconteceu eu sei que certos sentimentos podem se confundir. – Ororo realmente estava falando de sentimentos? Ela estava insinuando coisas, mesmo que estivesse totalmente no escuro. Só porque passamos a noite juntos em um lugar isolado ela já pensa que aconteceu algo entre nós? Eu achei que tinha mais crédito. Não sou do tipo que tira proveito das situações assim. Não deixei que nada transparecesse no meu rosto e ela respirou fundo. – Eu não quero que ela se machuque.

 – Não vai. – Afirmei sendo sincero. A última coisa que eu poderia querer é ver Marie sofrendo.

– Não era para o Bobby ter levado ela. Eu até conversei com ele sobre isso. Terei que advertir Marie também. Os problemas com os poderes dela... Nem eu sei lidar com isso direito... – Confessou voltando a demonstrar sua preocupação. – Se você planeja ir embora novamente daqui a um tempo não a deixe achar que não irá. Ela sempre fica triste quando você vai, mas tenho a impressão que dessa vez seria pior.

– Não vou embora. – Novamente fui verdadeiro. Eu tinha prometido não ir e agora não tinha a mínima vontade de ficar longe de Marie.

– Isso é bom. – Ororo esboçou um tímido sorriso. – Não só pra ela, mas pra todos nós. – Outra vez ficamos calados. Não sabia se o assunto já estava encerrado ou não. Parecia que ela ainda queria dizer algo, mas estava pensando se devia ou não. – Ok. – Respirou fundo mais uma vez. – Estamos conversados.

Assenti e deixei a sala. Essa tinha sido a conversa mais estranha e menos franca entre mim e Tempestade desde que nos conhecemos. Não da minha parte, pois cada palavra minha estava valendo, mas sim da parte dela. Claramente ela insinuou coisas e rodeou, entretanto, não falou o que realmente queria. Eu que não esclareceria nada. Ela não tinha que saber ainda.

Passei na cozinha para comer algo. Nos armários encontrei muito cereal, biscoitos e suco de caixinha. Essas crianças só comem essas porcarias industrializadas. Tive que procurar muito até encontrar algo que valesse a pena comer. Sem muito açúcar.

Enrolei um pouco pelos corredores. Checando como as coisas iam. Algumas crianças sempre me olhavam curiosas. Nunca fui muito social com ninguém, mas com os pirralhos me relaciono bem menos. Só de pensar na bagunça que eles fazem, já fico louco.

Assim que entrei no meu quarto tive uma grata surpresa. Marie estava sentada na minha cama, recostada na cabeceira e sorriu ao me ver.

– Está doida garota? E a historia do segredo? – Perguntei depois de fechar a porta rapidamente.

– Ninguém vai estranhar. O que tem demais em conversarmos aqui?

– É que não vamos conversar exatamente, certo? – Me aproximei.

– Não mesmo. – Marie riu um pouco e se levantou.

Sem cerimônias nos beijamos. Estava ficando cada vez mais fácil e natural. Além de prazeroso.

– Preciso tomar um banho. Me acompanha? – Sugeri com meio sorriso e ela ficou mais vermelha que o normal.

– Seria ótimo, mas já fiz isso antes de vir pra cá.

Só então notei que ela estava com os cabelos úmidos. Respirei fundo sentindo o cheiro de morango mais acentuado. A beijei na testa e fui para o banheiro. Durante o banho tive uma idéia. Marie iria adorar.

(...)

– Isso é muito legal!!! – A voz tremula de Marie sobressaiu o barulho da moto. – UHUUUUUUUUUUL!!!

Nunca tinha visto a garota tão animada com alguma coisa. Ela sempre me pediu para levá-la para um passeio de moto e eu sempre deixava pra depois. Decidi que era hora. Sorri para ela. Eu não fazia muito isso, porém com Marie era muito fácil.

Os cabelos da menina balançavam com o vento forte e espalhavam o cheiro de morango pela estrada. As mãos dela se apertavam ao redor do meu corpo cada vez que fazíamos uma curva mais fechada. Eu conseguia sentir as vibrações do coração acelerado dela. Por mais que a velocidade da moto fosse absurda aquele momento estava em câmera lenta. O som da risada dela muito próxima do meu ouvido ecoava e preenchia tudo. Eu sei que já tive esse tipo de relação com outras mulheres e ainda assim tudo parece inédito, amedrontador, e acolhedor.

– Desacelere Logan. – Ela pediu.

– Por quê? Você está com medo? – Questionei divertido.

– Não mesmo! Quero tentar algo.

Fiz o que ela pediu. Diminui a velocidade da moto. Marie se apoiou nos meus ombros e ficou de pé na garupa. Foi a vez do meu coração acelerar, no caso, de medo. Porque diabos ela tinha que inventar isso?

– Marie! Desça daí. É perigoso!

– Não vai acontecer nada Logan! Tenho você pra cuidar de mim.

Suas mãos soltaram meus ombros. Olhei para trás achando que algo terrível tinha acontecido, mas não. Ela estava radiante. Abriu os braços e sentiu a brisa, agora suave, tocar seu rosto.

Não tinha mais volta. Eu nunca mais poderia deixá-la. Não havia outro lugar para mim a não ser ao lado daquela garota. Eu estava completamente apaixonado por Marie.

(...)

– Porque paramos aqui? – Marie questionou com certo beicinho. Ela tinha gostado mesmo de andar de moto por ai.

– Preciso de charutos e gasolina. Vou comprar e já volto. Abasteça pra mim, por favor.

Ela assentiu e entrei no posto de conveniências. Procurei o que queria no balcão. Não dava pra esperar nada mais do que charutos fajutos, mas serviriam. Pedi um chocolate qualquer e a balconista muito esperta pegou a maior barra. Olhei feio para ela, e não questionei. Paguei por tudo e sai.

Marie estudava distraída os muitos botões no painel da moto. Curiosa como sempre.

– Não aperte este. Jamais. – Adverti e só então ela notou minha aproximação.

– O que ele faz? – Lógico que ela ia perguntar.

– Acelera essa coisa mais do que o normal. – Os olhos de Marie eram pura excitação. E o sorrisinho dela já dizia tudo. – Não! Não mesmo!

– Por favor, Logan! Por favor!

– Tenho algo pra você. – Ignorei-a e entreguei o chocolate para ela.

– Chocolate... – Ficou encantada com o gesto. – Obrigada. Dei os ombros. Não era pra tanto. – Ei, Logan. – Chamou assim que se ajeitou na moto. – Onde consegue dinheiro?

Novamente Marie questionando meus meios de conseguir dinheiro. Eu já tinha fugido dessa pergunta inúmeras vezes, e ela insistia em fazê-la.

– Onde você consegue dinheiro? – Devolvi a pergunta.

– Meus pais. Apensar de ter fugido de casa eu nunca deixei de manter contato com eles. – Parecia certo. Marie considerava os x-men como sua família, mas ela tinha uma família de sangue, de verdade e não podia simplesmente esquecê-los só porque não a compreendiam. – Você não respondeu minha pergunta.

 Dessa vez eu não conseguia pensar em nada para omitir a verdade e muito menos numa mentira.

– Você me conheceu ganhando dinheiro com lutas... Continuo fazendo isso. – Me senti obrigado a dizer a verdade. Arranquei a moto impedindo que ela ficasse brava e fugisse de mim. O silencio dela realmente indicava que não tinha aceitado muito bem a resposta. – Eu sou bom nisso Marie, e me divirto batendo em idiotas. – Tentei aliviar o clima.

– Você lutou com pessoas comuns ou outros mutantes?

– Os dois.

– Eu não sei o que é pior... Machucas pessoas que não tem a mínima chance contra você ou correr o risco de encontrar um mutante poderoso o suficiente para te machucar.

Esperei que ela gritasse comigo, mas a reação foi contraria. Senti as lagrimas dela molhando minhas costas. Eu a fiz chorar. Que droga. Parei a moto no acostamento e ela desceu rapidamente. Virou-se para direção contraria tentando esconder o rosto vermelho.

– Marie, eu não sei fazer outra coisa. – Tentei me justificar e a abracei por trás. Ela resistiu um pouco, mas permitiu o contato. – Minha vida sempre foi assim. Vagar de cidade em cidade. Me envolver com o pior tipo de gente. Ganhar dinheiro de formas duvidosas. Não criar laços. Sempre fui sozinho.

– Não é mais. – Marie se soltou do abraço e me encarou fundo nos olhos. – Ha muito tempo você não é mais sozinho Logan. Você conheceu pessoas incríveis. Você ganhou uma família naquela mansão. Não entendo essa necessidade de ir embora. Aceite que é parte disso de uma vez por todas. Você tem a mim agora.

– Eu sei. – Enxuguei a ultima lagrima que rolou pela bochecha de Marie. Era horrível vê-la chorando. Um buraco tinha se rasgado no meu peito. – Já te disse que não irei embora Marie. Me lugar agora é onde você estiver.

– Promete? – Sussurrou com a voz embargada.

– Prometo.

Segurei Marie com força contra meu peito. E só queria aquele sorriso encantador de volta. O medo começou a tomar conta de mim. Será que esse relacionamento pode realmente dar certo? Se toda vez que ela descobrir algo sobre mim, sobre meus erros, sobre meu passado ficar triste assim não suportarei.

Na volta para o instituto mostrei a ela a super velocidade da moto. Um sorriso voltou a enfeitar seu rosto delicado. Fiquei mais aliviado. Quando chegamos resolvemos nos separar um pouco. Afinal, se ficássemos grudados o dia todo alguém eventualmente desconfiaria. Era difícil me separar dela, mas era necessário. E eu sabia que durante a noite ela me faria uma visita. Esperaria ansioso para tê-la comigo novamente.

(...)

Ouvi um grito agudo ao longe. Acordei assustado. Aquilo fazia parte do meu pesadelo? Todas as noites eu tinha pesadelos com imagens perturbadoras. Algumas eu já conhecia e se repetiam, outras eram novas. Eu nunca saberia se eram memórias voltando ou apenas pesadelos sem sentido. Ouvi outro grito ainda mais ao longe. Eu já tinha escutado aquilo antes. Me levantei em alerta. Eu tinha pegado no sono esperando por Marie. Algo não estava certo.

Saí no corredor e tudo estava calmo. Só eu tinha ouvido aquilo porque estava dentro da minha cabeça ou pelo ouvido mais apurado que dos demais? Fiquei sem saber o que fazer. Voltei para o quarto e vi uma luz muito clara vinda do jardim. Fui para sacada e a mata ao lado do instituto começava queimar. A mensagem escrita com fogo no pátio me deixou perturbado.

“Eu estou com ela.”

Sai correndo pelos corredores. Eu só precisava ter certeza que “ela” não era Marie. Precisava ter certeza de que Marie estava a salvo. Os alunos começaram a sair de seus quartos. O caminho até o quarto de Marie pareceu triplicar de tamanho. Quando finalmente abri a porta encarei o cômodo vazio. Tudo girou ao meu redor. Procurei no banheiro e nada. Aspirei o cheiro. Morango e outro cheiro estranho de carne queimada. Eu já tinha sentido aquilo antes, mas não conseguia me lembrar. O grito de Marie ecoou na minha cabeça. Como não reconheci o grito dela? Ela estava tentando me chamar. Ela estava tentando pedir socorro. Quem tinha levado a minha garota? Qual o motivo?

– Logan, – Bobby me tirou do estado de choque. – raptaram a Marie.

Eu já sabia, porém ouvi-lo dizer aquilo me deixou mais atordoado. Nenhum mutante, nem o mais poderoso, seria capaz de me fazer sentir tamanha dor. Eu não estava lá para impedir que levassem o que eu tinha de mais precioso na vida.


Notas Finais


E ai? Por essa vocês não esperavam! haha
COMENTEM! Quero saber a opinião de vocês. Sou super legal e respondo todo mundo.
Beijokas.


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