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História Personal Soldier - Promessas que não posso apagar.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Oi pessoas! Quero desejar a vocês um feliz natal!
E se eu não postar outro capítulo esse ano... Um feliz 2017!
Boa leitura!

Capítulo 6 - Promessas que não posso apagar.


POV MARIE

Logan saiu da cozinha me deixando completamente excitada e confusa. O poder que tinha adquirido de ler mentes me deu o privilégio de entender um pouco a cabeça daquele mutante intrigante. Logan me achava linda, não gostava da ideia de algo me incomodando e me desejava. Muito mais do que eu poderia imagina e querer dele. Consegui ouvir poucos pensamentos por não saber controlar as capacidades muito bem, porém foi o suficiente para alimentar a minha vontade de agarrá-lo sem pensar nas conseqüências. O grande e doloroso problema é que para ele, aquele beijo tinha sido um terrível erro e merecia ser esquecido. Eu, a garota estranha e curiosa, não sou boa o bastante para ele. Logan certamente deve estar pensando no quanto sou boba de achar que posso beijá-lo e ficar com ele. Me achar bonita e gostar de mim é uma coisa, ficar comigo de fato é outra completamente diferente e impossível. Quando você vai aprender Marie?! Raiva e tristeza se misturavam em mim. Peguei a cerveja que estava abandonada no balcão e tomei todo o liquido de uma vez, minha cabeça reclamou, mas ignorei o desconforto. Logan havia saído sem arrumar o cadeado do frízer, peguei outras cervejas e fui bebendo. Só conseguia pensar no quanto sou idiota e ele também! Porque ficar pensando aquelas coisas?! Tudo bem que ele não sabia que poderia escutar, mas tudo me deixou confusa! Merda! Eu devia contar a ele o que ouvi e tirar satisfações?! Talvez. Se tudo já está fudido... Porque não acabar de vez?!

 

POV LOGAN

Cheguei ao meu quarto de cabeça quente. Como já era esperado, me arrependi de ter estragado um charuto só pela fumaça estar incomodando Marie. Droga! Marie, a garota tinha me beijado sem aviso. Desde quando ela é assim?! A garota que vivia cheia de receios realmente está se confundindo com a possibilidade de experimentar. O pior é que meu estúpido corpo gostou muito do beijo. Talvez tenha sido apenas uma reação masculina. Homens são assim, qualquer coisa já ficam animados... Entretanto, não parece ser apenas isso. Quando foi a última vez que me senti tão bem perto de alguém? Não sei. Não me lembro de sentir coisas assim nem mesmo com Jean. Senti uma necessidade quase incontrolável de fumar o último charuto que me restava, mas ele merecia uma ocasião melhor. E eu idiota, na pressa de sumir da frente de Marie, larguei a cerveja na cozinha. Valia a pena correr o risco de ir buscar a bebida e talvez encontrá-la ainda lá? Procrastinei minhas poucas alternativas e repassei o acorrido inúmeras vezes na minha cabeça. Eu preciso beber. Mais de meia hora já havia passado. Ela já devia ter ido dormir.

– Vou comprar um frigobar e deixar no meu quarto, assim não há chances que algum pirralho pegue as bebidas. – Conversei sozinho e inquieto.

Levantei decido a voltar à cozinha, mas assim que abri a porta Marie estava na minha frente. Ela arregalou os olhos e gargalhou de um jeito estranho.

– Logan! Você lê mentes também?! Como sabia que estava aqui?! – Ela despejou as perguntas parecendo alterada, consegui sentir o cheiro forte de bebida vindo da boca dela. – Enrolei pelos corredores, mas acabei aqui.

– O que você está falando garota? Você bebeu quantas cervejas? – A encarei sério e ela tentava se lembrar quantas foram.

– TODAS! – Marie gritou e levantou os braços numa reação totalmente expansiva, mas acabou ficando tonta e se não a tivesse segurado ela teria caído no chão com tudo. A carreguei para dentro do quarto arrancando gritinhos e risadas dela. Coloquei Marie sentada na cama e a observei. Como vou explicar para Ororo aquela adolescente bêbada?!

– Sou uma jovem Logan! – Ela apontou o dedo para mim. Estava me corrigindo?! Mas como?! – A Ororo não precisa saber de nada bobinho! Pode ser nosso segredo. – Sussurrou a última frase e riu.

– Você...

– Eu posso ler mentes! Legal não, é?! – A garota bêbada me interrompeu antes que fizesse a pergunta.

– Desde quando? – Perguntei preocupado. Foi por isso que ela me perguntou sobre ser bonita e me beijou?!

– Desde que esbarrei com uma garota no corredor. – Marie respondeu calma com um sorriso. Como se tudo aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. – Foi pouco antes de eu me encontrar com você.

– O que estava pensando garota?! Beber requer responsabilidade. E porque não me contou que podia ler meus pensamentos?! – Cuspi as perguntas e ela me encarou atônita.

– Não brigue comigo. – Pediu num tom mais baixo com uma carinha triste. Não podia mesmo brigar com ela, uma garota sempre tão responsável e que nunca saiu da linha tinha o direito de errar uma vez. Não consigo ficar realmente bravo com ela. Marie sorriu timidamente. – Isso é gentil da sua parte Logan.

– Mas que porra! – Reclamei baixo entre os dentes. – Vai ficar lendo meus pensamentos o tempo todo?!

– Não consigo controlar! – Ela respondeu arregalando os olhos um pouco. – Na cozinha, quando ainda não tinha bebido eu não ouvi muita coisa. Só algumas, mas agora parece que o poder se ampliou, ou eu perdi o controle, sei lá. Estou ouvindo tudo.

– Tente não ouvir! – Retruquei ficando incomodado. Já pensei tantas coisas sobre ela e se tudo passasse pela minha mente agora, a garota ficaria ciente de tudo.

– O que você pensou sobre mim? – Marie perguntou com um sorriso de canto. Droga. Não posso pensar em nada.

– Marie, faça um favor para nós dois e vá para seu quarto. – A expulsei gentilmente tentando acabar com aquele maldito momento.

– Logan, não quero ir embora. Queria conversar com você... – Marie se interrompeu mudando a expressão totalmente. – Estou brava com você! – Ela gritou inquieta.

– Brava porque garota?! Não te fiz nada.

– Fez sim Logan! Você me acha bonita e... E um monte de coisas, corresponde ao meu beijo, mas depois diz que é melhor esquecer?! Não sou uma garota Logan! Sou uma mulher! Me trate como uma!

Fiquei totalmente surpreso com cada palavra que saiu da boca delicada de Marie. Xingamentos e indignação não combinavam com o rosto angelical dela, porém entendi que aquilo era a bebida falando mais alto.

– Eu te trato como uma mulher, pois não beijaria uma garota. Sei que você cresceu, mas ainda tem um pouco daquela menina indefesa que conheci no Canadá. Vai ser melhor para nós dois esquecermos aquele beijo. Não quero te machucar. – Despejei as palavras sem pensar no efeito que elas tinham. Era a pura verdade e só. Marie me encarava surpresa e agora desarmada. Ela abaixou o olhar e encarou as mãos.

– Desculpe. – Sussurrou envergonhada. – Eu sou uma idiota Logan! – Marie afirmou com tristeza na voz e logo pude ver lágrimas escorrendo pelo rosto dela e caindo na blusa branca.

– Não chore Marie. – Me sentei ao lado dela sem saber o que fazer ou dizer. – Você não é idiota. Por que seria?

– Você é tão bom para mim. Não tenho direito de te beijar assim... É que eu sempre tive sentimentos por você. Não sei o que fazer! – Marie falou rápida com dificuldade diante do choro.

Um silêncio pairou e ela continuava chorando. Maldita bebida que faz as pessoas serem sinceras. Não precisava saber daquilo com todas as letras. Aquela confissão ecoaria na minha cabeça toda vez que pensasse nela. Me aproximei e a puxei para um abraço calmo e acolhedor.

– Logan não vá embora. Me dói tanto não te ter por perto. Eu... Eu não...

– Shhhhh... – Ajeitei a cabeça dela no meu peito e a impedi de continuar falando. Iniciei um leve carinho nos cabelos longos dela enquanto nos embalava num ritmo que estava dentro das nossas cabeças. – Não vou embora. Prometo. – falei baixo sem pensar no peso daquelas palavras. Minha vontade realmente era de ficar ali e dar apoio para aquela frágil garota todas as vezes que ela precisasse, mas e se a coisa certa fosse partir?! Eu conseguiria manter minha palavra?! Não sei. Depois de um tempo a respiração de Marie ficou pesada e os braços que antes me apertavam, agora não faziam mais pressão sobre mim. Imaginei que ela tivesse adormecido cansada e bêbada. A deitei delicadamente na cama e cobri com meu edredom. – Boa noite pequena. – Sussurrei e depositei um beijo leve na bochecha rosada dela. Marie apenas suspirou e ajeitou as mãos perto do rosto voltando a dormir profundamente. Me sentei na poltrona do canto do quarto e a observei serena imersa em sonhos bons talvez. Será que amanhã ela se lembraria de tudo que disse? Deus! O que está acontecendo entre mim e Marie?! Nossa relação sempre foi complicada e afetiva ao mesmo tempo, entretanto agora as complicações estão mais complexas e o medo, sentimento incomum para mim, me preenche toda vez que penso no nosso envolvimento. Marie está me deixando louco e não sei como parar isso. Não sei se consigo mais me afastar dela.


Notas Finais


Comentem! É muito importante pra mim, ok?
Beijos.


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