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História Personal Trainer - ONE: wish you were gay.


Escrita por: justbusan

Notas do Autor


Boa Leitura [!!!]

Capítulo 1 - ONE: wish you were gay.


Durante muitos anos da minha vida eu só soube reclamar, chorar e comer. Era o meu ciclo diário e sagrado: acordar, escovar os dentes, tomar o café da manhã, assistir netflix até o horário da janta, comer, tomar banho e ir dormir.

Eu não trabalhava, não socializava com meus amigos ou família, não fazia nada de bom, mas também não me sentia tão morto assim. Mesmo que aquilo, pensando como eu penso hoje em dia, não fosse mais considerado viver.

De repente, eu me vi preso num mundo meu, mas que não era feito para mim. Eu realmente não queria aquele mundo, muito menos viver nele, então decidi mudar depois de pensar no quanto ele me fazia mal. Interna e externamente.

Durante o meu próprio tempo de mudança, novas descobertas foram me fortalecendo e encorajando, outras foram me deixando confuso e desorientado; perdido.

Eu me descobri bissexual e demorei até aceitar isso, mas hoje em dia ser quem eu me tornei com o passar do tempo é um dos meus maiores orgulhos.

Quem não teria orgulho disso, pelo amor de deus?!

É como se você visse uma menina distante e a achasse maravilhosa, atraente, mas quando ela se aproxima e você percebe que na verdade não é uma menina e sim um homem... você continua pensando da mesma forma que antes. E, cara, isso é bom. Poder beijar quem você achar atraente independentemente se essa pessoa for do sexo feminino ou masculino é maravilhoso e eu posso provar.

O ruim mesmo é não poder provar bocas de pessoas que te enlouquecem de certa forma, mesmo que indiretamente, é a orientação sexual delas. Héteros… blé!

Um exemplo? Hm… deixa eu pensar…

Ah! Jeon Jungkook, meu personal trainer.

Eu realmente mudei de vida e decidi começar a trabalhar e, por suposto, acabei entrando numa academia também. E, meu deus, provável que tenha sido a melhor decisão da minha vida quando meus olhos bateram naquele moreno alto e tatuado, usando apenas uma calça de moletom e regata, enquanto auxiliava uma mulher — que parecia se aproveitar bastante da situação, inclusive — a levantar alguns pesos da forma correta.

O que eu acho super desnecessário já que minha prima de sete anos conseguiria levantá-los sem nem peidar.

Então, eu me vi preso num loop vicioso do caralho por quatro dias, toda semana: Malhar enquanto vejo Jungkook malhar.

E eu até me sentiria completamente gay se não vacilasse algumas vezes ao olhar para as meninas malhando os glúteos também. Porque, fala sério, as coreanas que eu estou acostumado a ver caminhando pelas ruas não têm quase nada de bunda, mas aquelas da academia… minha nossa senhora! Fora que haviam muitas estrangeiras também, então dava pra alternar o olhar e enxergar a diferença. Mas, no fim, meus olhos sempre se voltavam à ele.

Jeon Jungkook. O filho da puta.

Respeitosamente dizendo à sua senhora mãe, é claro.

Eu já estava caminhando para a academia com minha costumeira bermuda de moletom e camiseta, a mochila nas costas e a garrafa de água em minha mão para eu não morrer engasgado com a garganta seca, como quase morri um dia desses, e os tênis calçados em meus pés.

Cueca também, mas esse último não é tão importante assim.

— Atrasado de novo, Park? — Mal chego eu e já sou abençoado com a voz da sabedoria em meus ouvidos.

Eu sorri, meio sem jeito quando me aproximei um pouco mais, sempre me sentindo intimidado com a forma como ele parece ser tão maior comparado à minha altura.

Será que o pau dele é maior que o meu também?

— Me desculpe, treinador. Eu vim a pé dessa vez… — Eu disse, olhando no relógio pendurado na parede que já eram três e oito. — E eu nem estou tão atrasado assim.

— Sei, sei. Mas você sabe que fechamos mais cedo aos finais de semana, então seria bom se chegasse o quanto antes para enriquecer os músculos por mais tempo.

— Enriquecer os músculos não é tão importante assim, treinador. Mas se você quiser enriquecer minha conta no banco, não ouvirá reclamações de mim. — Avisei, ouvindo sua risada rouca ecoar quando adentramos a sala de musculação, onde algumas pessoas já estavam ativas e funcionais.

Percebendo que não receberia uma resposta, eu apenas o acompanhei até o tatame, em silêncio. Sem constrangimentos, no entanto.

— Vamos nos alongar primeiro pra relaxar os músculos. É uma das partes mais importantes da musculatura, caso contrário os músculos ficam tensos e duas vezes mais doloridos depois. — Ele disse, entrelaçando os dedos e esticando os braços para cima. E, mesmo que eu tenha me assustado ao ouvir os estalos altos que os ossos de seus braços fizeram, imitei seu gesto. — Dobre um pouco mais a coluna para dentro. Isso.

— Só isso aqui já estalou todos os ossos do meu corpo, treinador.

Ele riu, abaixando os braços antes de dobrar as pernas e posicioná-los atrás de seu corpo, pressionando o pé direito em sua bunda.

E eu acho que nunca quis tanto ser um pé.

Depois, nós fizemos o mesmo com o outro.

— Muito bem. Agora encoste as mãos no chão.

Eu imediatamente concordei, agachando-me ao fazer o que ele pediu sem entender realmente o objetivo daquilo, mas meus pensamentos errôneos foram interrompidos com sua risada. Mais uma vez.

Eu não sei devo me sentir incrível ou idiota por fazê-lo rir tanto.

— Não assim, Park. Suas pernas devem continuar esticadas. — Ele disse, caminhando até mim quando me fez ficar de pé novamente e abaixar somente do quadril para cima. — Desse jeito.

Eu queria avisar que seu pau estava roçando na minha bunda, mas não era como se isso me incomodasse, realmente. O que me incomodou mesmo foi a sensação de que os ossos das minhas pernas iriam se partir a qualquer momento conforme ele foi pressionando ainda mais as minhas costas para baixo, arrancando um grunhido da minha garganta.

— O objetivo é alongar ou explodir minha perna? — Eu perguntei, com o tom de voz forçado e cansado pela posição.

— Você já me provou ser mais flexível que isso, Park… — Riu, tirando as mãos das minhas costas ao permitir que eu voltasse a ficar com o corpo ereto.

— Eu só não estou com muita disposição hoje. O trabalho foi bem exaustivo e eu sinceramente não estou muito feliz com isso.

— Eu trabalho nessa academia fazem três anos. É bem cansativo, mas eu gosto de trabalhar aqui e fico feliz quando vejo os resultados do meu esforço. — Ele contou enquanto olhava brevemente para mim, agora esticando o braço direito para o lado enquanto o segurava com o outro, repetindo o mesmo com o esquerdo.

E, como sempre, eu repeti seu gesto.

— É porque deve ser legal ver as meninas malhando. E deve ser bom ter o corpo bonito assim pra exibir também, sem inseguranças.

— Você acha meu corpo bonito?

— Quem não acharia? Você parece morar na academia. Não come um presunto, certeza.

Ele negou com a cabeça, me fazendo imaginar que ele realmente não comia coisas do tipo. Logo, minhas conclusões foram dadas como precipitadas e erradas quando o ouvi dizer:

— Eu como de tudo. Principalmente doces.  disse, rindo um pouco antes de prosseguir: — E mesmo com o "corpo bonito" assim, eu ainda tenho as minhas inseguranças, Park. Todos têm.

Eu me senti confuso e até indignado quando o vi fazer aspas com os dedos, suspirando antes de caminhar até uma barra de peso e gesticular para que eu me aproximasse.

— Você é maluco, isso sim. Se eu tivesse um corpo feito o seu, andaria pelado por aí sem vergonha nenhuma. — Eu disse, e nem sei se era brincadeira mesmo, mas ri disso. Aproveitando-me do assunto, eu constatei: — Sua namorada tem bastante sorte, treinador.

Silêncio.

Eu me senti bem frustrado por ele não ter afirmado, nem negado se estava ou não em um relacionamento. Talvez eu estivesse até esperando que um milagre acontecesse e ele dissesse que na verdade era gay, mas até minhas expectativas sabiam que estavam indo longe demais.

Eu me recostei confortavelmente — nem tanto — na espécie de maca que ele indicou, vendo a barra de peso acima da minha cabeça, sendo sustentada pelo suporte de ferro. Em seguida, ele passou as pernas para cada lado do meu corpo até estarem com as coxas rentes às minhas costelas, ainda de pé, e posicionou minhas mãos na barra de ferro antes de segurá-la, sem deixar que o peso fosse totalmente sustentado por meus braços.

Então, ele me surpreendeu quando me olhou dali de cima e contou:

— Eu não tenho namorada, Park.

Solteiro na pista, galera.

Ah, ele é hetero…

Sem que eu pudesse respondê-lo com ao menos um "ah…", Jungkook me pediu para firmar mais os braços para em seguida diminuir a leveza do peso, sem soltá-lo completamente. Eu respirei fundo quando flexionei os braços e soltei o ar quando os ergui, como ele disse para eu fazer e, na quarta vez, eu disparei:

— Suponho que tenha namorado, então. — Arrisquei dizer, olhando cada mínimo detalhe de sua expressão ao me ouvir, mas de todas as reação, ele me mostrou a que eu menos esperava.

Ele simplesmente sorriu.

O filho da puta SÓ sorriu e eu me descompassei todinho quando tornei a soltar o ar dos meus pulmões ao erguer os braços novamente.

Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez.

Eu precisei erguer a barra de peso mais dez vezes até que ele voltasse a encaixá-la no suporte próprio para isso, colocando as duas mãos na cintura antes de finalmente me responder.

— Não tenho namorada, nem namorado, Park — Ele disse, com certa naturalidade, até.

Hm. Ele não estranhou a pergunta? Nem um tico? Não sentiu a heterossexualidade dele em jogo ao responder isso tão casualmente?

Uau, Jeon Jungkook…

Eu continuei olhando-o dali de baixo, tentando não olhar mais pra baixo, já que com certeza não conseguiria disfarçar — aliás, disfarçar nunca foi meu forte  —, concordando levemente com a cabeça. Eu já sentia os suores escorrendo pela minha testa e coluna e não fazia nem trinta minutos que eu estava naquela academia.

— Vamos lá, mais duas séries de vinte com pausa de quinze segundos cada. — Avisou, voltando a segurar a barra quando me pediu para posicionar meus braços como antes, ajeitando minhas mãos da forma correta antes de dizer: — Suas mãos são tão pequenas que eu sinceramente tenho medo de soltar essa barra de ferro e elas não darem conta de segurá-la.

Eu automaticamente crispei os lábios, chateado.

— Minhas mãos nem são tão pequenas assim, treinador! — Eu exclamei, indignado.

Mas eu sabia que elas eram pequenas, sim. Até pra segurar meu telefone era difícil.

— Certo... — Soltou um riso curto pelas narinas, claramente não concordando com minhas palavras. — Concentre-se.

Eu puxei uma boa quantidade de ar para meus pulmões, soltando tudo pela boca, flexionando meus braços novamente até completar vinte levantamentos consecutivos, tendo um descanso de quinze segundos mais uma vez.

— E você, Park? Tem namorada? — Questionou durante meu tempo de "descanso", dessa vez sem soltar a barra de ferro.

Era impressionante a forma como ele segurava aquilo como se estivesse segurando uma pena. Parecia que ele não sentia o peso quando, por outro lado, eu já estava quase morrendo pelo esforço que sequer era muito visto que Jungkook segurava a barra também.

— Não tenho. — Respondi, dando de ombros. Antes que ele fizesse outra pergunta, entretanto, eu completei. — E não tenho namorado também, treinador.

Ele assentiu mais uma vez, com os lábios pressionados tornando suas covinhas mais visíveis ainda, me fazendo olhá-las com apreciação.

Não é como se eu nunca tivesse visto elas, até mesmo porque eu sempre o observava malhando através de um espelho que me permitia vê-lo, mas o impedia de me ver.

Dava pra ver suas covinhas quando ele malhava os braços. Toda vez que os erguia, sua expressão denunciava seu esforço e ele pressionava os lábios, fazendo as covinhas aparecerem toda vez.

— Certo. Quer fazer algumas abdominais? — Ele perguntou após eu terminar de fazer a terceira e última série de vinte.

— Querer eu não quero, mas o que eu posso fazer? — Eu disse, rindo em frustração.

Assim que ele saiu de "cima" de mim, eu levantei e caminhei de volta até o tatame, vendo-o se ajoelhar. Infelizmente não era para me chupar, mas ainda assim…

— Quatro séries de vinte e cinco. — Ele avisou quando me deitei em sua frente, com as pernas flexionadas e juntas, sentindo suas mãos segurando meus pés no lugar quando eu ergui o tronco pela primeira vez.

— Eu só queria estar comendo um chocolatinho agora… — Me lamentei, formando um bico nos lábios enquanto lutava para continuar as abdominais sem fraquejar.

Não é como se eu fosse um fracote. Eu tinha até que o físico bom, mas, mesmo assim, não tinha tantos músculos quanto queria ter. Minhas coxas são parcialmente grossas e minha bunda bem… bem redonda. Meus braços não eram extremamente magros, mas também não eram fortões.

Aliás, eu sempre tive o corpo assim. Mesmo quando comia e bebia igual um porco, eu nunca engordei além do que se pode dizer como saudável, mas também sempre quis ter as coxas que uma pessoa gordinha tem.

Porque, sabe... são coxas maravilhosas.

— Você pode comer seu chocolate mais tarde, Park — Ele disse, com um sorriso pequeno nos lábios finos e hipnotizantes enquanto eu continuava deitado, com as mãos sob a cabeça. — Mais vinte e cinco. Vamos.

— Então quer dizer que eu posso comer besteiras mesmo querendo ganhar massa muscular? É isso?

— Sim. Eu como bastante.

— Eu não sei se devo te parabenizar ou te xingar, sinceramente… — Eu resmunguei, emburrado, ainda na quinta abdominal. — Eu como uma batata e engordo cinco quilos. Como isso é possível?

— Você está exagerando… — Ele riu, negando algumas vezes com a cabeça, e eu quase me joguei no chão e rolei quando o vi passar a língua entre os lábios antes de confessar: — Eu acho o seu corpo muito bonito também. Não vejo necessidade de você fazer dietas ou morrer malhando se tem um corpo bem estruturado assim.

— Você acha, mesmo? — Eu questionei, ofegante. — Eu sou meio neurótico quando se trata do meu corpo, mas gosto das minhas coxas.

— E seus glúteos também são invejáveis — Ele confessou, mas pareceu envergonhado quando prosseguiu. — Com todo respeito, é claro.

— Eu até brincaria com a informação de que você já olhou pra minha bunda, mas estou cansado demais pra fazer isso. — E era verdade. — E você também poderia acabar não gostando, vai que é um hétero frágil...

Agora sim. Ele tem que me responder.

— Hétero? — Sorriu, me olhando de cima mais uma vez quando eu fiz mais vinte e cinco abdominais. Retribui o olhar, assentindo algumas vezes. — Eu pareço ser hetero? Isso é bom.

— E você não é?

Você é? — Devolveu a pergunta, me pegando de surpresa com a tonalidade firme de sua voz.

— Não. — Respondi sem hesitar, até tremendo um pouco a base.

Então, ele deu de ombros, revelando: — Nem eu.

Meu deus, socorro…

Sem esboçar qualquer reação embora estivesse quase morrendo por dentro, eu comecei uma nova série de vinte e cinco abdominais após os meus dez segundos de pausa se findarem, sentindo a pressão sanguínea toda em minha cabeça.

— Então por que você disse que é bom que você pareça hétero? — Voltei a perguntar.

— Um dos meus maiores medos quando me descobri gay foi me tornar um homem... afeminado demais. — Ele confessou, ainda segurando meus pés no chão enquanto eu terminava de fazer a terceira série de abdominais. — Nada contra quem é, óbvio, mas eu realmente não me vejo falando agudo e prolongando todo final de frase, nem fazendo aquela coisa com a mão e com a cabeça que os gays afeminados costumam fazer.

Puta que pariu. Ele é gay.

GAY!

Sem mulheres, só homens. Gay.

— Gay? — Indaguei, demonstrando total surpresa em meu tom de voz. — Pensei que fosse no máximo bissexual, como eu.

— Hm… não. Eu já tentei transar com mulher e até deu certo algumas vezes, mas tudo foi por água abaixo quando eu tive a primeira vez com um homem.

Infelizmente esse homem não foi eu, mas quem sabe em breve será.

— É bom, não é? — Eu ri, ouvindo a concordância risonha dele também. — E você é o quê? Passivo? Ativo?

Uma conversa normal com o próprio personal trainer num lindo dia de sofrimento na academia.

— Você parece bem interessado nisso, Park — Ele lançou a braba, me fazendo perder o ritmo por uns segundos.

— Só estou curioso, treinador... — Sorri, voltando a recostar minhas costas no tatame ao terminar a penúltima série de abdominais. — Como você tem cara de hétero bruto, suponho que seja ativo.

— Isso — Ele concordou ao rir, mantendo o olhar em meu rosto. — Pra ser sincero, eu sempre desconfiei que você não é hétero, Park.

— Sério?

— Sim. Você não sabe disfarçar o olhar. — Apontou, me fazendo corar mais do que já estava pelo esforço. Dessa vez, eu senti meu rosto esquentar por vergonha mesmo. — Você é passivo?

— Eu sou os dois.

Depois de lançar a minha pérola no ar, eu mesmo tomei a iniciativa de respirar fundo e voltar a fazer as abdominais. Enquanto eu as fazia, um silêncio se manifestou entre eu e Jungkook, e eu sinceramente não sei de onde tirei a coragem que tive pra conectar meu olhar ao dele e permanecer assim até o fim das vinte e cinco abdominais, já que ele também não desviou o olhar nem um segundo sequer.

Quando eu fiz a última, o surpreendi quando subi o corpo até estar com meu peitoral totalmente encostado nas minhas coxas, perigosamente perto de seu rosto.

— Sabe de uma coisa, treinador? — Questionei, olhando-o tão intensamente que eu podia sentir o reflexo da minha própria intensidade em seu olhar. — Você também não é o melhor quando se trata de disfarçar.

Mesmo que houvesse um tico de provocação em minha fala, eu não estava mentindo.

Acho que uma das coisas que me fizeram sentir ainda mais atração por ele foi acreditar nas minhas intuições de que seu olhar vacilava às vezes e me faziam senti-los me observando por inteiro. É claro que eu acho e não tenho total certeza porque não tinha coragem de checar se ele estava me olhando realmente, mas se eu sentia isso… é porque eu tinha razão.

Às vezes eu sentia seu olhar no meu abdômen — mesmo que eu nunca tenha ficado com ele nu em sua frente —, outras vezes em minhas coxas e principalmente na minha bunda quando eu fazia flexões. Como nunca tive certeza de que a sensação era reflexo de algo real, entretanto, não coloquei tanta fé.

Mas foi impossível evitar um arrepio frio se alastrar por meu corpo quando eu senti novamente seu olhar em minhas coxas. Dessa vez, no entanto, ele veio acompanhado pelo toque de sua mão.

— Eu não sou bom porque eu não faço questão de disfarçar, Park. Nunca fiz. — Ele confessou, aproveitando a brecha do meu moletom para deslizar sua mão até a metade da minha coxa, acariciando-a por baixo do tecido. — Você só é lerdo demais pra perceber certas coisas.

O quê? Como é, colega?

Eu abri minha boca, indignado.

— Ok, eu me sinto realmente lerdo e ofendido, treinador... — Eu disse, deixando minha cabeça cair um pouco quando soltei uma risadinha baixa.

Senti sua mão se afastar da minha coxa quando ele se levantou, e eu quase choraminguei, mas fiz o mesmo quando aceitei sua ajuda para me reerguer.

— Então é melhor você começar a assimilar as coisas mais rápido, Park. — Ele alertou com um sorriso nos lábios, indo até o banco onde eu deixei minha garrafa de água e entregando-a a mim em seguida. Antes que eu tivesse pelo menos a chance de agradecer, ele disse: — Trinta minutos de esteira. Depois faremos alguns agachamentos.

É… o dia vai ser longo hoje.

Eu que lute.


Notas Finais


oi gente :( tudo bem com vcs? eu to malkkkkkkkk
o próximo capítulo já tá pronto, só que é um lemon meio pombo desculpem :( todos os lemons que eu escrevo são pombos no caso
enfim, eu ainda estou escrevendo uma fic longa e tenho certeza que vcs vão gostar, entao me sigam aqui pra receberem a notificação de quando a fic sair, ok?
favoritem e comentem o que vcs esperam para o capítulo seguinte.
PERGUNTA: qual é a fanfic de minha autoria que vcs mais gostam?

with love,
bê.


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