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História Perturbados - Equipe E (sem tempo para morrer)


Escrita por: joo-brooke

Notas do Autor


Aceite o passado
Esqueça o futuro
E não viva o presente

Boa leitura

Capítulo 9 - Equipe E (sem tempo para morrer)


Fanfic / Fanfiction Perturbados - Equipe E (sem tempo para morrer)

 .

ELIZABETH

Mais uma garrafa só mais uma para tudo acabar, já havíamos esquecido de contar quantas foram, pois a tanta culpa por aqui. Eu não estava pronta para perder ele, meu querido amigo, um irmão para mim. Parecia a que estou me afogando na culpa, havia tantas coisas que era possíveis ser feitas, mas ela não fez nada. Era uma grande pesadelo tudo aquilo, depois do que ela passou para chegar longe, tantos sacrifícios para que? Será que existia uma chance de tudo dar certo? Tem como trazer ele de volta?

Elizabeth estava sentada em seu sofá segurando um cantil que já teve um dono, mas agora era ela a dona, para quem olha de longe, pensa que talvez um cadáver esteja jogado no sofá da mulher, mas esse pensamento é mudado quando a vem tomar mais um gole do whisky.

Ela nunca explicou para ninguém o que houve com ela, o que fez várias pessoas pensarem que ela tinha uma doença genética, fazendo ela envelhecer mais rápido. Liz nunca se importou com os comentários, e nem se importou com o susto de Júlia ao ver ela, a mulher parecia ter visto um fantasma a sua frente, o fantasma velho de sua ex patroa. Já Geraldinho ficava ao lado da o tempo todo, ela não se desgrudou dela segundo sequer, se algum procurasse o cão iria encontrar sentado em seus pés dormindo. Aquilo foi um alívio de certa forma, mas ela não queria sentir bem novamente, não depois de tudo que aconteceu, os colegas de missão não tinha novidades dela, nem mesmo joui...

Perdida no tempo, não tinha ninguém ali para salvar a ela, mesmo com todos ao seu redor desesperados, com medo por ela e por si mesmos. Eram sempre as mesmas expressões de pavor neles, mas por 22 anos ela ficou sozinha desejando uma ajuda, com eles tiveram coragem de torturar ela desta forma tão cruel. Era constantes os pesadelos com aquela missão, com a morte do Cris, lhe amaldiçoando por não tê-lo salvado de alguma forma, ela poderia muito bem ter salvado, mas Thiago era mais importante. Pobre Thiago acreditando na mudança dela, nunca houve uma salvação para ela, só havia há dor. Não tinha um dia que havia raiva contra ele por tudo, por ele nem pensar nela quando ele decidiu ser um Herói, os meninos o chamaram de herói, mas na verdade ele foi egoísta, em alguma parte de sua cabeça tinha a grande ideia de ser um herói, não havia ninguém para provar algo, mas ele o fez e morreu...

- SEU IDIOTA! - gritou a velha irada, ela jogou seu cantil na tv, e quebrou ela em milhões de pedaços. - VOCÊ ME ABANDOU! EU DEVERIA TER ME ACOSTUMADA COM ISSO, TODO QUE EU ME IMPORTO MORRE - Em segundos ela começou a destruir a casa, ela quebrou tudo há sua volta. - O que eu tô fazendo de errado.

Elizabeth foi ao chão mais uma vez, talvez seja uma forma de se torturar com tudo que aconteceu, não havia como mudar o passado e nem seu presente de sofrimento, não há outras oportunidades de voltar ao normal.

. .

JOUI

O jovem estava sentado no chão tentando mais uma vez meditar, mas as lembranças daqueles malditos dias em carpazinha voltavam, parecia que ele tinha voltado do inferno, todas as noites pesadelos com os gritos, com o senhor Cris pulando naquela aranha, e com ele... Seu sensei Thiago, o homem era um herói se sacrificou por todos sem pensar dias vezes. O asiático continuou ali parado, olhando para um canto qualquer do quarto, tudo parecia tão triste de ficar olhando. Ele fechou seus olhos e viu o santo berço, as chama consumindo o local, a enfermeira sangrando desfigurada pelos ataques dos outros, por pouco ele não pulou nas chamas para queimar junto com o local, talvez ele tinha que ter queimado ali.

O garoto se levantou e procurou um agasalho, para que assim podesse se aquecer, o mundo começou a lhe aterrorizar com visões terríveis. O medo começou a fazer parte do seu dia, a cada momento parecia que ele iria acordar, e estar em santo berço. Não tinha ninguém para conversar, já que seus pais nem ao menos se importaram com sua volta, ter ficado sozinho foi uma ideia ruim de algum modo. Ele tinha diversos pesadelos durante a noite, como viver agora...

O asiático foi em direção ao centro de treinamento da sua cidade, para que assim tirasse toda a dor de sua cabeça.

- joui! - chamou a mulher de cabelos ruivos, amiga de infância do jovem.

- Olá amará! - os pais dela vieram para Japão trabalhar, e na escola os dois se aproximaram.

- e aí como foi lá no Brasil, eu queria tanto ter acompanhado você. - sim amará era brasileira, foi ela que ensinou ele a falar a língua.

- é foi uma pena... Acho que você teria gostado - ou talvez você tivesse morrido, como todo mundo.

- eu acho que vou para o ginásio!

- está fechado, mas o ringue de patinação está aberto? Se quiser pode ir lá.

Ele balança a cabeça em positivo, ele foi para o vestiário e calçou um par de tênis de patinação, ele era branco com detalhes em vermelho. Ele começou a caminhar com eles calçados, era difícil andar com eles, mas eles são ótimos para postura, uma coisa que joui adorava. Ele abriu uma pequena portinhola azul, cercada por outras paredes azuis por fora, que ia até a cintura, mas o lado dentro era branco. Ele parou no meio, suas mãos foram para o alto e seu corpo se curvou para baixo, ele girou seu pé fazendo assim ele dar uma volta pelo seu corpo. Ele começou andar rápido, e veio há dar um salto, ao dar esse salto ele parou no chão com uma perna no alto, enquanto a outra estava no chão. Ele saltou mais uma vez e girou no ar, ao chegar no chão ele acelerou dando uma volta completa no ringue, ele. Quando chegou ao meio ele se curvou, e começou a girar na mesma posição e girou seu corpo para cima. Tudo poderia voltar a ser como era, onde ele não tenha medo todos os dias.

. . .

ARTHUR

- não estamos procurando um balconista!

Mais um bar que fora rejeitado, ele voltou a caminhar pelas ruas de São Paulo, era difícil achar um emprego por aqui. Mais um bar que lhe rejeitava, havia muitas dúvidas na sua cabeça em como resolver aquilo, não havia muito dinheiro com ele e Ivete, para que nós dois vivêssemos por muito tempo aqui.

Depois daquela entrevista me encaminhei para casa, onde eu e Ivete vivíamos juntos. Eu tava tentando não pensar em tudo que tinha acontecido, naquelas duas semanas, onde tudo que eu tinha eu perdi, mas a única pessoa que eu ainda tinha era a Ivete e iria aproveitar isto de qualquer forma. Nós estávamos morando em um apartamento no interior de São Paulo, peguei a princesa que estava estacionado ao lado de fora. Me sentei nela e engatei a chave nela, e apertei os aceleradores e empurrei o pedal duas vezes há ligando, coloco meu capacete e vou para casa... Casa.... Isso era estranho de se pensar por enquanto, toda vez que eu dizia está palavras eu iria até carpazinha, ver meu pai, os gaudérios e a Ivete no bar dos gaudérios abutres, estava tudo diferente do habitual. Eu não podia negar a raiva ao meu redor, eu sei que não é culpa deles, nenhum deles tiveram a intenção de me magoar e fazer eu perder tudo. Parei a moto no sinal vermelho, eu encarei aquela luz maldita, meus olhos implorava por ser fechados, para não olhar ela. Não havia escapatória do vermelho, e nem para o que tinha acontecido, tudo mudou mais uma vez. Ainda me lembro quando eu descobri sobre a morte dá minha mãe e do meu irmãozinho, tudo parecia demais para mim e que seria minha culpa, eu devia estar naquele acidente junto deles, minha existência deveria ter acabado ali. Ou pelo menos em santo berço... Aquele lugar tão estranho... Mas confortável de certo modo, eu pensei em continuar ali para ficar, tudo parecia que melhoraria lá. Mas aí veio toda aquelas revelação, sobre como aquele lugar era podre e infeliz. Eu teria me sacrificado lá, mas ninguém me deu ouvidos, eles me trataram como uma criança, como se não houvesse outro jeito, e que esse outro jeito não me envolvia. Eles queriam me proteger, e até mesmo foram exagerados, como o joui me apontando sua katana, por um momento... Não vi mais o garoto de alguns dias atrás, vi uma figura sombria pronta para fazer tudo para me salvar e aos outros juntos, e nele vi meu pai tentando me proteger daquela coisa. E isso me deixou irado, deveria ser eu a morrer ali, não podia ser a Liz, o Cesar, o Thiago e o joui e sim eu... Nenhum deles perdeu quanto eu, nenhum...

Parei ao lado do apartamento meu e dá minha Ivete, e comecei a me aproximar do casa, tudo parecia sombrio demais ali, mas não deveria demonstrar isto a Ivete. Entro no prédio e chamo um elevador, fecho meus olhos e conto até dez, ouço ele se abrir e entro nele, aperto e quinto andar e subo. Firmo meu olhar no espelho e dou um sorriso, o mais bonito possível, para não preocupar ivete, para não ter mais problemas...

- seja bem-vindo Arthur! - disse Ivete arrumando a mesa.

. . . .

CÉSAR

- Cesar! Eu te amo filho.

Foram suas últimas palavras para mim, e não pude retribuir a demonstração de afeto. Mas o vi pular como um herói na aranha, e ser consumido pelas chamas, foi tudo tão rápida.

- Cara você tá aí? - o Mago30 me chamou no LOL.

- Tô aqui, mas acho que vou me mandar.

- tão cedo? Mas vai lá cara, a gente se fala amanhã.

Sai da Call no discord, mas continue ali sentado olhando meu monitor. Havia tantas coisas na minha cabeça ultimamente, parece que fui para o inferno e voltei dele, mas de lá voltei sozinho, perdendo os últimos membros familiares. Ele colocou suas mãos no rosto e se levantou dá cadeira, indo em direção dá sua sala, pegou na geladeira um energético, e sentou no sofá. Procurar algo na tv seria o inútil, nada lhe agradaria de ser visto naquele momento, principalmente com a memória fresca de seu pai e irmão na mente. E além do mais, ele estava evitando dormir, pois acharia que veria seu pai lá novamente, mas agora na companhia de Thiago. Ele abriu a carteira e viu as duas fotos, a com o grupo reunido, e a bizarra foto do seu velho, um pequeno sorriso aparaceu em seus lábios. Como tudo aquilo aconteceu, como minha vida virou de cabeça para baixo, parece que andei sonhando demais. Ele abriu a lata e começou despejar o líquido e sua garganta, com cada gole ele queria que fosse o primeiro, querendo que aquela sensação de conforto não acabe. Depois que ele chegou ele aproveitou cada momento em sua casa, não querendo pensar nos horrores. Sem aviso o sono veio, ele deu um pequeno tapa em seu rosto, querendo se Mater desperto. Não poderia dormir, pois ele poderia voltar para lá, e ele não queria sofrer novamente, e não poderia passar por aquilo novamente.

....

O sol se pós uma última vez, diga adeus a ele mais uma vez, aquela vida tinha acabado e não teria volta. Não havia motivos para se encontrarem, não com aquilo tudo. O medo, o luto e a vergonha... pois todos sabiam que quando se vissem novamente, poderia ser há última vez, e eles não queriam passar por isso novamente. Toda angústia os perseguia, a cada sinal de algo sobrenatural dava calafrios em todos. Tudo acabou de um jeito ou de outro, pois eles se chamavam equipe esperança, mas há única coisa que eles não tinham era ela, nada poderia salvar eles, nem um pai, um amigo, um sensei ou um desconhecido maluco. Eles ficaram sozinhos até há próxima missão... Até o último suspiro.


Notas Finais


Vou tentar postar 'Liberdade' sábado ou sexta!


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