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História Pesadelo em Série - Só o começo


Escrita por: theweepingwillow , farofaye e _hollow

Capítulo 12 - Só o começo


Depois de Mona as chamarem no corredor e explicar as coisas, cada uma correu para o seus respectivos quartos. Marcelly entrou no mesmo e fechou a porta. Logo a energia voltou e a luz vermelha da câmera começou a piscar indicando que estava ligada. Se agachou no chão ali por perto, tinha perdido o sono. Que ótimo. E então mergulhou em pensamentos. Ela só queria ir embora. 

Nem percebeu que estava chorando quando uma lágrima escorreu pela sua bochecha e caiu em sua calça. Limpou seu rosto com força. Levantou e foi até a cama, deitando na mesma. Fechou os olhos e tentou dormir. A tentativa foi falha pois ela não conseguia de jeito nenhum. Depois de um bom tempo olhando para a porta a espera de alguém, o sono a venceu e então apagou.

Marcelly acordou com um alarme ecoando no quarto, as portas foram abertas e a voz irritante começou a falar “Bom dia! Por favor, siga o caminho de luzes”. Se levantando, foi em direção do corredor encontrando as outras.

- Gente, ontem na sala de jogos haviam uns bloquinhos de madeira e cada um tinha uma letra. Elas formavam um nome, “Charles”. “A” tem um nome. – Disse Laura. Não puderam comentar nada pois já haviam chegado na sala.

“Por favor, localizem seus postos.” Disse a voz. Era uma sala grande onde tinha uma pequena escada no centro e várias mesas de metal com numerosas caixas em cima. Heloisa foi até uma mesa onde havia um cartão escrito “Aria”, no mesmo estava dizendo que ela cuidaria do comitê de música. Hanna cuidaria da comida, Marcelly e Laura da decoração e Mona da eleição para a rainha do baile. “A” queria que elas criassem um baile de formatura que seria do tema “Uma noite na Ópera”. Patético.

- Pode preencher alguns desses cartões? Eu ajudo você se me ajudar – Disse Mona olhando para Laura.

- Tá. – Ela disse indo até sua mesa.

- Se “A” não se importar, podemos fazer todas juntas – Disse Mona. Todas se aproximaram da mesa fazendo com que o tal do Charles não conseguisse ver o que estavam fazendo. Mona começou a escrever no papel que tinha ali. “Vocês receberam uma máscara de gás de “A”?” todas menos Laura negaram com a cabeça. Hanna pegou uma caneta e escreveu “Estou com medo”. 

Todas voltaram para suas mesas e começaram a organizar tudo. Heloisa estava escolhendo algumas músicas do novo CD do Justin Bieber, quando Laura da um grito.

- Ai! – Ela disse colocando o dedo na boca. Ela havia se cortado com a tesoura.

- Está tudo bem? – Perguntou Marcelly.

- Isto vai ser a nossa formatura? Vamos decorar com cartolina e fita adesiva? – Disse Laura indignada. As outras olharam para ela sem entender nada.

- Deve ser parte do nosso castigo, decorar a festa mais idiota do mundo – Hanna disse.

- Até que este lugar é bem bacana. Estou surpresa por “A” não ter sido capaz de perceber – Disse Laura encarando a câmera. Heloisa ainda não entendia onde ela queria chegar com isso.

- É só uma sala grande e feia – Falou Marcelly.

- Mas e se usássemos a escada para fazer uma entrada triunfal para a Alison? Podemos conectar um monte de câmeras para tirar fotos assim que que você descer os degraus – Laura disse olhando para Mona, elas pareciam se comunicar através de olhares.

- E poderíamos pegar os canos velhos e fazer lindos candelabros e colar fios no teto com recortes fazendo um jogo de silhuetas e sombras – Mona falou sorrindo e olhando para Laura.

Um alarme tocou e todas voltaram para seus quartos. Depois de um tempo o som irritante começa a tocar de novo e a porta é aberta. Era a hora do chá. Heloisa estava tão faminta que foi correndo para onde as luzes indicavam com as garotas logo atrás. Todas comeram em silêncio. 4 toques, hora de jogar. Foram até a mesma sala do dia anterior e jogaram um jogo de tabuleiro qualquer e logo voltaram para seus quartos novamente.

...

Já estava de noite e enquanto a energia ainda não voltava todas foram se encontrar no corredor.

- Então “A” é um homem? – Perguntou Hanna.

- Não conheço nenhuma mulher chamada Charles – Falou Marcelly.

- Sem infância, nunca assistiu "Boa sorte, Charles"? – Perguntou Heloisa, debochada. 

- Sua burra, se chama "Boa sorte, CHARLIE" – Marcelly corrigiu. Heloisa mostrou o dedo do meio para ela. 

- Tá, tá. Tanto faz. – Falou revirando os olhos. – E Porque “A” daria uma máscara de gás para vocês duas? – Perguntou olhando para Mona e Laura.

- Alison é sua favorita. E a Spencer, eu não sei, que estranho… Acho que depois da festa, “A” vai querer ficar só com elas – Mona respondeu.

- Então a nossa noite na ópera será uma cena de filme de terror? Tipo... Carrie, a estranha?! – Perguntou Marcelly eufórica.

- Não vamos deixar que isso aconteça – Laura disse. Marcelly notou que ela estava estranha. Mais do que o normal.

- Eu sei o que está pensando Spencer, mas te garanto que não dá tempo de correr até o cofre – Mona disse para Laura que olhava para o final do corredor. – E então, você já fez um?

- Nunca precisei. Mas já li a respeito – Respondeu Laura. Marcelly franziu a testa e Heloisa fez uma careta.

- Espera, do que vocês estão falando? – Perguntou.

- As coisas que pedimos para construir a decoração. Se conseguirmos podemos criar uma máquina que vá desligar a energia por um tempo – Falou Laura.

- Por quanto tempo? – Hanna Perguntou.

- O suficiente para sairmos daqui – Falou Mona.

- A energia pode até desligar, mas e “A”? Aposto que ele vai estar lá – Indagou Heloisa.

- Espero que você esteja certa, Hanna. Nós somos cinco, e ele é apenas um – Mona disse.

...

Estavam todas no corredor indo em direção à alguma das portas que tinham ali.

- ”A” precisa focar na gente, aí enquanto isso, Spencer pega algumas das coisas e coloca dentro de uma caixa em cima da minha mesa. Temos que arranjar um jeito de conseguir montar a máquina depois… – Mona sussurrava.

- Já sei, vamos brigar! Vai dar certo, eu sou ótima improvisando – Disse Heloisa.

Não deu tempo de ninguém discordar pois já haviam chegado na sala. “Good Morning! Bom dia! Dirijam a seus postos.” Disse a voz irritante. Em cima da mesa havia vários cabos, fios e outras coisas para a decoração.

- Uau, eu não esperava isso tudo.

- Ah, cala a boca Spencer. Agora você ficou animadinha? – Disse Heloisa.

- Bom, a gente pode fazer as cortinas com isso – Laura falou ignorando Heloisa e pegando um tecido que tinha ali.

- Boa sorte! Vai fazer sozinha.

- Aria, porque está fazendo isso? - Perguntou Mona. 

- Eu estou tomando uma atitude, diferente de vocês.

- Se sentando? – Perguntou Marcelly.

- Eu não sou obrigada! Não é problema meu, então não preciso me preocupar – Sorriu ela.

- Porque você está agindo igual uma idiota? – Hanna perguntou.

- Tem certeza que sou eu?! Me poupe.

Hanna se jogou em cima de Heloisa e as duas começaram a se bater e até Marcelly entrou no meio. Laura olhou de relance para a câmera e percebeu que ela estava virada em direção à discussão das meninas. Então foi até a mesa e pegou alguns fios e cabos escondendo atrás das caixas em cima da mesa.

- Chega! – Falou Laura jogando uma caixa de papelão nelas. Elas pareceram entender o recado e logo levantaram indo cada uma para um lado. 

- Não precisava de tudo isso. Doeu – Sussurou Heloisa entredentes. 

Enquanto cada uma fazia o seu “trabalho” Laura começou a montar a máquina junto de Mona sem “A” notar. Fingindo ser apenas parte da decoração e tudo mais. Já estava tudo pronto. Confessava que estava ansiosa pra saber se daria certo e com um pouco de medo. Logo depois, voltaram para seus quartos para se arrumar para a festa.

...

Depois de todas prontas, as portas foram abertas e Marcelly encontrou as amigas no corredor, menos Mona. Heloisa estava com o cabelo pintado de preto e com várias mechas rosa. Marcelly pensou em perguntar que merda era aquela mas resolveu ficar quieta. Todas usavam vestidos de festa, Laura usava um vermelho decotado, Heloisa usava um vestido rodado e rosa, Hanna usava um azul celeste e Marcelly um verde escuro que combinava com seu cabelo ruivo.

Foram a sala de horas atrás. Chegando lá, ficaram paralisadas na escada. Havia vários manequins parados e vestidos com roupas de festa. Tocava uma música de fundo que Marcelly reconheceu como do Justin Bieber. Ela não sabia se eram manequins ou pessoas fantasiadas. Totalmente doentio, as davam medo. Desceram a escada e foram comer enquanto Mona não chegava.

- Pelo menos a música é boa – Disse Heloisa de boca cheia.

De repente a música parou. “Senhoras e Senhores, dêem as boas vindas para a rainha do baile! Alison Dilaurentis” Disse a voz. E então Mona apareceu com a mesma máscara do primeiro dia. Som de palmas ecoaram na sala. Todas andaram até ela e ficaram na escada, olhando para todos os manequins. Laura já estava com a câmera na mão.

- Charles? Você devia estar aqui, Charles… afinal, é sua formatura, não é mesmo? – Começou Heloisa.

- É, cadê você, Charles? – Provocou Marcelly.

E então um dos manequins, ou o que deveria ser um, começou a se mover andando até nós. Marcelly sentiu seu coração parar por um segundo. 

- Vai! – Gritou Hanna. Então Laura apertou o botão, com isso fazendo todas as luzes piscarem até se desligarem totalmente e as lâmpadas explodirem.

Tudo se desligou e então ficou um completo escuro. Todas começaram a correr, mas ficava difícil chegar até as escadas com aqueles vestidos enormes. Corriam pelos corredores escuros a procura da saída até as escadas. Quando chegaram finalmente lá, subiram a escadaria. Havia uma porta, Hanna que estava na frente chutou a porta sem nem mesmo ver se já estava aberta, fazendo com que caísse com tudo no chão. Marcelly teria rido, se não estivesse com tanta pressa. Olharam ao redor e constataram que ainda estavam presas. Haviam grades para todo lado e uma floresta em volta. Laura quase encostou na mesma mas antes a luz ligou fazendo com que ela visse a placa “Cuidado, cerca elétrica. 10.000 volts.”

- Mas que desgraça! Não pode ser! – Heloisa começou a berrar e chutar o chão.

Hanna já chorava, Marcelly estava quase lá também. Mona estava agachada no chão com o rosto entre as pernas e Laura parecia irritada, um olhar de culpa apareceu em seus olhos. Ultimamente ela andava muito estranha… Marcelly não era a única a perceber isso, Heloisa também.

No momento em que conseguiram chegar na saída e perceberem que na verdade ela não existia, a energia voltou. As portas da saída se trancaram e todas as luzes foram desligadas de volta. Uma música irritante começou a tocar. E uma chuva muito forte começou a cair, com relâmpagos e raios.

...

As cinco estavam naquele lugar à três dias. Três dias sem comida e água. Ninguém chorava mais, apenas um silêncio pairava no local. Será que um dia conseguirão escapar?

Laura estava deitada no chão de areia quando escutou um barulho e a porta é aberta. “Bom dia, entrem e sigam o caminho de luzes.” Todas se assustaram mas resolveram entrar mesmo assim. Estavam andando pelos corredores da morte quando todas as luzes se apagaram. Escutaram um barulho e se viraram, se deparando com “A”. Espera, eram dois… De repente começou a sair uma fumaça de algum lugar desconhecido que nem no dia do caminhão. A última coisa que conseguiram ver antes de cair no chão foi os dois “As” colocando uma máscara de gás no rosto de Laura e Mona que se debatiam em suas frente.

...

Heloisa acordou em uma maca, com apenas um lençol branco e fino a cobrindo. Marcelly e Hanna também estavam do mesmo jeito dormindo em suas macas. Heloisa cutucou Hanna que logo acordou e a deu um tapa na cara.

- Ai! – Gritou ela com a mão no rosto. 

- Desculpa! Foi sem querer. 

Marcelly não acordava de jeito nenhum. Então Heloisa olhou para Hanna que estava com um sorriso malicioso. E então as duas começaram a balançar Marcelly, tentando acorda-la.

- Cacete, para! – Berrava Marcelly se debatendo igual uma retardada.

Heloisa começou a gargalhar Hanna fez o mesmo.

- Tsc, odeio vocês… Onde estamos? Onde está a Laura? Mona? – A ruiva perguntou sonolenta.

- Não sei… Acho que é um necrotério. Que legal, estamos mortas – Ironizou Heloisa.

De repente Mona aparece com roupas de enfermeira empurrando um carrinho com remédio e suco. Ela dá um vestido branco para cada uma e oferece remédio e suco como se nada estivesse acontecendo. Marcelly pegou de sua mão logo se vestindo e as outras fizeram o mesmo.

- Mona! O que aconteceu? Onde está a Spencer? – Pergunta Heloisa engolindo o comprimido para dores.

- Não me chame desse nome!

- Tá, que seja. Alison, quanto tempo já se passou? Onde estamos? – Perguntou Hanna, aflita enquanto bebia água.

- Dois dias. É só isso que sei.

“Por favor, retornem aos seus quartos e encontrem suas surpresas.”

- Não! – Disse Mona.

"Por favor, retornem aos seus quartos e encontrem suas surpresas.” Repetiu a voz.

- Temos que ir, se não… – Mona parou de falar e começou a andar rapidamente. As três a seguiram pelo corredor escuro.

- Se não o quê?! – Perguntou Marcelly.

- Se não… ele te pega a noite e te joga em um poço e te abandona lá por dias – Ela disse com um olhar frio e distante. E então simplesmente se virou e foi embora.

Cada uma parou em frente à porta de seus quartos e entraram. E foi então que perceberam, não acabou. Tudo aquilo que passaram era só o começo.



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