- Eu acho que gosto de você. - Disse o mais lento que pode, mas na verdade as palavras atropelaram-se, embora não tenha sido difícil para que a outra entendesse.
- Eu sei. - Ainda mantinha o sorriso e uma certa calma em sua voz.
- Não apenas como amiga, mas de uma forma diferente.
Afastando-se dela, Laura virou-se de costas, pronta para sair.
- Eu digo que gosto de você e essa é a sua reação?
Ela ainda esboçava um pequeno sorriso em seus lábios ao virar-se novamente para a garota, porém, agora em seu olhar havia tristeza, em seguida, correu o máximo que pôde para longe dela. Marcelly teria rido da forma engraçada como ela corria, mas havia entendido, agora também era um problema.
A ruiva abaixou a cabeça e tentou afastar aquela dor, enquanto as lágrimas se acumulavam em seus olhos.
- Marcelly...
Ao sentir o toque suave em sua mão, ergueu a cabeça, olhando fixamente para os olhos azuis de Sara. Seu perfume adocicado lhe trazia conforto. As lágrimas que agora inundavam sua face foram carinhosamente enxugadas, e seus soluços se acalmaram ao receber um abraço caloroso da amiga.
- Tudo bem, eu estou aqui. - Sara acariciava as madeixas ruivas sentindo seu coração palpitar cada vez mais rápido.
- Você está machucada... por que não está na enfermaria? - Indagou confusa.
- Eu estava sufocada naquele lugar, mas isso não importa.
...
Carl e Heloisa combinaram que ele ficaria de vigia e ela dormiria, mas o que aconteceu foi o contrário.
Enquanto Carl dormia em pé, apoiado a uma árvore, Heloisa acariciava a raposa que parecia distraída.
Em um movimento repentino, a raposa se levantou, correndo em direção a floresta.
- Mas você não estava machucada? - Heloisa perguntou observando-a mancar por uma trilha.
Hesitou por alguns segundos, por fim, resolveu ir atrás dela, deixando Carl para trás.
Heloisa corria atrás da raposa de pelos alaranjados, mas acaba perdendo-se na floresta, não encontrando o animal em lugar algum, desiste de sua busca, voltando pelo caminho que julgava ter feito. Porém, olhando ao redor, percebe os muros de Alexandria ao longe.
Caminha até o local, mas ao ouvir passos se aproximando decide se esconder atrás de uma árvore. Os dois homens caminhavam com suas armas em mãos, e usavam jaquetas de couro.
Heloisa nunca tinha os vistos antes, e estranhou ao ver Rick sendo levado por um deles. Ela resolve ir até lá, para tentar entender o que estava acontecendo.
- Gente, o que está acontecendo? - Pergunta ao se aproximar de Rick. Ele a olha com espanto, e tenta se soltar para a avisar do perigo iminente. Mas é puxado com força para uma caminhonete. Heloisa também é arrastada por um dos homens.
...
Carl acordou confuso, pois estava sozinho. Heloisa e a raposa haviam desaparecido magicamente. Andou ao redor a procura das duas, mas a única coisa que encontrou foi um zumbi vagando por entre as árvores.
Seguindo por uma trilha, andou em busca de uma saída daquela floresta.
- Carl! - Pensou ter ouvido alguém lhe chamando, mas continuou caminhado. - Carl!
Apenas virou para encarar a voz quando sentiu uma mão trêmula segurar a sua, encontrando uma Enid pálida e assustada.
- Enid, o que faz aqui? - Perguntou a encarando.
- Seu pai... eles o levaram!
- Quem? - Tentando conter o nervosismo que sentia, recuou sua mão do toque de Enid.
- Eles disseram que são os Salvadores.
Carl sentiu seu estômago se contorcer ao ouvir aquilo, aquele nome lhe era familiar.
- Estavam em quantos? - Perguntou quase em um sussurro, mas ela nada lhe respondeu. - Quantos, Enid? - Elevou sua voz, fazendo com que a garota estremecesse.
- E-eu não sei, Carl... - Gaguejou, passando a mão ainda trêmula em uma mecha de seus cabelos. - Talvez uns quatro homens.
- E o que os outros fizeram?
- Abraham, Daryl, Glenn, Maggie, Michonne e Sasha saíram ontem à noite. Ainda não tinham voltado quando tudo aconteceu. - Explicava relembrando a cena. - Assim que chegaram, incendiaram uma árvore, e ameaçaram todos de Alexandria, dizendo que se não entregassem o Rick, eles iriam destruir tudo. Tentei avisa-lo para que ele fugisse, mas nos encontraram. Me escondi em um guarda-roupa enquanto levavam seu pai. Me desculpa, eu não sabia o que fazer. - Ela soluçava tentando conter algumas lágrimas que insistiam em sair.
Mesmo sem saber exatamente o que fazer e para onde ir, Carl seguiu em passos firmes pela floresta, ignorando os soluços de Enid que o seguia.
...
- Não... não posso fazer isso. - Marcelly disse se afastando.
- Então continuará correndo atrás dela para sempre? - Sara perguntou decepcionada.
- Você não entende? Por mais que eu queira parar, não posso... - Finalmente a encarava após a tentativa da outra garota de beija-la. - Eu a amo, e mesmo que isso esteja me matando, não posso desistir...
- Na verdade, entendo... – A jovem loira iniciou. – Eu te amo, e você não tem ideia do quanto dói te ver correndo atrás dela, implorando por um pouco de atenção, enquanto meu coração lhe pertence por completo. Eu sempre estive aqui, pronta para te acolher em meus braços, na esperança de que algum dia fosse notada, mas você sempre estava lá com ela, como um cachorro desesperado implorando por migalhas.
A ruiva a olhou com os marejados. Desistir de tudo parecia melhor, por mais que fosse algo difícil e doloroso. Ela não poderia sustentar esse sentimento para sempre, seu coração dizia para continuar, mas ouvi-lo não era uma boa ideia.
...
Marcelly foi tirada de seus pensamentos ao sentir os braços de Laura envolvendo seu corpo em um abraço.
- Você parece triste... - Soltando-se, Laura encarava a ruiva que tentava disfarçar seus olhos vermelhos e marejados.
- Eu estou bem. - Marcelly forçou um sorriso, sendo abraçada novamente.
- Você é importante, e eu amo voc... seus desenhos. Encontrei uma barra de chocolate. - Disse em uma tentativa de consertar o que dissera que não passou despercebida pela outra. Mostrando o doce a amiga, acabou deixando que esse escorregasse de sua mão, devido ao seu nervosismo. - Ah... eu... eu... eu vou lá fora. - Em passos rápidos caminhou até a saída da casa onde estavam.
- Laura! - Marcelly chamou, fazendo com que ela a olhasse. - Eu também amo você. - Disse confiante.
- Você disse que achava que gostava de mim. - Ela respondeu com leve sorriso surgindo em sua face.
- Eu não tinha planejado, e achei que se dissesse que te amava você se assustaria.
- E quem disse que eu não me assustei? - Laura perguntou, deixando a outra desnorteada. - Aquela foi a melhor coisa que você me disse, antes do "eu também amo você", é claro.
- Mas você fugiu daquela vez, e a pouco estava fugindo de novo. - A morena se aproximou, acariciando suavemente seu rosto.
- Então chega de fugir...
Aproximaram-se uma da outra, enquanto ofegavam e seus corações pareciam descompassados.
Aquele momento que pertencia apenas a elas, foi interrompido pela porta sendo aberta violentamente.
- Mas que... - Laura olhou para a porta. Carl estava aparentemente surpreso ao vê-las ali.
- O que vocês estão fazendo aqui? - O garoto perguntou.
- Estávamos procurando você e a Heloisa na floresta, mas nos perdemos. E o que você faz aqui? - Laura contestou com uma das sobrancelhas arqueada.
- Procurando o caminho para Alexandria.
- E a Heloisa? - Marcelly perguntou notando sua ausência.
- Não sei, passamos a noite na floresta, mas quando acordei ela já não estava mais lá. - Preocupado com que poderia ter acontecido a sua amiga, apertava a pedra que segurava na mão direita.
Laura e Marcelly olharam para trás de Carl, onde uma garota permanecia imóvel. A ruiva logo a reconheceu, deixando uma certa animação lhe transparecer. Ao perceber que as garotas fitavam algo atrás de si, ele virou rapidamente, voltando a encarar as meninas em seguida.
- Essa é a Enid. - Respondeu sem entusiasmo. - Precisamos voltar para Alexandria, alguém sequestrou o meu pai.
- Como? - Perdida em seus pensamentos, Marcelly tentava recordar-se da série.
- Uns homens de jaqueta... os Salvadores. - Enid disse recebendo a atenção das garotas. - Eles ameaçaram os moradores de Alexandria para que entregassem Rick, tentei ajuda-lo a fugir, mas não consegui.
- E o que iremos fazer agora? - Laura perguntou imaginando uma forma de sair daquele universo o mais rápido possível.
- Voltaremos para Alexandria e depois de reunir o grupo, iremos salva-lo. - Carl disse encarando o chão, como se ele tivesse as respostas para os seus problemas e não quisesse contar.
- E como você pretende fazer isso? Não sei se você percebeu, mas estamos no meio do nada. - Laura abaixou-se, pegando a barra de chocolate que esquecera no chão.
- Andaremos pela floresta até encontrarmos o caminho. - Carl respondeu saindo da casa em seguida, sendo seguido por Enid e Marcelly.
Laura considerou outras possibilidades, mas ao perceber que fora deixada para trás, correu atrás dos outros que já estavam próximos da entrada da floresta.
- Se me permite dizer, Carl, não seria melhor procurarmos alguma coisa para nos defendermos dos zumbis, além dessa pedra na sua mão? - Laura sugeriu irônica.
Carl assentiu, fazendo com que retornassem para a vizinhança abandonada em busca de armas e alimentos. Encontraram uma adaga, dois revólveres e uma única fatia de pizza já apodrecida, além da barra de chocolate que Laura encontrara anteriormente.
Seguiram novamente em direção a floresta, Marcelly estava ainda mais determinada a sair daquela floresta com Sara. Ela sabia que sua amiga estava ali em algum lugar precisando dela.
Não sabiam exatamente por quanto tempo caminharam, Laura calculava umas três horas, pelo seu cansaço e arranhões em todo seu corpo, já Carl dizia que passaram apenas 59 minutos. Marcelly estava perdida demais em seu próprio mundo para opinar em qualquer coisa, enquanto Enid tinha uma expressão apática, nada daquilo lhe importava muito, com exceção de Carl, ele era o motivo dela ainda estar ali.
Quando foi possível avistar muros ainda muito distantes, Carl acelerou seus passos, deixando as outras garotas para trás. Em 15 minutos, todos haviam chegado em uma Alexandria aparentemente abalada.
- Onde estão os outros? - Carl perguntou ao Padre Gabriel que estava sentando em dos degraus da escada de uma casa.
- Você apareceu... - Disse desanimado, olhando para o céu. - Depois que você fugiu com sua amiga, organizaram grupos de busca, as amigas da sua amiga desapareceram e eles foram procura-las, mas ainda não voltaram. E seu pai... bem, imagino que Enid já tenha lhe contado. - Ele olhou para as garotas que se aproximavam. - Não está faltando alguém?
- Heloisa e Sara. - Laura respondeu olhando para as meninas. Imaginava que as garotas estivessem em Alexandria, mas ao constatar que não estavam lá, temeu que algo ruim tivesse acontecido.
- Vamos encontrá-lo. - Carl disse mais para si do que para os outros, indo para sua casa.
...
- Mesmo que sejam quatro homens, somos apenas adolescentes, não sei descascar uma batata, como vou atacar alguém muito mais forte que eu? - Laura andava de um lado para o outro para tentar acalmar seu nervosismo.
Carl apoiava-se na mesa da cozinha com as duas mãos, observando a garota caminhar. Precisava agir logo.
- Você não vai atacar, apenas se for necessário. O plano é o seguinte: Quando encontrarmos os Salvadores, eu irei chamar a atenção deles, e os distraio, enquanto você fica de vigia, Enid e Marcelly soltam o meu pai de onde quer que ele esteja.
- Tá... nem sabemos onde eles estão! - Laura foi puxada pelo braço por Marcelly até uma cadeira, que estava incomodada com o fato da garota andar de um lado para o outro sem se cansar.
Ainda sem concordar, Laura seguiu os três para fora de Alexandria. Encheram uma mochila com objetos que julgaram ser úteis, indo de encontro ao desconhecido.
- São marcas de rodas. - Carl disse olhando para o chão. - Vamos segui-las.
Eles estavam conscientes do perigo que corriam, não temiam os zumbis, mas sim os humanos.
Ao anoitecer chegaram no final das marcas, e um pouco mais a frente, puderam avistar uma claridade. Aproximaram-se lentamente, para ver o que acontecia.
- Todos estão ali... Eles estão com a Heloisa. O que vamos fazer? - Laura perguntou olhando ao redor.
- Já sei exatamente o que está acontecendo... - Marcelly disse apreensiva, enquanto Carl parecia estar processando aquela cena.
Carl tirou uma garrafa da mochila com algum líquido inflamável, espalhando o mesmo em volta da clareira e molhando algumas árvores, deixando apenas um pequeno trecho intacto, por onde voltariam para Alexandria. Com tochas improvisadas feitas de galhos e tecidos, acessas por um isqueiro, as meninas dividiram-se, incendiando o lugar, já com suas respectivas armas em punho.
Rapidamente correram para a clareira, acertando algumas das pessoas com suas adagas e revólveres, enquanto os outros revidavam. O grupo que estava ajoelhado em uma roda, levantou, lutando contra seus opressores.
Sem muita dificuldade, os Salvadores os dominaram, formando a roda novamente.
-Continuando... - Disse Negan. - Preciso que vocês me conheçam! - Ele sorria. - Alguém aqui vai morrer, por que vocês mataram muitos dos meus, e porra, isso não foi legal... Alguém?
Todos estavam apreensivos e Marcelly tinha começado a chorar.
Carl finalmente recordou-se de onde escutara o nome daquele grupo. Ele estava presente na discussão do grupo, onde decidiam o que fariam com aqueles homens, julgando que eram apenas aquela base, escolheram por elimina-los. Rick não havia permitido que o garoto os acompanhasse, o que deixou o irritado.
-Rick! Me diga... - Disse Negan sem tirar o sorriso do rosto. - Quem são essas?
Rick não respondeu, apenas olhava para baixo como quem nada entendia.
-Responda quando falo com você! - Disse Negan ameaçando com o taco. - Não quer que Lucille tenha uma conversinha com eles, não é?
-N-Não conheço elas, vieram a alguns dias.
-Para onde?
-Para nossa-nós... - Respondeu Rick em um tom baixo, atrapalhado-se com as palavras.
-Que seja...
O homem estava decidido a matar alguém ali, um tipo de vingança. Como logicamente ninguém se propôs, ele começou a fazer "uni-duni-tê". Cada trechinho da cantiga infantil, ele apontava o taco para alguém ali, inclusive as meninas, no fim o taco estava apontado para Abraham. Ele levantou o objeto tomando impulso para acerta-lo.
-Vai se foder! - Gritou Heloisa - Eu vou morrer agora, né? Bom, mas antes... Eu te odeio, todo mundo te odeia, e eu não vou ficar viva para ter que obedecer a você!
Negan virou-se para ela, surpreso pela audácia da garota em afronta-lo. Olhando para seus homens, fez um sinal para que a levassem.
- Você é uma garotinha corajosa...
Voltando para o grupo, levantou seu taco, pronto para acerta-lo, quando uma garota de cabelos loiros invadiu o local, acompanhada de inúmeros zumbis.
Em questão de segundos, zumbis em chamas devido ao incêndio que se alastrava pela floresta, atacavam as pessoas que estavam ali. Alguns salvadores também acabaram incendiados por conta do fogo, enquanto outros eram mordidos e alguns fugiam.
- Sara! - Marcelly a chamou com os olhos marejados.
- Precisamos fugir! - Michonne gritou.
O grupo seguiu pelo caminho que Carl havia deixado antes de incendiar a floresta. Correram o máximo que puderam, parando para verificar se todos estavam bem.
- Marcelly! - Sara a abraçou, beijando a jovem em seguida.
- O que aconteceu? Você está bem? - A jovem ruiva olhou para a amiga, que sangrava, ela tinha sido mordida no pescoço por um zumbi. - Sara... Vai ficar tudo bem, eu te amo. - A abraçou novamente, enquanto ambas choravam.
- Também amo você... Não chore. Eu sempre estarei ao seu lado, mesmo que não puder me ver, e cuidarei para que nada ruim aconteça a você. - Sara sorria acariciando a mão da ruiva que chorava compulsivamente. - Vivemos um lindo momento, Marcelly, e me alegra muito saber que eu fui responsável por te fazer sorrir tantas vezes. Você é especial.
Sara sentia-se cada vez mais fraca. Auxiliada por Marcelly, ela deitou no chão, repousando sua cabeça no colo da ruiva que sentara e acariciava seus cabelos.
- Obrigada por me permitir te amar, minha querida. Aquela noite em que você se entregou a mim, foi a melhor da minha vida. Seja feliz, Marcelly. – Após observar as pessoas ao redor, Sara olhou uma última vez para a garota que amava, indo de encontro com seus olhos marejados, ela sorriu. Carl entregou um revólver que guardava em sua cintura para Rick, que atirou na loira, murmurando um "Sinto muito" para Marcelly.
...
Não, ela não ouviria mais seu coração.
Marcelly e Sara se entreolharam por algum tempo, como se pedissem permissão para aquele ato. A ruiva a beijou, sendo correspondida em seguida.
O beijo que antes era lento e terno, tornava-se selvagem. As garotas entraram na casa onde estavam hospedadas, indo até o porão, onde trocaram carícias e se amaram em segredo.
- Preciso ir... - Sara disse já vestida, próxima a garota que estava perdida em devaneios.
- Tudo bem... te vejo amanhã. - Marcelly respondeu sorridente olhando para a garota que já subia as escadas.
A ruiva permaneceu por mais algum tempo deitada no colchão velho abandonado no porão. Unindo toda a força que lhe restava, levantou-se, subindo para a sala, onde Laura dormia serenamente.
Lentamente, se aproximou do móvel, em seguida sentou no chão, acariciando a mão da morena.
E quem manda no coração, não é mesmo? Por mais que não quisesse ouvi-lo, ele sempre estaria ali lhe dizendo o que queria.
...
Marcelly nunca se esqueceria do sangue de sua amiga escorrendo pelo seu corpo.
Era uma quarta-feira, o que essa semana ainda lhe reservava? Ela não queria saber.
O enterro havia sido realizado às 10 da manhã, enquanto algumas gotas da chuva misturavam-se com suas lágrimas.
A ruiva segurava uma rosa vermelha enquanto encarava o túmulo de Sara. Estava sozinha no momento, não que o enterro estivesse cheio, já que nem mesmo Heloisa e Laura apareceram, foram apenas o corpo sem vida da loira, Abraham e ela.
Depositando a rosa no pequeno monte de terra, a garota avistou alguém com uma capa vermelha parada diante dela, que logo se pôs a caminhar, indo para um lugar um pouco afastado, sumiu em uma curva. Ao tentar segui-la, Marcelly encontrou Heloisa e Laura.- Vocês também a viram? – Perguntando, a garota seguiu o olhar das duas. Havia um túmulo vazio aberto e uma pá.
Não se sabe exatamente o que aconteceu em seguida, e apesar dos esforços do grupo, as três jovens nunca foram encontradas.
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