História Pétalas Gêmeas - Mar de lágrimas

                 Manhã já sem alegria para a mãe de Donald,ali,numa cama, lágrimas descem em seu rosto, olhos fechados,e pensamentos a voar, lembranças de como seu bebê era lindo, lembranças de como,mesmo já adolescente, Donald a fazia sentir ainda ter o bebê da mamãe, lembranças, apenas lembranças. A cada flashback que lhe passava,mais lágrimas desciam,a cada minuto,seu sofrimento de não ter mais Donald aumentava seus prantos,sua dor, isso a estava corroendo. A dor da perda de um filho lhe era como o mais doloroso tiro. A suas lágrimas eram cada vez mais salgadas,cada vez mais,aquele mar de lágrimas molhava aquele rosto,em que Donald dava um beijo todos os dias pela manhã.

               Num outro lugar,outras lágrimas, outros pensamentos,outras dores,mas o mesmo finado. Suas lágrimas eram saldadas como o mais salgado oceano,suas lágrimas eram intensas,eram quentes,eram dolorosas. Ali não havia quem a confortava,pois seu conforto se enterrara no dia anterior. Ali não se tinha alegria, pois sua alegria foi embora tão rápida como uma bala. Louise aos prantos pensava o que faria dali em diante,seu melhor amigo lhe fora embora para sempre,suas mensagens favoritas se foram como o vento leva a folha seca, suas voz se tornara apenas lembranças,sua amizade,se tornara,assim como as folhas daquele outono,seca.

          Em meio aos prantos,dona Marie, mãe de Donald lembrou que seu filho deixou uma carta para Louise, então foi entregar,em respeito a amizade que ele tinham.

         Então,com gotas caindo sobre a seda em que Donald escreveu a carta, Louise começa a ler.