Tudo estava fora de controle, seu cérebro entrou em estado de alerta. Murmurando algumas coisas sem nexo, Rachel apenas jogou o celular dentro da bolsa, se levantou arrumando a roupa de qualquer jeito, tentando se acalmar, antes de abrir a porta do banheiro. Foi recebida do lado de fora por vários rostos impacientes... Rosto que se assustaram ao reconhecê-la. Rachel corou rapidamente sentindo como se tivesse feito algo errado. Mas ela sabia que era apenas pelo grande tempo que tinha ficado trancada dentro do banheiro e por isso todas as encaravam, com certa curiosidade. Era de esperar já que ela era a mulher que fora abordada por Quinn Fabray no saguão da Honey.
— Você conhece Quinn Fabray? — Alguém questionou Rachel enquanto ela lavava as mãos.
— Não. — Ela respondeu querendo que aquilo fosse verdade.
— Então ela deve estar interessada em você? — Mais alguém indagou. — Eu não acredito, que a milionária Quinn Fabray deu em cima de você. E você a ignorou Rachel, como faz com todo mundo que se aproxima de você. E por isso que ela estava zangada e depois você saiu ás pressas?
— Ela ficou zangada é? — Rachel rebateu.
— Com os olhos frios como cumes de neve de um gigantesco vulcão. — Alguém descreveu.
Rachel secou as mãos e sorriu imaginando Quinn tendo um ataque de fúria, e tendo pena de quem fosse atura-la. Ela mesma tinha passado por isso diversas vezes e sabia bem que a morena virava a cão quando estava com raiva. E o problema de Quinn era mistura de sangue quente e a gélida sofisticação. E se ela ficava de mau humor poderia assumir tanto uma postura gélida quanto uma inflamada que faria que estivesse a sua volta temer pela própria pele... Ou por outras partes de seu corpo. E as outras partes teimavam e estremeciam tanto que Rachel precisou fechar as coxas para se controlar. Ela se reprimiu e tentava não pensar em Quinn Fabray daquela forma, mas era impossível.
— Ela ficou mesmo incomodada quando viu sua filha Rachel? — A pergunta ansiosa veio de uma das mães que tinham crianças na creche. — E se ela não gostar de crianças vai mandar fechar a creche, não sei como...
— Confie em mim Quinn Fabray não é tão má assim, ou antiquada.
Rachel se ouviu dizendo aquela frase com tanta convicção e um pouco de sarcasmo que na mesma hora se arrependeu e desejou ter ficado calada. Todos no banheiro ficaram estáticos olhando para ela.
— Então você realmente a conhece!
— Não, não a conheço. — Mas era impossível negar, já que suas bochechas tinham ficado vermelhas e quentes. Ela demonstrava estar envergonhada e sem saber o que fazer naquele momento. – Rachel ela ficou completamente paralisada quando te encontrou no saguão. Como se te conhecesse há anos, eu estava lá e vi tudo acontecer. Pensei ate mesmo que ela iria agredi-la ali mesmo.
— Eu também. — Rachel pensou consigo mesmo sentindo um leve tremor por dentro. Temendo mais perguntas ela achou melhor sair logo dali.
— Com licença. — Ela murmurou. — Meu intervalo, já acabou preciso voltar ao trabalho. — E saindo fugindo antes que as mulheres voltassem a enchê-la de perguntas que Rachel não queria responder.
Maldita Quinn, Rachel murmura para si mesma enquanto caminhava em direção aos elevadores. Espero que essa mulher esteja feliz e satisfeita por causar toda essa confusão na minha vida!
(...)
Quinn estava longe de esta satisfeita com algo. Estava atrás de sua mesa impaciente e estalando nos dedos na madeira, e com cotovelos apoiados nos braços da mesma, o dedo longo tocando a firme linha da boca, os olhos apertados e brilhando perigosamente, enquanto olhava a imagem de Rachel a sua frente no antigo porta retrato que guardava escondido sem que ninguém soubesse. Mas outra imagem começava a se formar em sua cabeça naquele instante.
Não conseguia parar de pensar que há poucos minutos a loira falava com ela ao telefone do estando em banheiro. E Quinn já tinha visto Rachel nessa posição antes, por isso era fácil imagina-la novamente. Embora nesse caso da outras vezes ela estivesse nua na frente dela, que aproveitava a sensação da boca maravilhosa de Rachel no meio de suas pernas. Bastou esse simples pensamento para Quinn sentir uma contração em seu sexo, e se sentiu molhada quando se lembrou do toque da língua quente e úmida de Rachel naquela local. Ela se levantou irritada por Rachel ainda ter tamanho poder sobre ela e seu corpo responder tão rápido a uma mulher que a tornou tão indiferente ao sexo. Depois de Rachel, Quinn jamais conseguiu sentir excitação ou prazer fosse com uma mulher ou homem na sua cama, e ela odiava a loira por isso.
E bem agora já não se senti mais indiferente, ela acabara de afirmar isso ao se voltar para janela na tentativa de aliviar sua libido. Claro que sem nenhum sucesso. Ela se perguntava voltado ao passado no começo de seu relacionamento com Rachel, como ela podia ser tão inocente e nunca ter ficado com mulheres. Na primeira vez que proporá que Rachel fizesse sexo oral nela a loira tinha ficado chocada, mas Quinn a encorajara e Rachel acabou gostando daquilo. Nos meses seguintes Rachel se tornou tão experiente com aquela boca sexy que Quinn nunca mais conseguiu tolerar pessoa fizesse o mesmo com ela desde a separação com a loira.
— Madre de Dio. — Ela murmurou.
E no fim Rachel tinha adquirido tantas outras experiências que Quinn mal conseguia olhar para ela sem pensar ou desejar testar as novas habilidades que Rachel tinha adquirido. O que ela nunca imaginou foi que Rachel quisesse usar estas novas habilidades com outras pessoas, e principalmente alguém de sua família. Pior ainda alguém que ela tinha asco seu primo Sam, que a vida inteira disputara tudo com Quinn e não achava digna de gerir os negócios da família apenas por ela ser uma mulher. Quer dizer seu antigo primo, Quinn se corrigiu com certa amargura. Porque no dia que expulsara Rachel de sua vida, fizera o mesmo o mesmo com o maldito Sam. O loiro possuía a beleza estonteante pelo qual os Fabray eram conhecidos, mais não puxara o caráter e dignidade do restante da família.
Por que ele tinha que dar em cima justo da mulher por quem Quinn se apaixonara perdidamente, se ele podia conquistar a mulher que quisesse? Puro despeito Quinn concluía, ele sempre queria tudo que fora seu. Mas em algum momento Quinn se perguntava se Rachel também não o havia seduzido ou se sentia falta de ter um homem sem sua cama. Isso a deixava mais furiosa ainda, e o fato de pensar que não tinha sido o bastante para a morena a machucava profundamente. Quinn não se recordava muito bem do que acontecera na época, apenas que tinha se recusado a discutir mais uma vez com Rachel. E tinha ido trabalhar vagamente ciente de que Rachel estava insatisfeita com algo, e que tinha prometido a si mesma descobrir o que era para corrigir o fato e deixar a mulher que amava feliz. Mais o que tinha encontrado em casa quando voltara destruirá suas convicções e seus sentimentos por Rachel.
— E se desejava se torturar com as lembranças de Rachel e Sam seminus em sua própria cama. Rachel com as pernas abertas e Sam, prestes a possuí-la. Esse era um ótimo jeito Quinn Fabray. —a loira se lamentava.
A empresária teve suas lembranças interrompidas pelas batidas de Rachel na porta, isso refletiu sua amargura. E era hora de encarar alguns fatos e buscar respostas. Caminhou ate sua mesa e voltou a se sentar antes de dizer com certa frieza.
— Entre. — Rachel respirou fundo antes de segurar a maçaneta da porta, ela estava ciente que o assistente pessoal de Quinn a observava, assim como todos os funcionários da Honey que estavam intrigados e confusos querendo saber o que se passava entre ela e Quinn Fabray.
Ela estava com rosto corado porque viera correndo, os olhos brilhavam em uma viva mistura de desespero e medo. Rachel passou as mãos pelos cabelos, em um gesto de nervosismo, enquanto lentamente abria a porta, ela pressionou os lábios meio trêmulos com certa firmeza e então finalmente entrou. A primeira coisa que notou foi à luz brilhante que iluminava toda a sala, em ângulos diferentes. Então seus olhos a contemplaram, Quinn. Ela estava sentada atrás de sua mesa e parecia exatamente com a mesma mulher que conhecera quase cinco anos atrás, quando da mesma forma Quinn comprara a empresa que ela trabalhara na época. Ela era uma loira dona de elegância de fazer inveja a muitas outras mulheres, e uma incrível aparecia que vivia envolta por um verdadeiro sex appeal que deixava os belos homens aos seus pés.
Quinn fora a primeira mulher por quem Rachel se interessara antes dela a loira se julgava hetero e nem mil anos se imaginava dormindo com outra mulher. E muito menos amando uma, Quinn tinha vindo para acabar com todas as convicções em sua vida e literalmente para virar seu mundo de cabeça para baixo. Ela se lembrou na época de como tinha se esforçado para se manter profissional e não demonstrar qualquer interesse queria ser eficiente naquele momento.
Ela sempre sorria mesmo com nervosismo e corando timidamente se sentindo como uma criança deslocada na presença de um adulto quando fazia algo errado. Aquela força estranha e misteriosa que a puxava para Quinn quando se encontravam era um tanto estranha, mas com passar do tempo ficou impossível para Rachel resistir e quando viu estavam transando em todos os lugares da empresa. Eram lembranças doces e amargas que a morena queria esquecer agora ali na presença da mulher que um roubo e despedaçou seu coração sem pensar.
Rachel sempre ria das amigas que ficavam agitadas por conta de historias com namorados e coisa do tipo e diziam tolices como, ele me deixa tão louca e excitada que tenho vontade de arrancar minhas roupas e dar para ele o tempo todo! Há um tempo Quinn a fizera se sentir assim. E hoje com Finn as coisas não chegavam nem perto disso, mesmo sendo um bom homem, Hudson não tinha o fogo e paixão que Quinn tinha. Aquela mulher era fabulosa em todos os sentidos da coisa e muitas vezes Rachel se perguntava se ela tinha sido era em sua vida. Era como se tivesse recebido um daqueles presentes com qual não se sabe o que fazer.
E as sensações que a invadiam naquele momento ali diante dela de novo, enquanto ainda permanecia próxima a porta fechada, e Quinn a olhava com sua presença inegavelmente sexy e poderosa, mas também intimidadora. Sentimentos há cinco anos adormecidos voltavam a arder em seu peito, e sensações que ela se negava a sentir vinham à tona sem qualquer motivo e tomavam vida, pois aquela mulher apesar de ter se mostrado uma surpreendente amante na cama, não deixava duvidas quanto à ausência de um coração e sentimentos. Seria um embate grande entre ambas e elas teriam que lutar loucamente com vontade de se jogar sobre aquela mesa e não fazer o que seus corpos ansiavam desde o momento em que voltaram a se encontrar.
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