História Photograph - Memórias Vazias - Este Pode Ser O Final De Tudo.

- Bom Dia! – Respondemos.

- Trouxe chá, café e cappuccino para a senhorita. – Apontou para mim.

- Especialmente? Hum... Obrigado... – Fiz uma reverência rindo.

- Então... Vou fazer show hoje... Sel vai cantar, vocês podiam ir. – Taylor disse animada.

-Eu, infelizmente, preciso ir embora. Desculpa. Eu queria muito, quem sabe na próxima.

Me partiu o coração não ir ao show da Tay, mas meu pai havia praticamente ordenado que eu estivesse de volta na sexta feira, assim mesmo que algum processo tivesse prazo, eu  não o perderia.

- Uma pena! – Lamentou Taylor – Da próxima vez espero que você consiga ir.

- E que horas você vai? – Ed bebeu o café, mas continuou olhando para mim.

- Meio dia. Preciso estar em casa hoje ainda. Amanhã de volta ao trabalho.

- Você trabalha? Com o que? – Tay colocou o copo sobre a mesa e fixou em mim.

- Sou advogada, trabalho com meu pai. Ele me liberou uns dias, mas eu preciso voltar.

- Não pode ficar nem mais um pouquinho? – Selena fez cara de cachorro pidão.

- Não dá. O Ed já comprou a passagem.

- Na próxima você vem direto pra cá.

- Isso se eu deixar. – Ed deu uma gargalhada parecida com a da Tay, mas muito mais maligna  que fez todo mundo rir também.

- Pronto, agora ele precisa deixar! Depois dessa eu vou arrumar minhas coisas.

Me levantei e lembrei que tinha deixado tudo no hotel.

- Deixei tudo no hotel. Eu posso ir de táxi. É só me passar o endereço e você fica.

- E é por isso que o Super Teddy entrou em ação e trouxe suas coisas. Estão na segunda porta á direita.

- Meu herói! – Eu abracei ele.

Quando eu olhei para as meninas, elas estavam todas rindo para mim, então eu me endireitei e me afastei do Ed, indo em direção ao quarto.

Chegando lá, tomei um banho e coloquei roupas limpas, dobrei o pijama da Tay e deixei em cima da cama, peguei as roupas do dia anterior e coloquei na mala. Deitei na cama por alguns instantes e quando dei por mim, vi que meu pai tinha me mandado uma mensagem, me apressando claro, eu precisava ir depressa.

Peguei a mala e deixei perto da porta de entrada. Todos ainda estavam na cozinha.

- Gente, preciso ir.

- Mas já? – Taylor pareceu um pouco contrariada.

- É, meu pai já está me apressando, não posso me atrasar.

Fui em direção á Abigail a abraçando.

- Foi realmente um prazer... Sinto uma ligação especial com ruivos, se é que me entende. – Demos risada e graças a Deus só nós duas entendemos.

- Obrigado por ter me falado aquelas coisas e obrigado por falar com ele também. – Sel disse no meu ouvido de forma que só eu pudesse entender.

Taylor me acompanhou até a porta, seguida por Ed e me deu um forte e aconchegante abraço.

- Adorei te conhecer! Adoro conhecer fãs, ainda mais amiga do meu melhor amigo. E espero que você volte muito mais vezes.

- Muito obrigado por me receber tão bem, eu amei demais te conhecer. Foi tudo tão incrível. Muito obrigado mesmo.

Nos despedimos e eu desci com Ed, mas ao contrário do dia anterior no qual eu estava eufórica, havia um silêncio estranho, eu olhava o botão do térreo aceso e Ed olhava para cima, vendo os andares ficando para trás, nenhum de nós disse nada, e eu ouvia nossa respiração procurando uma forma de ficarem sincronizadas. Chegamos ao térreo.

Ao passarmos pelo porteiro, Ed pediu que este chamasse um táxi e nós paramos quase em frente á porta do prédio, mas ainda na parte de dentro.

- Esses dias passaram voando. Foi muito legal mesmo. Tudo. Eu acho que eu nunca vou poder te agradecer. Mesmo assim, muito obrigado.

Ed sorriu.

- Sou eu quem agradeço. Eu fico tanto tempo por aí, é ótimo ter alguém...

Ele pegou em minhas mãos, eu olhei para baixo para me certificar que isso estava mesmo acontecendo, talvez eu estivesse com vergonha foi quando eu percebi que minha respiração havia mudado de ritmo, será que ele percebeu também? Só sei que mesmo assim, ele continuou falando:

- Então... Eu gostei de você ter vindo... Então... Eu...

Ele estava procurando as palavras, sua boca estava entreaberta sinalizando que ele não havia terminado de falar o que tinha que falar. O porteiro nos chamou, o táxi chegou e eu precisava ir.