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História Pintor Privado - Painter of the Night - Vício


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Oi, meus amores!

Atrasada, eu sei...

Mas o importante é que teremos uma dose de tentação e umas pitadinha de frio na barriga!

Preparados?!

Vamos lá e começando com um lemon bem gostosinho 😏

Capítulo 11 - Vício


Fanfic / Fanfiction Pintor Privado - Painter of the Night - Vício

Seo Seung paralisou e por alguns segundos não conseguiu respirar. 

 

“Ele quer encerrar o contrato?”

 

Por breves instantes, o empresário se sentiu sem chão, encarando aqueles olhos assustados e hesitantes do pintor, mas então recobrou os sentidos e pôde pensar em cada uma das palavras que iria dizer. 

 

- Senhor Min Jae, você está querendo recuar e parar de pintar para mim? – insinuou maliciosamente. 

 

O pintor estremeceu diante da acusação. 

 

- Não... Não é isso... – baixou o olhar, não mais conseguindo encarar aquele homem tão ameaçador.

 

- Então, talvez queira me ver deitado com outros homens? – insinuou, encarando aquele rosto cada vez mais vermelho e angustiado. 

 

- Não... quer dizer... – Min Jae não conseguia se expressar, voltando a encontrar aqueles olhos de predador faminto. Certamente não queria ver o empresário em situação tão íntima com outros homens novamente, mas também não poderia negar caso fosse solicitado. 

 

- Você gostou do que viu aquela noite? Foi excitante? – Seo Seung levantou-se, ficando de frente para o pintor, cada vez mais próximo. – Quer ver aqueles corpos nus novamente para ter inspiração para as suas telas ou prefere que eu chame outros? – baixou o rosto a poucos centímetros dos olhos amedrontados do jovem. 

 

- Não é isso... Eu só... – Min Jae desviou o olhar novamente - Só pensei que se eu não for mais útil, seria um incômodo continuar hospedado aqui... – arranjou forças sem saber de onde para se explicar. 

 

- Senhor Min Jae, tem uma tela que eu quero encomendá-la, mas apenas se você estiver disposto a fazê-la... – Seo Seung propôs. 

 

- Se for de seu desejo, a pintarei... – respondeu, sentindo uma dor inexplicável em seu peito. 

 

Pensar em ver Seo Seung com outros homens era extremamente angustiante, mas essa última frase do empresário fez Min Jae pensar que talvez ele desejasse alguém em especial. Talvez uma noite apenas com aquele modelo ou então com alguma pessoa que Min Jae não conhecia ainda.

 

Um sorriso malicioso tomou conta da face do CEO e ele apreciou aquele rosto inocente a sua frente. Era isso que ele percebeu que estava o atraindo cada vez mais. Esse rosto com ar angelical e juvenil que se transfigurava em prazer e luxúria quando se entregava nas mãos do empresário. 

 

Seo Seung estava começando a admitir que gostava de provocar essas sensações novas e excitantes no pintor, fazendo sua voz doce e gentil emitir sons indecentes e imorais. 

 

- Senhor Min Jae, me acompanhe! – e pegou o pulso do jovem, puxando-o através do andar inferior, fazendo-o subir pela escada e chegar até a suíte. 

 

Min Jae sentiu-se ainda mais atordoado. Seu material de pintura estava no ateliê e ele nem mesmo havia imaginado que poderia ter alguém no andar superior, então o que...? 

 

Seo Seung o levou até o banheiro da suíte, fazendo-o parar diante do enorme espelho em frente ao balcão de um dos lavatórios.

 

- Senhor Min Jae, é você que eu quero retratado na minha próxima tela... – parou atrás do pintor, encarando-o através do reflexo no espelho. 

 

Min Jae ficou atônito, olhando para aqueles olhos ferozes do Seo Seung, enquanto ele tirava sua camiseta polo. O empresário lentamente começou a beijar a pele do pescoço do pintor, levando suas mãos por dentro da camiseta dele e desbravando cada pedaço de seu tronco. 

 

Embora esse pedido tivesse surpreendido o jovem, logo ele estava envolto no ar de luxúria e tentação que só sentia quando estava entregue nas mãos de Seo Seung. Em algum momento que Min Jae não soube quando, ele fechou os olhos e separou levemente os lábios, deixando um suspiro baixo escapar. Ele estava exatamente do jeito que o CEO desejava. 

 

O empresário não tirava os olhos do espelho, observando cada mudança na expressão do pintor enquanto ele desbravava o corpo cada vez mais conhecido seu. Subiu lentamente a ponta da sua língua pelo pescoço do jovem, chegando ao lóbulo de sua orelha direita e a mordendo levemente, arrepiando sua pele toda e fazendo Min Jae morder seu lábio inferior. 

 

As mãos do empresário desceram até a calça do pintor e uma ideia passou rapidamente pela sua mente, retirando do bolso dele seu smartphone.

 

- Min Jae, vou te ajudar a escolher a cena que você vai retratar... – Sussurrou ao ouvido do menor, fazendo-o abrir seus olhos já embriagados de insensatez. 

 

Seo Seung pegou a mão esquerda do pintor e levou ao leitor de digital do smartphone, o desbloqueando e imediatamente abriu a câmera, configurando para iniciar a gravação pela câmera frontal. 

 

Era uma proposta que Min Jae jamais imaginou fazer, gravar seu sexo com seu chefe. Ao mesmo tempo que se sentiu nervoso ao ver o CEO colocando o smartphone ao lado do espelho e mostrando a imagem dos dois na tela, se sentiu confortável já que era seu próprio aparelho e as imagens poderiam ser utilizadas para a confecção da tela, mas o que jamais passou pela cabeça do pintor foi recusar ter seu próprio rosto retratado na pintura, do contrário, isso foi excitante e pensar que Seo Seung queria ter seu corpo eternizado junto ao dele em uma tela o fez sentir que de alguma forma permaneceria ao lado dele, mesmo se seu chefe não precisasse mais dos serviços do pintor. 

 

Seo Seung abriu um sorriso maior ainda ao perceber que Min Jae não se recusou, não hesitou e assim, mais uma vez o pintor estava entregue aos prazeres que sabia que só ele provocava no jovem. 

 

Sem demora, o CEO retirou a camiseta de Min Jae e distribuiu beijos e mordidas pelos ombros do pintor, beliscando suavemente os mamilos dele. 

 

Por mais que Min Jae se esforçasse para manter seus olhos abertos, cada arrepio de excitação que percorria o seu corpo fazia ser mais difícil mantê-los, mas Seo Seung não os fechava em nenhum instante, baixando suas mãos e abrindo o botão da calça do pintor, depois o zíper e finalmente encontrando o membro já excitado do jovem. 

 

E Min Jae deixava escapar cada vez mais suspiros e gemidos de luxúria, deitando sua cabeça sobre o ombro de Seo Seung, que sentia o corpo entregue do jovem. 

 

Foi então que em um movimento rápido, Seo Seung desceu o restante da roupa de Min Jae e se abaixou junto, encontrando o quadril do menor.

 

Min Jae arregalou os olhos e teve que levar as mãos à borda do balcão para se segurar sobre suas pernas, cada vez mais moles depois que sentiu a boca de Seo Seung desbravando entre suas coxas e suas nádegas, lambendo e sugando o ponto mais sensível que ele tinha. 

 

E o pintor mordeu fortemente seu lábio inferior, mas foi incapaz de disfarçar os gemidos de êxtase que esse carinho tão intenso provocavam. 

 

Seo Seung apertava com força o quadril do seu pintor, afundando-se cada vez mais em meio a área mais macia daquele corpo, invadindo com despudor aquele orifício que logo seria severamente tomado pelo seu membro já rijo. 

 

Min Jae aproveitou cada sensação, cada toque, cada onda de calor que espalhava-se, queimando sua carne em desejo e lascívia, ansiando para que o seu chefe o invadisse violentamente e provocasse o gozo mais intenso que já sentira. Até mesmo esqueceu-se do aparelho gravando tal ato. 

 

Seo Seung aproveitou o quanto pôde o sabor quente e macio do jovem, mas não conseguiu mais suportar de tanto desejo e então, levantou-se, abrindo o zíper de sua calça e a retirando para colocar uma camisinha buscada rapidamente na gaveta do balcão do lavatório.

 

Min Jae soltou um grunhido incompreensível de sua garganta quando sentiu o membro duro e grosso de Seo Seung pressionando a entrada do seu interior e ele involuntariamente inclinou-se para frente, ainda apoiado no balcão, abrindo mais seu quadril às investidas cada vez mais profundas do empresário. 

 

Min Jae não resistiu e os gemidos se transformaram em gritos de prazer, enquanto as estocadas firmes de Seo Seung estimulavam as paredes internas dos pontos de maior satisfação do jovem. 

 

O pintor mal podia respirar, permanecendo em pé apenas por estar sendo segurado pelas mãos firmes de Seo Seung, que não dispensava a sensação de estar com aquele corpo frágil e delicado a sua frente. 

 

Os barulhos provocados pelo choque dos dois corpos se intensificava e ecoava pelas paredes do enorme cômodo, apenas abafados em meio aos gritos de prazer que Min Jae emitia. No rosto de Seo Seung, refletido do espelho, um olhar de satisfação e um sorriso malicioso provavam o quanto era excitante ter o pintor em suas mãos, a mercê de seus desejos.

 

O suor escorria pela pele de ambos, quando Min Jae jorrou seu prazer sobre aquele balcão, despejando algumas gotas sobre o espelho que refletia a cena. Ao perceber isso, Seo Seung levou sua mão direita ao rosto do jovem, o puxando para um beijo, enroscando suas línguas e abafando os gemidos que a garganta do jovem emitia. O ápice o atingiu e o empresário gemeu pesadamente, derramando seu esperma no interior tão maltratado do pintor.

 

A respiração do CEO estava ainda ofegante quando ele sentiu o corpo a frente do seu amolecer completamente. Min Jae não conseguiu mais se manter em pé e seus braços não suportaram mais apoiar o peso de seu corpo, fechando os olhos e deixando-se esmaecer completamente. 

 

- Min Jae...!? – Seo Seung apressou-se em segurar o corpo frágil em suas mãos, mesmo assim, o pintor escorregou até o chão, sendo amparado pelo empresário. – Min Jae, o que...!? – estava severamente preocupado, achando que havia exagerado demais nessa noite. 

 

- Eu... eu só estou cansado... – falou baixinho, respirando fracamente e sem forças para abrir seus olhos. 

 

Um certo alívio atingiu o peito de Seo Seung, mesmo assim ele não deixou de se culpar, afinal o corpo do jovem já havia sido intensamente castigado na noite anterior e durante o dia todo ele permaneceu pintando em seu quarto e obviamente já estava cansado. 

 

Seo Seung retirou sua camisinha e jogou num lixeiro ao seu lado e então pegou o corpo do pintor em seus braços, levantando-se e vendo aquele jovem perfeitamente encolhido, acomodado em seu colo. 

 

Delicadamente o pousou em sua enorme cama, o cobrindo e acariciando demoradamente sua bochecha. 

 

Seo Seung não sabia dizer em que momento Min Jae havia dormido, mas sorriu ao pensar que havia sido em seus braços enquanto o carregava. Foi então que lembrou-se da gravação. 

 

Levantou da cama, foi até o banheiro e pegou o smartphone, cortando o vídeo até o ponto em que os dois gozaram. Mal deu tempo de salvar a gravação e a bateria do aparelho acabou. Não restou muito o que fazer, então Seo Seung tomou um banho rápido e foi se deitar, encaixando o seu corpo atrás do menor, pousando sua mão direita sobre a cintura dele. 

 

Dormiu tranquilamente, sabendo que por essa noite, seu pintor estaria junto a si. 

 

Pela manhã, Min Jae acordou sentindo uma fraqueza em seu corpo. Já passara das nove da manhã de acordo com o relógio digital ao lado da cama. Virou-se lentamente e percebeu que estava sozinho naquele enorme leito. 

 

Não restando-lhe mais o que fazer, sentou-se na cama e juntou forças para poder se levantar. Foi até o banheiro, onde encontrou sua roupa dobrada e colocada sobre o mesmo balcão que ambos usaram para seu prazer na noite anterior, foi então que Min Jae recordou-se do vídeo em seu smartphone.

 

Quando tomou coragem para pegar o aparelho depositado sobre suas roupas, percebeu que ele estava sem bateria. 

 

Min Jae suspirou fundo, pensando que talvez aquele vídeo não existisse mais. Seria torturante ver o sexo que eles haviam feito, mas não podia negar que seria excitante.

 

O pintor tomou coragem e se vestiu, preparando-se para voltar para o seu quarto, mas quando chegou a escada, avistou a figura de Seo Seung, já vestido com uma polo branca, uma calça casual bege e um chinelo de pantufa, falando ao celular. 

 

- Se ele te incomoda tanto, compre suas ações e assim você não terá mais problemas com ele! – falava seriamente olhando para fora pela porta de vidro da varanda. 

 

Min Jae o observou por alguns instantes mas não poderia permanecer paralisado ali e deu o primeiro passo, descendo as escadas. 

 

Quando Seo Seung percebeu a presença do menor, se virou em direção aos degraus e deixou um sorriso escapar ao ver o rosto tímido e levemente avermelhado do pintor. 

 

Min Jae parou diante de seu chefe, inclinando-se em uma reverência, como se quisesse dar “bom dia”, mas sem dizer palavra alguma para não atrapalhar a ligação.

 

- Ofereça o dobro do valor! Triplique se for o caso! Dinheiro nenhum é capaz de comprar a tranquilidade de poder tomar as rédeas da direção da construtora! – respondeu, levando a mão direita ao queixo do pintor e surpreendendo-o com um selinho em meio a um sorriso. 

 

Min Jae ficou atordoado com esse gesto, não o negando, mas incapaz de mover-se. 

 

- Se precisar de mais dinheiro, eu te darei, mas não demore a fazer essa proposta e se livre de uma vez desse acionista! - falou mais uma vez ao celular, pegando a mão do pintor e o levando até a cozinha, fazendo-o se sentar diante da ilha.

 

Min Jae continuava se sentindo atordoado, não sabendo como agir, quando sentiu um braço envolver seu ombros e de repente, um estralo foi ouvido em seu lado direito. Seo Seung lhe deu um beijo em sua orelha. 

 

- O que foi isso, Hyung? – a voz do outro lado da ligação perguntou.

 

- Não foi nada! Apenas faça o que eu estou te falando! – Seo Seung achou melhor se afastar antes que seu irmão mais novo percebesse de que se tratava. 

 

- Hyung, o que você está me escondendo? Você sabe que se eu quiser, eu descubro! – Seo Lee ameaçou. 

 

- Nada que seja da sua conta! – a voz de Seo Seung se tornou dura, mesmo assim uma ruidosa risada foi ouvida do outro lado. 

 

- Hyung, definitivamente algo está acontecendo. Será que esse coração duro está amolecendo...? – insinuou. 

 

Por breves instantes, Seo Seung ficou sem palavras. 

 

- É por isso que você sempre me importuna pedindo conselhos... – o empresário tentou desviar o foco da conversa. – Ao invés de se concentrar em seus negócios, fica levantando hipóteses sobre a vida dos outros! – o repreendeu, andando em direção a varanda novamente.

 

Min Jae se viu sozinho mais uma vez e sentiu seu estômago implorar por uma refeição que fosse capaz de repor suas energias. 

 

Após a refeição matinal, tomou um banho rápido enquanto o seu smartphone carregava. Dez por cento de bateria foram suficientes para ligar o aparelho e Min Jae ficou extremamente constrangido ao ver que a gravação estava ali, mostrando nitidamente toda a sessão de luxúria que os dois desfrutaram na noite anterior, mas junto com a vergonha, veio a excitação e o pintor teve que se controlar para conseguir dar início ao seu trabalho. 

 

Ele era apenas mais um dos muitos corpos que passaram pela cama de Seo Seung, apenas mais um rosto sentindo o prazer que esse homem poderia provocar. 

 

Doía pensar assim, mas não havia outra verdade aos olhos do pintor. 

 

Ele escolheu a cena que iria retratar, a cena final, de quando Seo Seung o beijou em meio ao seu gozo. Separou a tela, preparou os materiais e quando estava prestes a iniciar a pintura, ouviu a porta se abrir no escritório improvisado de ateliê. 

 

- Esse terreno precisa de muitas licenças ambientais. Não faça nada precipitado! Se você subornar os fiscais e essa informação se espalhar, será muito embaraçosa para imagem da construtora e manchará a reputação do grupo todo! – falava, entrando no escritório, mas quando viu o pintor com a tela na cena do sexo deles, mudou completamente sua direção e foi até ele, pegando o smartphone e voltando algumas cenas. Sorriu ao perceber que o vídeo estava mutado, vendo o jovem ficando completamente vermelho ao observar seu chefe mexendo na gravação. 

 

Seo Seung conseguiu parar o vídeo exatamente na imagem em que o rosto de Min Jae estava completamente nítido, olhos semicerrados, lábios entreabertos e o empresário às suas costas, beijando o ombro do pintor e olhando para o espelho com uma postura de predador, suas garras cravadas na pele da presa completamente inofensiva e dominada. 

 

Seo Seung devolveu o aparelho a Min Jae, que imediatamente percebeu que era essa cena que deveria retratar. Embora constrangido, era seu trabalho e dessa vez, ele era seu próprio pintor também. 

 

Seo Seung voltou a se concentrar na ligação, indo até sua mesa no escritório e pegando uma agenda de couro marrom de dentro de uma das gavetas e lá fazendo algumas anotações, continuando a aconselhar seu irmão mais novo sobre os negócios. 

 

Embora Seo Seung fosse acionista minoritário da construtora, assim como dos outros negócios da família, ele tinha uma forte influência sobre as decisões do Presidente Seo Lee, que confiava cegamente no talento para os negócios do irmão mais velho. 

 

Seo Seung continuou sua ligação por mais um bom tempo, encerrando quando o irmão sugeriu visita-lo pela tarde. Obviamente ele iria perceber a presença do pintor, então o irmão mais velho negou, sugerindo ele mesmo ir ao encontro de seu Hyung. 

 

Acabou que Seo Seung encomendou um almoço para Min Jae e avisou ao pintor para receber o entregador e comer sozinho, já que ele teria que sair em um encontro de negócios. 

 

Por mais que Min Jae se sentisse sozinho nessa enorme cobertura, era acostumado a comer sozinho e não se opôs. 

 

Quando Seo Seung retornou naquela noite de domingo, Min Jae já estava dormindo em seu quarto e o empresário não pôde evitar de admirar seu sono sereno através da porta do pequeno cômodo. 

 

Essa situação estava se tornando viciante. Desde quando Seo Seung gostava de admirar outro homem dormindo? Sorriu sozinho ao perceber que seu Hyung estava certo. Ele estava ficando de coração mole. 

 

Então, lembrou-se de algo. Foi até a escrivaninha onde estava a pequena tela com aquela paisagem tão familiar e quente. Uma pontada atingiu seu peito e uma angústia o tomou. Talvez ele nunca tivesse as respostas dos motivos que o faziam sentir essa atração tão grande pelo pintor, mas em algum lugar em sua consciência, algo lhe dizia que não era um sentimento que pudesse controlar, era maior do que sua razão pudesse compreender.  

 

Antes de ir para sua suíte, Seo Seung passou pelo escritório, deixando a tela que iria mandar emoldurar. Foi quando viu o esboço da nova pintura tomando forma. Embora parecesse um quadro qualquer, com linhas e contornos fracos ainda, era possível observar que o rosto do casal e seus corpos já estavam tomando forma e certamente seria seu quadro preferido. Até pensou que poderia destruir os outros três anteriores, mas talvez fosse um desperdício do talento do jovem pintor, então resolveu mantê-los, pelo menos por enquanto. 

 

A semana começou como todas as outras. A rotina pesada de trabalho e estudos trazia suas exigências e Min Jae não poderia se dar ao luxo de relaxar de forma alguma. 

 

Pelo menos havia a companhia matinal do Senhor e da Senhora Song e ele tinha que admitir que sentia falta da conversa casual e descontraída do casal lhe fazendo companhia no café da manhã. 

 

Pela tarde, percebeu que a semana seria ainda mais exaustiva do que as anteriores, e não era pelo excesso de trabalho. 

 

- Min Jae, amanhã precisarei de sua ajuda... – a Secretária Yin comentou. 

 

- Sim! No que eu posso ajudar? – o estagiário se prontificou. 

 

 Teremos uma sessão de fotos para a campanha de relógios daquela joalheria que fizemos a campanha das joias masculinas – Ela começou a explicar. Rapidamente, Min Jae se lembrou de que se tratava e um frio na barriga o atingiu antes mesmo da secretária concluir. – O modelo é o Lee Jong e nós teremos que auxiliar em tudo que o Departamento de Produção precisar! 

 

Lee Jong, um dos modelos mais bonitos, famosos e queridos da Coréia do Sul, amigo pessoal e amante de longa data de seu chefe. Um dos homens que organizou e participou da orgia daquela noite que Min Jae retratou em suas telas. 

 

- Min Jae...!? Min Jae...!?  Está tudo bem? – a secretária percebeu a inércia do estagiário. 

 

- Ah, sim! Eu só lembrei de um trabalho da faculdade que eu tenho que fazer essa semana... – tentou disfarçar, mas a Secretária Yin percebeu que havia algo a mais ali. 

 

- Tudo bem, então amanhã você ficará à tarde toda ao meu lado, portanto, não deixe nada pendente para amanhã. Faça tudo hoje! – ela instruiu. 

 

- Certo! 

 

Min Jae sentia seu estômago revirando, mas o que ele poderia fazer com relação a isso? Um gosto amargo lhe subiu a boca e suas mãos ficaram levemente trêmulas. O que era isso? Como ele se atrevia a sentir isso? Ciúmes? Que bobagem! Seo Seung era um homem livre e que certamente poderia ter em suas mãos quem ele quisesse! 

 

“Até quando ele vai querer dividir seus prazeres com um reles pintor? Min Jae, concentre-se em seu trabalho! Concentre-se!” Pensava consigo. 

 

Ao final da tarde, quando o expediente estava próximo ao fim, algumas conversas casuais e risadas poderiam ser ouvidas, mas de repente, silêncio. Algo aconteceu. E antes que desse tempo do Diretor Park se virar e perguntar o que estava acontecendo com os agora silenciosos subordinado seus, viu o Presidente Seo passar por si e chegar a mesa de Min Jae, com um embrulho em papel pardo em mãos. 

 

Quando o estagiário viu seu chefe encostando-se ao seu lado, em sua mesa, largou imediatamente seu trabalho e olhou assustado para o rosto com um sorriso discreto. 

 

- Pegue! – estendeu o embrulho para o jovem. 

 

- O-o que...!? – Min Jae gaguejou ao perguntar, enquanto obedecia a ordem. 

 

- É a versão final! Acabou de chegar! – o empresário parecia estar com um ar vitorioso o envolvendo. – Espero que não tenha mais nenhuma correção, afinal, a gráfica já está trabalhando na primeira edição! – completou. 

 

Min Jae esqueceu completamente do mundo ao seu redor e segurou firmemente o livro em suas mãos, deixando escapar um pequeno sorriso também. 

 

- Tem apenas mais uma correção que eu fiz, um acréscimo! – Seo Seung comentou, chamando a atenção do jovem novamente. - Você tem uma semana para descobrir o que foi e depois deverá jogar fora a versão anterior que eu te dei! – exclamou, surpreendendo ainda mais o jovem. 

 

Por mais que Min Jae estivesse contente por ter recebido finalmente esse exemplar, ele não pretendia jogar fora a versão anterior, afinal, ele havia se apegado demasiadamente àquele livro. 

 

- Eu farei o meu melhor! – Min Jae respondeu, ainda apertando firmemente o embrulho em suas mãos. 

 

Todo o Departamento de Criação estava em silêncio, prestando atenção na conversa enquanto disfarçavam fingindo que estavam trabalhando, a curiosidade os corroendo e todos ansiosos para que o Presidente Seo fosse embora e então, eles poderiam interrogar o estagiário sobre o que era tudo isso. 

 

Infelizmente, os planos de todo o Departamento de Criação foram por água a baixo quando o Senhor Song chegou.

 

- Presidente Seo, eu vim buscar Min Jae! – chegou exatamente na mesma hora de sempre. 

 

- Leve-o, eu tenho algumas coisas para resolver ainda! – exclamou, esperando que o estagiário pegasse sua bolsa e acompanhasse ao motorista.

 

Antes de Min Jae sair, colocou-se em pé diante de seu chefe e o reverenciou. 

 

- Obrigado, senhor Presidente Seo! – exclamou, tentando disfarçar um sorriso e então saiu, acompanhando o motorista. 

 

Quando finalmente se desencostou da mesa, Seo Seung disfarçou o sorriso que havia se formado em sua face e deu um olhar por todo o andar do Departamento de Criação e os funcionários não deixaram de se sentirem intimidados. Seo Seung os deu um aviso só com o olhar e ninguém poderia questionar nada, nem a ele e nem ao estagiário. 

 

Quando retornou a sua sala, o silêncio ainda imperava no Departamento de Criação. Apenas algumas trocas de olhares insinuantes, mas nenhum comentário, nenhum movimento em falso. 

 

- Senhor Kim, já enviou os livros que eu pedi? – perguntou a seu secretário. 

 

- Sim! O exemplar do seu pai será entregue pela manhã, em sua residência pelo Senhor Song e a do Senhor Seo Lee já foi enviada ao escritório da construtora. – explicou. 

 

- Perfeito! – Seo Seung voltou a sua mesa, pegando uma cópia do livro e voltando a folhea-la, parando no único acréscimo que fez questão de fazer e dedilhando no local. Um pequeno sorriso se formou. 

 

Min Jae estava completamente em suas mãos e disso tinha certeza. 

 

 


Notas Finais


Hummmm... Seo Seung vai ou não vai virar um cachorrinho do nosso pintor?

Acho que já é, só não admitiu 🙈

E essa sessão de fotos com Lee Jong? Nem vou contar pra vcs que essa sessão promete...

Palpites para o que o Seo Seung escondeu dentro do livro sobre o Lorde Na-kyun?

Deixem muitos comentários e não esqueçam de me seguir no Instagram 😍😘


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