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História Piratas do Caribe: A Cidade Perdida de Atlântida - How to get away with a pirate


Escrita por: crybaby-

Notas do Autor


Gente, o capítulo ficou pequeno porque eu sou novata no bagulho e não aprendi ainda como separar os capítulos pra história não ficar cansativa. Mesmo assim, espero que gostem!

Capítulo 4 - How to get away with a pirate


Depois que Jack me deixou sozinha naquele bar apenas com minha sombra e o saco de moedas, comecei a refletir sobre o que eu estava prestes a fazer. Certo, eu iria sair daquele porto e finalmente colocar em prática tudo que eu aprendi sobre Atlântida nestes últimos cinco anos. Mas para isto eu precisaria roubar um navio. É, acho que vale a pena.

Saí do bar receosa. Eu precisava comprar roupas novas, okay, e precisava fazer isto rápido.

Entrei no primeiro brechó que eu passei em frente, peguei vários cabides sem nem prestar atenção nas roupas que estavam penduradas neles.

— A Madame precisa de ajud... — ouvi a balconista perguntar, mas me enfiei nos fundos da loja antes que ela concluísse a frase.

Tirei aquele vestido com certa dificuldade devido ao pequeno espaço do cômodo onde eu estava. Abri o espartilho e respirei fundo, sentindo-me aliviada por me livrar daquela peça. Em uma velocidade que eu nem sabia que era capaz de atingir, fui tirando as peças dos cabides e vestindo, o que deu em uma calça preta — um pouco justa demais considerando o tamanho das minhas coxas —, uma camisa branca e algo que lembrava muito um espartilho por cima, porém infinitamente menos apertado. Calcei as mesmas botas com as quais eu estava anteriormente e acabei por pegar várias peças de roupas semelhantes àquela. Não sou eu quem está pagando mesmo.

Enfiei as vestes num saco e saí praticamente correndo do cubículo em que eu estava, joguei o saquinho de moedas em cima do balcão e saí do brechó, novamente não dando tempo para a balconista se pronunciar. Enquanto corria em direção à baía, um sorriso de satisfação abriu-se automaticamente no meu rosto. Só conseguia pensar em como tudo havia acontecido tão rápido, e como tudo estava correndo tão bem até agora. A incredulidade era tanta que eu tinha a impressão de estar escutando a voz da Sra. Greenford chamando meu nome e acabando com a minha liberdade.

— OLIVIAAAA — e a voz estava cada vez mais perto... Okay, não havia sido uma alucinação. Congelei onde eu estava — QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FUGIR DESTE JEITO? — ela berrava atrás de mim, e quando finalmente me alcançou, olhou-me de cima a baixo com desprezo. Aquilo não podia ser verdade, não agora — Que diabos de roupas são estas? E o que há neste saco? — ela ia pegar o saco com as roupas da minha mão, mas eu o puxei de volta e ela me encarou ainda mais impaciente — Garota petulante...

— Sinto muito, Madame Greenford — claro que era mentira — mas eu me demito. A partir de hoje, não trabalho mais para a senhora — vi o rosto dela se transformar em uma grande bola vermelha. Ela estava com muita, muita raiva, o que para mim não era uma surpresa.

— Você vai voltar comigo — ela murmurou, e eu não entendi bem o motivo. Apenas vi quando ela chamou um soldado de prontidão ali perto, alegando que eu era uma pirata e estava saqueando-a. Eu fiquei sem reação, não imaginava que ela seria capaz de tal feito apenas para me ter trabalhando para ela.

O homem me agarrou pelos braços e começou a me levar para algum lugar que eu sinceramente não tive curiosidade de descobrir qual é. Neste momento, agradeci aos céus por aquele soldado não ser muito mais forte que eu. Dei uma cotovelada na sua barriga com a força que consegui reunir e, quando ele me soltou e se curvou de dor, saí correndo novamente em direção à baía, ouvindo Greenford gritar feito louca atrás de mim.

Jack havia conseguido tomar um navio, observei isso quando cheguei perto da balsa. Observei também que ele estava partindo sem mim... Uau, eu devia ter imaginado. Porém não parei de correr, e Jack, quando viu eu me aproximando, pegou uma corda e jogou-a na balsa para eu segurá-la e subir no navio.

E aí eu lembrei do meu maldito medo de mar.

Ao chegar na ponta da balsa, de onde eu devia pular e me segurar na corda, parei imediatamente e olhei para baixo. Eu nunca havia chegado tão perto do mar e aquilo estava me dando calafrios nada bons. Me afastei da ponta, e ouvi Jack começar a gritar desesperadamente para eu me agarrar logo na corda e subir no navio. Mas eu estava travada. Ouvi um tumulto atrás de mim e me virei. Além da Sra. Greenford, havia pelo menos uns dez soldados correndo na minha direção. Olhei novamente a corda que estava quase caindo na água, e da corda, olhei para Jack, que continuava gritando. Era agora ou nunca.

Segurei a corda e andei alguns metros para trás para pegar impulso. Contei até três, quatro, cinco, seis... Okay, chega de enrolar. Comecei a correr e pulei o mais alto que consegui, batendo na lateral do navio, onde haviam algumas amarras que me ajudaram a subir. Olhe para cima, só para cima. Embaixo de você tem chão, apenas chão, sem mar. Jack estava logo acima da minha cabeça, estendendo-me a mão para me puxar navio adentro, o que eu só aceitei pois caso contrário eu escorregaria e cairia direto na água. Joguei o saco com as roupas no navio e agarrei sua mão. Ao me puxar, nós dois caímos dentro do navio, eu de cara no chão e ele de costas. Nos levantamos ao mesmo tempo e demos uma última olhada na balsa. Os soldados atiravam, mas o navio já estava a uma distância razoável para dificultar sua mira.

Eu nem conseguia acreditar no que estava vendo. O porto se distanciando conforme o navio ganhava velocidade, eu conseguia ver minha liberdade nas palmas das minhas mãos. Era quase como um sonho.

E aí, me veio à mente que graças a um certo alguém que no momento estava na proa observando o horizonte, eu quase não consegui.

Andei até Jack firmemente e ele provavelmente ouviu meus passos, pois se virou e ia começar a falar alguma coisa.

— Então, qual o pla... — acertei um tapa em seu rosto antes que concluísse a pergunta.

— Você ia zarpar sem mim — disse elevando o tom de voz, ele me olhou incrédulo — Eu devia saber, você bem que faz jus à sua fama mesmo.

— Espera aí, vamos com calma — ele me interrompeu e ergueu as mãos em sinal de rendição — Você demorou para aparecer, queria que eu ficasse esperando enquanto os soldados da Companhia me levavam para a prisão?

— Se você tivesse esperado mais dois minutos eu não precisaria ter pulado naquela corda e quase caído na água.

— Espera um momento, eu entendi bem? — ele pareceu pensar por um segundo e só aí eu percebi a besteira que havia dito — A senhorita tem medo de mar?

Congelei. Ele não podia saber disso, se soubesse iria acabar com o nosso acordo... Droga, Olivia, parabéns pela genialidade.

— Isso não é da sua conta — respondi a primeira coisa que me veio à mente.

— Então quer dizer — ele continuou levantando o dedo indicador como se não tivesse me escutado — que você tem medo de mar e vai nos levar a uma cidade que fica no fundo do mar? Faz todo o sentido.

— Eu estou aqui, não estou?

— Está, graças a mim.

— Graças a você eu quase fiquei presa naquele maldito porto.

— Para a sua informação, eu sabia que você ia aparecer bem a tempo de eu jogar a corda.

— Com certeza, você sabia.

— Na verdade, eu sei de tudo.

— Ah é? Como?

— Simples, sweetie — fiz uma careta. Ele fez uma pausa dramática e então continuou — Sou o Capitão Jack Sparrow.

— Gente? — ouvimos a voz do velho das costeletas que até então eu não havia notado que estava ali.

O que? — eu e Jack dissemos em uníssono virando para encarar o homem, que olhava para trás de nós em direção ao convés com o olhar aterrorizado.

— Sem querer interromper a emocionante discussão, mas temos problemas.

Nós seguimos o seu olhar que demonstrava puro medo, algo que eu acredito ter acontecido comigo e também com Jack quando vimos o que acontecia no navio.

Pilhas de ossos humanos se moviam sozinhos, formando esqueletos completos que, apesar de serem apenas ossos, pareciam nos olhar com uma raiva descomunal.


Notas Finais




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