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História Piscar de Olhos - Alvo ama Scorpius


Escrita por: nekromante e Trevo_Cobre

Capítulo 21 - Alvo ama Scorpius


Fanfic / Fanfiction Piscar de Olhos - Alvo ama Scorpius

O MUNDO DESMORONOU. Em um milésimo de segundo, Alvo viu seu mundo ruir. Não! Devia estar sonhando; precisava acordar. Precisava dar um fim àquele pesadelo terrível. Foram necessários apenas alguns segundos para todos entenderem o que aconteceu: Scorpius Malfoy havia sido morto. Eles ficaram paralisados e por fim, num súbito ato de coragem, Alvo gritou. Um grito de pânico e almiriscado de dor.

Sacou sua varinha sem nem perceber. Pronunciara palavras que até agora desconhecia. Amaldiçoou-a. Gritou a maldição da morte, que não funcionou. Por fim, Delphi entendera que estava sendo atacada. Utilizou feitiços de proteção; os outros usaram várias e várias magias que conheciam e rapidamente a garota se defendeu. Cruccio, ela disse. James, n’outro segundo estava no chão gritando de dor. Ted foi ao seu encontro. 

— Grandessíssima filha da puta — blasfemou Allisson. — Veja se isso te agrada! — e ela usou uma maldição estuporante. 

No momento que Delphi ficou atordoada, Hugo e Louise se entreolharam — a dupla dinâmica, como se chamavam usaram a mesma azaração: cara de lesma! Não muito surpreendentemente, ela conseguiu se defender. Ted, após se certificar que James estava bem, usou o feitiço explosivo contra o chão. Você errou, disse Delphi provocativa. Ted piscou, e Allisson usou flipendo para fazê-la cair. Alvo, tomado de raiva, se relembrou de algumas maldições que havia, vez ou outra, lido em livros de magia avançado de sua mãe: Confringo; Expulso e finalmente, Locomotor Mortis.

Delphi estava finalmente inconsciente. Alvo correu até onde estava o corpo de Scorpius. Tocou em sua mão, já gélida. Não, não! Não poderia ser verdade. Ele não merecia, Scorpius era a pessoa mais justa, caridosa, amigável, simpática, gentil, apaixonante e mais mil qualidades que Alvo conhecia. Ele não merecia morrer, não daquela forma, não sem saber que Alvo o amava. Alvo ama Scorpius e Scorpius amava Alvo. Mas, não havia tido tempo suficiente. Não havia tido tempo pra amar o suficiente. Por todas as palavras que Alvo não havia dito, se arrependeu amargamente.

— Scor, você precisa ficar aqui comigo. — disse, olhando para o fantasma de um sorriso que brilhava no corpo sem vida do melhor amigo. Segurou sua mão, mais pálida que nunca fora. — Eu preciso de você, eu não existo sem você.

— Alby — James encostou sua cabeça no ombro de Alvo, que jazia ajoelhado no chão da floresta. — Eu sinto muito.

Alvo se pôs a chorar e soluçar. James tentou abraçá-lo — o mais novo aceitou o abraço — e James tentou fazer algo parecido com um cafuné. Não que não fosse bom com carícias ou algo semelhante à isso, mas a situação era especialmente difícil.

Após ter finalmente ido embora da floresta proibida e chegarem no castelo, Alvo sentiu como se estivesse se preparando para enfrentar dragões. Aliás, fora acobertado de um sentimento devastador de saudade; ainda não havia entendido que Scorpius havia morrido. 

As lágrimas ainda residiam no canto de seus olhos. As conversas pararam; os olhares foram ao encontro do grupo de jovens. A profa. Minerva McGonnagal se apressou a indagar o que havia acontecido. Por que diabos Alvo Potter e seus amigos estavam como se voltado de uma batalha? E as pessoas se questionavam, também, o porquê deles trazerem a alta-inquisidora amarrada pelos pulsos e um Scorpius inconsciente segurado pelos braços.

— Sr. P-Potter! — abalou-se Minerva, vestida de um pijama pelo fato de estar de madrugada. — O que houve? Por que vocês trazem o sr. Malfoy? Pelas barbas de Merlim!

— Delphini — Rose apontou. — Ela m-matou ele.

Minerva estremeceu. O ar faltou. Ouviu errado? Não confiava nenhum pouco naquela garota de mexas lilás, mas nunca cogitou a hipótese que ela poderia assassinar um aluno. 

— Não é possível! — madame Pomfrey chegou, de repente. Sentiu uma pulsação inexistente no pulso de Malfoy. — Ele está morto. — concluiu, suspirando forte.

Minerva sentiu seu coração parar.

— O melhor a se fazer agora é irem dormir. Me desculpem, mas precisamos chamar aurores e o chefe do departamento de mistérios. Além de seus pais. — disse Minerva para os alunos. Então, virou-se para Slughorn. — Você sabe o que fazer.

O velho assentiu e levou a Delphi para uma sala. Foi ao seu estoque e pegou um frasco com a poção da verdade.

Aqueles que foram acordados pelo barulho voltaram a dormir. Alvo sentiu que não seria capaz de dormir aquela noite. Subitamente, foi tomado por uma sensação de tristeza e saudade. Sentiu falta de brincar com os cabelos loiros de Scorpius; de fazer um cafuné e ficar atordoado com o cheiro maravilhoso de flores silvestres que residiam no seu cabelo; de quando Scorpius pedia para Alvo ir ver as estrelas com ele — Scorpius sempre foi apaixonado pelas estrelas —  ou até mesmo de trocarem pequenos beijinhos. Ah, e como Alvo amava beijar as bochechas rosadas dele!

Madame Pomfrey receitou uma poção da paz para os alunos que estavam, de alguma forma, envolvidos. Quando Alvo finalmente deitou em sua cama, se sentiu pequeno demais. Era como se estivesse deitado num campo de futebol.


O sentimento de devastação atingiu a todos no dia seguinte. Aquele início de manhã não estava tão radiante quanto os outros dias. O céu estava cinza, nublado, ofuscando o calor alegre dos raios de sol — as nuvens carregadas faziam que uma chuva caísse na terra. Trovões gritavam; os raios brilhavam na mesma intensidade que os olhos verdes de Alvo umideciam, caindo novamente num soluçar sem fim.

— Eu não estou pronto pra me despedir dele. — afirmou para seu colega de dormitório, Nicholas. — Eu não posso, Nic.

— Não é um adeus, Al. — prometeu. — Como você está?

Alvo desabou novamente a chorar. Ele não respondeu; Nicholas, todavia, sabia que seu amigo estava morto por dentro. Após muito tempo chorando, Alvo finalmente tomara coragem para ir até o salão principal onde seria realizado uma homenagem a Scorpius Malfoy.

Minerva disse algumas palavras, que mesmo que saindo de seu coração, Alvo não conseguiu prestar atenção.



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