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História Plano Veneza - Paiva


Escrita por: planoveneza

Notas do Autor


Olá meus amoreees
Mais um sábado chegou e estamos aqui com mais um capítulo quentinho para vocês!
Boa leitura ♡

Capítulo 4 - Paiva


Fanfic / Fanfiction Plano Veneza - Paiva

—Isso é o que nos levará para casa! —ele sorriu timidamente.

—Um submarino? É sério mesmo? —ela perguntou espantada e ele acenou positivamente.

Uma espécie de porta se abriu na parte de cima do submarino e dois homens saíram de lá de dentro, prontos para auxiliar Sérgio e Raquel em sua subida.

Sérgio entregou sua muleta para um dos rapazes e subiu com um pouco de dificuldade na pequena escada localizada na lateral do submarino. Quando estava completamente seguro, ele estendeu a mão para Raquel que pegou com gratidão e também subiu as escadas.

Quando olharam para baixo, na parte de dentro do submarino, Raquel se assustou com a quantidade de degraus que precisavam descer. A escada do submarino tinha 3 metros de altura e foi inevitável para ela não pensar na enorme dificuldade que Sérgio teria para descer tudo aquilo com a perna machucada.

Ela começou a descer e logo acima dela, os gemidos abafados de Sérgio não passaram despercebidos. Era nítido que ele estava fazendo o máximo de esforço para não transparecer sua dor, mas sua tentativa foi completamente em vão. Seu coração doeu por ele. 

Depois de minutos que mais pareciam horas, seus pés finalmente se firmaram no chão do submarino e um homem os encaminhou para uma espécie de área de descanso onde claramente as pessoas faziam suas refeições, deixando-os sozinhos logo em seguida.

Sérgio se sentou em um dos pequenos assentos que tinham no veículo pois já estava sentindo bastante dor no local da cirurgia, sinal de que já era hora de trocar seu curativo. Procurou rapidamente pelo kit de primeiros socorros e tentou fazê-lo sozinho.

Pegou o soro fisiológico e se preparava para retirar o antigo curativo, quando Raquel foi se aproximando calmamente dele e agachando a sua frente, colocando sua mão por cima da dele fazendo com que seus olhares se encontrassem. Ela deu um sorriso fraco antes de dizer:

—Tudo bem, deixa que eu faço isso.

O Professor não se opôs à sua ordem e somente assentiu observando cada movimento dela e o cuidado mesmo depois da situação de mais cedo. Imaginava como a cabeça dela ainda devia estar e quando piscou, Raquel já limpava o local com a gase e descartava buscando uma faixa nova para colocar no lugar.

Com cuidado, ela enfaixou o local e finalizou prendendo com uma fita adesiva para que a faixa não soltasse. Buscou o olhar dele novamente e perguntou com um tom sereno de voz:

—Sente alguma dor? —Sérgio balançou a cabeça negativamente e Raquel cerrou os olhos em sua direção se levantando sem deixar de encará-lo. —Tem certeza?

—Bem… —Sérgio divagou, e Raquel ficou atenta. —Somente um leve incômodo, mas já vai passar. —ela suspirou.

—Descanse, não há necessidade de você fazer mais nenhum esforço daqui em diante. —Sérgio novamente assentiu deixando um sorrisinho escapar por vê-la assim tão preocupada consigo. —Vou pegar um copo de água para você tomar seus analgésicos.

Ela virou para ir em direção ao que parecia ser uma cozinha e ele pegou sua mão fazendo com que ela virasse novamente para ele. —Obrigado! Por tudo! —ele sorriu e ela apertou levemente sua mão, sorrindo logo em seguida.

Depois que Sérgio tomou seus analgésicos, Raquel se sentou do lado dele ainda sentindo-se curiosa sobre o submarino e questionou: —Ok, já entendi que é um submarino... Mas...digamos que não é muito convencional... Se bem que o convencional não faz seu estilo. —Raquel riu sem graça enquanto Sérgio limpou a garganta. —O que quero dizer é o porquê de usarmos um submarino.

—Bom...— Sérgio tocou os óculos. —Sairmos por via aérea seria muito óbvio. Havia algumas opções como passaportes falsos, voos particulares, voos de carga... Entretanto nossos rostos já estão conhecidos. Há radares aéreos capazes de alcançar 30.000 pés e como somos procurados internacionalmente, a Interpol está de olho em absolutamente tudo! Seríamos facilmente rastreados. Enquanto os radares marítimos alcançam cerca de 35 milhas náutica. Por isso estamos usando o Poseidon, um submarino russo, como todos os submarinistas presentes! Nós estaremos há 6.200 milhas náuticas de profundidade! Entretanto, estaremos camuflados com tecnologia stealth, que ilude dispositivos de rastreamento acústico. —explicou sentindo-se orgulhoso.

—Estamos usando uma embarcação bélica para ir para casa?  —riu incrédula. — E claro que russos, afinal são os mais confiáveis para esse tipo de trabalho. —concluiu—Não precisamos nos preocupar com todos esses detalhes quando fomos para Lisboa, porque seguimos em um grupo de turistas devidamente autorizados. —Seguiu, compreendendo agora cada etapa do plano. — Não levantamos suspeitas pois além de agendado com antecedência, nenhuma autoridade policial acharia que alguém sairia de um assalto diretamente para um passeio turístico. —sorriu por fim e Sérgio a acompanhou.

—Exatamente! —disse sentindo-se novamente orgulhoso, mas dessa vez, era orgulho dela. Orgulho da mulher incrivelmente inteligente que ele tinha ao seu lado.

Eles trocaram longos olhares e Raquel novamente quebrou o silêncio. —E quanto tempo ficaremos dentro dessa coisa enorme até chegarmos na nossa casa? 

Nossa casa, ele sentiu seu coração amolecer ainda mais com o pensamento de novamente estar em casa com ela. —Ficaremos aqui dentro dessa coisa... —ele riu imitando o tom de voz dela. —Por looooongas 30 horas. —Ela o olhou com desânimo e deixou os ombros caírem sentindo-se um pouco chateada por essa longa espera estar longe de acabar.

Os homens que compartilhavam o submarino juntamente com eles, se aproximaram e eles começaram a conversar sobre diversos detalhes de sua viagem e fizeram um tour juntamente com Sérgio e Raquel mostrando a eles cada mínimo detalhe daquela imensa máquina.

Por volta de 00h, eles se instalaram no pequeno dormitório. Toda tensão e cansaço do dia, tomou conta deles e caíram no sono quase que imediatamente.

As próximas horas que seguiram foram no mínimo extremamente entediantes. Eles acordaram por volta das 8h, tomaram café da manhã e seguiram o resto do dia conversando com os trabalhadores do submarino, tirando algumas dúvidas e descobrindo curiosidades sobre esse universo completamente novo para eles.

Vez ou outra quando estavam sozinhos, Sérgio abria a boca como se estivesse pronto para abordar o assunto tão delicado de antes, mas Raquel disse que não queria conversar sobre aquilo enquanto estivessem ali dentro e rapidamente mudou completamente o foco da conversa. Sérgio, como sempre, respeitou a sua decisão.

Ela sabia que eles precisavam conversar sobre isso em algum momento, sabia que ainda não tinham resolvido as coisas entre eles, mas ali não era o lugar mais apropriado para conversar sobre um assunto tão delicado e que mexia tanto com ambos. O clima sempre ficava meio estranho quando estavam sozinhos e eles conversavam sobre coisas bobas só para quebrar um pouco do silêncio constrangedor.

A noite chegou novamente, completando assim 24h em que eles estavam trancados dentro daquela coisa flutuante e depois do jantar, pela milésima vez, eles se prepararam para fazer o que tinham feito praticamente o dia todo: dormir.

Eram por volta de 3h da manhã quando deitada em uma cama nada confortável, Raquel não conseguia parar de se mexer. Estava inquieta e sem sono. Virando um pouco para trás, ela viu Sérgio com os olhos fechados, parecendo que estava dormindo e ela bufou, sentindo-se um pouco irritada e mais entediada.

Com cuidado para não acordar ninguém, Raquel saiu do dormitório literalmente na ponta dos pés. Ela olhou para os lados à procura de alguém e a única coisa que viu um pouco mais afastados dela, foram dois submarinistas em sua cabine preocupados demais com qualquer outra coisa que não fosse a sua presença.

Ela começou a andar pelo interior do submarino como se estivesse fazendo seu próprio tour e achou, em uma caixa no chão, um pequeno tabuleiro de xadrez. Quando ela colocou a mão no tabuleiro e puxou, uma voz rouca soou atrás dela fazendo com que ela jogasse tudo no chão.

—A gente costuma roubar bancos, não jogos de xadrez! —Sérgio falou com um sorrisinho sacana.

—Joder, Sérgio! Que susto! —ela falou colocando a mão no peito e sentindo o coração acelerado. —E eu não estou roubando nada, seu besta! Eu só estou… —ela abaixou pegando o tabuleiro e as peças e tentou procurar as palavras certas, mas ele foi mais rápido: —Fuxicando!

Ela riu envergonhada e deu de ombros. —Tá, talvez eu esteja fuxicando! Mas para a sua informação, eu ia colocar direitinho no lugar.

Ele riu do jeitinho dela, claramente parecendo com Paula quando está comendo chocolate escondida e é pega no flagra. —Está sem sono? —perguntou.

—Estou! Não tem como ter sono, a gente dormiu o dia inteiro! Dormi um pouquinho e já estou me sentindo mais do que abastecida. —ela riu. —E você? Antes de sair eu olhei e você parecia estar dormindo.

—Eu estava, mas aí alguém saiu de perto de mim e a cama ficou fria. —ele olhou para ela com saudades.

O coração dela derreteu um pouco e tudo o que ela queria era abraçá-lo e beijá-lo profundamente, mas uma voz em sua cabeça disse que ele não estava merecendo beijo nenhum e ela se fortaleceu. 

—Aquela cama é tão pequena que não dá nem pra esquentar e nem pra esfriar. Tô até agora tentando entender como nós dois estamos conseguindo dormir juntos.

—Bem, eu não tenho nada do que reclamar! —ele deu um sorrisinho de lado e ela revirou os olhos rindo também. Ele mudou de assunto: —Está afim de jogar? —ele perguntou, indicando levemente com a cabeça o objeto que ela tinha em mãos.

—Estou! Uma partida seria essencial para essa noite entediante! —ela falou sentindo-se animada imediatamente.

—Concordo! Estou mais do que ansioso para jogar uma partida contigo! —ele disse com um leve sorriso nos lábios e deu uma leve piscada.

Ele gostava de desafios e ela também. Isso definitivamente seria bem interessante!

Sentaram-se na mesa do Hall, um em cada lado da mesa, com um tabuleiro com peças douradas e prateadas entre eles.

 Sérgio organizou as peças de modo que as douradas ficaram viradas para Raquel, pois ele sabia que era sua preferência jogar com as douradas.

Como Sérgio jogava com as prateadas, foi o primeiro a jogar, movendo seu cavalo para f3 e Raquel espelhou seu movimento movendo o seu cavalo para f6. As jogadas seguintes foram peão c4, peão g6, cavalo c3, bispo g7, peão d4 e Raquel efetuou um "Roque" sorridente. Sérgio enviou seu bispo de casa escura para f4, criando uma tensão no centro do tabuleiro.

Raquel não ficou atrás e enviou o peão para d5, aumentando a tensão. Sérgio reagiu movendo sua dama para b3, aumentando a proteção de suas peças e Raquel capturou seu peão de c4. Entretanto ele logo reagiu capturando o mesmo peão. Raquel ameaçou a Dama dele com seu cavalo e ele logo tratou de se proteger movendo a Dama para c5.

Raquel começou a levar mais tempo para pensar e analisar suas jogadas. Sérgio sempre foi um ótimo jogador e ela nunca ficava para trás, mas a tensão estava crescendo e ela resolveu tentar usar algumas técnicas de manobras de distração.

Ela jogou os cabelos para trás, abriu um pouco o zíper do casaco que vestia e ela percebeu imediatamente que sua técnica estava funcionando quando os olhos de Sérgio voaram instintivamente para o decote recém exposto de Raquel. 

 Inesperadamente ela moveu seu bispo de casa clara para g4 e, totalmente surpreso, Sérgio moveu o bispo dele para g5. Raquel estava a todo custo tentando manter o ataque e moveu seu cavalo para a4, ameaçando o cavalo dele e ele reagiu movendo sua dama para a3, enquanto seu cavalo foi capturado logo em seguida. Ele rapidamente capturou o cavalo dela com um peão e ela reagiu fazendo o contrário, capturando o peão dele da casa e4 com o cavalo.

Ela abriu totalmente seu casaco, deixando Sérgio saber que ela não usava nada por baixo além de um sutiã.

Ele engoliu seco, seus olhos fixados nos seios de Raquel. Notando sua reação, ela provocou: —Pensando no seu próximo movimento? —ele limpou a garganta e olhou novamente para o tabuleiro. 

Sérgio tratou de ameaçar a dama dela, colocando seu bispo em e7 e ela prontamente reagiu movendo sua dama para b6.

Totalmente concentrado em seu jogo e em seus próximos movimentos, Sérgio tinha os olhos fixos no tabuleiro e inconscientemente passou as duas mãos pelos cabelos, colocando-os para trás e prendendo o lábio inferior entre os dentes.

Sua atitude foi inconsciente, mas ele notou que seus movimentos surtiram efeito quando Raquel suspirou profundamente. Olhando rapidamente para ela, ele percebeu que ela estava distraída olhando para ele e foi sua vez de se manter na posição de ataque, movendo seu bispo para c4, novamente acentuando a tensão no centro do tabuleiro.

Agora foi a vez de Raquel ficar confusa, mas mesmo assim ela foi rápida o suficiente para responder capturando mais um peão e fazendo Sérgio recuar seu bispo. Raquel moveu sua torre colocando o rei de Sérgio em Xeque e ele prontamente moveu o rei, tirando-o da posição de perigo. Raquel respondeu recuando seu bispo para e6. Os lances seguintes foram: b6, seguido por Raquel capturando o bispo na casa c4 e Sérgio movendo mais uma vez o rei. Raquel estava o atacando sem parar em qualquer oportunidade que surgia, então moveu seu cavalo pondo mais uma vez o rei de Sérgio em Xeque.

Ele fixou os olhos nos dela, mordeu novamente o lábio inferior e passou a ponta da língua lentamente contornando o lábio superior. Ele moveu seu rei para fora da posição de perigo e ameaçando o cavalo dela que respondeu recuando.  

Limpando a garganta e sentindo-se de repente quente, Raquel tirou completamente o casaco. Sérgio não pôde deixar de rir e foi sua vez de provocá-la: —Está com calor? —sua voz baixa e rouca enviou uma onda elétrica de calor pelo corpo de Raquel que atingiu diretamente o seu centro.

—Um pouco, talvez! —respondeu ofegante.

—Se me permite uma sugestão, um banho seria uma ótima opção!

—Tal… —o olhar penetrante dele, a estava deixando sem palavras. —Talvez depois! —ela limpou a garganta e focou novamente no tabuleiro.

Os lances seguintes foram: Raquel movendo o cavalo para c4, rei em g1, peão b6, dama b4, torre a4, dama b6…O cavalo de Raquel capturou a torre de Sérgio em d1.

Peão h3, torre captura peão em a2, rei h2, cavalo f2,  torre e1, torre capturada...

Querendo ter uma visão melhor do jogo e tentando a todo custo desestabilizar Sérgio, Raquel apoiou-se completamente na mesa, deixando seus seios ainda mais à mostra. Ter os seios de Raquel a poucos metros ou talvez centímetros de seu rosto, com certeza o estava deixando louco, mas ele se fortaleceu!

Aproveitando que Raquel se entretinha tentando a todo custo colocar seu rei novamente em xeque e capturar suas peças, ele colocou o rei dela em Xeque dessa vez.

Raquel respondeu com bispo em f8, bloqueando o xeque. O jogo seguiu com Sérgio capturando sua torre... bispo em d6, cavalo f3, cavalo e4, dama b8...

Naquele duelo de cérebros e provocações que tentavam a todo custo induzir uma jogada que favorecesse um mate e também com o objetivo de enlouquecer um ao outro, eles seguiram por um longo tempo.

Raquel movia suas peças confiante, sempre buscando o xeque. Ela havia tomado aquilo como desafio. Sérgio não estava diferente, sempre calculando uma forma de induzir uma jogada que o favorecesse.

Depois de seguidos xeques, eles analisaram o tabuleiro.

—Regra dos 50 lances! —disse Raquel, ainda sentindo-se quente e sem conseguir decidir se era pela tensão do jogo ou se era pelo jeito que Sérgio a estava olhando.

—Nenhuma peça foi capturada nas últimas 50 movimentações. —ele falou ofegante com os olhos famintos fixados em seus seios.

—Acho que temos um empate! —ela falou mordendo levemente o lábio inferior.

—Definitivamente temos um empate! —ele a olhou, seus olhos escuros de tanto desejo.

A respiração de ambos estava descompassada e o mesmo desejo passava pela mente deles.

Levantando-se em um impulso, Sérgio rapidamente passou a mão pelo pescoço dela indo diretamente agarrar um punhado de seus cabelos trazendo-a imediatamente em sua direção para iniciar um beijo feroz e cheio de desejo.

Quando seus lábios estavam prestes a se tocar, uma voz com forte sotaque russo soou no ambiente: —Bom dia, marinheiros! Acordaram cedo! —o homem sorriu animado e eles se separaram imediatamente.

Raquel procurou desesperadamente seu casaco que estava jogado em algum lugar debaixo da mesa e Sérgio sorriu completamente sem graça para o homem. —Bom dia, Marcelo! Dormiu bem? Que horas são?

—Dormi como um bebê, meu companheiro! E vocês? São exatamente… —ele olhou para o relógio em seu pulso: —5:15h da manhã!

Sérgio e Raquel trocaram olhares assustados. Eles ficaram tão concentrados que nem perceberam a hora passar.

Marcelo olhou para Raquel que estava toda atrapalhada com o zíper de seu casaco e olhou para Sérgio. —Por acaso eu atrapalhei alguma coisa? —disse, dando-lhe um olhar curioso.

Sérgio tocou os óculos sentindo-se nervoso. —Não atrapalhou nada, Marcelo! Nós… Nós só estávamos jogando uma partida de xadrez. —falou enquanto olhava para um ponto qualquer da mesa, totalmente incapaz de olhar o homem nos olhos.

—Aaaaaaah, xadrez! Sim, claro! Xadrez! —sorrindo descaradamente, Marcelo deu alguns tapinhas no ombro de Sérgio enquanto balançava as duas sobrancelhas sugestivamente.

Do outro lado da mesa, uma Raquel revoltada bufou, claramente impaciente enquanto tentava desesperadamente desemperrar o zíper que por alguma maldição não subia por nada. Marcelo olhou para ela e desviou rapidamente o olhar.

—E-Eu vou ver como estão os preparativos para o nosso café da manhã e volto daqui a pouco. —disse saindo rapidamente dali.

—Você se importa de vestir logo esse bendito casaco? Você vai pegar um resfriado!—Sérgio sussurrou baixinho para Raquel.

—Se essa merda de zíper subisse eu já teria colocado! —retrucou irritada.

Sérgio foi até ela e como num passe de mágica conseguiu subir o zíper até tampar todo o decote de Raquel. Ela olhou incrédula para ele! —Excitada demais para conseguir fechar um zíper? —ele provocou.

—Seu medo era realmente de eu pegar um resfriado ou do Marcelo olhar para os meus peitos? —ela provocou descendo um pouco o zíper até seu decote ficar novamente à mostra.

Ele puxou novamente para cima. —Não me provoca! —seus lábios a poucos centímetros de tocar os dela.

—Ou o que? —ela o desafiou.

Eles trocaram olhares famintos por alguns segundos e então ela falou: —Vou me trocar! —roçando os lábios levemente nos dele, ela virou as costas e saiu dali, deixando um Sérgio extremamente ofegante para trás.

Eles tiraram suas roupas de dormir e foram tomar café juntamente com os outros. Mas antes disso, Raquel pegou o tabuleiro de xadrez e devolveu para o lugar onde tinha encontrado, enquanto Sérgio a observava e sorria com a lembrança dela “roubando” o tabuleiro de madrugada.

Após o café, foram entregues a eles roupas e equipamentos de mergulhos. O submarino subiria apenas o suficiente para que eles pudessem sair, então até saírem da parte do mar aberto, eles teriam que nadar!

Jose, um mergulhador profissional explicou o passo a passo de tudo que iriam fazer e de como funcionava cada equipamento. O coração de Sérgio e Raquel estava acelerado, a adrenalina tomando conta deles.

Devidamente prontos, eles se despediram de cada submarinista com o coração repleto de gratidão por toda ajuda dada à eles.

Sérgio foi o último a se despedir de Marcelo e depois de cumprimentá-lo, Marcelo o abraçou e sussurrou em seu ouvido: —Espero que consigam terminar aquilo que eu atrapalhei! —disse, soltando uma risada exageradamente alta e deixando Sérgio novamente vermelho e sem graça.

De frente para a escada, Raquel respirou fundo e olhou para Sérgio, seus sorrisos espelhados um no outro.

—Pronta para ir? —ele perguntou.

—Mais do que pronta! Não vejo a hora de sair dessa coisa. —ela riu e ele a acompanhou.

—Vamos?

—Vamos! —ela piscou para ele e começaram a subir novamente os 3 metros de escada. Por sorte, a perna de Sérgio tinha tido uma melhora considerável o suficiente para que ele pudesse nadar.

Já na parte superior do submarino, estavam prontos para encarar aquela imensidão azul. Um frio na barriga tomou conta dos dois, se encararam hesitantes enquanto Jose dava as últimas instruções sobre o que viria a seguir. É claro que estavam preparados, já haviam feito aulas de mergulho e até mergulhado algumas vezes, entretanto ainda assim estavam receosos.

—Estão prontos? —Perguntou Jose, antes de ajustar seu regulador.

Ambos assentiram, o vendo cair na água logo em seguida. Fizeram o mesmo.

Já imersos, a visão era incrível! Debaixo deles, corais coloridos abrigavam cardumes, os mais variados animais marinhos passavam ao seu redor. A visão era tão calma e apaixonante que Raquel sentiu que poderia ficar ali por um bom tempo, entretendo tinham um caminho a seguir. Atrás deles, o submarino seguia o caminho contrário, se distanciando lentamente. Jose seguia na frente, mostrando a direção que tinham que seguir, enquanto Sérgio e Raquel seguiam logo atrás, imitando seus movimentos.

A medida que se aproximavam de um enorme arrecife, o qual fazia distinção entre o mar aberto e todos os perigos que ali tinha —como arraias, tubarões e entre outros animais que ali habitavam da área de banho— Jose fez um sinal para que começassem a apertar o botão que inflava o colete equilibrador, facilitando assim a emersão de seus corpos. 

Sérgio sentiu seu corpo tremer ao avistar de longe um tubarão martelo, apertando imediatamente a mão de Raquel que nadava ao seu lado. E viu a mesma arregalar os olhos por trás da máscara de mergulho. Jose seguia os guiando alheio ao desespero do casal logo atrás dele. Quando emergiram por completo, o casal se desesperou para escalar e logo subir naquele enorme arrecife.

Jose já tendo experiência, foi o primeiro a sair da água, ajudando-os logo em seguida.

—Lembre-me de nunca mais entrar nessas águas. —disse Raquel para Sérgio assim que se livrou do regulador o qual saía o ar comprido que a permitia respirar.

Sérgio riu.

—Depois do arrecife estamos seguros. —afirmou ele na tentativa de tranquilizá-la. —Ainda que a maré fique extremamente alta a ponto de ultrapassar os arrecifes, qualquer tubarão ou animal marinho que possa oferecer perigo ficaria preso nas piscinas naturais e seria facilmente capturado. —disse se virando para a praia e Raquel acompanhou seu olhar ficando boquiaberta com a visão final.

Era sem dúvidas um paraíso natural, via as águas cristalinas serem divididas por pedras e corais que formavam lindas piscinas naturais.

—É verdade. Nunca houve um ataque por essas áreas, é física e cientificamente impossível. —concordou Jose.

No momento, Raquel já não se importava com o tubarão que tinha visto a pouco, seus olhos agora contemplavam as águas cristalinas e os coqueiros que embelezavam aquela paisagem de tirar o fôlego.

Após se despedirem de Jose, seguiram sozinhos, equilibrando-se por sobre as pedras até chegarem na costa. Ao se aproximarem da faixa de areia, Sérgio logo avistou uma mulher de cabelos cacheados que os aguardava.

—Olá Sr. Marquina. Sra. Murillo! —a russa os cumprimentou. —Sejam muito bem vindos ao Brasil! Ou melhor dizendo,  Bem vindos à Reserva Natural do Paiva.

Sérgio e Raquel caminhavam lado a lado na areia da praia sendo acompanhados pela mulher à sua frente. Ambos estavam muito ansiosos para conhecer seu novo lar e começar uma vida nova, também estavam muito felizes por tudo ter corrido bem -na medida do possível- na viagem até ali.

Ao andarem mais um pouco começaram a enxergar de longe uma pequena casinha, bem simples e discreta. Foram chegando perto e perceberam que o lado de fora era feito de madeira e que também era bem ventilada. Tinha uma varanda grande com vista de frente pra praia e só isso, já fez Raquel abrir um largo sorriso.

 —Estão entregues. Qualquer problema ou dúvida basta me comunicar. —a mulher disse se retirando e o casal somente assentiu.

Um silêncio tomou conta do ambiente e Sérgio e Raquel se entreolharam soltando um sorriso largo.

—Sérgio, isso aqui é tão lindo.…parece um sonho! —Raquel quebrou o silêncio para observar em volta e depois olhar para o Professor que tinha seus olhos fixos nos dela captando todas suas reações.

—Vamos entrar? —Raquel assentiu e Sérgio deixou que ela fosse na frente.

A primeira coisa que viram quando entraram foi a sala de estar. Tinha dois sofás de cor cinza, uma tv grudada a uma parede de tom claro e uma mesinha no centro, simples porém bastante aconchegante.

   Atrás dividido com um balcão americano ficava a cozinha. Uma mesa de jantar com oito cadeiras, os armários de madeira, um fogão, geladeira…coisas básicas de uma cozinha tradicional.

Mais a frente existia um corredor que dava para os quartos. Raquel olhou para Sérgio em expectativa e ele balançou a cabeça para que ela seguisse em frente e assim ela fez, empurrando a primeira porta e dando de cara com um quarto vazio de parede rosa.

—Pensei que esse pudesse ser o quarto de Paula. Que te parece? —Raquel o olhou sorridente e com os olhos brilhantes.

—Ela vai adorar, acho que é a cara dela! —Sérgio sorriu antes de indicar com a mão que eles deveriam seguir para ver os outros quartos e assim fizeram.

Entraram em outro com uma parede cinza claro e Raquel imediatamente disse que aquele tinha muito a cara de sua mãe, Sérgio prontamente concordou e então seguiram. Os próximos dois seriam os quartos de hóspedes e no final do corredor, havia uma porta que ainda não tinha sido aberta.

—Vamos abrir esse juntos? —Raquel se virou para Sérgio que assentiu e colocou a mão na maçaneta. Em seguida, ela veio e colocou a dela por cima girando o trinco fazendo com que a porta se abrisse.

O quarto era consideravelmente grande, considerando que no meio dele já havia uma enorme cama de casal. As paredes eram em tons pastéis e uma janela dava vista direta para a praia. No canto havia uma porta que se aberta, dava direto para um banheiro.

Raquel ficou boquiaberta quando entrou no cômodo e viu que ele também não era tão pequeno. Tinha um box com chuveiro, duas pias e um enorme espelho na parede e de brinde no canto, uma linda banheira que dava o toque final.

—Joder Sérgio... – Raquel sussurrou quase inaudível se virando para Sérgio que estava parado no batente da porta observando todos os seus passos. —Isso tudo é perfeito, maravilhoso! —ela disse sorrindo e precisou se segurar para não pular no colo do Professor e o cobrir de beijos.

—Fico muito feliz que tenha gostado, Raquel. —ele disse sincero. —Quando escolhi essa casa pensei muito em você. Se você gostaria, se aprovaria tudo, se estaria do seu agrado...

Raquel foi caminhando até ficar cara a cara com Sérgio que parou de falar no mesmo instante. Ela levou uma mão para fazer carinho em sua barba por fazer e sorriu terna antes de dizer:

—Eu amei, isso tudo é perfeito! Eu tenho certeza de que Paula e minha mãe vão adorar isso aqui assim como eu. Obrigada por tudo Sérgio.

A tensão tomou conta do ar e por alguns minutos ambos ficaram se encarando. A respiração de Sérgio foi pesando e ele deslizou a mão até pousar na cintura de Raquel trazendo seu corpo para mais junto do seu. Ela passou a outra mão livre por seu pescoço puxando os fios de cabelo negros de sua nuca e quando ele se aproximou, Lisboa podia sentir seu hálito quente bater contra seu rosto.

Os corpos colados faziam com que a respiração dela também se desregulasse e então num súbito ato de sanidade ela pigarreou e se afastou dele bruscamente. Seus olhos se encontraram por um breve segundo e Sérgio bufou passando as mãos no cabelo. O silêncio pairou de novo.

—Bom, eu estou esgotada, vou tomar um banho. —Raquel disse e começou a se despir de sua roupa de mergulhadora sob o olhar atento de Sérgio que observava cada movimento seu, vendo as curvas que ele adorava agora desnudas à sua frente.

Não teve reação alguma a não ser apenas ficar observando Raquel ficar nua a sua frente. Ela lhe lançou um olhar provocante e mordeu o lábio inferior quando acabou de se despir.

—Gosta da visão, Professor? —é nesse momento que Sérgio sai do transe piscando diversas vezes e sentindo falta dos seus óculos para esconder sua vergonha agora.

—An…vou deixar que você tome seu banho, com licença. —ele se vira com dificuldade e sai porta afora enquanto Raquel reprime uma gargalhada pela situação.

Ela ligou a torneira para encher a banheira e que logo ao lado, tinham alguns potinhos com diferentes fragrâncias de sais de banho. Ela começou a ler as opções e um potinho rosa chamou sua atenção: “Morango e Champagne - Sedução”, ela riu para si mesma e jogou uma quantidade generosa na banheira, desligando a torneira logo em seguida.

Quando ela estava prestes a entrar, um par de braços fortes a viraram rapidamente, pressionando-a contra a parede. O azulejo frio criando um contraste delicioso com o seu corpo imediatamente quente.

Em questão de segundos os lábios de Sérgio estavam grudados violentamente nos dela. Suas línguas em um incrível duelo buscando por liderança.

As mãos de Raquel agarraram seu pescoço trazendo-o ainda mais perto, intensificando o contato. As mãos de Sérgio subiam e desciam freneticamente pelo corpo dela, tocando seus braços, seios, costas e nádegas.

Eles se separaram em busca de fôlego, suas respirações descompassadas e os olhos escuros de tanto desejo.

Sérgio foi o primeiro a falar: —Eu sei que a gente ainda precisa conversar sobre tudo, eu sei que falhei novamente com você, eu sei que você ainda está com raiva de mim, mas… —ele fez uma pausa. E ela aproveitou a deixa.

—Sim! Exatamente isso! Eu estou com raiva de você! Eu estou morrendo de raiva de você! —ela deu um soco com as duas mãos no peito dele. Ele segurou as mãos dela e atacou novamente seus lábios.

Depois de alguns segundos eles se separaram novamente e com os olhos escuros, Raquel segurou fortemente um punhado de cabelo inclinando a cabeça dele para trás e inverteu suas posições, deixando-o agora pressionado contra a parede. Com um misto de dor e prazer, ele gemeu. —Caralho, Raquel! Eu não consigo ficar longe de você. Se normal eu já não consigo, quem dirá quando você fica me provocando desse jeito.

—Eu te odeio! —Na ponta dos pés, ela puxou brutalmente o lábio inferior dele entre os dentes e, em resposta, ele deu um tapa forte em sua nádega esquerda, fazendo-a gemer.

Ela puxou o zíper do macacão de mergulho que ele ainda usava e ele a ajudou.

Quando ele estava completamente nú, ela entrou na banheira, sentou e logo depois o olhou de cima a baixo. Com uma expressão séria, ela disse: —Entra!

Ele entrou na banheira, inclinando-se um pouco para frente e ela imediatamente o afastou colocando apenas a ponta do pé no peitoral dele: —Mais pra trás! —e ele obedeceu, deixando as costas encostarem na borda da banheira.

Raquel estava com uma postura séria e decidida e ele sabia que teria que escutar muita coisa a partir de agora, mas de qualquer forma, ele não conseguia deixar de se sentir excitado quando ela ficava assim, completamente mandona e no controle.

—Se me permite começar… —ele começou, esperando uma aprovação dela que veio com um leve balançar positivo de cabeça. Ele continuou: —Eu sei e reconheço todo o esforço e sacrifício que você fez por mim, eu realmente reconheço, Raquel. E sobre o que eu disse para você, de que eu não pedi que você fosse comigo, eu fui infeliz. Eu fui extremamente infeliz! Eu não sei como eu teria conseguido fazer tudo o que eu fiz se você não estivesse ao meu lado. Suas dicas e visões como policial foram tão válidas que eu nem sei como explicar. Você é uma profissional incrível e eu te admiro demais por isso. 

—No primeiro assalto eu estava tecnicamente sozinho, sem nenhuma distração aparente e quando eu disse que eu não poderia fazer isso com você do meu lado é porque quando estamos juntos, o meu foco é você, Raquel, é completamente você! Você sabe o quanto eu estava inseguro com esse assalto, eu te disse que precisava de mais tempo para planejar, mas todo o meu medo era única e exclusivamente sobre perder você, sobre te colocar em algo incerto. Eu tinha medo de te perder, medo de ficar sem você, mas principalmente, medo de deixar Paula sem a mãe e Mariví sem a filha. Eu tive medo por mim, por elas, por nós. Pela nossa família, Raquel! —ele esperou alguma reação ou resposta, mas ela permaneceu calada e olhando para ele com uma expressão ilegível.

Ele continuou: —Sobre a história com a Ágata, eu preciso ser extremamente sincero com você e dizer que não me arrependo. —sem perceber, o semblante dela mudou completamente e ele se apressou em explicar: —Calma! Me deixa explicar! Eu não me arrependo do fato de querer ajudar a Nairobi, porque a minha intenção foi completamente de coração e sem nenhuma maldade. Confesso que eu não pensei no que isso de fato significaria, no tanto de coisas que existem por trás de uma paternidade, eu simplesmente agi com o coração e deixei a razão de lado. Mas se existe uma coisa pela qual eu me arrependo amargamente, é de não ter te contado antes. Eu me arrependo de não ter ido atrás de você e pedir a sua opinião, me arrependo por ter agido por impulso sem pensar no que isso iria significar para você. Eu fui solidário com ela e completamente egoísta com você, com a mulher da minha vida. Eu te disse, eu tenho muitos anos e você é o meu primeiro amor. Eu sei que tivemos um bom tempo vivendo em Palawan e compartilhando uma vida de casal, mas isso continua sendo novo para mim. —por baixo da água, ele entrelaçou os dedos com os dela. —Continua sendo novo pra mim, mas eu quero aprender! Eu quero continuar aprendendo com você, aprendendo juntos, dia após dia. Eu sei que você me entende, eu sei que você me conhece e me aceita, mas eu te peço… —ele soltou uma mão e aproximou o dedo indicador com o polegar, deixando um pequeno espaço entre eles. —Só um pouquinho mais de paciência. —ele riu e ela não pôde evitar de rir também.

—Meu estoque de paciência já está transbordando de tanto que eu tenho paciência com você, Sr.Marquina! —ela falou. Ela juntou novamente suas mãos com as dele e continuou: —Eu sei que tudo isso de relacionamento é novo para você. De uma forma ou de outra, é novo pra mim também, Sérgio! Eu não quero que você seja perfeito, eu nunca te pedi isso, mas assim como eu te disse em Palawan, eu te digo aqui: eu só quero que você seja verdadeiro e sincero comigo. É só isso que eu te peço. Somos um casal e nos amamos, então temos que aprender a lidar com ordem e decência com todos os nossos conflitos e problemas.

—Ordem e decência? Falou a pessoa que mandou eu enfiar a civilização lá naquele lugar! —ele exclamou com os arregalados.

—Se você soubesse o tanto de coisa que eu queria fazer com você naquela hora, você ficaria grato por eu só ter dado a civilização como sugestão! —ela piscou e ele arregalou ainda mais os olhos, arrancando uma risada dela. —É sério, Sérgio! Você precisa parar com essa sua necessidade extrema de guardar tudo para si, de ser individualista. Não seria muito mais fácil se você tivesse me contado tudo quando ainda estávamos no monastério? —ele apenas acenou positivamente. —Olha o tanto de coisa que teríamos evitado se você tivesse simplesmente pensado um pouquinho em nós e no nosso relacionamento! —ele abaixou a cabeça, sentindo-se envergonhado. —Olha pra mim! —ela pediu gentilmente, colocando a mão em sua bochecha e ele obedeceu. —Eu te amo! Você é o homem mais doce, carinhoso, gentil e respeitador que eu já conheci em toda a minha vida. Eu te amo por tudo o que você é, não pelo o que você tem. Eu só peço que você me deixe entrar nessa caixinha que está trancada a sete chaves aí dentro de você. Que você compartilhe comigo todas as suas dores, medos, receios, conflitos, dúvidas, assim como eu faço com você. Acha que consegue fazer isso?

—Sim, eu consigo! Eu vou me esforçar o triplo para jogar todas as chaves fora e abrir a caixinha, eu prometo! —respondeu.

—Ótimo! —ela sorriu pra ele.

Ele a segurou pelos pulsos e a puxou para cima de si, seus corpos se encaixando perfeitamente e ela passou os braços ao redor de seu pescoço.  —Eu te amo, Raquel! Eu te amo demais! —disse, depositando um selinho nos lábios dela. —Acha que pode me perdoar? —ele perguntou manhoso.

—Depende do que você fará para me convencer de que realmente merece perdão. —ela piscou para ele.

—Será um enorme prazer convencê-la! —ele piscou de volta.


Notas Finais


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Até próximo sábado amores, beijão ♡


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