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História Plano Veneza - Reconciliação


Escrita por: planoveneza

Notas do Autor


hola buenas meu povo, como estão??
bom, o capítulo anterior dividiu opiniões por aqui e como a gente só quer agradar vocês, decidimos por fazer algo mais leve POR ENQUANTO então acalmem seus corações briguentos e sedentos por brigas, famílias destruídas e adele cantando easy on me que hoje o clima aqui é de mais puro romance entre nossos serquelos, aiai viva el amor🥺
eu espero de coração que vocês gostem e por favor, leiam tudo com muito carinho porque deu trabalho viu uff!!!


PS: ATENTAS AS NOTAS FINAIS!

sem mais, boa leitura!!❤

Capítulo 45 - Reconciliação


Fanfic / Fanfiction Plano Veneza - Reconciliação

Sérgio congela assim que ouve a voz de Raquel. Encara Paula e a menina engole em seco antes de dar de ombros. Ele, se vira calmamente a tempo de ver uma Raquel de cara séria o encarando e tenta manter a calma para explicar o que houve ali.

—Raquel fica calma, eu posso explicar. —ela continua encarando Sérgio em total silêncio e isso o mata aos poucos por dentro.

—Mama, não foi nada disso. O papai só.…

—Paula, por favor não tente explicar pelo seu pai. —Raquel interrompe a menina advertindo e ela imediatamente se cala. —Vai pro seu quarto, por favor. —pede com a voz baixa.

—Vocês vão brigar? —a menina pergunta incerta e com certo medo na voz. Sérgio, se ajoelha até estar a sua altura e lhe dar um sorriso confortante, deixando um carinho em seus cabelos antes de dizer.

—Eu e sua mãe vamos apenas conversar, ok? Vai pro seu quarto e logo mais o papai vai te dar boa noite de novo. —Paula concorda abraçando o pai logo em seguida, Sérgio retribui o carinho e ela lhe beija a bochecha carinhosamente ao se afastar.

—Ta bom, boa sorte. —fala baixinho piscando cúmplice pra ele que sussurra um "obrigado" antes de deixá-la ir.

Assim que Paula desaparece fechando a porta do quarto, Sérgio se levanta virando-se em direção a Raquel. Ela, sequer pisca, mantendo a postura séria esperando por uma resposta que, depois de um tempo, vem.

—Eu estava ensinando Paula a andar de bicicleta no parque aqui perto. —ele começa com a voz calma, tenta fazê-la entender que não foi nada demais. —E chegou uma moça com a filha dela também, sentou-se ao meu lado e puxou papo. Nós…conversamos e bem, ela deu em cima de mim. —tocou os óculos nervosamente esperando que ela dissesse algo.

—Quando você ia me dizer isso? —ela questionou e Sérgio franziu o cenho.

—Te dizer o que? Raquel, eu não a correspondi, sequer notei que ela estava jogando charme pra mim. Só vim a perceber quando Paula interviu e me ameaçou, dizendo que ia falar pra você caso.…enfim, não interessa. Pra mim não significou nada, eu não flertei com ela e fim.

Raquel permaneceu calada e percebeu que aquela discussão não ia levar a lugar nenhum. Suspirou pesadamente e aos poucos, Sérgio foi testando se podia se aproximar dela. Notando que ela não ofereceu resistência, foi rompendo a distância entre eles aos poucos até estar bem próximo da esposa e passar os braços protetoramente em volta de seu corpo a envolvendo num abraço carinhoso que prontamente foi correspondido.

—Me desculpa. —Raquel sussurrou agarrada a Sérgio e ele beijou o topo de sua cabeça em resposta. —Eu não devia ter colocado você contra a parede desse jeito, isso... foi só a minha insegurança falando mais alto eu... só, esquece isso por favor.

—No pasa nada, mi cielo. —Raquel sorriu fraco escutando o apelido sair da boca do marido e se comovendo com a forma como ele a tratava mesmo depois dessa confusão toda que ela havia armado por conta de uma conversa que ouviu pela metade. —Vou dar boa noite pra Paula e já volto pro nosso quarto, sí? —Sérgio separou seus corpos segurando o rosto dela com as mãos vendo que ela concordou com as palavras, deixou um beijo carinhoso em sua testa antes de sorrir em sua direção. —Me espera lá.

Antes de ir, Raquel pediu para que ele não demorasse e logo em seguida se foi. Sérgio foi até o quarto da filha mais velha vendo Paula deitada na cama, mas ainda de olhos abertos. Ao ver o pai se aproximar, ela ficou em total alerta se sentando e ele fez o mesmo, ajeitando-se perto dela.

—Você e mamãe brigaram? —perguntou com receio. —Ela te mandou dormir com a Roma e você veio dormir comigo? —Sérgio teve que rir da inocência da criança.

— Não Paula, eu não briguei com a sua mãe. —ele esclareceu e a menina ficou um pouco confusa. —Nós apenas conversamos e eu expliquei pra ela a situação. Já está tudo bem, ok? Agora a senhorita pode deitar e dormir porque já está muito tarde.

—Você me desculpa? —Paula pediu baixinho meio acanhada. —Fui eu quem fiz vocês quase brigarem. Prometo que não vou mais pedir sorvete de noite nem falar nesse assunto. —encerrou fazendo um gesto de fechar a boca.

—Você não teve culpa, ok? Como eu disse, está tudo bem entre nós. —Sérgio confortou a menina passando a mão por seus cabelos. —Agora deite-se.

Paula se ajeitou na cama e Sérgio deixou um beijo em sua testa lhe desejando boa noite e saindo do quarto em direção ao seu próprio com Raquel. Ao chegar lá, viu como ela estava encolhida na cama abraçando o travesseiro e sorriu com a imagem se aproximando. Assim que percebeu a movimentação, ela se virou para olhá-lo.

—Sentindo a minha falta? —ela indicou que sim com a cabeça sinalizando com as mãos para que ele se deitasse e assim fez. —Vem aqui. —Sérgio a puxou para deitar em seu peito e imediatamente os braços dela abraçaram sua cintura enquanto mantinha o rosto enfiado em seu pescoço. —Melhor assim? —sem dizer nada ela só ronronou um "hurrum" arrancando uma risadinha dele. —Eu sabia que não conseguiria dormir sem mim.

—Eu odeio como você é convencido. —Raquel reclamou ganhando uma gargalhada de Sérgio como resposta. —Mas tem razão, fui te buscar pra ficar comigo. —a confissão o fez sorrir.

—Achei que ia me deixar dormir com a Roma. —brincou.

—Eu devia, mas não posso arriscar te perder pra ela. —Sérgio riu outra vez apertando mais o corpo dela contra o seu.

—Com ciúmes de uma cadela? Só você mesmo, Raquel Murillo. —ele balançou a cabeça.

—Não estou com ciúmes. —insistiu e antes que aquilo virasse uma guerra, Sérgio preferiu se calar.

—Ok, não está mais aqui quem falou. Agora vamos dormir, sí? Você ainda deve estar cansada da viagem. —sem protestos, ela assentiu se aconchegando mais a ele. —Boa noite mi amor, te amo. —Sérgio sussurrou uma última vez antes que Raquel caísse no sono sendo embalada pelas carícias que ele mantinha em seus cabelos.

No dia seguinte quando acorda, a primeira coisa que Sérgio vê por incrível que pareça não é Raquel. Sempre acostumado a acordá-la com beijos e até algo a mais que adoram fazer pela manhã, sente até mesmo que falta algo no instante em que seu corpo sente falta do calor que emana dela junto a si. Pensa em levantar mas antes que o faça, ela entra no quarto fechando a porta e abafando as vozes que já vem lá de fora.

Em suas mãos, Sérgio vê que há nada mais nada menos do que uma bandeja de café da manhã e aos poucos, ela vai se aproximando da cama deixando o objeto em algum lugar longe o suficiente para que ela o cumprimente primeiro.

—Bom dia! —ela deseja sentando-se ao lado dele e aproximando-se de seus lábios para lhe beijar. Sérgio retribui o carinho aprofundando o contato levando a mão até os cabelos de sua nuca e puxando de leve escutando o arfar que sai de sua boca.

—Bom dia! —assim que se afastam, Sérgio finalmente consegue responder lhe roubando outro selinho breve. —O que deu em você pra pular da cama assim tão cedo? —estranhando o comportamento, ele questiona.

—Nada, só quis fazer uma surpresinha pra você. —ela coloca a bandeja de café a sua frente. —Aqui tem tudo que você gosta, até aquele pão do supermercado que a gente faz as compras do mês, sabe? —ele assente. —Espero que goste, fiz tudo com muito carinho.

A única coisa que Sérgio faz no momento é lhe dar um sorriso. Com cuidado para não fazer bagunça, a puxa novamente em sua direção, encerrando a distância entre eles com outro beijo dessa vez mais longo, só se separando quando o ar faz falta.

—Obrigado. —ele sussurra contra seus lábios afastando-se minimamente ainda mantendo a mão em sua nuca. —Agora me diz, o que você quer de mim, hm? Aposto que isso aqui não foi atoa. —Raquel ri desacreditada.

—Eu me levantei cedo disposta a fazer uma surpresa pro meu marido, agrada-lo como ele sempre faz questão de fazer comigo e é isso que eu recebo? —ela balança a cabeça negativamente bufando em seguida. —Meu Deus, o romantismo morreu mesmo! —Raquel ameaça se afastar mas Sérgio não deixa.

—Ei minha marrentinha...—Sérgio chama sua atenção agora segurando seu queixo e deixando seus olhares alinhados. —Era brincadeira, ok? Eu sei que você fez de coração e eu agradeço muitíssimo mi amor. —ele lhe beija o rosto e em seguida os lábios. —Você é a melhor esposa desse mundo inteiro. —Raquel sorri. —Eu adoro quando você me chama de "seu marido." Não sabe por quanto tempo eu esperei ouvir isso da sua boca. —confessa já pegando a xícara de café para tomar.

—Que bom saber, assim vou chamar sempre, meu marido. —Sérgio sorri a puxando pra mais perto de si e com isso, Raquel deita ao seu lado com a cabeça encostada em seu ombro.

Juntos, os dois fazem a refeição entre muitas conversas e troca de carinhos. A verdade nisso tudo é que Raquel acordou disposta a reparar os erros que cometeu ontem desde mandar Sérgio dormir com Roma até mesmo ter iniciado uma discussão com ele sem sentido por puro ciúmes e, como ela não era assim uma mulher que admitia tão fácil seus erros, estava consertando a situação ao seu modo e isso, muito agradava ao Professor que já estava acostumado com o jeito Raquel Murillo de pedir perdão.

Depois do café, Sérgio convidou Raquel a ir pro chuveiro com ele, mas ela se negou dizendo que aquilo não seria somente um banho ou algo do tipo e que ela tinha que ir ver as crianças. Ele achou estranho a atitude, mas resolveu não insistir, deixando que ela fosse e ele tomasse seu tempo sozinho enquanto tomava banho.

Na cozinha, Raquel lavava a louça distraidamente quando sentiu dois braços envolverem sua cintura e o cheiro de sabonete fresco entrar em seu nariz. Sorriu, já sabendo que Sérgio estava ali atrás dela deixando beijos em seu pescoço fazendo com que ela perdesse a concentração na tarefa que estava executando a pouco.

—Quer ajuda? —ele perguntou em seu ouvido, mas ela negou.

—Não, estou bem. Por que não vai ficar com as crianças enquanto eu acabo aqui? —sugeriu se virando pra ele. —Veneza está esperando o bom dia do papai e a sua cadela precisa da atenção do dono. —Sérgio riu.

—A minha cadela? —ela assentiu voltando a se concentrar na louça. —Muy bien. Achei que ela fosse de todas nós, pelo menos era pra ser assim. —divagou e Raquel suspirou.

—Considerando que até ontem eu não sabia dela, ela é mais de vocês do que minha. —Sérgio pôde notar que ela estava séria e antes que aquilo se tornasse uma enorme bola de neve, ele parou o assunto.

—Vale. Vou ver as crianças e a Roma, se precisar de algo me grita, ok? —Raquel balançou a cabeça afirmativamente e Sérgio deixou um beijo em sua bochecha antes de se afastar.

De longe podia-se ouvir os gritos empolgados das crianças e Sérgio foi se aproximando pouco a pouco da porta que dava acesso ao lado de fora da casa somente para encontrá-los alegres brincando com Roma que corria de um lado pro outro atrás de Paula enquanto Veneza e Salva achavam aquilo mega engraçado rindo a todo instante.

—Não acredito que estão se divertindo sem mim. —a voz de Sérgio ressoou no ambiente e os três se viraram para dar-lhe a devida atenção.

—Papa! —Veneza veio engatinhando mais do que depressa até o pai e Sérgio a recebeu no colo espalhando beijos por seu rosto e arranhando a barba em seu pescoço arrancando da menina muitas risadas que ele adorava ouvir.

—Hola cielito buenos días. Dormiu bem? —a menina sinalizou que sim, deixando um beijo na bochecha do pai. —O papai também e por incrível que pareça não foi com a nossa cachorrinha. —ele explicou fazendo cosquinha na barriga da menina que ria sem parar.

—Papi, eu tava ensinando pra Roma uns truques que vi no canal da internet. —Paula se aproximou dizendo orgulhosa de si mesmo. —Mas…eu acho que ela não aprendeu muita coisa porque só quer saber de brincar e correr atrás de mim. —deu de ombros e Sérgio riu. —Meus irmãos acharam graça, mas Salva chorou quando ela foi pra cima dele e lambeu seu rosto. —a menina segurou a risada olhando pro irmão mais novo que agora implorava o colo do pai.

—Isso é sério? —Paula assentiu e Sérgio pegou Salvador no colo. —O que essa cachorrinha arteira fez com o meu neném, hm? —Salva resmungou algumas palavras meio incompreensíveis tentando explicar o ocorrido. —Nós vamos ensinar ela a ter bons modos não é, mi niño?

—É melhor mesmo, ou a mamãe vai ficar ainda mais furiosa com você. —Paula sussurrou como se a qualquer instante Raquel fosse surgir e ouvir. —A gente pode tentar ensinar a ela os truques que eu vi. —sugeriu e Sérgio pareceu pensar.

—Não é uma ideia ruim. —Paula se animou. —Mas primeiro a gente precisa limpar a bagunça que ela fez e a senhorita vem comigo já que seus irmãos ainda não sabem lidar com isso. —ela bufou.

—Ah não! —Paula reclamou revirando os olhos como a mãe sempre fazia. —Tenho mesmo que fazer isso?

—Se com "fazer isso" você quer dizer fazer o mínimo que é: trocar a água dela, dar comida, limpar coco e xixi e verificar se está tudo bem com ela, sim, você tem. —Paula bufou. —Quando você me pediu que tivéssemos um cachorro esse foi o combinado, se lembra?

—Mentiroso, eu não lembro de combinado nenhum. —Paula protestou e Sérgio não pode evitar rir da cara que a menina fez totalmente insatisfeita com a situação. —Não tem graça.

—Se você não quiser que sua mãe devolva a Roma pro canil para de reclamar e vem logo.

Mesmo a contragosto, Paula acompanhou Sérgio para pegar as coisas que eles precisariam. Ele, ensinou a ela que deveria trocar a água de Roma todos os dias, dar comida e principalmente limpar o ambiente em que ela vivia. Protestando, a menina prestou atenção em tudo e no final, depois dele dizer que se ela não o ajudasse com as tarefas relacionadas a cadela, Raquel iria devolvê-la, ela acabou por parar de reclamar e somente aceitou tudo dizendo que nunca deixaria que a cachorrinha fosse embora.

Orgulhoso, Sérgio levou as crianças de volta para dentro e as deu banho antes de colocá-las para dormir visto que estavam bem cansados das atividades durante a manhã e o almoço ainda não estava pronto. Em seguida, partiu com Paula e Roma pra frente da casa mais perto do mar, ele, a menina, a cadela e alguns brinquedinhos que tinham comprado no pet shop junto de um saquinho de petisco.

—Muito bem. Pelo que você me disse esses truques são bem fáceis principalmente para uma cachorrinha como ela que ainda é basicamente um filhotinho. —ele pontuou concentrado assumindo a persona do Professor enquanto observava Roma reconhecer o ambiente a sua volta muito curiosa em desvendar o local. —Sabia que a mente dos filhotes pega bem mais rápido os aprendizados? Cães policiais são a prova disso. A maioria deles são treinados desde muito pequenos e depois...

—Tá bom, eu já entendi. —a menina interrompeu entediada com tudo e Sérgio estava pronto para intervir quando ela continuou. —Será que a Roma vai aprender esses truques?

—A raça dela é bem inteligente, nós podemos tentar. Veja...—ele apontou pro saquinho que tinha nas mãos. —Toda vez que ela acertar um truque nós a damos esses petiscos como recompensa e assim ela vai aprendendo que, sempre que fizer algo certo, ganha uma recompensa. —Paula sorriu concordando com a cabeça. —Certo, então vamos tentar, segure. —entregou o alimento pra ela se agachando. —Ei Roma, venha aqui!

A cachorrinha assim que ouviu a voz de Sérgio foi correndo ao seu encontro usando as patas sujas de areia pra se apoiar em seus joelhos e lamber sua cara parecendo feliz em vê-lo. Ele, fez carinho em seu pelo sorrindo e a afastando levemente para que não ficasse todo babado.

—Muito bem menina, agora preste atenção. —Roma fixou seu olhar em Sérgio balançando o rabo pra lá e pra cá. —Senta! —ele fez um gesto e rapidamente surtiu efeito, pois ela prontamente obedeceu. Paula comemorou batendo palmas.

—Deu certo, ela aprendeu! —a menina disse animada e Sérgio se empolgou também em continuar.

—Vale, se ela fizer mais uma coisa certa ganha uma recompensa. —Ele se concentrou. —Roma... deita! —Sérgio fez sinal e ela obedeceu ganhando um carinho na cabeça. —Como você é inteligente menina! Merece um prêmio, não?

Paula deu um petisco a Roma que imediatamente foi em sua direção como forma de agradecimento, lambendo seu rosto e soltando alguns latidos que a faziam rir. Sérgio observou tudo calado mas estava feliz em descobrir esse seu novo talento para adestrar cães.

—Parece que vai ser mais fácil do que eu pensava. —ele comentou.

—Bem que você disse que a raça dela é inteligente. —Paula se lembrou da fala do pai. —Será que ela vai continuar te obedecendo? Melhor tentar uns mais difíceis. —propôs.

—Acho que sim. Você quer tentar? —Paula assentiu que sim muito animada. —Ótimo, vamos lá.

—Roma…—Paula chamou a atenção da cachorrinha que agora tinha os olhos atentos nela. —Rola! —ela continuou parada no lugar. —Vamos lá, por que você obedece ele e não me dá bola? —bufou frustrada.

—Bien, deve ser porque você não está fazendo certo. —a menina franziu o cenho. —Me deixa mostrar, olha só.… Roma? —a cachorrinha deu atenção a Sérgio. —Rola! —ele fez outro gesto com as mãos e ela finalmente obedeceu rolando de um lado pro outro na areia. —Viu só? Depende do tom de voz e claro, o gesto que você usa. Cães são criaturas bem visuais assim como nós. —explicou.

—Eu acho que entendi! Roma? Rola! —agora, repetindo tudo o que Sérgio fez, Paula conseguiu com que a cadela lhe obedecesse e finalmente ganhou seu petisco por ter executado a tarefa com perfeição.

Os dois ainda mantiveram-se ali por um tempo. Sérgio ensinou mais alguns truques a Roma como por exemplo levar e trazer a bolinha, esse que ela infelizmente não executou com perfeição pois preferia fazê-lo correr atrás dela para ter o objeto de volta a ter que entregar e arrancou diversas risadas de Paula que se divertiu vendo o pai correr atrás de uma filhote que aparentemente, corria bem mais do que ele.

—Acho que estou um pouco velho pra essas coisas. —depois de alguns minutos correndo, um Sérgio ofegante parou ao lado de Paula com a bolinha na mão. A menina não conseguia parar de rir e Roma latiu exigindo mais atenção do dono. —Chega por hoje não? Você já me cansou e brincou muito. Vai comer e dormir como uma boa filhote quando chegar em casa. Vamos?

—Papai! —Paula chamou a atenção de Sérgio pegando sua mão ao caminharem de volta pra casa, Roma a sua frente afobada em cheirar todo e qualquer canto possível. —Obrigada por isso. Você foi o melhor…como se diz quem ensina essas coisas pra cachorro?

—Adestrador?

—Sim, esse nome difícil mesmo. Você foi o melhor ades.. adestrador. —falou pausadamente para não errar. —A Roma ficou feliz em aprender coisas novas e eu porque a gente passou mais tempo junto. —confessou Paula arrancando um sorriso de Sérgio. —Eu nunca tive tempo pra fazer isso com...meu pai Alberto porque ele estava sempre ocupado, mas agora tenho pra fazer com você. Como mamãe diz, a gente tem que aproveitar bastante os momentos, né? —ele concordou. —Eu aproveitei muito mesmo que você tenha ficado todo sujo de areia por causa da Roma. —riu.

—Haha, muito engraçado mocinha! —foi a vez dele revirar os olhos. —Mas eu também adorei apesar de ter apanhado pra uma cachorrinha filhote em quesito corrida. —Paula riu ainda mais. —Foi divertido e fico feliz que tenha gostado. —fez carinho em seus cabelos e ela lhe olhou sorrindo docemente.

—Eu te amo. —Paula declarou abraçando Sérgio pela cintura. —Você é o melhor pai desse mundo inteiro.

—Eu também amo você, Paulita.

Depois desse momento, Paula e Sérgio chegaram em casa falantes chamando a atenção de Raquel que foi se aproximando dos dois pouco a pouco pra saber o que estava acontecendo.

—Onde vocês dois estavam? —ela quis saber. Sérgio estava pronto para responder mas Paula interrompeu atropelando as palavras por conta da empolgação.

—Eu e o papai fomos ensinar a Roma alguns truques que eu vi na internet. Ela conseguiu aprender mas no final fez ele correr atrás dela pra pegar a bolinha, foi muito engraçado! —a menina riu sendo acompanhada da mãe. —Papai é um bom…como se diz mesmo? —ela se virou para Sérgio.

—Adestrador. Mas, considerando que ela me fez comer poeira, talvez eu não seja tão bom assim. —deu de ombros.

—Que bom que vocês dois se divertiram então. Vai lavar as mãos porque seus irmãos estão morrendo de fome e o almoço já está pronto, só faltam vocês. —Paula foi mais que depressa obedecer a ordem da mãe. —Adestrador de cães? —se virou para Sérgio. —O que você não faz? Me diz.

—O que posso fazer se seu marido é um pacote completo? —Sérgio tentou se aproximar dela, que se esquivou. —Que foi? Não vai me dar um beijo?

—Eu não. Você tá todo suado e cheirando a baba de cachorro. —fez uma careta. —Vai pelo menos lavar esse rosto e volta logo pra almoçar.

Obedecendo seus comandos, Sérgio fez o que Raquel pediu e ao voltar sentou-se à mesa junto da família para que fizessem a refeição. Durante todo o processo, ele notou que Raquel estava um pouco aérea nos assuntos, mas resolveu não questioná-la ali. Ao terminarem, ela saiu junto com os gêmeos e Paula para passarem um tempinho juntos enquanto Sérgio e Marivi cuidavam da louça.

—Querido, tudo bem? Você e Raquel brigaram de novo? —a senhora quis saber.

—A senhora também notou que ela está estranha? —a mãe de Raquel assentiu. —Bom, hoje de manhã ela me trouxe café na cama, não quis que eu a ajudasse com a louça, muito menos que eu preparasse o almoço…não sei o que pode ser, mas ela parece estar tentando consertar algo. —Sérgio divagou.

—Ontem a noite eu ouvi vocês dois aqui na sala. —confessou Marivi para a surpresa de Sérgio. —Discutiram não foi? Não precisa mentir pra mim. —sorriu compreensiva e Sérgio retribuiu.

—Raquel sem querer descobriu sobre…bem…é que.…—Sérgio tocou os óculos procurando as palavras certas para falar aquilo. —Um dia desses eu levei Paula ao parque aqui perto para ensiná-la a andar de bicicleta e uma moça muito gentil veio conversar comigo, ela estava com a filha dela. —explicou. —Acontece que…ela deu em cima de mim e Raquel descobriu isso ontem porque ouviu uma conversa minha com Paula de madrugada.

—Entendi. —Marivi pareceu pensar no que dizer. —Então, se bem conheço Raquel, ela não vai te pedir desculpas assim do nada nem admitir que está errada. Ela está tentando pedir perdão mas do jeito dela. —Sérgio riu.

—Eu estou mais do que acostumado com o jeito dela de me pedir desculpas, dona Marivi. Não se preocupe com isso, vou conversar com ela mais tarde. —tranquilizou.

Os dois acabaram de lavar a louça e Marivi foi com Cristina passear um pouco na praia. Quando estava saindo, ela viu Raquel vindo em sua direção.

—Mama, Sérgio te disse algo? —Raquel perguntou meio apreensiva. —Sobre…o que se passou entre nós e...

—Ele não precisou, minha filha, vejo nos seus olhos que aconteceu algo entre vocês. Por que não conversam? —Raquel suspirou passando a mão nos cabelos.

—Eu fui um pouco injusta com ele, não é? Com a história da Roma e todo resto. —bufou. —Bom, não vou conversar com ele porque pretendo fazer melhor, mas, pra isso preciso da sua ajuda, sim?

Raquel acertou os detalhes do que queria fazer com a mãe e em seguida foi se arrumar. Sérgio ficou tão entretido com os filhos que sequer se deu conta da movimentação estranha da casa e só estranhou ao ver Marivi chegar junto a Cristina pedindo para que ele deixasse as crianças com ela e fosse tomar um banho para relaxar do dia exaustivo que teve.

Ele, resolveu não questionar e tomou seu banho vestindo uma roupa confortável que não fosse seu pijama. Deu por falta de Raquel e saiu atrás dela vendo que as luzes da casa estavam todas apagadas. Ao chegar na cozinha, viu que a mesa tinha velas, dois pratos, talheres e duas taças.

—O que é isso, Raquel? —ela surgiu com uma garrafa de vinho na mão sorrindo em sua direção e logo se aproximando dele.

—Nossa, como você tá bonito. —elogiou deixando um selinho em seus lábios. —Isso aqui é uma surpresinha que eu fiz pra você, bom...pra nós dois.

—Um jantar a luz de velas? —assentiu sorrindo. —Olha, eu não sabia que você era uma romântica Lisboa, muito menos que fazia surpresas. Achei que quem programasse essas coisas na nossa relação fosse eu. —ela riu dando um tapinha em seu ombro.

—Besta! Pra sua informação eu sou romântica sim mas não vai se acostumando porque esse papel na nossa relação é seu. —brincou e ele riu balançando a cabeça negativamente. —Gostou? Uma coisinha pra gente passar esse tempinho a sós como nos velhos tempos.

—Eu adorei meu amor, você caprichou. —Raquel sorriu satisfeita. —Aliás, você está…perfeita! Dá uma voltinha pra mim. —Sérgio segurou sua mão e então ela girou pra mostrar mais do vestido rosa que vestia. A peça era quase transparente deixando o que ela vestia por baixo a vista. —Belíssima! Mal vejo a hora de ver o que tens aí embaixo pra mim. —sorriu malicioso.

—Você está acabando com o clima de romance. —revirou os olhos. —Vou trazer a comida, já volto.

Minutos depois Raquel voltou com uma travessa de comida que Sérgio tinha que admitir, estava cheirando otimamente bem.

—Nossa que cheiro bom. O que é? —perguntou curioso.

—Tortilla de patata, é uma receita da minha mãe que eu tentei reproduzir com uma ajudinha dela, confesso. —soltou uma risadinha. —Espero que goste.

Raquel serviu os dois enquanto Sérgio abria a garrafa de vinho e fazia o mesmo.

—Vamos brindar a que hoje? —questionou ele erguendo a taça.

—A nós. —ela respondeu imitando seu gesto e por fim brindaram.

O jantar seguiu normal. Conversaram algumas coisas bobas mas só quando a voz de Sérgio estava se sobressaindo, ele teve a coragem de perguntar o que tanto queria desde cedo.

—Raquel, tudo bem? —ela o encarou com o cenho franzido. —Você…tá meio estranha hoje. Acordou cedo, fez meu café, levou na cama, não quis tomar banho comigo, te ofereci ajuda e você negou e ainda tem o fato que está me evitando um pouco. Tem…algo pra me dizer?

Raquel suspirou ajeitando sua postura na cadeira e levando uma mecha de cabelo para trás da orelha sinalizando que ela estava claramente nervosa com aquele diálogo mas respirou fundo e resolveu sanar a dúvida dele.

—Você tem razão. Eu... to estranha assim porque preciso te pedir desculpas e não sei como. —mordeu o lábio inferior desviando o olhar do dele. —Fui muito dura com você em relação a Roma e ainda com aquela história do parque e a mulher que deu em cima de você eu…fiquei com…ciúmes. —admitiu e ele quase achou graça se não fosse pelo que veio a seguir. —Droga Sérgio eu…sou muito insegura com isso e eu tenho medo que algum dia você se canse de mim ou dessa vida que leva ao meu lado daí resolva se aventurar com outras por aí porque é jovem, bonito e literalmente o sonho de qualquer mulher e eu sou só….eu, você entende? Uma mulher que tem traumas e que nunca vai ser inteira de novo graças ao passado merda que teve, sinto muito. Sei que pode parecer besteira mas eu me sinto assim, fim.

Houve silêncio no local e só então Sérgio pôde notar que Raquel chorava um pouco. Seu coração doeu ao vê-la daquela forma e ele se levantou pegando em sua mão e levando-a até o sofá. Sentaram-se os dois ali e ele tocou seu queixo alinhando seus olhares antes de dizer.

—Mira mi cielo…—Raquel o encarou. —Eu sinto muito por ter passado por cima das suas ordens também não foi intenção minha, mas tem que entender que isso, não foi nada demais ok? Fiz algo pra agradar as crianças e eu achei que você gostaria tanto quanto elas. Sabe o que eu fiz hoje? —ela acenou que não. —Ensinei Paula a como cuidar direitinho da Roma e ela disse que vai fazer isso só pra que você não a devolva pro canil.

—Eu nunca faria isso. —Raquel sussurrou. —Sabe que no fundo eu gostei dela? —Sérgio sorriu. —Mas não é pra você ficar convencido, tá? —ele riu. —As crianças estão felizes, então eu também estou. Sinto muito por ter botado você de castigo, eu fui uma tonta e.…

—Ei, no pasa nada vale? —deixou um beijo em sua testa. —Agora sobre o outro assunto. Porque acha que algum dia eu te largaria, Raquel? —ela permaneceu calada. —Acha mesmo que eu quero outra vida a não ser essa que levo ao seu lado e a dos nossos filhos? Eu levei quarenta anos pra achar você e…você é o amor da minha vida, não sei deixar você. —a essa altura ela já chorava de novo e Sérgio fazia questão de limpar cada lágrima sua com um beijo. —Você é como uma brisa de ar fresco, é como se eu tivesse me afogando e você me salvasse. —ela sorriu tombando a cabeça pro lado ainda emocionada. —Não quero nenhuma outra se eu tenho você na minha vida. Eu tô apaixonado por você, sempre estive apaixonado por você.

Aos poucos, Sérgio foi encerrando a distância entre eles com um beijo apaixonado. Raquel levou uma mão até sua nuca o puxando em sua direção, aprofundando o contato e só se separaram quando o ar se fez necessário.

—Você é a mulher mais forte que eu conheço e nem estou falando só de personalidade. —brincou arrancando uma risada dela. —Eu admiro tanto você, sua história, sou fascinado por cada cicatriz que você carrega e que prova que se você chegou até aqui é porque é merecedora de todo o amor que eu posso e vou te dar. —Sérgio acariciou seu rosto com o polegar. —Então, eu juro como te jurei no altar que até o último dia da minha vida vou fazer você esquecer cada insegurança e cicatriz que carrega até que isso tudo se transforme em algo bom que vai ser lembrado lá na frente, vale?

—Vale. —ela sussurrou limpando as lágrimas que ainda caiam. —Eu amo você tanto. —suspirou. —Onde esteve esse tempo todo? Minha vida teria sido tão boa se fosse toda ao seu lado.

—O importante é que agora estou aqui e não vou sair do seu lado jamais. —beijou o dorso da sua mão que estava com a aliança. —Eu te amo.

De novo eles trocaram um beijo dessa vez mais urgente. As mãos de Sérgio correram pela coxa dela apertando no caminho e Raquel gemeu contra seus lábios ao passo que jogava as pernas por seu quadril sentando-se em seu colo. O gosto do vinho que beberam ainda estava na língua dela e isso fez com que o corpo dele reagisse no mesmo instante.

—Raquel…—se separaram ofegantes mantendo as testas coladas. —Me deixa amar você? —ela sorriu ternamente escorregando a mão por sua nuca num carinho singelo. —Ontem você não me deixou te tocar e eu…to com tantas saudades suas. Céus... acho que vou enlouquecer se não tiver você agora.

—Por que ainda pergunta isso? —ela sorri passeando o olhar por seu rosto. —Faz o que quiser, sou tua.

Com isso Sérgio a beija de novo, agora mais urgentemente que antes. Ela, passa as pernas por sua cintura e então, ele a ampara no colo caminhando até o quarto entre beijos e risadas. Quando chegam ao cômodo, Raquel coloca os pés no chão fazendo menção em tirar o vestido que usa mas, ele a impede no mesmo instante.

—Me deixa fazer isso. —assentindo ela assiste enquanto Sérgio desliza a peça calmamente para fora do corpo dela beijando cada pedacinho de pele que revela. Agora, ela está à sua frente somente com uma lingerie da cor do vestido toda trabalhada em renda quase transparente. Ele ofega, nunca a viu tão bonita como agora. —Você é linda. —Raquel cora parecendo tímida por um instante mas não deixa de apreciar o gesto.

Sérgio a puxa pra perto tomando seus lábios em mais um beijo dessa vez calmo, as línguas entrelaçando no processo como se fosse a primeira vez que fazem aquilo. Raquel se separa ofegante, retirando as roupas dele impacientemente e ele ri da maneira como ela sempre é apressada quando o assunto é tê-lo mas acha encantador o modo como ela sempre o deseja de tal forma.

Caminham juntos até a cama, ela por cima dele e continuam a se beijar. As mãos de Sérgio fazem o percurso até o fecho do sutiã dela retirando a peça de seu corpo com calma e agora ele pode ver o colo dela totalmente à mostra. Espalha beijos por seu pescoço e cada pintinha que há por ali antes de dar atenção devida aos seus seios lambendo e chupando mantendo contato visual para não perder nenhuma reação que o toque dele causa nela.

Raquel agarra seus cabelos o mantendo ali por um tempo arrepiando a cada investida sua perdida em sensações. Pouco depois está provando seus lábios de novo e as mãos de Sérgio fazendo o caminho perigoso pela lateral do seu corpo apertando sua cintura e brincando com a barra da calcinha. Ela morde seu lábio inferior e sorri começando a rebolar em seu colo escutando ele ofegar e deixar um tapa em sua bunda surpreendendo os dois.

—Você ficou tão linda com essa lingerie. —elogia beijando seu pescoço até que para sussurrando em seu ouvido. —Mas fica gostosa sem ela também. —impaciente, Sérgio parte o tecido em dois rasgando a peça e a jogando longe arrancando um gritinho surpreso de Raquel. —Agora sim. Deixa eu sentir como você tá…

Sérgio desliza a mão pela parte interna da coxa de Raquel escutando sua respiração acelerar e finalmente a toca lá escutando ela gemer assim que coloca um dedo dentro dela retirando logo em seguida e levando até os próprios lábios soltando um gemido de satisfação ao sentir seu gosto. Os olhos dela se tornam escuros de desejo com a visão e ele sorri safado.

—Encharcada, tão prontinha pra mim, mi amor. —ele aperta sua cintura firmando em sua ereção que já começa a aparecer. —Você me quer? —ela balança a cabeça que sim e Sérgio segura seu rosto pra que ela o olhe. —Sim ou não Raquel? Você tem que me dizer se quiser algo.

—Sí, sí quiero. —Sérgio leva a mão até sua nuca puxando os cabelos que há ali arrancando um suspiro dela.

—Como você quer? Por que agora eu não quero ser gentil com você. —Raquel sorri voltando a rebolar em seu colo, criando fricção entre eles.

—Nem eu quero que seja, Professor.

Apoiando-se em seu ombro, Raquel o guia para dentro de si acomodando-se confortavelmente em seu colo, suspiram em uníssono e ela logo começa a se movimentar subindo e descendo em cima dele. Sérgio observa como seu corpo parece ainda mais bonito agora iluminado pela luz da lua, seus cabelos caindo pelos ombros em cascatas, a respiração ofegante e os gemidos que pouco a pouco vão aparecendo pra ele, o tem hipnotizado só com isso. Leva a mão até sua cintura a ajudando com o esforço que faz e geme assim que ela passa a rebolar na descida tirando sua sanidade pouco a pouco.

Move o quadril ao seu encontro acertando exatamente seu ponto g e ela joga a cabeça para trás extasiada e deixando-se consumir pelo prazer. Sérgio lhe beija e marca seu pescoço com mordidas que ele sabe, vai arrancar diversos sorrisos bobos dela amanhã pela manhã ao lembrar do que estava fazendo. As unhas dela arranhavam suas costas e ele sequer se importa agora, preocupado em gravar suas expressões cada vez que seus corpos se chocam violentamente aumentando de ritmo procurando o próprio alívio.

Ele leva a mão até seu rosto retirando os cabelos que caem ali para vê-la melhor e na mesma hora seus olhares se encontram. Passeia o polegar pelo contorno da sua mandíbula memorizando seus traços e tocando seus lábios delicadamente.

—Se você soubesse o quão linda é assim em cima de mim. —ela geme assim que escuta seus elogios aumentando o ritmo que as coisas vão. —Ah Raquel, não sei como pode pensar que quero outras quando tenho você. Não quero ninguém me tocando, me beijando ou chamando por mim…

—Sérgio...—ela ofega encostando suas testas e os dedos dele antes cravados em sua cintura agora fazem o caminho até seu clitóris tocando em movimentos circulares.

—Desse jeito mesmo. Não há outra pessoa que eu queira ao meu lado a não ser você, mi amor. —eles sorriem. —Eu amo você.

O beijo agora é ainda mais urgente do que antes. Sérgio auxilia os movimentos de Raquel tapando seus gemidos enquanto mantém as bocas coladas e ela treme em cima de si assim que o orgasmo a atinge. Os espasmos de sua intimidade fazem com que ele também chegue ao ápice escondendo o rosto na curva de seu pescoço. Ambos respiram com dificuldade e ele a puxa para se deitar no colchão. Permanecem em silêncio por um tempo, até que a onda de tensão se dissipa um pouco.

—Eu adorei nosso jantar. —Sérgio diz baixinho depois de um tempo. —Amo passar meu tempo a sós com você só nós dois. Sinto tanta falta de te ter só pra mim, como na nossa lua de mel, sabe?

—Eu também sinto falta de te ter só pra mim, mas agora tenho que te dividir até com uma cachorra. —Raquel reclama arrancando uma gargalhada dele.

—Está com ciúmes da Roma mesmo? —ela nega. —Pois é o que parece. —se vira para olhá-la.

—Não tenho ciúmes de ninguém. —Raquel revira os olhos entediada.

—Revirou os olhos pra mim? —ela esconde o riso alegando que não. —Você é muito atrevida, sabia, Lisboa?

—E o que vai fazer a respeito, Professor? —desafia.

Sérgio coloca Raquel de costas no colchão e sai beijando todo seu corpo. Arranha a barba pela parte interna de suas coxas ganhando arrepios dela e gemidos de antecipação ao levar uma perna sua pra cima do ombro.

—Vou te ensinar a ter educação.

Sem chance de resposta, Sérgio se enfia no meio das pernas dela lambendo sua intimidade ainda sensível pelo orgasmo recente recebendo um gemido manhoso dela como resposta. Passa a língua devagar por sua entrada vendo como ela agarra seus cabelos e implora por mais com a voz falha pelos gemidos que não esconde mais. Repete o movimento e ela rebola em sua boca procurando alívio próprio.

Sorrindo, leva dois dedos para dentro dela movendo-se lentamente num entra e sai que a enlouquece ao passo que continua a movimentar sua língua em seu clitóris sensível. Raquel chama por ele a todo instante mas tudo que Sérgio faz é continuar bebendo sua essência que agora escorre por suas coxas. Após algum tempo, aumenta o ritmo das investidas e não demora muito para que a veja ceder gozando uma outra vez em sua boca e seus dedos. Prolonga seu prazer a estimulando até que se sinta muito sensível então se afasta a tempo de capturar sua feição pós orgasmo.

Espalha beijos por seu corpo outra vez até chegar em seus lábios onde deixa um mais demorado fazendo com que ela sinta seu próprio gosto. Ao se separarem, faz carinho em seu rosto com o polegar e espera que ela se recupere aos poucos, ainda deixando mais carinhos agora em seu ombro e pescoço evitando as áreas que a estimulam muito e ele conhece bem.

—Vamos. —Sérgio solta e Raquel abre os olhos o encarando confusa como na vez onde ele propôs irem para uma ilha paradisíaca. —Eu e você, viajar pra bem longe daqui. Uma semana aproveitando tudo o que a gente tem direito como em Paris e nas Maldivas. —sugere.

—Uma segunda lua de mel? —ele pondera fazendo uma careta pensativa.

—Pode ser o que você quiser desde uma segunda lua de mel até uma fugidinha. —ela ri passando os braços por seu pescoço e mantém seus olhares alinhados.

—Acha que a gente tem idade pra dar uma fugidinha como aqueles adolescentes que fogem pra ir pra casa do namorado? —ela brinca fazendo um biquinho e Sérgio imita seu gesto ronronando um "hurrum”. —Que tonto eres! Claro que não, mas...a ideia é boa.

—Claro que é boa, fui eu quem a tive. —Raquel cai na risada. —Se você aceitar, me dê alguns dias e nós vamos.

—Eu já aceitei. —Sérgio sorri deixando uma sequência de beijos em seu rosto. —Mas…pra onde nós vamos?

—Roma. —ela abre a boca parecendo surpresa com a sugestão.

—Roma? Sério? —ele assente. —Que lindo! —Raquel espalha beijos por seu pescoço assim que Sérgio se deita no colchão ao lado dela arrancando um sorriso dele. —E depois de Roma vem o que? O plano veneza? —ela ri beijando seus lábios rapidamente.

—Sim, por que não? —Raquel esconde o rosto na curva de seu pescoço ainda rindo que Sérgio aceite todas as suas maluquices. —Um tour por algumas cidades da Itália. Roma, Veneza…qual mais?

—Sério que vai aceitar a minha ideia?

—Ué sim, eu achei ótima. —confirma. —Vou planejar direitinho e nós vamos.

—Você não existe. —Raquel volta a mirá-lo. —Promete que vamos ser só nós dois?

—Ah não ser que queira levar a Roma junto...—ela bufa já querendo sair de perto de Sérgio mas ele a impede, segurando sua cintura com força. —Estou brincando. Só nós dois ok? Nós dois e a Itália. Não te parece muito romântico? —concorda.

O casal passa mais algum tempo acordado sonhando com a viagem e com o tempo que vão passar a sós. Após alguns minutos, Raquel adormece e Sérgio ainda vela seu sono por um bom tempo antes de fazer a mesma coisa.


Notas Finais


É isso mesmo que vocês acabaram de ler, vai ter serquel na Itália!!!!!
Pra fechar com chave de ouro nossa ficzinha, nossos pombinhos vão fazer o que eles fazem de melhor: viajar!!!
E posso dizer, essa viagem vai render um tantão pra gente!!!! Eu quero que vocês comentem o que querem que aconteça lá e aproveitem pois eles estão a sós e é nossa última viagem, ok? Muito bem.
Agora, espero que tenham gostado e comentem aí pra gente saber porque nós vemos tudo sempre!!!!
Interessadas, temos um grupo na dm pra falar das fics, é só chamar a gente no twitter e pedir in:
@planoveneza

até o próximo!!🥳


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