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História Plano Veneza - Madrid


Escrita por: planoveneza

Notas do Autor


Olá abacaxizinhas de plantão, chegamos a mais um sábado embalado por mais um capítulo quentinho para vocês 🍍💖
Boa leitura 💖

Capítulo 6 - Madrid


Fanfic / Fanfiction Plano Veneza - Madrid

Raquel acordou com Sérgio depositando delicados beijos em seu ombro. Ela suspirou de felicidade e deleitou-se por longos minutos com os deliciosos beijos e carícias dele. Quando ela abriu os olhos, ele a estava olhando daquele jeito que ela tanto amava: os olhos brilhando e um meigo sorriso enfeitando seus lábios.

—Bom dia, bela adormecida!

—Bom dia! —ela respondeu em um sussurro enquanto se aconchegava ainda mais perto dele e passava o nariz pelo seu pescoço sentindo seu delicioso aroma. —Você cheira bem!

Ele sorriu. —Isso é o que acontece quando a gente toma banho! —brincou.

—Hummm… interessante! —disse, fechando os olhos novamente.

—Que tal você fazer o mesmo enquanto eu preparo algo pra a gente comer? —sugeriu enquanto acariciava os cabelos dela.

—Você está me chamando de fedorenta? —ela o encarou visivelmente irritada.

—É claro que não, sua boba! Você… —ele começou fungando o lado direito do pescoço dela. —Está sempre… —repetiu o processo no lado esquerdo do pescoço. —Muito… —ele ergueu os braços dela, indo em direção à axila e ela começou a gritar e rir antes mesmo dele se aproximar. —Cheirosa! —quando ele se aproximou, ela estava se debatendo e implorando para que ele parasse.

—Chega! Eu já entendi que eu estou cheirosa! Para! —ela pediu totalmente sem fôlego e ele se afastou. —Vai fazer o nosso café da manhã que eu vou tomar um banho. —disse o empurrando.

—Eu vou, mas eu quero um beijo primeiro! —ela o encarou por um tempo, o segurou pelo rosto e juntou seus lábios por um breve momento. —Só isso? —reclamou.

—Quer mais? —ele acenou positivamente. —Então vai fazer meu café que eu estou faminta! —ela levantou rapidamente e correu em direção ao banheiro.

—Isso é exploração, sabia?

—VAI FAZER MEU CAFÉ! —ela gritou do banheiro e ele caminhou até a cozinha com um sorriso bobo nos lábios.

O cheiro de café fez com que Raquel se apressasse ainda mais para finalizar seu banho e quando ela chegou na cozinha, seus olhos brilharam e seu estômago roncou quando ela viu o café que ele tinha preparado.

Em cima da mesa tinha uma variedade de frutas, ovos mexidos, café, duas taças com suco de laranja, pães, geléia e alguns frios.

—Se isso tudo for por causa de mais beijos, eu vou começar a cobrar todas as vezes! —ela brincou e caminhou até ele.

—Engraçadinha! —ele a puxou pela cintura e colou seus lábios iniciando um beijo devidamente correto.

—Com fome? —ele perguntou.

—Faminta! —respondeu dando uma piscadinha para ele.

Sentados lado a lado, eles tomaram café enquanto olhavam para o mar através da janela e viajavam naquela linda imensidão azul. Quando Sérgio olhou para Raquel, o canto da boca dela estava sujo com um pouco de geléia de morango. Seu primeiro impulso foi pegar um guardanapo para limpar, mas então outra ideia surgiu em sua mente.

Com uma mão apoiada entre suas coxas, ele inclinou para frente chamando a atenção de Raquel e quando ela o olhou, ele passou lentamente a língua pelo canto de seus lábios enquanto apertava a mão entre suas coxas.

—Sua boca estava suja! —explicou.

Totalmente hipnotizada nos lábios dele, Raquel soltou sua xícara de café, levantou e sentou com as pernas abertas no colo dele, que aproveitou a posição para levar as duas mãos até as nádegas dela, a pressionando ainda mais contra ele.

O beijo se intensificou e a respiração de ambos começou a acelerar. Com os lábios vermelhos e inchados, Raquel afastou o suficiente para dizer: —Se eu não me engano, você me fez uma promessa ontem a noite, certo? —ele concordou.

—Ficarei mais do que feliz em cumprir a minha promessa. —disse, levantando com ela no colo e virando-se em direção ao quarto deles.

Quando ele deu o primeiro passo, barulho de palmas soaram na porta da frente.

—Fica quieto, não fala nada! —sussurrou Raquel tapando a boca dele.

—Sr. Marquina, Sra. Murillo! É a Ângela! —gritou a senhora do lado de fora.

—É a senhora que nos recepcionou ontem, Raquel! Eu preciso atender! —disse colocando-a no chão. —Já estou indo, Dona Ângela, só um minuto!

—Merda, merda, merda! —esbravejou Raquel emburrando a cara no mesmo momento.

Sérgio sorriu e caminhou até a porta da frente para atender a senhora. Poucos minutos depois ele voltou e encontrou Raquel cortando uma fatia de mamão com raiva.

—O coitado do mamão não tem culpa de nada, Raquel! —provocou ele e ganhou um olhar furioso dela.

—O que ela queria?

—Ela veio nos avisar que daqui a pouco irão trazer os móveis dos quartos de Paula e Mariví e também as coisas delas.

—Então vamos poder decorar os quartos ainda hoje? —perguntou.

—Sim! —ele sorriu, sentando-se do lado dela. —O pessoal montará todos os móveis e só precisaremos nos preocupar com a decoração. —explicou. —Animada?

—Muito! —ela sorriu, mas logo depois fechou o semblante. —Estou animada para decorar os quartos, mas estou furiosa por ter sido interrompida. —bufou frustrada.

Sérgio não pôde evitar de rir com o semblante emburrado dela. Ele passou a mão em seu cabelo para tirar uma mecha que caía em seu rosto.

—Sou um homem de palavra Raquel, prometo cumprir a promessa que te fiz mais tarde, hum? —Sérgio disse se aproximando para beijar seu pescoço, a mulher esboçou um sorriso tímido. —O que me diz? —ela se virou para olhá-lo nos olhos.

—Ta bem. Mas vou cobrar, ok? —Sérgio riu lhe roubando um beijo rápido e voltou a tomar seu café.

O casal acabou a refeição em silêncio, hora ou outra trocando olhares ou sorrisos apaixonados e quando terminaram, se dividiram para lavar os talheres e guardar tudo em seu devido lugar. Depois de feita a tarefa, Sérgio se lembrou que ainda faltava terminar de organizar suas roupas e foi andando em direção ao quarto para o fazer quando Raquel o interrompeu.

—Onde vais? —ela perguntou o seguindo. Sérgio continuou andando até adentrar no quarto seguido por ela que vinha atrás de si.

—Terminar de arrumar minhas roupas, porque curiosamente alguém ontem com as suas estripulias não me deixou terminar, sabe? —Raquel riu, lembrando-se da situação e pôde visualizar novamente um Sérgio com uma peça de bolinhas na cabeça.

—Você devia ter visto sua cara tentando arrumar tudo no lugar com o seu jeito todo certinho de dobrar e organizar roupas. —Sérgio lhe deu um olhar tedioso lançando uma careta nada satisfeita em sua direção e adentrou o closet onde suas roupas estavam. Raquel ainda atrás de si.

—Não foi engraçado, Raquel! —Sérgio fez uma careta, um beicinho manhoso surgindo e Raquel não pôde evitar rir da situação, roubando-lhe um beijo e apertando suas bochechas.

—Tem razão cariño, não foi engraçado. —Sérgio abriu a boca para falar e Raquel continuou. —Foi hilário. —ela riu jogando a cabeça para trás e o Professor bufou tocando os óculos.

—Muito bem, chega! —Raquel tentava segurar o riso a todo custo, mas Sérgio perdeu a postura séria quando a encarou e não segurou sua própria risada. —Ok, foi engraçado, mas agora é sério, preciso organizar isso tudo, daqui a pouco os móveis vão estar todos aí e então teremos muito trabalho. —ela assentiu.

—Quer ajuda? —Raquel perguntou e Sérgio comprimiu os lábios balançando a cabeça negativamente. —Ok eu entendi o recado, Professor. Vou ficar quietinha no meu canto.

Com isso, Sérgio começou a organizar novamente seu lado do closet seguindo a regra de antes e sob o olhar atento de Raquel, que não perdia a oportunidade de zombar dele vez ou outra, mas acabava que ele próprio também ria. Uns bons vinte minutos depois estava tudo pronto e organizado e bem na hora, a campainha da casa tocou.

—Chegaram! —Sérgio disse e saiu para atender a porta.

Como o esperado, as compras que ele havia feito para o quarto de Marivi e Paula haviam chego. Os rapazes da loja começaram a montar os móveis e Raquel estava muito feliz em poder ver tudo aquilo ganhar forma, se sentia muito realizada e sabia que dali pra frente, viriam muito mais coisas boas para ela e sua família.

 Algum tempo depois de os rapazes montarem o bruto dos móveis- como a cama e o guarda roupa- Sérgio os dispensou agradecendo pelo serviço e então, era hora de decorar. Começaram pelo quarto de Paula que praticamente já havia ganhado forma. Raquel e Sérgio se dirigiram a uma enorme caixa que, quando aberta, fez Lisboa sorrir largamente.

—Sérgio… —ela disse quase inaudível pegando na mão um dos itens de decoração que estava na caixa. Parecia ser um quadro com fundo rosa e uns detalhes bem delicados dentro. —Isso aqui é a cara de Paula! Comprou isso sem a ajuda de ninguém? —ela questionou admirada.

—Bem…pois sim! —ele respondeu, sorrindo fraco e tocando os óculos logo em seguida. —Tive que fazer algumas pesquisas antes porque, claro, não entendia muito bem de decoração nem nada do tipo. Reparei mais nas coisas que Paula gostava e prestei atenção em como ela falava dessas coisas e quis fazer uma surpresa. Você gostou?

Raquel sorriu se atirando nos braços de Sérgio e colando seus lábios num beijo apaixonado, sem malícia alguma. Aos poucos o contato foi cessado e ela passou a mão por sua barba por fazer, num carinho singelo abrindo os olhos para poder olhá-lo.

—Eu amei, meu amor! Isso aqui é perfeito. Paula vai pirar nesse quarto, eu imagino que ela não vai querer nem dormir, só pra ficar olhando esse lugar. —ela disse e riu, Sérgio a acompanhou.

—Eu fico muito feliz que tenha gostado, Raquel. Fiz tudo isso pensando em você, sua mãe e Paula. —ela lhe deu um selinho e ele sorriu apontando para a caixa com a cabeça. —Vamos ver o que mais tem aí?

Raquel foi cuidadosamente retirando os objetos da caixa e era um mais bonito que o outro, cheio de detalhezinhos bem delicados do jeitinho que lembrasse Paula. Tinha quadros, brinquedos novos e uma coisa que chamou a atenção de Lisboa.

—São porta retratos? —ela segurou o objeto de madeira nas mãos.

—Sim! Para podermos colecionar memórias novas e colocarmos aí. —Sérgio respondeu e Raquel não poderia estar mais feliz com esse detalhe.

—Você pensa em tudo mesmo, não é? —Sérgio sorri e leva os dedos até os óculos para tocá-los.

—Você sabe que sim! —Raquel sorri também. —Bom, vamos organizar isso aqui? —ela assente.

Eles começam a organizar os itens da decoração. Sérgio pendura os quadros milimetricamente alinhados na parede e Raquel se encarrega de organizar os brinquedos e outras coisas incluindo os porta-retratos que coloca na mesinha de cabeceira e na escrivaninha da menina.

Alguns minutos se passam até que o casal termine o serviço e dão um 360° no ambiente. Tudo parece perfeito e agora, só falta Paula aprovar.

—Tomara que Paula goste. —Sérgio comenta e Raquel percebe o tom apreensivo de sua voz. Ela se aproxima e lhe abraça por trás fazendo um carinho em seu peito.

—Ei, ela vai amar, ok? Não se preocupe, fizeste um ótimo trabalho, Professor. —ela diz e Sérgio não pode evitar sorrir, virando-se de frente pra ela e pegando suas mãos para levar até os próprios lábios e beijar-lhe o dorso.

—Obrigada inspetora. —ele disse antes de se abraçarem e ficarem em um silêncio confortável.

Depois de alguns minutos o casal segue para o quarto de Marivi e é impossível não se emocionar quando Raquel abre a caixa que tem as decorações dela e vê que tudo o que ela mais tinha apreço foi trazido para o Brasil, claro, também tinha algumas coisas novas mas aquilo, lhe chamou a atenção.

—Sei o quanto sua mãe é apegada às coisas dela, então mandei que trouxessem a maioria. Comprei algumas coisas novas também, espero que goste. —Raquel o agradeceu com um abraço apertado. A emoção tomando conta de si.

—Obrigada por tudo, Sérgio. Não sabe o quanto isso me deixa feliz.

Basta somente uma frase para que o Professor se sinta completo porque é isso que ele quer, que sua mulher seja finalmente feliz depois de tanto caos em sua vida.

—Vamos aos trabalhos? —ele pergunta quando eles se separam e Raquel dá um largo sorriso, balançando a cabeça afirmativamente.

E com isso eles repetem o processo com o quarto de Marivi e Raquel não impede que a emoção tome conta de si. Imagina como a mãe vai ficar feliz com todo o ambiente tão familiar e sente o coração quentinho. Quando terminam, sorriem com o trabalho que fizeram.

—Bom, agora é só esperar elas chegarem. —Raquel diz, abraçada com Sérgio no meio do quarto. Ele acaricia os cabelos dela.

—Elas devem chegar muito provavelmente amanhã de manhã. Ainda dará tempo de almoçarmos todos juntos, hum? Que acha? —Raquel lhe encara, as íris cor de mel brilhantes.

—Eu acho perfeito, toda minha família reunida. Minha mãe, minha filha e o homem da minha vida.

Sérgio sente o coração bater mais forte quando Raquel o chama daquela forma e respira fundo para não deixar uma lágrima emocionada escapar. Afunda o nariz por suas madeixas loiras e aproveita o aconchego do abraço dela em silêncio, absorvendo suas últimas palavras.

Depois do almoço, eles foram se sentar no sofá para descansar um pouco e Raquel sugeriu que eles assistissem algo na televisão. Raquel colocou um filme na netflix e eles começaram a assistir.

Pouco tempo depois, ela o olhou com olhos apaixonados. —Estava morrendo de saudades de ficar assim, juntinha com você no conforto do nosso lar. —disse enquanto se aconchegava ainda mais dele.

—Eu também estava morrendo de saudades. —sorriu enquanto acariciava o rosto dela.

Ela o puxou e depositou um breve selinho nos lábios dele. Quando se separaram, ela o puxou novamente e deu outro selinho e quando se separaram mais uma vez, ela o puxou para dar outro selinho, só que dessa vez, um pouco mais demorado. Sérgio abriu um pouco os lábios e a ponta de sua língua encostou no lábio inferior dela, como se estivesse pedindo permissão para entrar. Ela prontamente concedeu e ele aprofundou o beijo.

Não era um beijo urgente, desesperado, era um beijo calmo, doce e delicado. Um beijo sem pressa que não os levaria a lugar nenhum, mas eles continuaram apenas pelo prazer de se conectar.

O filme já estava mais do que esquecido por eles e ainda com os lábios grudados aos de Sérgio, Raquel tateou o sofá à procura do controle da televisão e apertou o que pensava ser o botão de desligar, mas errou. Ao invés de desligar, ela saiu da netflix e colocou em um dos canais abertos. A voz forte de uma mulher falando português soou pelo ambiente, mas eles não ligaram e continuaram o beijo até que uma frase chamou a atenção de ambos. —Voltamos a falar sobre o caso da Espanha. —começou a jornalista. Eles não falavam português, mas a palavra “Espanha” foi familiar o suficiente para fazê-los desviar o olhar para a televisão.

—Recentemente a Espanha foi palco do maior assalto da história. Este assalto desencadeou um caos político, os escândalos envolvendo corrupção das forças militares e outras autoridades locais, tem se tornado o centro das atenções. A população espanhola está passando por uma grave crise política e grande parte se diz a favor do bando liderado por Sérgio Marquina, O Professor como é conhecido. Até agora não há nenhuma atualização sobre o paradeiro do bando.

Alguns rostos já são conhecidos, como o de Raquel Murillo, uma mulher que surpreendeu o mundo ao largar sua carreira impecável na polícia para se tornar a "Primeira dama do assalto", como ela vem sendo chamada pela população. —Raquel engoliu seco. —O assalto entretanto vem se tornando assunto não apenas pelo ouro roubado, mas pela ideia de "Resistência" que ele carrega, levando populares a fazerem seguidas greves fazendo parar não só a cidade de Madrid, capital da Espanha, como também todo o País.

Enquanto a jornalista falava, imagens do assalto e fotos do próprio bando apareciam na tela. 

—Revoltados com as autoridades, os espanhóis estão indo às ruas todos os dias, são diversas manifestações populares contra, em especial, Mario Urbaneja, Governador da Espanha que foi mantido como refém durante o assalto.

São muitas as complicações após o roubo do ouro, inclusive uma falência estatal, pois na reserva nacional está a riqueza do país e sem ela a Espanha certamente irá à falência. O destino da Espanha nos próximos dias é incerto, sabemos que as autoridades espanholas estão fazendo de tudo para acalmar a população e tentar encontrar um jeito de solucionar esse caos. —completou a mulher e entrou no que parecia ser um assunto totalmente diferente.

Raquel finalmente desligou a televisão e olhou para Sérgio. —Bem, acho que não precisamos saber português para entender que ela estava falando sobre o caos que causamos na Espanha.

—Definitivamente não! —suspirou. —Nós já sabíamos que isso ia ser notícia em todos os lugares.

—E quando você pretende colocar o seu plano em prática? —ela perguntou.

—Assim que sua mãe e Paula estiverem aqui com a gente, 100% em segurança. —ele respondeu e notou que ela estava com um olhar distante. —Ei, não fica preocupada! Elas estão seguras, eu só quis dizer que… —ele parou de falar quando ela o interrompeu.

—Não é nada disso, Sérgio! Eu sei que elas estão em segurança, eu só…Só estou com um pouco de medo sobre como será meu reencontro com Paula. —ele a olhou confuso. —Você sabe, não é como se estivéssemos apenas 1 semana fora. A última vez que ficamos tanto tempo separadas foi quando eu fui te reencontrar em Palawan e olha que só foram 2 semanas. —suspirou. —Enfim, acho que toda essa ansiedade está me deixando aflita.

Sérgio a puxou para um abraço e ela enterrou o rosto na curva do pescoço dele. —Não fica assim! Tenho certeza que o reencontro entre vocês será lindo! Quando ligamos para ela, ela disse que estava com saudades de você, não disse? —ela concordou. —Então! Você vai ver, amanhã ela vai chegar, pular no seu colo e grudar em você igual um macaquinho. —eles riram e ele depositou um beijo suave no topo de sua cabeça acariciando os fios sedosos. —Sabe do que você está precisando? —ela olhou para ele. —De um delicioso banho de praia! O que me diz?

—Você vai comigo? —perguntou tímida.

—Você quer que eu vá? —ela balançou a cabeça concordando diversas vezes e ele riu. —Ok, então vamos nos trocar!

Madrid

Foram mais de 15 horas de voo até que Raquel estivesse novamente em solo espanhol. Estava tão cansada quando desceu do avião que tudo que fez foi em modo automático desde pegar sua mala na esteira até pedir um táxi para ir finalmente pra casa. Quando finalmente chegou em sua residência já estava anoitecendo. Girou a chave na porta e quando a abriu, ouviu uma voz feliz a chamar.

—Mamãe! —Paula levantou-se do sofá onde estava sentada vendo desenho e correu em direção a sua mãe. Raquel largou sua mala e pegou a filha nos braços a abraçando fortemente com toda a saudade do mundo. —Estava com saudades de você. —ela disse se separando do contato. A mulher levou a mão até os cabelos da menina num carinho singelo.

—Eu também tava com muita saudades de você, corazón! —disse deixando um beijo na bochecha da menina que sorriu. —Me diz, você obedeceu direitinho a vovó? —Paula assentiu.

—Você trouxe um presente pra mim? —Raquel riu enquanto Paula olhava com olhos brilhantes a mala que ela levava consigo.

—É claro que sim, mas antes de eu te dar, preciso tomar um banho e trocar de roupa. Me espera 5 minutinhos? —a mulher perguntou e a menina assentiu animada.

—Raquel, hija! —Marivi saiu da cozinha andando em direção à filha que rapidamente fez questão de abraçá-la também. —Como foi a viagem?

—Foi…revigorante! —Raquel disse sincera. Os dias que passou ao lado de Sérgio a fez se sentir renovada, uma outra mulher. E esperava que em breve pudesse desfrutar mais dessa sensação.

—Você estava com ele, não é? —Marivi perguntou baixo para que só Raquel escutasse alternando seu olhar entre a filha e a neta que assistia distraidamente a um desenho na tv.

—Como? —Raquel devolveu surpresa. Pelo visto, Marivi estava em um dos seus dias bons. —Mamãe, eu viajei a trabalho como disse que iria...—a mulher começou mas foi interrompida pela mais velha.

—Hija, não minta pra sua mãe, sei muito bem que você estava com ele, o desconhecido do bar. —ela realmente se lembrava de Sérgio e isso, fez Raquel sorrir mesmo que nervosamente por ter sido pega no flagra. —Essa carinha feliz, esse sorriso que você não tira do rosto desde que passou por essa porta e ainda tem essa pele boa...

—Mamãe! —Raquel riu nervosamente arrastando Marivi consigo para a cozinha para que pudessem conversar mais à vontade. —Tudo bem, eu estava com Sérgio, na praia, em Palawan. —ela contou e a mais velha abriu um sorriso largo. —Foi tudo tão mágico, sabe? Esses dias que passei ao lado dele parece que foram horas de tão rápido que o tempo passou. Sérgio é um homem incrível, eu nunca me senti tão viva.

—Você o ama? —Marivi perguntou e Raquel mordeu o lábio inferior deixando um sorriso transparecer afirmando timidamente com a cabeça. —Então está tudo certo, filha. Sua vida estava mesmo precisando de uma cor.

As duas se abraçaram e assim ficaram por alguns minutos até que Raquel anunciou que precisava ir tomar um banho e voltaria para o jantar. Caminhou e entrou em seu quarto respirando fundo e lembrando-se que a um dia atrás estava lá naquele paraíso com ele, mas o que a motivava era a certeza de que em alguns dias eles estariam novamente juntos dessa vez com Paula e Marivi também incluídas na bagagem.

Raquel tomou um banho rápido e vestiu uma roupa confortável voltando pra mesa onde o jantar tinha sido servido. Lá, ela aproveitou para ouvir Paula falar dos dias que passou com Marivi e da visita do dia divertido que passou com Alberto.

—O papai perguntou sobre você, mama. —Paula soltou e Raquel ficou apreensiva. Tinha a desconfiança de que ele teria questionado sobre sua ausência, mas a confirmação a pegou de surpresa.

—Ah é, filha? —a menina assentiu levando uma colherada de comida até a boca. —E o que você disse? —ela quis saber.

—Eu disse que você precisou viajar a trabalho. Não foi isso que me falou? —Raquel assentiu soltando a respiração que nem sabia que prendia. Com certeza isso não convenceu Alberto mas o conhecendo bem, sabia que ele deixaria passar somente aquela vez mas que ficaria atento a todos seus passos dali pra frente.

Depois do jantar, Raquel ajudou sua mãe a lavar a louça e em seguida desfez sua mala com a ajuda de Paula que arrancou todos os presentes e foi abrindo um por um com uma empolgação que fez sua mãe rir.

—E então corazón, gostou dos presentes que a mamãe trouxe pra você? —Raquel perguntou quando finalmente Paula pareceu se acalmar um pouco da euforia que estava antes abrindo os pacotes.

—Eu adorei, mama! Obrigada! —Paula se aproximou para beijar a bochecha de Raquel que aproveitou a deixa para introduzir o assunto tão esperado.

—Então filha, você sabe que a mamãe viajou a trabalho, certo? —Paula assentiu atenta ao que a mãe tinha a dizer. —Mas a verdade é que a mamãe foi ver uma pessoa. —a criança esboçou uma careta confusa e Raquel continuou. —Se lembra daquele moço que a mamãe trouxe aqui uma vez?

—Ele é seu namorado? —Paula perguntou curiosa e Raquel sorriu fraco abrindo a boca para responder tomando todo cuidado em tocar nesse assunto ainda delicado.

—Bom sim, ele é meu namorado. —ela respondeu, a menina esboçou uma cara surpresa e espantada ao mesmo tempo colocando a mão na boca parecendo absolver a resposta da mãe. —O nome dele é Sérgio, eu estava com ele, na casa de praia que ele tem.

—Seu namorado tem uma casa de praia? Igual a Moana? —Paula perguntou agora sem esconder a surpresa e Raquel sorriu.

—Sim, ele tem. E sabe o que? —Raquel se aproximou da menina como se fosse contar um segredo. —Sabia que ele convidou a mim, a vovó e você pra ir lá conhecer a casa de praia dele? —Paula sorriu largamente.

—E a gente vai? —os olhos da menina já estavam brilhando em animação.

—Paula…você gostaria de conhecer a casa de praia do Sérgio? —a menina pareceu pensar um pouco colocando a mão no queixo.

—Eu….—Raquel ficou apreensiva com a resposta da menina. —Sim mama! Nós vamos viajar e ir conhecer a casa de praia do Sérgio?

—Sim! O que me diz de irmos eu, você e a vovó passarmos as férias lá? —Paula bateu palminhas animadas comemorando e dizendo "sim!" sem parar fazendo Raquel rir. —Ok, e o que acha de nós contarmos pra vovó?

—Vamos! Vamos mamãe, vamos contar pra vovó! —Paula pegou a mão de Raquel e saiu a arrastando corredor afora até a sala onde Marivi estava sentada vendo algo na tv.

Raquel e Paula contaram tudo a Marivi e ela também junto com as outras duas pareceu ficar muito animada com a ideia. De início era só isso que elas precisavam saber e o resto vinha com o tempo. Estava tão feliz que tudo estava se encaminhando para dar certo entre ela e Sérgio que quando deitou na sua cama para dormir mal conseguiu pregar o olho pela felicidade e também de saudade, a saudade de dormir com os braços dele envolta de si.

Alguns dias depois, Raquel já havia resolvido tudo para a viagem e ficou pensando em como estaria Sérgio em Palawan esperando que ela chegasse. Logo seus pensamentos voaram e ela imaginou sua nova vida, a vida que eles sonharam a um ano atrás. Marivi e ela fizeram as malas e Paula ajudou a mãe na tarefa de arrumar as suas. Elas partiriam no dia seguinte de manhã bem cedo.

No dia seguinte elas acordaram bem cedo e partiram em direção ao aeroporto. Raquel sabia que faltava cada vez menos para voltar a ver Sérgio e o Professor por sua vez também sabia, quando foi avisado por um de seus contatos que ela estava chegando, dessa vez com toda sua família. A ideia o fez ficar apreensivo e também muito feliz.

Reserva do Paiva

O clima estava simplesmente perfeito! Estava quente, mas nem tanto e o céu estava completamente azul, embelezando ainda mais o cenário. Eles passaram o resto da tarde trocando beijos e carícias e revezando entre entrar no mar e ficar na areia. Raquel olhou para Sérgio ao seu lado, abraçado com ela, sentado no chão sem nenhuma toalha e distraidamente brincando na areia com os dedos dos pés.

Diferente de quando ele se sentava na areia da praia em Palawan só para agradá-la, ele parecia realmente estar gostando de ficar assim e ela sentiu o coração aquecer com a sensação de que ele realmente estava mudando. No tempo dele, do jeito dele, mas ele estava mudando. Parecia mais livre, mais solto, mais aberto e ela lembrou daquela noite no restaurante em Lisboa quando ele disse com todas as letras, cara a cara, que a amava. Sem sombra de dúvidas aquele EU TE AMO havia libertado alguma coisa dentro dele e ela estava gostando, ela estava gostando muito disso.

Mais tarde, o tempo começou a esfriar quando nuvens escuras cobriram o céu e o estrondo dos trovões anunciava que em breve cairia uma chuva daquelas. Eles decidiram ficar mais um tempinho sentados nas espreguiçadeiras da varanda. Tentando se aquecer, Raquel vestiu a camisa de Sérgio por cima do biquíni enquanto ele tratava de preparar um chocolate quente para ambos já que Raquel disse que estava sem fome, o que era normal nos dias em que ela se sentia ansiosa/nervosa.

Eles tomaram o chocolate em completo silêncio e olhando pro lado, ele notou que ela estava com frio enquanto ela se encolhia cada vez mais. —Ei, vamos entrar? Você precisa tirar essas roupas molhadas e se aquecer.

—É, acho que é uma boa ideia! Com esse clima doido, agora eu estou precisando de um banho quente.

Eles entraram e enquanto Raquel ia a caminho do quarto, Sérgio foi para a cozinha e ela foi atrás dele. —Você não vem?

—Eu já estou indo! Deixa só eu lavar essa louça aqui e já te encontro no quarto, vale? Pode ir tomando o seu banho.

Ela o abraçou por trás. —Eu acho que você deveria deixar essa louça para amanhã e vir tomar um banho quente comigo, até porque… —descendo as mãos por cima do short que ele usava, ela passou levemente os dedos sobre o membro dele e em seguida apertou suas nádegas. —Você também está molhado! —finalizou arranhando os dentes nas costas dele numa leve mordida.

Soltando as xícaras em cima da pia, ele virou rapidamente e a pressionou contra ele. O jeito que ela estava o olhando, mostrava claramente o quanto ela o queria e isso fez uma chama dentro dele acender. Descendo as mãos pelo corpo dela, ele a acariciou por cima da calcinha fazendo-a gemer. —Pelo visto você está molhada em mais de um sentido!

—Você tem duas opções: pode me deixar secar ou pode me deixar ainda mais molhada! É pegar ou largar, você decide! —piscou.

Em um impulso ele a pegou no colo e ela envolveu os braços ao redor do pescoço dele enquanto o beijava apaixonadamente. Eles tropeçaram durante todo o caminho até o quarto, mas não se importaram porque parar de se beijar era algo completamente fora de cogitação no momento. Chegando no banheiro, Raquel tirou a camisa e o biquíni em tempo recorde e ajudou Sérgio a se livrar de seu short. Quando ela ia puxar a cueca, ele segurou seus pulsos.

—Pra que tanta pressa? Vamos com calma! —provocou.

—Eu fui interrompida duas vezes hoje e você ainda acha que eu preciso ter calma? —perguntou furiosa.

—Já anoiteceu, Raquel, nós não seremos mais interrompidos hoje. —disse enquanto a guiava para dentro do box, ligando o chuveiro logo em seguida.

Ela ficou na ponta dos pés e começou a beijar o pescoço dele enquanto sussurrava manhosa: —Mas eu quero você! —quando ele inclinou o pescoço para o outro lado na intenção de dar mais espaço, ela achou que finalmente tinha conseguido o que queria, mas ele se fortaleceu.

—Nós temos todo tempo do mundo, meu amor!

—Estou começando a achar que você não está apto o suficiente para cumprir com as suas promessas. —disse se afastando dele.

Ele a puxou para perto novamente. —Deixe os julgamentos para depois que eu fizer você gemer. —ele roçou os lábios nos dela e se afastou. —Mas isso será no meu tempo! Agora… —ele a virou de costas. —Me deixa cuidar de você!

Ela entrou completamente debaixo do chuveiro sentindo a água quente abraçar seu corpo. Ele colocou uma quantidade adequada de shampoo nas mãos e começou a lavar os cabelos dela. No início ela estava irritada e impaciente, mas depois ela começou a relaxar sob o toque dele, ela amava ser tocada por ele. Ele enxaguou bem os cabelos dela retirando todo o shampoo e repetiu o processo com o condicionador. Depois que os cabelos estavam perfeitamente limpos e cheirosos, ele derramou uma quantidade generosa de sabonete líquido pelo corpo dela e começou a ensaboá-la. Ele deu uma atenção especial aos ombros e pescoço, massageando com um toque firme, porém suave e ela se sentiu relaxar ainda mais.

Ele a ensaboou por completo, braços, costas, nádegas, seios, barriga, pernas, pés e até mesmo a sua intimidade. O toque dele era carinhoso e parecia que não tinha malicia alguma, mas em cada lugar que ele tocava mais aumentava o desejo dela por ele. Pegando o chuveiro menor, ele começou a enxaguar ainda com todo amor e carinho do mundo.

Colocando-a de costas para ele, ele esfregou seus seios para retirar toda espuma, mas mesmo quando toda a espuma sumiu, ele não parou.

Sentindo o fogo entre suas pernas aumentar cada vez mais, Raquel gemeu e mexeu os quadris de maneira tentadora, estimulando o membro de Sérgio que mesmo coberto, ela já podia sentir que estava duro. Ele colocou dois dedos dentro da boca dela e ela os chupou com vontade, ele desceu a mão até sua intimidade e com movimentos dolorosamente lentos, acariciou seu ponto mais sensível enquanto depositava mordidas e lambidas no lóbulo da orelha dela.

Querendo ter ainda mais contato com ele, ela virou e pediu: —Me beija! —indo quase sem fôlego em direção aos lábios dele, mas ele a empurrou contra o vidro frio do box e olhando nos olhos dela ele ajoelhou no chão.

Antes que ela falasse alguma coisa a boca dele já estava em sua intimidade, lambendo e chupando por completo. Ela ficou sem reação, apoiando uma mão na parede da frente e a outra agarrando um punhado de cabelo dele sentindo-se desesperada procurando por estabilidade, sentindo seu corpo amolecer cada vez mais rápido. Buscando ter mais acesso, ele colocou uma das pernas dela sob seu ombro a deixando ainda mais aberta para ele. Ao mesmo tempo que ele voltou a estimular ela com a língua, ele inseriu dois dedos dentro dela fazendo-a gritar de prazer e puxar seus cabelos com tanta força que doeu, mas ele não parou. Não tinha nada ali que o pudesse parar. Ele sabia que estava com saudades de prová-la, mas não sabia que seu desejo cresceria cada vez mais rápido. O gosto dela, os barulhos que ela estava fazendo, a maneira que ela mexia os quadris, tudo era simplesmente enlouquecedor.

Ele se afastou rapidamente e a olhou: —Ainda acha que eu não estou apto o suficiente para cumprir com as minhas promessas?

—Cala a boca e continua! —disse, empurrando a cabeça dele contra si novamente, mas ele se afastou.

—Eu quero ouvir a sua resposta! —ele começou a bombear mais rápido os dedos dentro dela, fazendo-a gemer. —Você está tão perto, Raquel, seria uma pena eu parar logo agora.

—Não se atreva!

—Então responde!

—Não!

Ele retirou um dedo de dentro dela fazendo-a gemer de frustração. —Responde!

—Não!

Ele mordiscou seu ponto sensível fazendo com que ela engasgasse no exato momento.

—QUE CARALHOS VOCÊ QUER DE MIM? —ela gritou.

—Um pedido de desculpas por ter duvidado de mim!

—Nem em sonho!

Ele retirou o único dedo que estava dentro dela e ela deu um soco forte no ombro dele em protesto.

—Violência nunca é o caminho, Raquel! —provocou enquanto dava leves lambidas em sua intimidade.

—Tortura também não! —ela rebateu.

—Depende do ponto de vista!

—Por favor, Sérgio, continua, eu estou implorando! Isso vale mais do que um pedido de desculpas.

—Não sei se eu aceito isso como uma forma de desculpas. —disse enquanto colocava e tirava dois dedos dentro dela.

Ela estava tão tão tão perto que ela faria qualquer coisa para que ele continuasse. —Meu amor, minha vida, meu tudo, me perdoe por ter duvidado de você. Você é incrível e eu estava errada, completamente errada, agora por favor, CONTINUA!

—Não sei, esse pedido pareceu meio falso para mim.

—Vai se fu...—ela parou de falar e gritou quando ele acrescentou um terceiro dedo alargando suas paredes internas, bombeando com força dentro dela e trabalhando freneticamente com a língua para estimular seu ponto sensível do jeito que ela gostava.

Ela prendeu a respiração e logo depois um gemido trêmulo escapou dos seus lábios quando ela finalmente gozou e senti-lo lamber e sugar todo o líquido quente que saía de dentro dela, prolongou ainda mais seu orgasmo.

Ele continuou a estimulando até que ela afastou sua cabeça e o puxou para cima. A barba dele tinha alguns resquícios de seu líquido e nada podia ser mais sexy do que aquilo para ela.

Faminta por ele, ela atacou seus lábios e guiou seu membro duro e latejante para dentro de si. Ele a preencheu cada vez mais fundo dando rápidas estocadas e logo depois ele enterrou o rosto nos cabelos dela e gemeu quando a onda intensa do orgasmo o atingiu. Eles ficaram abraçados, ofegantes e completamente satisfeitos por um tempo e ele a puxou para outro beijo.

—Estou apto o suficiente para cumprir com as minhas promessas? —ele repetiu a mesma pergunta de antes fazendo-a rir.

—Você está apto para qualquer coisa, meu amor, mas quando você se sente desafiado você é mil vezes melhor! —ela piscou.

—Você gosta de brincar com fogo, né?

—Adoro! —respondeu mordendo o lábio inferior dele que a puxou para mais um beijo.

Eles terminaram o banho, vestiram-se e Sérgio aproveitou para refazer o curativo antes de dormir. O ferimento havia tido uma melhora considerável nos últimos dias, quase não se queixava de dor e quando sentia era apenas um incomodo. Os pontos já começaram a cair, indicando que em poucos dias deixaria de usar aquela faixa na coxa. E assim terminaram a noite do jeitinho que eles mais gostavam: deitados em sua cama, nos braços um do outro, trocando beijos, conversas e carícias até finalmente pegar no sono.

Raquel acordou com um delicioso barulho de chuva caindo lá fora. As ondas do mar estavam mais agitadas do que o normal, mas mesmo assim, o prazer de ouvir o barulho do mar novamente fazia com que ela se sentisse totalmente segura.

Ela tateou a mesinha de cabeceira em busca do copo de água que sempre costumava levar para o quarto, mas se deu conta que havia esquecido. As memórias de Sérgio pegando-a no colo, a levando para o banheiro, a fazendo gritar e esquecer o próprio nome horas atrás, invadiram sua mente e ela não pôde evitar sorrir.

Cuidadosamente, ela retirou o braço de Sérgio de sua cintura, levantou da cama e caminhou em direção à cozinha. Ela estava vestindo uma camisola e o frio fez com que ela abraçasse a si mesma na tentativa de se esquentar.

4:00h marcava o relógio e mais uma vez borboletas voaram em seu estômago com a expectativa de reencontrar Paula e Mariví novamente. Apenas mais algumas horas e sua família estaria oficialmente completa.

Abrindo a geladeira, ela pegou uma garrafa de vidro e começou a encher seu copo. Dando os primeiros goles, ela ouviu barulhos do lado de fora de casa e caminhou lentamente até a janela mais próxima.

Seus olhos arregalaram no momento em que ela abriu a cortina. Seu coração parecia ter parado e suas mãos tremiam involuntariamente, fazendo com que o copo de água caísse no chão.

Do lado de fora, ela viu quando Alberto agarrou Paula e a colocou sob seu ombro. Paula chorava, gritava e se debatia no colo do pai enquanto gritava a avó pedindo por socorro.

Mariví correu, tentando tirar Paula dos braços dele, mas com um empurrão Alberto a jogou furiosamente no chão.

—SOLTA A MINHA FILHA! —com o rosto banhado de lágrimas, Raquel gritava repetidas vezes enquanto saía correndo sem se importar com os cacos de vidro que estavam cortando seus pés. —SOLTA A MINHA FILHA, SEU DESGRAÇADO! —ela gritou ainda mais alto quando chegou na porta de casa.

Atrás dela, um Sérgio completamente confuso e desesperado a chamou: —Raquel, o que está acontecendo?

Sem olhar para ele, ela continuou correndo pela areia indo atrás de Alberto e quando Paula a avistou, ela gritou um sofrido e desesperado: —MAMÃÃÃÃÃE! —enquanto Alberto a jogava dentro de um barco.

—PAULAAAAAAAAAA! —Raquel gritou tão desesperada quanto a filha. —SEU DOENTE, DESGRAÇADO, DEVOLVE A MINHA FILHA! —disse, entrando no mar.


Notas Finais


Final tenso, hein? Como será que Alberto chegou na Reserva?? Deixem o feedback de vocês!
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E sábado que vem tem mais, cariños 😉


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