1. Spirit Fanfics >
  2. Plástico >
  3. Put On Doll Faces - Capítulo Único.

História Plástico - Put On Doll Faces - Capítulo Único.


Escrita por: Twinxy

Notas do Autor


Primeira One Shot. É baseada em DollHouse e no geral, em mais algumas músicas do álbum Cry Baby. Amo de paixão a Melanie, e resolvi escrever essa pequena "homenagem", digamos assim <3

Espero que gostem...

Capítulo 1 - Put On Doll Faces - Capítulo Único.


Fanfic / Fanfiction Plástico - Put On Doll Faces - Capítulo Único.

"Hey girl, open the walls, play with your dolls 
 We'll be a perfect family. 
When you walk away, it's when we really play 
You don't hear me when I say" 

Carros, dinheiro, status. Milhares de roupas caras e belas jóias feitas com todos os tipos de pedras que se possa imaginar. Uma enorme casa apenas para ela e sua família, e várias viagens feitas semanalmente. Cirurgias plásticas caras. Um corpo perfeito, digno de inveja. 

No fundo, ela sabe que nada disso importa, pois meros bens materiais não apagam seus problemas, não tiram sua infelicidade ou a deixa mais segura de si mesma. Nada daquilo a confortava, tirava seu vazio, preenchia o espaço que deveria ser ocupado por uma verdadeira felicidade, uma que era feita de sentimentos e não de bens materiais. Pérolas ou ouro não lhe davam uma família amorosa e amável como a de todo mundo. Roupas e sapatos caros não lhe davam amigos e pessoas em que poderia confiar, assim como maquiagens não escondiam, pelo menos não para sempre sua expressão infeliz e depressiva. 

Não, aquilo apenas distraía sua mente dos verdadeiros problemas. Tudo não passava de uma fachada, uma bela e atraente fachada que convencia todos ao seu redor que sua vida era... Perfeita. 

Uma pena que não era bem assim. 

"Mom, please wake up. 
Dad's with a slut, and your son is smoking cannabis 
No one ever listens, this wallpaper glistens 
Don't let them see what goes down in the kitchen."

Sua família? Desmoronada. Brigas, traições, discussões por coisas fúteis e desnecessárias não paravam um minuto sequer. Todos falavam daquela família, sempre tão influente e poderosa pelas costas, afinal, quem iria imaginar que aquelas pessoas tão unidas e perfeitas seriam uma alcoólatra, um traidor e um usuário de drogas, sendo respectivamente sua mãe, pai e irmão mais velho? Seu pai não parava em casa, sempre na rua com alguma vadia qualquer, nunca se importava com a família que ele se deu ao trabalho de construir, apenas ao que ele queria ou desejava. Sua mãe, depois de descobrir o que o pai fazia, depois de descobrir todo aquele teatro começou a beber todos os tipos de bebidas, de modo se embebedava até cair dormindo no sofá, para tentar esquecer tudo que acontecia e seu irmão... Bem, seu irmão estava cada vez mais viciado em drogas, tendo vários problemas de saúde e indo até mesmo parar na cadeia temporariamente por porte de drogas e assédio sexual com a própria irmã. 

Relacionamentos amorosos? Ela estava totalmente presa, sem escapatória nenhuma em uma paixão abusiva e doentia onde seu namorado, um garoto egoísta e manipulador a usava e em seguida descartava como um brinquedo que havia se cansado, apesar de sempre a procurar quando precisava, para seu próprio benefício. Enganava-a com doces palavras de amor, e de qualquer jeito, tinha a menina em suas mãos. Quase nunca ligava para o que ela sentia e a desprezava por completo, mesmo a garota se entregando de corpo e alma para ele... Era como em um carrossel: Por mais que tentasse sair, por mais que tentasse escapar, ela sempre acabava sempre do mesmo jeito, rodando, rodando, rodando, sem chegar a lugar nenhum. 

Amigos? Ora, se tivesse algum pelo menos um deles teria ido em sua deprimente e frustrada festa de aniversário! Todos que se aproximaram dela apenas estavam interessados no que ela tinha, não no que ela era... Estava sozinha e totalmente isolada, não tendo ninguém para ajudá-la em seus momentos mais delicados. Ela não tinha ninguém em que pudesse confiar. 

"Places, places, get in your places 
Throw on your dress and put on your doll faces. 
Everyone thinks that we're perfect 
Please don't let them look through the curtains." 

Mas era engraçado. 

Mesmo vivendo no que ela chamava de uma casa de bonecas, em um lugar sufocante e opressor, mesmo sua vida sendo um inferno no qual ela não queria mais estar, ela continuava sorrindo, continuava com sua máscara de felicidade. De algum modo, ela havia se acostumado com aquilo, com a ideia de viver um teatro durante toda sua existência. Simplesmente não conseguia largar àquela vida, aquela família, aquela história que ela nascera e crescera, pois era a única maneira de viver que a menina conhecia. Se não fosse atuando, não sabia como conviver com as pessoas. Desconfiava até mesmo que havia pessoas boas no mundo, porque, para ela, mundo era de plástico. Vazio, fútil. Ligando somente para a beleza e para aparência e deixando o caráter de lado... 

O mundo era vazio, fútil e perfeito como uma casa de bonecas. ​

"Picture, picture, smile for the picture 
Pose with your brother, won't you be a good sister? 
Everyone thinks that we're perfect 
Please don't let them look through the curtains."

Em um acesso de fúria, a menina jogou de um lado para o outro suas maquiagens, roupas e caros sapatos de um lado para o outro, querendo com todas as suas forças acabar com qualquer resquício deles, como se estivesse colocando fim em suas tristes e amarguradas memórias, nas fotos em que aparecia sorrindo com tudo aquilo, sendo que nada corria bem. Puxava seus próprios cabelos e insistia em rasgar os poucos vestidos que ainda lhe restavam, como se pudesse assim tirar de si mesma seus próprios erros. Cansada de fingir ter uma vida normal, cansada de tudo o que estava acontecendo, mais cedo ou mais tarde ela acabaria surtando. Um dia as máscaras caem, e com ela, não seria diferente. 

Lágrimas escorriam incessantemente por seu rosto. Ao se olhar em um pequeno espelho, ao ver o estado deprimente em que se encontrava, ela não conteve um sorriso maníaco, repleto de loucura. Não importava o que acontecesse, no dia seguinte, lá estava ela, cumprindo seu papel, como sempre, pois nunca conseguiria largar daquela vida ou daquele lugar. Não importava o quanto sofresse, ela estaria lá, sendo a garota perfeita, para que todos a admirassem. 

Porque no final ela era como todos: Apenas mais uma boneca de plástico. 

"D-O-L-L-H-O-U-S-E 
I see things that nobody else sees."




 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...