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História Playing Pretend - Ameaça


Escrita por: Chrissy_RDC03

Notas do Autor


Oi oi oi

Muuuuito obrigada por todos os comentários, flores, nem sei como agradecer!

Aqui vai mais um capítulo! Espero que vocês gostem!

Boa leitura :)

Capítulo 39 - Ameaça


Fanfic / Fanfiction Playing Pretend - Ameaça

 

*Lucille*

 

Durante todo o caminho de volta para o apartamento de Zayn, eu apertei o volante com força, mordendo os meus lábios, tensa. Waliyha continuava conversando comigo normalmente, apesar de ter me perguntado diversas vezes se eu estava bem, mas eu preferi não dizer nada. Eu posso estar enganada, não posso? Aquelas lembranças podem ser precipitadas e eu não tenho prova alguma contra Amber, mas isso não me impede de estar assustada pra caramba. 

 

Ajudei Trisha a guardar as compras nos armários mesmo ela dizendo que não precisava de ajuda, e então fui até a sala. Encontrei Zayn ao lado da avó e ela parecia estar lhe explicando algo que ele não estava entendendo, e a cena dele coçando a nuca de forma confusa me fez rir por um breve momento, chamando a sua atenção para mim. 

 

— Zayn, será que posso falar com você um momento? 

 

Ele assentiu na hora, se levantando do sofá e avisando que logo voltava para a sua avó, que sorriu admirada para nós dois, como sempre. Fomos até o quarto dele e eu já estava sentindo as minhas mãos suadas, então as coloquei dentro dos bolsos frontais do meu moletom, para tentar disfarçar que elas também estavam tremendo. Acontece que Zayn é a única pessoa que eu sinto que posso confiar o bastante para contar algo do tipo, mas mesmo assim, temo pela reação dele, até porque além de ter sido namorado de Amber por um tempo, ela também estava carregando a filha deles. 

 

Por Deus, isso é muito sério. 

 

— E então? — Ele parecia preocupado, ficando na minha frente, de pé, enquanto eu sentada na beirada do seu colchão, olhando para os meus pés. — Está tudo bem? 

 

— Sim, sim, está. É que...aconteceu uma coisa hoje. — Fiz uma careta e olhei para ele, que se sentou ao meu lado, atento. 

 

— Você sabe que pode conversar comigo, Lucy. — Ah, aquele tom doce que acabava comigo, assim como quando ele diz o meu apelido.

 

— É, eu sei. — Eu respirei fundo e olhei para ele. — Antes de você chegar ontem no meu apartamento, eu acabei lembrando da placa do carro que me atropelou no dia do acidente. — Zayn arregalou os olhos. 

 

— Lucille, isso é ótimo! Você se lembra da placa? — Zayn tirou o celular no bolso, abrindo nas notas de seu celular. 

 

— Sim, é 747-GMC. — Mordi meu lábio inferior, sentindo o nervosismo se espalhando pelas minhas veias enquanto ele digitava aquilo em seu teclado rapidamente. — Zayn? 

 

— Sim? — Ele murmurou, nem erguendo a cabeça para me olhar, concentrado enquanto passava os olhos pela tela, com os cílios volumosos e compridos alcançando as suas bochechas. 

 

Essa é a placa do carro de Amber. 

 

Ele pareceu travar por alguns segundos, até que ergueu os olhos claros até mim, confuso. 

 

— Não pode ser. — Ele não conseguiu manter o contato visual comigo e encarou o chão. — Amber está grávida de seis meses, ela mal consegue dirigir por causa do tamanho da barriga, Lucille. 

 

— Mal consegue dirigir?! — Eu ri, irônica. — Não pareceu que ela estava tendo problemas em sair da loja da Chanel usando os seus saltos de quinze centímetros, logo antes de entrar em um carro preto, com essa mesma placa que eu te disse!

 

— Você pode estar enganada e...

 

— Não, Zayn, eu tenho certeza do que vi. Olha, você tem o direito de acreditar em quem quiser, eu já não tenho mais nada a ver com isso. Eu só estou te avisando porque estou assustada pra caramba e achei que poderia contar isso para alguém em que eu confiasse e pensei em você, mas...

 

— E você pode! Lucille, você pode confiar  em mim, mas Amber, porra, ela está...

 

— Eu sei, ela está carregando a sua filha, eu entendo toda essa sua proteção, mas eu não vou, sei lá, colocar ela em uma prisão, por mais que devesse. Amber me machucou, Zayn. Eu poderia não estar aqui agora mesmo para te contar isso. Ela tentou me matar! 

 

— Você não tem certeza disso! — Ele vociferou, se levantando e dando algumas voltas pelo quarto, mexendo em seus cabelos negros. — Você pode estar assustada depois de tudo que ela disse para você e associar isso com o acidente, eu entendo, mas não pode culpá-la sem provas!

 

— Não foi um acidente, Zayn. — Sussurrei e engoli em seco olhando para as minhas mãos. — Se você quer provas, eu posso dar um jeito de encontrá-las, mas pensei que confiaria em mim. 

 

— Eu confio, Lucille. Porra, eu... 

 

— Você realmente me ama, Zayn? — A pergunta me escapou. Olhei para ele e vi que ele estava ofegante, confuso pela pergunta repentina. 

 

— É óbvio que sim! — Exclamou. 

 

— E você me quer de volta? 

 

— É claro que quero, Lucille, mais que qualquer coisa! 

 

Então você precisa aprender a confiar em mim primeiro. — Um nó enorme se instalou em minha garganta no momento em que eu fiquei de pé, saindo daquele quarto a passos rápidos. 

 

E quando eu achei que tudo estava finalmente tomando o rumo certo, eu e Zayn voltamos a discutir. 

 

Eu só queria que as coisas pudessem ser como eram antes.

 

*Zayn*

 

Fiquei alguns minutos (ou talvez até uma hora) encarando aqueles dígitos no bloco de notas do meu celular, que indicavam uma placa de carro. 

 

Por Deus, não pode ser. 

 

Eu sempre soube que Amber é capaz de fazer qualquer coisa para ter o que quer, mas tentar matar alguém? Matar Lucille? Isso ia muito mais além do que eu imaginava. 

 

Lucille poderia ter ficado muito mais machucada, meu Deus, ela poderia nem estar aqui. Poderia ter perdido o bebê. 

 

Eu me recusava a acreditar que Amber faria algo do tipo, mas Lucille nunca faria algo do tipo para criminalizar Amber de alguma coisa que ela não fez. Lucille é uma das pessoas mais verdadeiras que eu conheço, e sei que ela só está me contando isso porque está muito assustada, já que sempre prefere manter tudo para ela mesma, por mais que isso a machuque. 

 

E se for verdade? E se Lucille não estiver enganada? E se Amber realmente tentou machucar ela? 

 

Minha cabeça começou a doer e precisei apertar as minhas têmporas para tentar afastar a dor, o que foi falho. Bloqueei o celular e quando ergui a cabeça, meus olhos enroscaram na foto do ultrassom que Lucille havia me dado, encima do meu criado-mudo e apoiada no meu abajur. Um serzinho tão pequeno, tão dependente, tão frágil...

 

Lucille não podia se machucar dessa maneira de novo. Ela estava gerando uma vida — por Deus, a vida mais preciosa do mundo — e eu não podia deixar que as duas pessoas que eu mais amo no mundo se machuquem dessa forma nunca mais. Era meu dever protegê-los. 

 

E eu falhei com isso ao defender Amber. 

 

Eu sou mesmo um merda. 

 

Me levantei em um pulo, saindo do meu quarto e chegando na sala, onde Lucille estava sentada ao lado da minha avó, que estava tão animada com a ideia de ter um bisneto que já havia começado os trabalhos com os sapatinhos azuis de crochê, e para a minha surpresa, ela estava ensinando a loira ao seu lado a como fazê-los. Ela parecia um pouco confusa sobre o que fazer com as agulhas e o fio, mas só pela sua reação perdida, valeu totalmente a pena. Eu me permiti sorrir de leve ao lembrar o quanto eu amo essa garota e amava o fato de a minha família se dar tão bem com ela, antes de lembrar que tinha muito trabalho a fazer. Quando saí do apartamento, pude ver Lucille erguer os olhos azuis para mim por um breve período de tempo antes que eu fechasse a porta, mas logo voltou a sua atenção para os sapatinhos azuis, séria. 

 

“Foi você que fez isso com ela, bundão” — A minha mente fez o favor de me lembrar dessa minha proeza.

 

Peguei o elevador e quando as portas metálicas se abriram, no térreo, corri até o balcão onde Mark fica, geralmente lendo uma revista. Ele ergueu o olhar para mim e sorriu. 

 

— Como posso te ajudar, garoto? — O mais velho se levantou, ficando na minha frente. 

 

— E aí, Mark? Será que eu poderia ter acesso às imagens de um mês atrás das câmeras ali da frente do prédio? Eu realmente preciso ter certeza de algo, amigo. — Ele fez uma careta e olhou para os lados, mas logo ele se agachou e eu ouvi o barulho de algumas chaves. 

 

— Só estou fazendo isso porque é para você, então não conte a ninguém, Malik. Eu posso perder o meu emprego. 

 

— Obrigada, Mark! — Eu o abracei pelos ombros assim que ele ficou ao meu lado, me guiando até uma porta ainda na portaria que eu jamais havia entrado. Esperei ele abrir a mesma, e então pude ver o visor de vários computadores, teclados e uma única cadeira na frente dos mesmos. 

 

Ele se sentou na cadeira e me perguntou o dia exato do acidente, assim como o horário. E então, eu tive acesso às imagens horríveis daquela tarde chuvosa, onde Lucille saía correndo no meio da chuva, descalça, enquanto tentava limpar as lágrimas de forma falha.  

 

E de fato, ela teve tempo de olhar para o carro e ver a placa, apesar do acidente ser rápido demais para que ela pudesse agir ou correr. 

 

O problema era que nenhuma câmera tinha um ângulo bom e que pegasse a placa do carro preto que a atingiu, o que me deixou frustrado enquanto Mark me mostrava todos os ângulos possíveis das sete câmeras. 

 

E agradeci aos céus quando chegamos na sexta câmera, onde o ângulo era de frente para o carro. Pedi para Mark que ele desse zoom na placa do carro e então peguei o bloco de notas do celular. 

 

E eram exatamente os mesmos dígitos que Lucille me disse na placa.  

 

747-GMC. 

 

Aquilo não parava de se repetir na minha cabeça, de novo e de novo. 

 

Meu Deus.

 

Amber é uma mulher muito perigosa. 

 

Lucille não pode ficar perto dela de jeito nenhum. 

 

Só Deus sabe o que poderia acontecer. 

 

Agradeci Mark, que me disse que eu deveria denunciar quem é que tivesse feito isso com a “moça loira e simpática”, de acordo com ele. Não era de se espantar que até mesmo o meu porteiro já gostava de Lucille, já que por onde ela passava, ela arrancava sorrisos de todos. 

 

[...]

 

Eu tentei falar com Lucille durante toda a tarde e o começo da noite, mas quando eu entrava em um cômodo, ela saía discretamente, sem chamar a atenção da minha família, e isso era frustrante pra cacete. Tentei várias vezes a chamar, mas ela sempre dizia que estava ocupada ajudando as minhas irmãs com o jantar, sempre dizendo um apelido carinhoso de forma irônica na frente delas, que nem desconfiavam. 

 

Essa garota ainda vai acabar comigo. 

 

Pelo menos consegui me sentar ao lado dela na mesa, quando estávamos prestes a desfrutar da pizza caseira de Lucille, que havia infestado a casa toda com um cheiro maravilhoso no ar. Enquanto todos envolta da mesa conversavam de maneira animada, eu tentava desesperadamente chamar a atenção de Lucille, que parecia estar muito mais interessada no que Safaa dizia sobre ser a representante de turma da sua sala. 

 

Eu estava prestes a gritar o meu pedido de desculpas para ela quando a campainha tocou e eu me levantei, impaciente e quase bufando de raiva. 

 

Por que ela precisava ser tão teimosa?!

 

Abri a porta com força, mas esqueci tudo o que pensava sobre Lucille e congelei no momento em que vi Amber escorava no batente da porta, com uma das mãos na cintura, fazendo pose. Ela arqueou uma das sobrancelhas ao ouvir todo o falatório atrás de mim.

 

— Por que não avisou que tínhamos visitas, Zayn? 

 

— É porque você não tem. Eu tenho. 

 

— Uh, essa doeu. — Ela fez uma careta, pousando a mão sobre a barriga e dando um jeito de enxergar por cima do meu ombro o que estava acontecendo. — Acho que quero dar um oizinho para a sua família querida. 

 

— Amber... — Segurei o braço dela, tentando a impedir, mas ela já havia entrado de qualquer maneira. 

 

— Oh, mas que ótima surpresa! — A morena exclamou com a sua voz estridente, fazendo todos se calarem. Quando olhei para trás, Lucille estava ereta na cadeira, com os olhos azuis arregalados na direção de Amber. Ela olhou para mim rapidamente, trocando olhares entre eu e ela, e então a sua respiração começou a ficar ofegante. 

 

Ela está com medo. 

 

Porra.

 

Isso acabou comigo. 

 

Pedi desculpas para ela com apenas um olhar, mas ela parece não ter prestado atenção por estar tão assustada. 

 

— Gostaria de saber porque não fui convidada para essa reuniãozinha de família. Fiquei chateada. — Ela fez um biquinho, mas logo explodiu em gargalhadas. 

 

— Bom, talvez seja porque você não é da família. — Minha avó resmungou, voltando a comer a pizza em seu prato normalmente, dando de ombros. Doniya precisou cutucar o braço dela, arregalando os olhos para a avó. — O que foi? 

 

Oh, acredito que não sou a única. — Amber se referiu a Lucille, e foi aí que eu comecei a entrar em estado de alerta. Meus nervos estavam tão aflorados que eu juro que não controlaria a minha boca se ela ofendesse a loira depois de tudo que eu havia descoberto que havia feito para ela. 

 

— Bem, Lucy e Zayn estão juntos, acredito que isso basta para que ela já seja considerada parte da família. — Minha mãe defendeu Lucille rapidamente, me causando uma ponta de orgulho em meu peito. Levei a minha mão ao meu rosto para esconder o sorriso que se apoderou do meu rosto. 

 

— Oh, é claro. Estão juntos. — Amber pareceu constatar aquilo para ela mesma, mas percebi o seu tom brusco. Mas é claro que ela se recuperou e logo colocou um sorriso falso no rosto. — Fiquei sabendo sobre as boas novas, Lucy! Parabéns pela gravidez! É o que? Um menino ou uma menina? 

 

Lucille não conseguiu responder e abaixou a cabeça, o que me fez suspirar e ajeitar a minha postura, passando o peso do corpo de uma perna para a outra.

 

Eu já estava irritado pra cacete. 

 

— É um menino. — Eu respondi, prestando atenção em suas reações. 

 

— Oh, um garotinho?! Que coisa mais fofa, não é mesmo?! A minha menininha tem um meio-irmão! — Exclamou, fingindo animação. 

 

Por Deus, o nível de ironia e sarcasmo naquele ambiente já estava começando a me sufocar. 

 

Eu não faço ideia de como um dia pensei que gostava de Amber. Parece a coisa mais absurda e impossível de se acontecer agora. Talvez as pessoas realmente adquiram um pouco de noção com o passar do tempo. 

 

Sem dizer uma palavra sequer, Amber se sentou na única cadeira vaga com exceção da minha, deixando a alça da sua bolsa pendurada na mesma enquanto se servia da pizza normalmente. Quando eu percebi que seria pior tentar tirar ela dali a força, eu bufei e me sentei ao lado de Lucille novamente, que parecia rígida como uma pedra em sua cadeira. Me aproximei dela e segurei a sua mão gelada que estava sobre a mesa, entrelaçando os nossos dedos, sabendo que de alguma forma ela ficaria mais relaxada. E foi o que aconteceu. Seus ombros deixaram toda aquela tensão de lado e ela virou a cabeça de leve em minha direção conforme as conversas voltaram à tona, sussurrando um agradecimento. Eu apenas sorri de leve e deixei um beijo em sua mão, voltando a comer sem larga-la. 

 

— Ah, já estava quase me esquecendo! — Amber interrompeu a conversa novamente, olhando diretamente para Lucille. — Sua apresentação no teatro Freedom vai ser quando? Amanhã? 

 

— Depois de amanhã. — Ela respondeu no automático, prendendo a respiração. 

 

— Eu gostaria muito de ir! 

 

— Creio que os ingressos são limitados, querida. — Vovó resmungou novamente, o que fez Amber fazer uma careta. 

 

— Lucy, querida, sei que você pode arranjar um para mim, não é? Afinal, você é a bailarina principal. 

 

— E.eu... — Lucille gaguejou, fazendo Amber sorrir. 

 

Fiquei ainda mais irritado quando percebi o que Amber estava fazendo. Ela sabe o quanto Lucille está afetada pela presença dela e está se aproveitando disso! 

 

— Amber... — Eu avisei, ainda com a voz baixa. 

 

— É óbvio que pode fazer isso! Se consegue dançar durante uma apresentação inteira estando grávida, creio que isso seria fichinha para você! 

 

— Amber... — A chamei pela segunda vez, fechando a minha mão disponível em punho sobre a mesa. 

 

Deve ser tão fácil quanto foi para você engravidar do Zayn, não é mesmo?! — Ela riu, fazendo várias cabeças se virarem em sua direção, mas eu fui mais rápido que isso. 

 

— Amber! — Não gritei com ela, mas a minha voz esbanjava alerta em um tom grave que fez todos se calarem, inclusive ela. — Se você só veio aqui para causar discórdia, eu peço que saia! 

 

— Como é?! — Ela parecia indignada. 

 

— Você está faltando com respeito para com todos aqui, principalmente com a minha namorada, e eu não posso aceitar isso. Seria melhor se você apenas saísse. 

 

A morena parecia perplexa ao ouvir aquilo de mim, com os lábios manchados pelo batom vermelho entreabertos, e permaneceu assim por alguns bons segundos, o que já estava acabando com todo o meu pequeno estoque de paciência. 

 

— Será que ela é surda? — Vovó tentou cochichar com Waliyha, mas creio que ela queria que Amber ouvisse. 

 

Ela olhou para a minha vó e fechou a boca, fazendo uma careta, irritada. Então voltou a olhar para mim, com os olhos em chamas e os lábios formados em uma linha. 

 

É melhor assim. Pelo menos ela não está direcionando toda a sua raiva para Lucille. 

 

— Ótimo! — Ela exclamou, brava, se levantando da mesa e pegando a sua bolsa de volta. Mas antes que saísse dali, ela deu meia volta em seus saltos altos e olhou para Lucille, apontando o dedo para ela. — Isso vai ter volta! 

 

— Ah, não vai, não. — Meu pai resmungou, cruzando os braços sobre a mesa. 

 

Amber soltou um último rugido raivoso e saiu em passos pesados do apartamento, batendo a porta com força e causando o alívio instantâneo à todos assim que ela saiu. Bem, menos em uma pessoa. 

 

Lucille pareceu acordar de um transe e levantou da mesa com pressa, arrastando a cadeira, fazendo um estrondo pelo atrito, e então correu para o corredor com uma das mãos sobre a boca. 

 

— Será que ela está bem? — Waliyha foi a primeira a perguntar, preocupada, prestes a se levantar da cadeira.

 

— Pobrezinha, é estresse demais para uma jovem grávida. — Minha avó disse. 

 

— Eu vou ver como ela está. — Minha mãe se levantou da mesa, limpando a boca com um guardanapo rapidamente. 

 

— Eu posso fazer isso, mãe. 

 

— Acredito que ela precise de uma ajuda feminina agora, filho. — Ela sorriu, tocando a minha bochecha de forma carinhosa. — Você já fez muito por ela, pode deixar que daqui para frente é comigo. — Eu suspirei e assenti com pesar. Minha mãe deixou um beijo em minha bochecha e então foi até o banheiro onde Lucille, acredito eu, estava passando mal. 

 

Meu Deus, isso não pode continuar acontecendo com ela. Lucille não pode se estressar dessa forma, isso é prejudicial tanto para ela quanto para o bebê. 

 

E tudo que se passa pela minha cabeça agora era que Amber é uma real ameaça. Ela parecia tão brava, tão irritada... 

 

E então eu soube que era apenas uma questão de tempo para que ela tentasse fazer outro mal para Lucille, e daqui para frente, eu não poderia sair do lado dela nem por um segundo sequer. 

 

Eu preciso cuidar dela.


Notas Finais


Aaaa tem muita muita muita coisa vindo por aí, vocês nem fazem ideia hahaha

Espero que estejam gostando da história, amores, e lembrem sempre de comentar! É muito importante para mim :)

Beijinhosss ❤️


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