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História Playing With Fire - KyuMin - Promessa


Escrita por: criateeva

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 27 - Promessa


Fanfic / Fanfiction Playing With Fire - KyuMin - Promessa

Os olhos de KyuHyun se abriram lentamente. O quarto escuro o deu as boas vindas. Ele sentia um gosto amargo em sua boca, e seus lábios secos. Tinha um leve tremor em sua pálpebra, mas que se acalmou enquanto ele olhava para o teto e sentia o vento do ventilador lhe mandando uma brisa gostosa que refrescava seu rosto e fazia os cabelos caírem em seus olhos. 

Ele sorriu, feliz, virando-se para o lado a procura de SungMin. 

A cama estava vazia com exceção dele mesmo. Tocou com seus longos dedos no travesseiro de seu amado e se perguntou que horas eram. A janela estava fechada mas nenhum raio de sol escapava pela pequena fresta. 

_SungMin? - chamou ele com sua voz cansada. 

Se levantou da cama, andando até o interruptor e acendendo a luz. Forçou os olhos para se acostumar com a claridade mas preferia mil vezes continuar na escuridão. 

Seu quarto estava sem vida. As paredes brancas, um branco que gritava.  Nenhum quadro em cima da cômoda, suas roupas estavam jogadas num canto, sujas e de cores neutras. Apenas seu lado da cama estava desarrumado. 

Era como se SungMin nunca tivesse pensado na decoração do quarto... como se ele nunca tivesse ficado um final de semana todo ajudando seu amado a pintar as paredes de azul claro e a colar o papel de parede florido a baixo do roda-meio. 

KyuHyun saiu do quarto um pouco abalado. Pensou no que poderia ter acontecido para que seu quarto estivesse daquele jeito. Andou por um corredor que indescritivelmente achou maior do que o conhecido. Atravessou uma sala onde não tinha nenhuma foto sua e de SungMin... nem mesmo aquela foto que ele dizia ridícula quando tirou no natal... De repente ele se encontrava em uma cozinha vazia e fria. 

Aquele branco e aquele frio o estava deixando a beira da loucura. Onde estava SungMin? Por que ele não respondia? 

_Kyu! KyuHyun acorde! 

A voz de seu amado veio como um sino de igreja. Alto o suficiente para tirar ele de seu inferno particular. 

KyuHyun abriu os olhos mais uma vez naquele dia. Os olhos de SungMin encontraram os seus e o mais novo não aguentou mais nenhum segundo sem tocar sua pele. SungMin foi pego de surpresa quando os braços trêmulos de KyuHyun o apertaram e os soluços roucos ecoaram entre as paredes do quarto. 

_Onde... Onde você estava? - perguntou o Cho, chorando copiosamente enquanto tentava a todo custo apertar SungMin contra si. 

Ele queria nunca mais se sentir sozinho... se sentir longe de seu amado. Deixou que seu rosto ficasse enterrado entre os cabelos de SungMin, seu nariz inspirando o cheiro que emanava de seu pescoço macio... era o cheiro que o deixava calmo. A única essência e toque que o tranquilizava. KyuHyun nunca esteve tão dependente de SungMin. 

_Eu estive aqui o tempo todo, Kyu... - respondeu SungMin. 

O mais velho se deixou ser abraçado, e sentou-se na cama ao lado de KyuHyun para que ficasse em melhor posição. SungMin não sabia como estava mantendo o controle, nunca vira o mais novo desse jeito. Era desesperador olhar nos olhos amendoados de KyuHyun e não encontrar aquele brilho caloroso e brincalhão. SungMin sentia como se o amor deles estivesse a prova. 

Demorou alguns minutos até que KyuHyun se acalmasse e sua repentina crise se dissipasse. O sonho que teve era de longe seu maior medo na vida. Sua vida sem SungMin seria branca, fria e vazia...  

Os dedos do mais velho brincavam em suas costas enquanto sua respiração voltava ao normal e sua lágrimas secavam. Ele piscou os olhos umas duas vezes, notando que estava em seu quarto e que aquele sim era o real. Sua mãe esteve ali o tempo todo... encostada na porta e com um tipo de sorriso triste no rosto. 

_O que aconteceu? - perguntou KyuHyun, ainda um pouco confuso. 

Se fossem em outros tempos sentiria uma eterna vergonha de ter perdido o controle na frente de sua mãe. Mas agora ele pensava... porque teria vergonha de demonstrar que somente SungMin o acalmava? Isso não fazia sentido uma vez que seu amado era seu porto seguro, e que ele fazia questão que todos soubessem disso. 

_Convulsão? - sussurrou ele mesmo, lembrando-se lentamente do ocorrido. 

Sua mãe sentou-se ao lado de SungMin e lhe fez um carinho na perna. 

_SungMin me chamou imediatamente... porque não esta tomando seus remédios, meu filho? - murmurou a senhora Cho. 

Ela havia visto o desespero nos olhos negros de seu genro quando chegou. O corpo já calmo de KyuHyun estava no chão da sala, sua boca entreaberta com saliva expelida. SungMin se ajoelhou ao lado dele e pediu ajuda para levá-lo ao quarto. "Dois anos" disse SungMin, baixinho, enquanto cobria o mais jovem. "Dois anos que isso não acontecia."  

A conversa que tiveram foi breve. Enquanto SungMin limpava a boca de KyuHyun com uma toalha úmida. Sussurrou o que lhe atormentava, e o que achava ser o causador de toda essa nuvem negra que pairava sobre ele e o mais novo. Embora não tivesse visto o rosto do homem que dava carona a KyuHyun, ele sentia em seu coração que ele estava abrindo um brecha em seu namoro.  

A mãe de KyuHyun ouviu atentamente o que SungMin dizia, se preocupando tanto com os dois que tivera um principio de choro. Ambos eram seus filhos. SungMin era assim pra ela mesmo antes de ele conhecer seu filho caçula. O aperto em seu peito em ver o desespero do Lee era devastador.  

"KyuHyun te ama, querido" disse ela. O Lee acariciou o rosto adormecido de seu amado. "Eu sei" respondeu baixo. Momentos depois KyuHyun começava a chamar por seu nome, e mesmo dormindo lágrimas banhavam seu rosto. 

_Eu... - o Cho não soube responder. 

Afinal nem ele mesmo sabia. Havia esquecido completamente do que fazia todos os dias... seus remédios estavam em uma memória esquecida. 

_Não torne a fazer isso... você prometeu... - disse SungMin, trazendo de volta uma lembrança de anos atrás. 

KyuHyun passou a língua nos lábios secos, olhando para seu amado com adoração. Levantou sua mão e tocou o rosto cansando do Lee. 

_Eu tenho a sua atenção - sussurrou KyuHyun, sorrindo um pouco – Eu tenho você. 

SungMin, mesmo que ainda bravo por pensar que KyuHyun não tomou seus remédios por que assim ele quis – como da primeira vez – sorriu pequeno e envergonhado. Cho HaNa assistia com carinho a pequena conversa entre eles.  

_Eu... irei fazer um café. - disse ela, se levantando e dando uma palmadinha no ombro de SungMin. 

_Não se incomode, noona. - sussurrou o Lee, a olhando com olhos gentis. 

_Não é incomodo algum, querido. 

E então ela abaixou-se para beijar a testa de KyuHyun. Dizendo um "volto logo" se retirou do quarto deixando a porta encostada. HaNa sabia que eles deveriam conversar, não queria atrapalhar. 

_KyuHyun... nunca pensei que faria isso de novo... é muito perigoso... e se você estivesse na rua?  

_Do que está falando? - perguntou o Maknae, se mexendo por baixo do edredom e sentando-se no colchão. 

Ele encostou suas costas na cabeceira da cama e abriu os braços para receber seu amado. SungMin sorriu, deu um pulinho na cama e abraçou seu namorado. 

_De você não tomar seus remédios... Deus, Kyu... eu fiquei desesperado... 

O Cho suspirou, fazendo carinho em sua mão. 

_Eu não fiz porque quis, amor... eu apenas esqueci. 

_Não se esquece de algo que você faz desde sua infância. - retrucou o Lee. 

KyuHyun não sorriu como o Lee esperava. Em vez disso ele travou a mandíbula e fitou a parede do quarto, pensativo. 

_Preciso te contar uma coisa. - disse ele de repente.  

SungMin engoliu em seco, já fantasiando o jeito que KyuHyun diria que o esta traindo. Sem que ele pudesse conter uma lágrima escapou de seu olho, e ele fez de tudo para que o outro não visse. Em vão. 

_Por que está chorando? - perguntou o mais novo, sentindo seu coração bater descompassado. 

_Eu... eu sei... - disse o Lee, fechando os olhos e abraçando mais forte – Eu vi... 

KyuHyun estava sem reação, olhando para seu amado.  

O que ele viu? O que ele sabia? O quanto ele sabia? 

_SungMin... 

Para KyuHyun era horrível pensar naquele momento. Seu namorado achava que ele o traía... mas mesmo assim, aqui estava ele... em seus braços e o segurando como se não quisesse que ele escapasse. Deus... SungMin o amava com tanta força que ele se sentiu um nada perto de tudo o que ele o fez passar.  

_O que? ...O que você viu, meu amor? 

O mais velho estava desfazendo-se em lágrimas espessas. 

_Ele está tirando você de mim? - perguntou apenas, fitando a imensidão amarronzada dos olhos de seu amado. 

KyuHyun sorriu tristemente. Como SungMin podia acreditar tão facilmente que ele o traía? 

_Ninguém, nunca, irá me tirar de você. - murmurou, passando seu dedão pelo rosto molhado dele – Seja lá o que você tenha visto. Não era nada. Nada comparado ao que eu tenho aqui.  

E então o Cho selou seus lábios por dois segundos. O gosto salgado das lágrimas deixava tudo mais melancólico.  

_Quero que saiba apenas que... ele tentou. - disse KyuHyun – Ele tentou, sim... ainda tenta.  

Uma onda de choro fez SungMin esconder seu rosto no peito de KyuHyun. 

_Mas eu juro, amor, eu juro que nada aconteceu. Eu nunca tive interesse algum em outra pessoa... você é o único.  

KyuHyun segurou o rosto de seu amado pelo queixo, o trazendo para olhar em seus olhos.  

_Por favor... acredite em mim.  

_Quem é ele? 

KyuHyun sabia que não podia contar quem era. SungMin ficaria muito confuso, e talvez ficasse mais em desequilíbrio... além do mais tinha AhRa...  

_Precisa mesmo saber quem ele é? - perguntou baixo – pra mim ele não é ninguém. 

SungMin ainda não estava convencido totalmente. Kyu viu isso em seus olhos. 

_Você é o amor da minha vida, Lee SungMin. Não quero que se torture assim. Eu te amo. Te amo mais do que a mim mesmo... e eu sei que sou um canalha. Me desculpe por tudo o que já te fiz... Deus, eu já fiz você chorar tantas vezes...  

E mais uma vez ele chorava por culpa de KyuHyun. 

_Me perdoe, amor. Por tudo.  

SungMin foi beijado mais uma vez, e duas e três. Quando separaram seus lábios pela quarta vez o mais velho já estava mais calmo. KyuHyun lhe fez um carinho em seu pescoço e sorriu de leve. 

_Você é o que eu tenho de mais precioso na vida, você sabe disso não é?  

O mais velho balançou a cabeça positivamente.  

_Me prometa uma coisa, SungMin-ah... - começou o Cho - Quando eu te ferir de novo... me prometa que me deixará. Por você, amor.  

_Eu nunca faria... 

_Shh. - ele colocou um dedo sobre os lábios carnudos de SungMin - Eu sou impulsivo. Egoísta. Egocêntrico. Eu tenho esse conjunto negativo de adjetivos, amor. E você é completamente o contrário disso tudo. Por favor... se eu te machucar de novo, me deixe.  

Por mais que o que estivesse dizendo parecesse loucura, KyuHyun não podia saber o que o futuro os reservava. Ele estava assim agora, mas não sabia as idiotices que cometeria amanhã. Ele tinha certeza que voltaria a trair a confiança de seu amado. Não que ele fosse o trair com outra pessoa, isso jamais lhe ocorreu e sabia que só precisava de SungMin para o resto da vida... mas mesmo assim precisou fazer isso... Seu amado não merecia isso.  

_KyuHyun... por que está pedindo isso? - perguntou o Lee, sua voz abafada. 

_Para que você não sofra. 

_Sofrerei se te deixar. 

O Cho sorriu e lhe deu mais um beijo. 

_Eu te amo.  

Naquele momento KyuHyun prometeu a si mesmo que pelo bem de seu amado, ele mesmo iria embora. Sim. Era o certo a fazer. Já que seria muito doloroso para SungMin... se ele fizesse algo que o machucasse, ele iria embora. 

Ele faria SungMin feliz o deixando. Mesmo que isso significasse o fim de sua própria felicidade. 



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