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História PlayList - Cap.10 - Nasci pra te amar


Escrita por: enLUArada_Sissi

Notas do Autor


Oie... Para compensar o erro, já corrigido do Cap. 08 e dois dias sem postar, vai mais um!

Capítulo 10 - Cap.10 - Nasci pra te amar


POV Henrique

 

Pelo menos parte do meu lado ciumento estava direcionado à Pedro e Cristina. Eu consegui ser sincero quando iniciei a conversa com Anderson que tinha se juntado a nós.

- E aí cara? - o cumprimentei enquanto puxava Bel para meu colo, fazendo-a quase derrubar o suco que tinha em mãos. Bom, eu disse parte do meu lado ciumento, certo?

- Estou ótimo. Sua família é excepcional - eu o vi admitindo e lembrei do conceito de inteligência emocional que Cris tentava me ensinar. Ri.

- Eu irei levá-la com você e Cris ao entardecer. Pois devo voltar direto a Taubaté amanhã – Ju informou Anderson.

- Bom eu agradeço, mas se for só por mim posso ir de ônibus - ele foi direto.
 

- Levarei Cris de qualquer jeito. Antes que ele e ela tenham uma briga – apontando para mim, nesse momento Bel me olhou sorrindo compreensiva e me beijou.

Saber que ela passaria o mês comigo me trouxe uma alegria indescritível, que eu sabia estar transbordando no meu olhar. Ficamos perdidos um no outro por vários minutos.

Juliano travou uma conversa com Anderson sobre helicópteros, vôos, mecanismos de controle e software, que no momento pouco nos interessava. Percebi que Bel terminara de se alimentar.

- Amor, enquanto eles combinam a volta, vamos passear pela fazenda? Precisamos conversar - anunciei em tom sério. 

 

POV Isabelle 

Eu estava pronta para dizer sim e fugir dali com Henrique. Queria ficar a sós com ele. Compartilhar todas as emoções do dia anterior. Ainda tinha o corpo dolorido pela intensa madrugada, porém queria mais, queria sempre noites como aquela. E tudo o que viesse dele me interessava.

No entanto... sabia que o assunto não seria esse. Henrique dividiria comigo seus medos e segredos. Eu me sentia pronta para recebê-lo.

Ao me levantar para fazer o passeio com ele Ander me interpelou.

- Bel, também, precisamos conversar sobre a forma como entregaremos a primeira parte do trabalho de graduação. Já que você não estará presente este mês - seu tom tinha pitadas de acusação, não gostei.

- Se ela precisar estar lá em algum momento Anderson, eu a levarei. Pode despreocupar-se – meu namorado, aparentemente, não tinha gostado também e demonstrou estar indignado com a intromissão.

- Anderson, faça como combinamos ontem. E como disse meu Amorzinho -  dei a mão à Rique - se necessário estarei presente.

Fui firme e puxei pela mão um Henrique orgulhoso, quase inflado, com minha escolha

- Ok... - ouvi como resposta quase em um sussurro. - Bom passeio.

 

Chegamos em uma clareira com vista para o lago. Henrique estava solene. Sentamos frente à frente, me coloquei a sua escuta. Eu queria ouvi-lo. Minhas mãos se uniram as dele, senti sua tensão pelo suor excessivo e os leves, mas constantes, tremores. 

Fiz uma tentativa falha de acalmá-lo.

- Eu te amo para sempre, pode me contar qualquer coisa que queira - me preparando para ouvir sobre Carmem e o misterioso acidente.

Sem preâmbulos ele disparou em um só fôlego.

 - Sou estéril!

Eu soltei suas mãos o abraçando assim que vi a dor em seus olhos sem brilho pela revelação. Rique desabou os soluços chacoalhavam a nós dois. Precisei me afastar um pouco, após alguns minutos, para que ele percebesse que precisava se acalmar, respirar.

 

 

POV Henrique

Não foi como planejado. Eu havia ensaiado essa conversa centenas de vezes no último mês. Mas senti que ou era nesse impulso ou teria perdido a pouca coragem para contar a ela.

- Isabelle, - peguei com as duas mãos nas laterais de seu rosto, um pouco mais calmo, - não é uma deficiência de nascença, foi devido um acidente.

- Se não quiser me contar, tudo bem, não te quero sofrendo - sua voz era mais doce que o normal, como se isso fosse possível.

- Eu preciso - a senti secando algumas lágrimas minhas. Respirei muito profundamente fechando e abrindo os olhos, comecei.

 - Eu e a Carmem tínhamos tido mais uma das nossas incontáveis brigas. Ela me acusava de preferir ser veterinário e não fazer o esforço necessário para sermos, eu e Ju, cantores famosos. Clara tinha um pouco mais de três anos na época, entrou no quarto em que brigávamos, ouvindo Carmem amaldiçoar os cavalos que eu a tinha ensinado amar, ela começou a chorar. Peguei Clara no colo e Carmem saiu correndo pela fazenda, ainda, me acusando de ouvir a todos e nunca a ouvir. Fiquei por ali esperando-a voltar. Afinal tinha sido mais uma das incontáveis brigas. Mas eu andava cansado desta rotina tensa.

Pausei a narrativa olhando para Bel atenta a mim. Eu iria continuar, precisava tirar tudo de dentro de mim, dividir com ela era quase uma benção. Peguei sua mão e beijei a aliança.

- Passaram-se horas, ela não voltava, anoitecia e ameaçava uma forte tempestade. Resolvi montar em um cavalo Árabe, muito veloz, mais extremamente arisco, fui em seu encontro. Infelizmente, uns dez minutos após montar, a vi aos beijos com meu primo Marcos, irmão de Aninha. Quando vi apenas gritei seu nome e descarreguei minha fúria e decepção no cavalo, batendo-lhe com raiva, com as esporas. E tudo aconteceu como em um filme.

 

POV Isabelle 

Henrique estava em transe, olhando para um ponto fixo no lago e narrando como se assistisse um filme. O filme de suas memórias.

- Eu esporei o cavalo, que revoltado com minha raiva idiota sobre ele, empinou. Eu tenho toda a prática e força para dominar um cavalo nesse estado. Mas não ali, não naquela situação. Ouvi Carmem me chamar aos berros, queria fugir dali, mas, soube que não dominaria o cavalo, optei por soltar-me dos estribos e saltar pela lateral. Iria acalmá-lo e voltaria a montar - ele continuava narrando na mesma posição - deu errado. O cavalo ricocheteou e acertou Carmem, tentei me levantar, quando ele passou sobre mim, me pisoteou, gritei pela dor insuportável e perdi os sentidos. Soube que Marcos dominou o cavalo e foi chamar socorro - lágrimas voltaram a descer pelo seu rosto, o abracei novamente.

- Eu posso concluir o restante. Deixe para continuar outro dia - insisto.

- Não, - ele foi firme - estou ensaiando isso há um mês, não quero que conclua quero que saiba pela minha boca me olhou - assenti com um gesto de cabeça - acordei dois dias depois no hospital, Carmem estava ao meu lado, tinha um braço quebrado. Eu a olhei e perguntei por minha família. Não a queria ali. Mas logo Juliano entrou no quarto com o rosto inchado de chorar. Ele suavemente me contou que eu tinha passado por uma cirurgia onde um dos meus testículos havia sido quase reconstruído, mas os canais deferentes, que são o caminho dos espermatozoides, estavam destruídos, como se eu houvesse sofrido uma vasectomia. Meus pais e Ju autorizaram a retirada de espermatozoides cirurgicamente que foram congelados. Para eu ser pai precisarei que concorde com 
a realização de uma fertilização in vitro, utilizando esse material congelado. Há vários riscos de insucesso.


Notas Finais


Vocês estão mesmo acompanhando?
Opiniões, comentários, sugestões, críicas são todas bem vindas.

Até breve...


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