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História Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - Pregnant?


Escrita por: 96l1n3

Notas do Autor


~.~
Apenas enjoy.
Edit1: Correções por @xxAlitzel, obrigada por rever os errinhos ♡.♡

Capítulo 10 - Pregnant?


Fanfic / Fanfiction Please, Don't Leave Me (KaiSoo) - Pregnant?

As paredes de cor branca carregavam sobre si pequenos detalhes: alguns quadros desenhados pelos próprios donos, porta-retratos e algumas prateleiras. Arranjos de flores naturais podiam ser encontrado em jarros ornamentais em diversos móveis, havia as mais variadas espécies, mas todas na coloração branca ou bege para combinar com o restante da decoração neutra do ambiente. Tudo isso contribuiu para tornar o ambiente completamente tranquilizante, lembrava bastante salas de clínicas ou um quarto de hospital particular, se não fosse pelo restante dos móveis.

- Você já tomou seu remédio? - Sussurrou enquanto acariciava delocadamente o rosto da garota que se encontrava de olhos fechados.

- E você já tomou o seu? - Nem sequer abriu os olhos ainda desfrutando da sensação deliciosa dos dedos dele.

- Ainda não, na verdade eu nem preciso mais.

- Sendo assim eu também não preciso. - O encarou com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Krystal… - Repreendeu-a. - O meu caso é diferente.

- Nada disso você precisa tanto quanto eu. - Encostou a cabeça no ombro do garoto encaixando seus corpos e aproveitou do calor que vinha dele para suprir o frio que percorria no seu.

- Eu já estou bem…

- Mas ainda me preocupo, Kai.

- O que é completamente desnecessário deveria se preocupar menos e descansar mais, isso sim.

Ela rolou os olhos sem que o garoto percebesse levantou o tronco e se pois sentando na cama para que fosse possível encarar seu rosto.

- Entre você e o Kyung…

- Não há nada entre nós. - A interrompeu antes que pudesse insinuar algo.

- Vocês ficaram tão estranhos ontem…

- Me perdoe se não sou bom em encenar…

- Não é bom em encenar? Querido, você poderia facilmente ganhar um oscar de melhor ator por ter me enganado durante todo esse tempo!

- Krys! - Seu olhar suplicava para que parasse, não queria começar uma nova discussão. Não naquele momento.

- Está tudo bem, não voltarei neste assunto. Só quero saber se está tudo bem entre vocês, de verdade. - Tocou o braço dele com alguns daqueles olhares de conforto.

- Não vou negar ainda é estranho estar cara a cara com ele. Ainda dói. - Suspirou fixando seus olhos ao teto.

- Kim JongIn, você já o perdoou?

- Como perdoar alguém que nunca lhe pediu por isso?

- Você não pode conviver com uma pessoa sendo falsa, fingindo que está tudo bem quando realmente não está.

- Deixa eu ver se estou entendendo.  - Corrigiu sua postura se pondo sentado na cama. - Agora você quer que eu o perdoe e volte a ser como era antes?

- Olha não há como negar, você ainda o ama apesar de tudo, sabemos que o tempo está correndo e que não nos resta muito. Não vou me perdoar se acontecer algo e não houver tempo ao menos para se perdoarem… Entenda, não estou dizendo que quero que vocês voltem, eu te amo muito e te quero comigo. Mas não posso ser egoísta a ponto de privar a felicidade de vocês nesse momento final… - Sua testa acomodava gotículas de suor enquanto seus olhos vagavam pelo quarto sem se fixar em nenhum ponto. - Eu sei que é triste mas só temos essa chamada, o voo vai sair não quero ter que pegar um navio, o mar pode piorar meus enjoos, você sabe… O bebê pode não gostar. E o biscoito tem que ser entregue. - Sua respiração estava entrecortada. - Por favor, então o leve.

Em um minuto ela estava sentada e no outro seu corpo já se encontrava caída em meio aos lençóis. Então o garoto levou as mãos a testa dela constanto a sua temperatura. Estava queimando em febre, chegou à conclusão que todas as palavras eram frutos de um delírio, sabia em sua sã consciência que ela jamais diria aquilo em estado normal. Levantou em um pulo e procurou entre as gavetas da mesa de cabeceira pela medicação que precisava dar a ela.


____

- Grávida! - Exclamou. - Ela está grávida!

Ao ouvir tais palavras Kyung esguinchou a água que estava em sua boca metros a frente molhando carpete.

- Você acha… Não… - Recolheu alguns papéis toalhas na cozinha e voltou para a sala.

- Pensa comigo. - Enumera nos dedos. - Primeiro negou o café, talvez porque a cafeína não seja saudável para o bebê. Não esqueçamos o ponto alto da tarde, o desmaio que é típico de gestantes sem contar que ela está muito magra, provavelmente por conta dos enjoos. Muitas mulheres não conseguem se quer se alimentar durante o primeiro mês então o "estresse" - fez aspas no ar com os dedos. - com casamento na verdade é uma gravidez, isso explica tudo e um pouco mais. Talvez o casamento só esteja acontecendo por causa do bebê. - Encarou o outro com o entusiasmo como se tivesse acabado de descobrir que havia vida em outro planeta, enquanto sentava em frente ao garoto que tentava secar água com toalhas de papel.

- Já pensou em ser investigador? Suas teorias são de impressionar. - Sentava fazendo bolinhas com o papel molhado.

- Do KyungSoo! - O repreendeu.

- Não quero falar disto, quem já está ficando enjoado sou eu.

- Sabe o que seria legal?

- O quê?

- Uma aposta!

- Não vamos fazer isso.

- Está com medo de perder?

- Anh? Claro que não!

- Então tem medo de descobrir que seu grande amor vai ser papai?

- Não é isso… Merda! - Sentiu o sangue subir a cabeça. - Vamos apostar, ela não está grávida. - Seu tom estava mais alto do que devia, sua intenção era primeiro se convencer daquilo.

- Certo, prepare-se para perder meu caro.

BaekHyun era um jogador nato, adorava todos os tipos de jogos desde os de tabuleiros até os moba, se houvesse algum tipo de aposta envolvida tornava tudo melhor ainda. Por vezes teve que ser controlado para não se tornar um completo viciado.

- Droga! - Resmungou assim que pegou o celular em mãos. - Não temos juiz… Damn it*, Kim JongIn! Por que ele tem que ser o alvo da aposta? Assim ele não pode arbitrar.

- Não precisaremos dele. Essa bosta é simples se for sim você ganha se for não eu ganho!

- Calma queridinho, você precisa de um chá de maracujá.

- Você não pode sonhar em como isso me deixar perturbado, ela não pode estar grávida, mas então? - Estendeu a destra.

- Fechado.

Com um aperto de mão o acordo foi selado, após a formalidade trataram de preparar os cheques cujo valor chegava aos quatro dígitos.

Kyung entoava mentalmente todas as preces que sabia. Se as chances de ter seu homem novamente já estavam completamente chegando a zero, ter um bebê no jogo só fazia com que elas fossem aniquiladas. Era capaz de virar uma pessoa religiosa novamente e implorar para alguma divindade que aquilo não acontecesse.

_____

- Não se preocupe já estou de saída então eu atendo… - Baek berrou assim que ouviu a campainha tocar.

- Tudo bem!

O silêncio pairou no ambiente, aguardou que o amigo anunciasse quem era a visita, mas o que teve como resposta foi o bip do celular. Vestiu a camisa e pegou o aparelho em mãos.

</Querido, espero que tenha algum soro antiofídico pelo seu quarto. Pois há uma cobra em sua sala, mas especificamente aninhada em seu sofá. É uma cobra que tem estilo, veste prada e tem um Victor Hugo, mas não se engane…. Ela é venenosa e seu veneno está escorrendo por todos os poros, cuidado. Beijinhos\>

___

- Nossa, sua cara está horrível! - Esta foi a primeira coisa que ela conseguiu pronunciar quando o viu adentrar a sala.

Na sua frente uma garota trajando um vestido preto, prada nos pés assim como falou o garoto e um sobretudo marrom com uma sacola em mãos o encarava.

- A casa não é minha, mas, você pode sentar. - Ela indicou o local vago.

O garoto a obedeceu sentando a sua frente tentando decifrar através da expressão dela o que estava tramando. Pelo cheiro adocicado não poderia ser nada bom.

- Como tem estado? Tudo bem com você? - Colocou a sacola sobre a mesa de centro e retirou alguns recipientes com comida. - Espero que aceite jantar comigo.

Kyung nada respondeu, não haveria escolha de qualquer forma, assim como a irmã ela jamais fazia uma pergunta, tudo que saia de sua boca eram ordens. Anos de convivência haviam lhe ensinado isso da pior forma.

- Estou faminto. - A ajudou a tirar o restante que estava dentro das sacolas e retirou algumas tampas observando a comida que aparentava estar apetitosa.

- Então, você melhorou? Tenho que dizer que odiei ter desmarcar o nosso jantar.

"Jantar?" Kyung franziu o cenho, não conseguia lembrar de ter marcado nada com a garota nos últimos dois anos.

- Não me recordo de termos marcado nada.

- Sua memória novamente… Não me admiro mais, você lembrar de alguma coisa já é motivo de comemoração. - Sorriu balançando levemente a cabeça. - Mas dessa vez darei um desconto, pois você nem sequer sabia. Lembra do jantar com a Krystal, Kai e a madrinha? Pois bem… Eu sou a madrinha. E é como dizem, se Maomé não vai até a montanha, a montanha vem até Maomé. - Demonstrou apontando para o "jantar" que estava servido a frente.

- Claro... - Sorriu irônico. - Claro que escolheriam você para ser a madrinha, como não havia pensado nisso?

- Me certifiquei de trazer tudo que você gosta… - Tentou levar a conversa para outro rumo figindo não o ter ouvido. - Ainda gosta de bife bem passado e purê de batata, certo?

Kyung assentiu levemente tentando ler os movimentos da menina ao servir os pratos que vieram na sacola.

"Poderia a comida estar envenenada? É como dizem, quando a esmola é grande o santo desconfia. Só comerei após ela provar a dela." Pensava enquanto corrigia sua postura.

- Vou buscar os talheres… - Levantou indo em direção da cozinha. - Você ainda os guarda na primeira gaveta?

Kyung pensou na besteira que estava cometendo, ela poderia lhe atacar com a faca ou até mesmo com o garfo. Tratou de pegar o travesseiro ao lado e colocou sobre o colo, seria um escudo improvisado.

- Certo, o que veio realmente fazer aqui? - A encarou assim que se encostou ao portal entre a cozinha e a sala e o observou com duas taças e uma garrafa de vinho.

- KyungSoo… Você não está pensando que quero te matar, está? Por que se estiver tenho que dizer que não há com o quê se preocupar. Eu não deixaria espaço para descobrirem. E como o BaekHyun me viu já haveria uma testemunha… Sendo assim, relaxe.

- Então, o que quer?

- Come On! - Voltou ao seu lugar e passou o vinho para que o garoto abrisse. - Não vamos estragar o jantar.

Seu olhar era perspicaz, era notável que estava armando algo, seu tom estava carregado de ironia. Era perceptível que ela estava jogando, provavelmente queria saber de alguma coisa, arrancar informação de algo e Kyung não conseguia imaginar de quê.

___

- Não entendo. - Limpou a boca após levar a última porção de sua comida até ela. O jantar havia sido regado a um silêncio constrangedor. - Até a última vez que te vi você me odiava… Pratos e copos jamais permaneciam inteiros se estivéssemos no mesmo ambiente. Então me diga Jéssica, o que está havendo, cansei desse joguinho.

- Okay, apenas para não perder o costume.

A garota pegou a taça que estava em sua mão completamente vazia e a arremessou na parede próxima.

- Eu não odiava querido Kyung… Eu ainda odeio. Mas, já que teremos que nos suportar no altar achei que ao menos deveria começar a treinar para evitar de ter enjoos quando estiver ao seu lado.

- Enjoos? - Sussurrou enquanto sorria de canto.

- Mas não se anime, você não conseguirá meu perdão tão fácil... Não depois do que me fez. Se estou aqui na sua frente e totalmente controlada é apenas pela Krys…

- E pelo bebê. - A interrompeu.

- O quê?

- Eu já sei que a Krystal está grávida. - Sentiu uma vertigem ao pronunciar isso alto. Achou que essa era uma excelente oportunidade para tirar essa história logo a limpo e descobrir a verdade.

- Como… Como soube disso?

- Os desmaios dela, negação a comida... Quer saber não importa. - Se levantou, uma corrente percorria todo seu corpo o impedindo de continuar sentado.

- Sabe… Eu sou capaz de te perdoar por ter me enganado durante anos, de te me iludido, me usado, me ferido e principalemente por nunca ter me pedido perdão por tudo isso… Era para ser nosso casamento, era estarmos formando uma família... Mas não, nunca foi real para você como era para mim. Nenhuma das suas palavras ou ações eram verdadeiras… Acredito que nem sequer o Kai você amou de verdade e por favor me poupe da sua cara de surpresa por que eu sempre soube sobre vocês dois. - Neste ponto a garota já se encontrava em pé também. - Sabe a única coisa que você ama de verdade? Você mesmo, seu dinheiro e essa vidinha de merda que você tem. Quando você estiver velho e se ver sozinho verá que dinheiro não é tudo. - lágrimas rondaram seus olhos, mas o esforço que fazia para segura-las era bem maior do que a força das gotículas que queriam descer.

- Então você me odeia por que te troquei pelo Kai?

- Sabe, se fosse apenas isso eu não te odiaria, afinal não podemos lutar contra o amor, na verdade até admiraria pela coragem. Não te odeio por ser gay… Te odeio por que além de gay você é hipócrita e medroso. Você é um lixo digno de pena.

- SAI DAQUI AGORA!

- Sabe, o que a Krystal e o Kai tem é verdadeiro, você não sabe o que eles já tiveram que enfretar ou as barras que tiveram que segurar e se você ousar destruir isso… - Se aproximou apontando o indicador em direção ao rosto dele, sua voz aumentou em duas oitavas. - Juro que você irá se arrepender pelo resto da sua vida, não medirei esforços para te reduzir ao pó. - Sem dizer mais nada ela pisa duro em direção a porta. - Não precisa acompanhar até a saída, o cheiro de lixo que vem de você já me deixou enjoada o suficiente.


Notas Finais


Nada a comentar.
Obrigada por ler~
E não esquece de comentarem o que achou, juro que é importante^^

Edit2: Capítulo revisado as pressas, qualquer erro me avise.


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