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História Poison and Wine - Parte Três


Escrita por: outlawqueenrx

Notas do Autor


Olá, estou de voltaaa!!! hahhaha, decidi continuar essa história por vocês. Desde já peço paciência e compreensão pois como era para ser uma one shot, eu não tenho um plot para ela e por isso as coisas irão acontecer conforme a minha imaginação decidir. Minha vida no momento está meio louca e tive um bloqueio devido aos acontecimentos e coisas pessoais, mas pretendo sim fazer essa história e honrar o casal.
Esse capitulo está meio curto do que geralmente posto, mas quis dar uma atualização para vocês, então aqui está!!

Espero que gostem!! Beijoss

Capítulo 3 - Parte Três


Ela estaria mentindo se dissesse que havia sido fácil seguir sua razão ao invés do que as batidas de seu coração diziam, mas sabia que era o certo a se fazer. Depois de passar dias trancada em sua mansão, pensando e esperando seus cortes melhorarem, Regina colocou um de seus terninhos pretos com uma blusa de seda azul e saiu pela porta assim que conseguiu colocar o pé no chão sem sentir uma pontada de dor. Aquele mentiroso do Gold tinha muito o que explicar.

“O que é isso, Gold?” A morena invadiu a loja de quinquilharias do velho, ouvindo o sino tocar alto devido a raiva com que ela abriu a porta. O homem deu um sorrisinho sínico e ela colocou o pedaço de papel remendado com fita em cima do balcão.

A verdade era que no mesmo momento que rasgou o desenho, ela se arrependeu de faze-lo e pegou todos os pedacinhos de volta, grudando-os com fita até que a página 23 estivesse completa novamente. Mills passou mais tempo do que gostaria de admitir olhando aquela imagem, deixando sua mente tortura-la com as possibilidades que poderiam ter acontecido se ela não tivesse sido covarde naquela noite. Porém, assim que a melancolia passou, Regina sentiu a raiva tomar conta de seu coração negro. Quem ousaria fazer aquilo com ela? Quem ousaria desenterrar o maior segredo que ela já guardou? E era por isso que ele tinha ido atrás do Rumple, porque agora mais do que nunca ela tinha certeza que seu antigo mestre estava acordado e havia a feito de idiota esse tempo todo.

“Não sei do que você está falando, dearie.” A ironia transbordava dos lábios dele.

“Chega de fingir! Não me subestime, Gold. Você conseguiu me enganar antes, mas agora não mais.” Ela disse entre os dentes, apontando para o papel. “O que é isso e da onde surgiu essa... essa mentira?”

“Não é exatamente uma mentira, dearie.” Aquele sorriso sujo continuava enfeitando os lábios dele, fazendo com que ela se irritasse cada vez mais. “Mas você sabe como as coisas funcionam comigo.”

“O que você quer?”

“Um acordo, é claro.” Claro, como ela teve a audácia de pensar que ele facilitaria alguma coisa. Regina revirou os olhos ao ouvir a risadinha irritante do homem.

“Nós temos um acordo, Rumple. Agora acabe logo com isso e me fale o que eu vim aqui saber.”

“Isso não é exatamente uma mentira como já disse.” Ele pegou o papel na mão, erguendo a sobrancelha para ela ao perceber os remendos com fita. “Esse desenho é uma das inúmeras possibilidades de como aquela noite poderia ter acabado. Se você tivesse entrado lá, conhecido sua alma gêmea e deixado a fada fazer o trabalho dela, sua vida teria sido bem diferente, dearie. Não só a sua, mas a do ladrãozinho e a da fada também.” Ele saiu de trás do balcão, andando em volta dela. “Você fez uma escolha e achou que carregaria as consequências sozinha, mas não foi bem assim que aconteceu.”

“O que aconteceu, Gold?” Ela não sabia se realmente queria saber o que havia causado na vida daqueles que apenas trariam o bem, mas a pergunta escapou de seus lábios antes que ela conseguisse impedir.

“Não, não, querida. Nosso acordo não cobria essa parte da história.” O mais velho colocou o papel de volta nas mãos dela. “Resumindo, a sua querida fada não foi muito beneficiada com a sua escolha e decidiu te mandar um presentinho para te torturar.”

“Tinker Bell me enviou isso?” Ele assentiu. “Mas como? Ela não veio com a maldição.” A cabeça de Regina dava latejava com tudo que havia ouvido. Achou que Senhor das Trevas esclareceria seus pensamentos e não os embolaria ainda mais.

“Já ouviu falar de feijões mágicos?”

“Fada maldita!” Mills passou a mão pelos cabelos, nervosa por ter sido manipulada e não ter nem mesmo percebido.

“Agora, dearie, minha parte do acordo.” Regina respirou fundo. “Onde está a Belle? E não tente me enganar, eu sei que ela está aqui.”

“Tenta a área psiquiátrica do hospital.” Ela se vira, indo em direção a saída. “Ah! Procure por Lacey. A Belle que você conhecia ficou na Floresta Encantada, dearie.”

Ela viu o rosto do homem se fechar, deu um último sorriso antes de ouvir a porta bater atrás de si.

XX

Se ela já estava perdida antes de saber sobre a fada, agora ela estava presa em um labirinto sem saída. Tinker Bell pelo visto a odiava; ela havia estragado tudo anos atrás e havia feito tudo de novo há alguns dias. Apesar do bilhete educado que o loiro tinha deixado, a morena sabia que ele provavelmente queria distância dela e de toda bagunça que ela representava. Regina estava decidida a nunca mais pisar no Nottingham’s e dessa vez ela cumpriria sua decisão. A maldição deveria continuar intocada e ela faria de tudo para isso acontecer.

Enquanto milhares de pensamentos passavam por sua cabeça, ela andou e andou, sem um destino certo. A mão no bolso no casaco tocava o papel dobrado que havia causado uma bagunça em sua vida monótona. Ao olhar ao seu redor, ela sorriu fraco ao perceber que estava na praça principal da cidade. Algumas crianças brincavam no balanço, enquanto outros corriam entre as árvores, mas uma em especial chamou sua atenção.

Os cachos negros, parecidos com os que ela já teve um dia, balançavam conforme o vento batia no rosto sorridente enquanto o pequeno corria e gargalhava. Regina sentiu seus lábios se curvarem em um sorriso espontâneo e não se deu ao trabalho de impedir. O loiro corria atrás do menino, dizendo que o pegaria e fazendo o filho gritar que ele não o alcançaria. Ela engoliu seco ao pensar que aquele poderia ter sido seu futuro se não tivesse fechado aquela porta.

Antes que a morena pudesse virar suas costas e ir embora como sempre fazia, os olhos azuis dele encontraram os castanhos e ela se sentiu incapaz de mexer seus pés, como se estivessem grudados na terra, impedindo-a de fugir. Robin alcançou o filho, pegando o colo e fazendo-o gargalhar ainda mais, mas sem desviar seu olhar do dela. O pequeno Roland chamou a atenção do homem, fazendo o pai o colocar no chão e o puxando pela mão. Locksley acenou para ela antes de virar as costas e sair conversando com o pequeno.

Regina ficou imóvel enquanto via pai e filho se afastarem cada vez mais. Não acenou de volta ou desviou as orbes castanhas das costas musculosas de Robin. Ela sentia seu coração se apertar conforme a distância entre eles aumentava e no fundo sabia que estava destinada àquilo. Destinada a ver as pessoas saindo de sua vida antes mesmo de entrar nela.

“Imaginando?” Alguém sussurrou atrás dela, fazendo-a se assustar e sair do momento em que estava. Regina já sabia quem era antes mesmo de virar, nunca esqueceria da dona daquela voz.

“Exatamente quem eu estava procurando!” O sorriso sarcástico já enfeitava os lábios carnudos da morena quando ela finalmente encarou a loira. “Tinker Bell.”

“Presumo que você tenha encontrado o presente que eu deixei.” A fada estava diferente; muito diferente do que ela se lembrava e Mills sabia que não era devido à falta de magia em Storybrooke. Ela parecia apagada, com raiva em tudo o que saia de sua boca e sem aquela esperança brilhosa nos olhos azuis.

“De fato, eu encontrei e queria te devolver. Essa enganação não muda nada, Tinker Bell! Minha história não aconteceu assim e eu não pretendo mudar agora. Estou muito satisfeita onde estou.” Grande mentira que ela contava a si mesma na esperança de acreditar.

“Nós duas sabemos que não é verdade, Regina. Ah, como eu queria que fosse!” A loira disse com uma risada sarcástica e Regina franziu a sobrancelha, confusa. “Se fosse verdade pelo menos eu não teria perdido minhas asas e meu poder por nada.”

“O que você disse?” A morena engoliu seco, sentindo aquele irritante aperto no peito.

“Eu disse que a sua covardia me custou tudo que eu tinha! A Blue não aceitou eu ter te ajudado, ainda mais que você provou não merecer e me tirou tudo, Regina! Por sua culpa eu passei anos vivendo como uma miserável em Neverland.” A dor e a raiva refletiam nos olhos da loira e a prefeita deu dois passos cambaleantes para trás. Gold estava certo. Ela estragou a vida de alguém que só tentou a ajudar e tudo para continuar sozinha e incompleta.

“Somos duas então.” Regina responde melancólica, sem olhar para a ex-fada. Ela tirou o papel dobrado do bolso e o deixou cair no chão, aos pés da loira. “Bem-vinda a Storybrooke.”

XX

A prefeita estava começando a ficar irritada com a coisa toda de destino alma gêmeas. Depois do encontro desagradável com a fada, a morena passou dias inquieta, esperando o momento que a loira contaria para a cidade toda a verdade e todos aqueles heróis bateriam em sua porta, prontos para lincharem ela dali. Porém, isso nunca aconteceu e o que realmente havia a deixado irritada foi as inúmeras vezes que aquele ladrão com honra havia cruzado seu caminho em míseros dias. Regina não pisou mais no Nottingham’s, se recusava a ceder a um destino no qual nem acreditava, mas ele parecia cada vez mais empenhado em fazê-la acreditar pois insistia em colocar o loiro em seu caminho.

Agora, todos os dias de manhã, não importava o horário que ela fosse, ele estaria no Granny’s e eles se esbarrariam e trocariam aqueles olhares que ela não sabia definir o que significavam. As poucas vezes nas quais foi no mercado, encontrou ele em uns dos diversos corredores. Até quando foi tomar um sorvete, na esperança de que o lugar mais aleatório a salvasse do encontro, deu de cara com Robin. A única diferença era que daquela vez ele estava com o filho, o que a fez não se sentir tão irritada com o destino. Aquela criança era a coisa mais adorável que já tinha visto, com as covinhas e os cachos negros pendurados na testa, faziam o coração dela se derreter. A sensação de conforto que ele trazia ao apenas sorrir e acenar para ela, faziam-a questionar seus princípios. Como alguém que se intitula a Rainha Má pode encontrar conforto em algo tão puro e inocente quanto uma criança?

Chacoalhando a cabeça, ela decidiu se livrar daqueles pensamentos, afinal, havia se trancado em casa e na prefeitura justamente para evitar pensar e se encontrar com o loiro. Porém, seu plano foi por água abaixo quando percebeu que, independente de quantos papéis ela lesse e assinasse, sua mente traidora sempre voltava para os momentos em que eles se encontravam, principalmente aquele em que suas bocas se encontraram. Nervosa consigo mesma, ela largou a caneta com raiva e se afastou da mesa, enfiando os dedos finos pelo cabelo negro. O que tinha feito para merecer aquela tortura? Ah, verdade! Lançou uma maldição e deixou todos presos e miseráveis naquela cidadezinha, inclusive ela mesma. Regina nunca admitiria, talvez nem para ela mesma, mas se arrependia profundamente de tudo que fez para chegar até ali. No momento em tudo aconteceu, ela não poderia ter ficado mais realizada, mas dentro de uma semana vivendo aquela vidinha hórrida, tudo que ela conseguia sentir era arrependimento; e se ele matasse, ela já estaria há sete palmos da terra há muito tempo.

Mas sendo a Rainha Má que era, a morena nunca sequer foi atrás de uma maneira de reverter aquela situação. Não, se ela estava miserável, melhor ainda que todos estivesse também. Foi esse pensamento que a levou a acordar todos os dias e engolir todo e qualquer sentimento que sentia quando pensava no que havia se tornado. No entanto, desde que ele apareceu em sua vida, com aquela tatuagem e os olhos azuis mais hipnotizantes que já tinha visto, a prefeita voltou a sentir tudo que havia enterrado há muito tempo, e ela odiava essa situação.

 

Suspirando, ela saiu do escritório que tinha em sua casa, decidindo que seria melhor dar um volta por aí para espairecer. Regina dizia para si mesma que desejava não encontrar um certo loiro em sua caminhada, mas seus pés estavam a levando para o lado oposto que ela deveria ir. 


Notas Finais


Se tiver algo que vocês sempre quiseram ver e não puderam, me mandem pelo twitter e eu ficarei muito feliz em encaixar aqui! Me digam o que acharam hahha
Twitter: @outlawqueenrx


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