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História Poisonous Love (Scorbus) - Cartas


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Desculpem se estiver uma bosta...

Capítulo 35 - Cartas


  O sol já lançava seus primeiros raios quando decidiram dormir, a ceia de Natal havia os levado a distração por muitas horas, todos extremamente cansados por passar a noite entre brincadeiras e conversas bobas, por um momento todo o caos da manhã e da tarde sumira. As cinco, Albus sugeriu a Scorpius que fossem dormir, e esse prontamente aceitou, por ele teria ido dormir algumas horas antes, mas não queria decepcionar no seu primeiro Natal com Albus como um casal. Eles se despediram dos que ficaram na sala, menos de Louis que dormira logo após a ceia. 

  Scorpius segurou a mão de Albus quando subiram a escada e foi meio tropego até o quarto enquanto o outro o guiava. Ao chegarem lá dentro, ele se adiantou em fechar as cortinas pesadas para dá uma ideia de noite ainda, ao esticar os braços e puxar as cortinas, Albus o abraçou pela cintura e ele riu jogando a cabeça no ombro dele. 

  -Eu te amo. -sussurrou Potter. -Muito, mesmo. 

  -Eu sei. Eu também te amo. -respondeu meio bêbado de sono, oque não tornava isso menos verdadeiro. -Vamos dormir, Albus. -ele se virou e o puxou pela mão até a cama, tirando os sapatos antes de se impulsionar para cima da cama. Albus riu dele, mas fez o mesmo, com mais cuidado para não cair sobre ele. 

  -Scorpius. -sussurrou tocando seu rosto e o outro emitiu um barulho avisando-o que estava ouvindo. -Amor, eu quero que me prometa uma coisa. 

  Scorpius abriu os olhos devagar e franziu a testa para ele, se aproximando mais até estarem com os corpos colados. 

  -Pode dizer. 

  -Você me preocupa em cada passo que dá, Scorpius, me aflige quando não estou perto, eu preciso saber oque está fazendo, não por querer controla-lo, mas porque eu lhe meti num problema gigantesco. -ele falava com os olhos baixos, sem querer encarar o namorado que agora parecia mais acordado e o ouvia atentamente. -Delphi não foi sua culpa, Rose também não. Queria te pedir desculpa porque... eu tive uma quedinha pela Delphi e me deixei ser enganado por ela e se eu não tivesse te beijado na torre... 

  Scorpius o interrompeu. 

  -Você não pode pedir desculpas por ter me beijado. -disse indignado. -Não foi um erro. 

  -Não, não me entenda assim. Estou dizendo que nada disso estaria acontecendo, especialmente a você, seu eu não tivesse te beijado na torre. -ele se apoiou num cotovelo ao ver que Malfoy iria o interromper de novo. -Querendo ou não, eu te coloquei em perigo fazendo isso. 

  -E? -Scorpius jogou os ombros, não conseguia acreditar que ele estava pedindo desculpa por isso, parecia se seu coração estava sendo machucado. -Albus, eu nunca reclamei por estar em perigo, e se eu tivesse que escolher de novo, eu faria a mesma coisa. 

  -Você não está me entendendo. Nem procurando me entender. -Albus suspirou, ao mesmo tempo os mini-pufes começaram a se agitar, como sempre, eles capitavam os sentimentos dos seus donos.   

  -Estou entendendo que está arrependido. Se for isso, não precisa enrolar. 

  -Ok, Scorpius. -disse Albus irritado e se enfiando sob os lençóis. -Conversamos amanhã. 

  -Eu não disse nada para você ficar com raiva. Eu que devia estar irritado. -ele bufou e se virou para o outro lado. -Mas afinal, o que ia me pedir?

  -Esqueça. 

  Malfoy não poderia ter ido dormir com mais raiva, se agarrou ao travesseiro e dormiu querendo se voltar para Albus e brigar mais um pouco, até que estivessem resolvidos, oque talvez não iria funcionar tanto.

 ***

  Mais tarde naquele dia, Scorpius acordou as duas da tarde, tateou o outro lado da cama e não encontrou Albus, então se lembrando da breve discussão da noite passada. Ele se sentou e respirou fundo, as cortinas já estavam abertas e incomodavam seus olhos, Scorpius se espreguiçou e jogou as pernas para fora da cama, tocando o chão frio com os pés e se encolhendo ligeiramente. 

  -Por que estava escondendo isso? -disse Albus o assustando, ele estava sentado na cadeira da escrivaninha, com o diário de Delphi aberto em suas mãos. 

  -Já estávamos todos muito preocupados ontem, mais perturbação não ia ajudar. -disse coçando os olhos e se apoiando nos joelhos. -E não estava escondido, você que não viu. 

  -Você também não me contou. 

  -Para. Só para. -Scorpius se virou para ele e sustentou seu olhar por alguns segundos. -Eu sei que está com raiva de mim ainda, oque nem faz sentido, mas eu não quero brigar com você. 

  -Esqueça ontem. 

  -Fugir do assunto não vai ajudar. E pare de me mandar esquecer das coisas. -reclamou. 

  -Então você pare de me mandar parar. 

  Scorpius se levantou irritado, não entendia como uma conversa tão curta estava o irritando tanto, mas estava. Na sua cabeça continuava a ideia de que Albus começava a ficar arrependido de estarem juntos, ou que agora via que aquele relacionamento rodeado por problemas não era suficiente para si. Claro que ele podia estar equivocado, mas o pedido de desculpas o machucou muito, pode parecer pouco, mas ele não esperava aquilo. 

  -Não dá para conversar. -ele ia sair do quarto quando a porta se abriu sozinha e Clary apareceu arfando. 

  -Chegaram... cartas... vocês. -ela mostrou dois envelopes, assim como os da manhã anterior, e antes de pega-los Scorpius hesitou. Albus veio para o seu lado, mas mesmo assim mantinha uma distância, como se Malfoy fosse lhe bater se ficasse perto.

  Na vermelha havia o simbolo do Hogwarts e a assinatura da diretora, oque lhe acalmou o coração, já a segunda era de Rick. Ele suspirou aliviado e Albus se afastou após também conferir os nomes. Por que ele estava se afastando? Se perguntava Scorpius, certo que estavam meio brigados, mas não era necessario. 

  -Obrigado. -disse a Clary, ela assentiu e fechou a porta. -A da diretora. -ela a abriu e era uma carta comum, curta e direta. 

  "Scorpius, a causa do incêndio no dormitório masculino foi uma caixa que se encontrava sob a sua cama, ainda não descobrimos oque continha nela para que explodisse um dormitório, mas logo conversaremos. 

   Diretora Minerva."

  A caixa que ela se referia era aquela que Scorpius nunca havia aberto, que o tio de Albus o dera em nome do seu pai, oque nunca fez sentido para Malfoy. Se ele houvesse aberto antes, estariam todos mortos na explosão. Seu estomago revirou e ele se sentou na cama de novo, a vista começou a embaçar pelo choro, e Albus não demorou a se aproximar de novo tomando a carta das suas mãos sem brutalidade. Ele a leu e arregalou os olhos, provavelmente se lembrava também daquele dia, tanto das partes boas como as ruins. Scorpius esfregou os olhos e respirou fundo abrindo a outra, do nada haviam aparecido milhares de cartas na sua vida, pedia que pelo menos a de Rick lhe trouxesse boas lembranças. Ele descolou o lacre e abriu a carta. Seus olhos foram se abrindo mais a medida do que lia, o coração disparava no peito e a raiva de Rose, Delphi, de quem fosse que estivesse por trás daquilo lhe atacava lentamente. 

  "Scorpius, Albus, quem esteja lendo,

  Desde que saímos de Hogwarts venho enviando cartas a Tessa. Em nenhum momento ela respondeu, fiquei preocupado, mas seus pais me enviaram uma resposta. Disseram que haviam recebido uma carta alguns dias antes dizendo que ela passaria as festas de final de ano na casa de uma amiga. Ela não voltou para casa, nem disse nada sobre ir para a casa de uma amiga. Me respondam imediatamente, ou me encontrem em Hogwarts, já chamei os outros.

  Rick."

  Scorpius assim que terminou de ler, pegou a mão de Albus e o puxou quarto a fora, esquecendo briguinhas e intrigas, o levando para a sala. Lá embaixo não havia ninguém ainda, oque foi ótimo, pois explicações no momento não eram tão aceitas. 

  -Amor, oque está acontecendo? -perguntou Albus num sussurro. 

  -Tessa sumiu, não voltou para casa. -disse rápido procurando a caixa com o pó de Flu. -Temos que encontrar Rick em Hogwarts. 

  -Scorpius, calma. -pediu o segurando pelos ombros. -Essa carta foi enviada sabe-se lá quando, estamos atrasados para os encontrar. 

  -Rick mora em Londres, não é tão longe, por favor Albus. Vamos pelo menos tentar. 

  Pela lareira não poderiam ir, cogitou Albus, era algo proibido em Hogwarts a muitos anos. A única forma de ir era por um meio do trem. Albus olhou para os cantos pensando em alguma coisa, e Scorpius continuava a procurar a caixinha. 

  -Scorpius, vem. -disse o levando pela mão até a cozinha e lá abrindo a porta para uma escada que descia ao porão. Era um conjunto de degraus velhos e que rangiam muito sobre os pés, como se estivessem avisando que iriam cair a qualquer momento. Eles desceram com cuidado, Scorpius perguntando vez ou outra oque estavam fazendo ali. Ao chegar ao aparente último degrau, ficaram no breu por alguns segundo enquanto Albus procurava o interruptor. -É o seguinte... -disse quando finalmente ligou a luz, mostrando um porão muito diferente de um porão comum, as paredes eram placas de ferro com ganchos e neles muitas vassouras, de todos os tipos. -Coleção da minha mãe. -ele suspirou. -Ela vai me matar, mas depois ela entende. 

  -Espera, que ir pra Hogwarts em uma vassoura? -Scorpius perguntou incrédulo. -Chegaríamos lá em...

  -Meia hora, uma hora. São as mãos rápidas do mundo, Scorpius. -ele se dirigiu a uma vassoura verde, com cabo de madeira cheio de fios dourados enrolando-o. -Escolha a sua. 

  -Acho que vou infartar. -suspirou enquanto ia a uma de madeira escura, entalhada com vários símbolos de baralho. A cauda da vassoura era negra e transmitia um aspecto meio intimidante voar nela, mas Scorpius foi na sorte. 

  Albus pegou sua mão de novo e apoiou a vassoura no ombro, levando-o para uma outra porta, entre duas placas, Scorpius chutava ser a saída. Antes que fossem embora ele puxou Albus e respirou fundo. 

  -Desculpa. -disse baixo encarando-o de perto. -Eu...

  -Conversamos depois, okay? -pediu o beijando rapidamente e acariciando seu rosto. -Eu não me arrependo de nada, foi só um mal entendido. É aquilo que eu disse, brigamos para nos tornarmos melhores, não é? 

  -Eu te amo. -suspirou aliviado e Albus riu voltando a guia-lo pela porta. 

  Eles desembocaram em mais uma escada, essa subia, e lá em cima saíram no campo de quadribol congelado. A grama parecia ter sido esculpida em gelo e a cada passo elas despedaçavam sob seus pés. Com suas vassouras, eles se colocaram no meio do campo e as montaram, Scorpius olhou para Albus antes de se impulsionar para o ar, pois sabia que aquela seria a última vez que o olharia com calma, sem que ninguém o impedisse. Algo sussurrava no canto da sua mente, que o caos estava voltando.


Notas Finais


Agora começa a reta final migos....




Alguém ouviu falar de 2° temporada?


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