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História Pokémon Diamond and Pearl: The Beginning - A Campanha Promocional do Pokétch


Escrita por: Flashinho

Notas do Autor


Bom dia! -- Boa tarde! -- Boa noite! -- Boa madrugada!

Meus leitores, primeiramente, peço desculpas por não ter finalizado esse capítulo antes. Eu tinha parte da primeira cena pronta há algumas semanas, mas um turbilhão de contratempos me impediu de prossegui-lo. Decidi tirar o final de semana para finalizá-lo e o vocês estão prestes a conferir o resultado hehehe já lhes adianto que se trata de um capítulo de transição, em que não acontece muita coisa significativa para o rumo da história, mas que serviu para trabalhar melhor com algumas relações e trazer de volta um certo grupinho que vocês curtiram ver por aqui.

Boa leitura pra vocês, espero que gostem. Vejo vocês lá em baixo ;)

Capítulo 5 - A Campanha Promocional do Pokétch


Fanfic / Fanfiction Pokémon Diamond and Pearl: The Beginning - A Campanha Promocional do Pokétch

LUCAS

Um ensaio necessário para a Campanha Promocional do Pokétch

 

Faltavam dez minutos para o início da Campanha Promocional do Pokétch e, por mais que eu já estivesse posicionado em frente ao Mercado Pokémon de Jubilife, eu ainda não me sentia preparado para abordar os estudantes da Escola de Treinadores que iriam participar do evento. Além disso, eu estava vestindo uma fantasia apertada e extremamente quente. Era como se eu estivesse preso dentro do casco de um Squirtle.

– Saudações, futuros treinadores! Eu sou um dos guardiões dos cupons premiados da Campanha Promocional do Pokétch. Vou lançar a minha pergunta – eu fiz um esforço para me expressar enfaticamente, mas ele se esvaiu mais rápido que o Bolt Corredor* quando me dei conta de que havia esquecido a pergunta pela centésima vez. – Er... como era a pergunta mesmo?

Tur tur... – ao ouvir as minhas últimas palavras, Turtwig balançou a cabeça para os lados e emitiu um leve suspiro. Pelo jeito, até ele estava decepcionado comigo.

– AAAAAAAAA, eu desisto! – exclamei, ao jogar o manual de instruções sobre a calçada.

Eu ainda estava encucado com o desentendimento que tive com o Barry nesta manhã e, portanto, eu sentia uma imensa dificuldade em me concentrar no texto que a Diretora Elane me passara.

Turtwig turtwig tur! – meu parceiro exclamou, entregando-me o manual novamente, no que parecia se tratar de uma tentativa de me encorajar a não abandonar aquele trabalho. Eu amo esse carinha!

– Você tem razão, Turtwig. Eu não posso desistir agora! – eu falei, recebendo o item e esfregando-o nas mangas da camiseta que eu estava vestindo para remover a saliva que o meu Pokémon deixara nele. – Tem muita gente contando comigo nesse momento. Vamos tentar mais uma vez!

Ao me virar na direção em que o meu parceiro estava para retomarmos o ensaio, eu fui surpreendido por um ser bípede, o qual exibia uma coloração amarelada e uma longa cauda, que me derrubou no chão e saltou sobre o meu colo. Um pequeno arranhão em seu braço esquerdo confirmou minha hipótese de que se tratava do Abra que me salvara na noite anterior. Eu sabia que ele daria as caras novamente.

Porém, antes que eu pudesse esboçar alguma reação, observar aquele par de olhos roxos que me encarava fixamente fez com que uma lembrança invadisse a minha mente.

 

Lembrança do dia em que conheci o Barry

 

A sala em que eu estudava não era muito grande. Havia quatro carteiras quadrangulares de madeira dispostas em frente a uma mesa maior. Um imenso quadro de giz estava posicionado na parede detrás da cadeira da minha professora e duas estantes de livros o cercavam.

Lembro que naquele dia quase todos os alunos conversavam uns com os outros numa empolgação enorme, pois faltavam algumas horas para o início das férias escolares. Eu estava sozinho em uma das carteiras e rabiscava alguma coisa em uma folha de papel, quando senti um toque em meu ombro esquerdo. Virei-me para trás com cautela e deparei-me com um menino alto e magro, que tinha pele branca, olhos laranjas e cabelo loiro. Como eu costumava me isolar dos meus colegas de classe, eu não fazia ideia de quem era aquele rapaz.

– Ei... – ele iniciou, um pouco sem jeito. – Foi mal incomodá-lo, mas a minha única amiga está doente e não pôde vir para a aula hoje. Eu queria saber se eu poderia me sentar com você, pois estou me sentindo bastante sozinho...

– Claro, senta aí! – eu arrastei uma cadeira para trás e a ofereci para o menino.

– Obrigado – ele sentou-se ao meu lado e estendeu a mão direita na minha direção. – O meu nome é Barry. Barry Pearl.

– Muito prazer em conhecê-lo, Barry. – retribuí o cumprimento. – Eu me chamo Lucas.

 

Recobrando a minha consciência

 

– AAAAI! – eu gritei, ao sentir uma forte dor no peito como consequência de uma investida que o Turtwig havia acabado de deferir em mim. Definitivamente, aquela era a pior forma de se libertar de um devaneio.

Tur tur turtwig – ele exclamou, em um tom melancólico, ao perceber que aquele ataque havia me ferido. O Pokémon ainda se aproximou e esfregou sua cabeça lentamente em minha perna em um ato de carinho. Como é que eu vou ficar bravo com um Pokémon desses, cara?

– Fique tranquilo, amiguinho. Eu sei que você só estava tentando me proteger. – eu o tranquilizei e retribuí o carinho com uma de minhas mãos. – Mas para onde foi aquele Abra? – questionei-o, depois de perceber que o Pokémon psíquico havia desaparecido.

O Turtwig até tentou me explicar o que acontecera durante o meu transe, mas, obviamente, eu não entendi ao menos uma palavra do que ele disse. Por mais que eu odeie ler histórias em que os autores traduzem as falas dos Pokémon, me sinto mal por não poder entendê-los. Bem que os cientistas poderiam desenvolver um dispositivo que permita isso.

– Ah, não faz mal. Por hora, vamos esquecer disso e voltar a nossa atenção para o que realmente nos interessa, Turtwig – eu forcei um sorriso e tornei a ler o manual, a fim de decorar o questionamento que eu deveria propor aos estudantes. – Estou sentindo que agora vai dar certo!

 

BARRY

Um tédio chamado Campanha Promocional do Pokétch

 

A Campanha Promocional do Pokétch estava um saco. Além de terem me forçado a vestir uma roupa de palhaço, eu fui obrigado a ficar parado em frente ao Hotel de Jubilife para aguardar os participantes do evento.

O tempo parecia passar mais devagar e cada vez que a porta do estabelecimento era aberta por algum turista, uma brisa gélida proveniente do ar condicionado da recepção tocava o meu corpo. Isso só servia para deixar a minha mente em conflito. Por um lado, eu sabia que tinha de continuar desempenhando o meu trabalho naquele evento, ainda que eu estivesse entediado e vestisse uma roupa brega e tão quente a ponto de me fazer suar; por outro, eu gostaria de entrar naquele hotel para ter o descanso que eu merecia. Quem é que passa a tarde toda trabalhando depois de quase perder a vida?

O único que estava tirando proveito disso tudo era o Chimchar, o qual estava fazendo malabarismos com bolinhas e sendo ovacionado e alimentado por uma legião de cidadãos de Jubilife.

– Humpf! Pokémon exibido. – falei baixinho, enquanto fitava o meu Pokémon com desdém.

Na moral, o destino costuma ser bastante irônico comigo. Eu odeio ser o centro das atenções. Na minha infância, eu tinha diversas governantas ao meu dispor e era mimado por todos os meus avós. Na época da escola, eu era considerado o cara mais legal, descolado e popular. Quando eu finalmente estava prestes a experimentar uma vida longe dos holofotes, eu recebi um Pokémon que ama ter a atenção das pessoas. Legal, né?

– BARRY! Finalmente encontramos você! – Thais vinha até mim com um enorme sorriso no rosto, o qual provavelmente se devia ao menino que a acompanhava no evento: Richter Ramírez; mais conhecido como “crush da Thais”.

– Olá, Thais! – eu saudei, abraçando-a. – E você deve ser o Richter.

– Vo-vo-você sabe o meu nome? – ele me questionou, corado.

– Claro! A Thais me falou que você é um exímio treinador, o melhor de sua turma. – eu sorri. – Por isso, será uma honra te desafiar para uma batalha quando você receber uma licença de treinador e capturar o seu primeiro Pokémon.

– Mano, não estou acreditando! Isso é sério? – o menino marombinha estava extremamente surpreso com a notícia. Parecia que ele tinha acabado de ganhar todos os prêmios possíveis de um Cassino. – Caraca, muito obrigado, Barry! É claro que eu aceito!

– Por nada. O mérito é todo da Thais por ter me falado tão bem a seu respeito.

– Você é incrível!

Richter aproximou-se de Thais e enlaçou o corpo da garota com os seus dois braços. A irmã de Lucas parecia ter ganhado o dia com aquele abraço apertado e sussurrou um “muito obrigado” para mim.

– Certo, agora que já nos apresentamos, vamos para a parte chata – eu falei, chamando a atenção dos jovens estudantes. Eu não queria cortar o clima, mas precisava fazer o meu trabalho. – Como vocês sabem, eu sou um dos guardiões da Campanha Promocional do Pokétch e tenho uma pergunta para fazer para vocês.

– Manda a ver, irmão! – exclamou Richter, como se tivesse intimidade suficiente comigo para me chamar assim.

– Da mesma forma que os Pokémon têm tipos, vocês acreditam que seus movimentos também possuem tipos?

– Essa é fácil – observou Thais. – A resposta é sim. Cada Pokémon possui um conjunto único de movimentos, os quais são definidos com base em seu tipo. Se o tipo do movimento corresponder ao tipo do Pokémon, esse movimento será muito mais poderoso.

– Porém, os Pokémon também conseguem aprender movimentos de tipos diferentes ao seu. Por exemplo, o seu Chimchar é um Pokémon do tipo fogo, mas consegue aprender o Arranhar, que é um movimento do tipo normal. – Richter complementou, arrancando outro sorriso de sua companheira.

– A resposta está correta. Muito bem, vocês dois formam uma boa dupla! – eu não podia perder a oportunidade de dar mais um empurrãozinho. – Aqui está o seu cupom premiado. Vocês poderão encontrar o terceiro guardião seguindo à direita.

– Muito obrigado, Barry! – os dois disseram em uníssono ao receberem o item e seguiram até o local em que a Dawn estava.

Eu celebrava internamente ao ver que a operação cupido havia sido um sucesso. Bem que me disseram que eu era bom em formar casais. Sinto muito, Lucas, mas a sua irmãzinha terminará o dia com um namorado.

 

DAWN

Conhecendo melhor o meu primeiro Pokémon

 

Enquanto aguardava pela aparição dos estudantes que estavam participando do evento, eu permanecia sentada em um banco de concreto, o qual ficava próximo à Estação de Televisão de Jubilife, com o meu Pokémon. Desde ontem eu vinha sentindo uma necessidade de parar para conversar com o Piplup a fim de conhecê-lo melhor, visto que seríamos parceiros até o resto de nossas vidas.

Ficamos conversando por um bom tempo, durante o qual eu compartilhei com ele os meus maiores sonhos e metas pessoais. O Pokémon se mostrou super empolgado quando eu expliquei a ele como os Concursos funcionavam. Espero que ele realmente goste de participar deles. Além disso, apesar de ser um tremendo tagarela, o Piplup se mostrou muito atencioso. Ele prometeu me ajudar a arrumar o cabelo toda manhã com seus movimentos do tipo água e, em troca, eu teria de fazer carinho em sua barriga. Aparentemente, ele adorava isso.

– Lá está ela! – um menino que caminhava entre os cidadãos apontou para mim e começou a correr na minha direção com a irmã de Lucas.

– Hum? Parece que temos companhia, Piplup – eu me levantei e encarei a dupla de estudantes que se aproximava com grande entusiasmo. Meu Pokémon, por sua vez, escalou o meu corpo e se deitou em minha cabeça. Não imaginava que aquele seria um lugar confortável para um Pokémon.

– Ah, achamos você – dizia Thais, ofegante. – Por favor, Dawn, me diga que nós fomos os primeiros a te encontrar.

– Infelizmente não, Thais. Uma dupla de treinadores passou aqui poucos minutos antes de vocês chegarem.

– Putz! Mas nós ainda podemos alcançá-los. Qual é a pergunta que deveremos responder? – foi a vez do menino me questionar.

– Bem, eu sou a terceira guardiã dos cupons premiados da Campanha Promocional do Pokétch e a minha pergunta é: Um Pokémon pode ser equipado com um item?

Contudo, antes que eles pudessem dizer alguma coisa, um jovenzinho veio até nós em passos largos e caiu de joelhos na minha frente. Ele tinha pele branca, cabelo preto, olhos roxos e vestia o mesmo uniforme que o menino que acompanhava Thais. Sua respiração ofegava bastante e ele exibia uma feição desesperada. Parecia que o garoto tinha visto um Pokémon fantasma.

– Moça... eu preciso... da sua... ajuda.

– Tomás? O que houve, maninho? – antes que eu pudesse reagir, o menino marombinha que acompanhava Thais se aproximou do garoto e apoiou uma das mãos em seu ombro.

– A Susan... eles a levaram... – ele tentou falar, mas estava muito fraco.

– Eles quem? – Richter questionou, preocupado.

– Hey, deixe que eu assumo a partir de agora. – eu falei, me achegando ao menino. Piplup saltou da minha cabeça e me mostrou que os braços daquele jovem apresentavam alguns arranhões. – Tomás, certo? – ele assentiu com a cabeça ao ouvir seu nome. – Eu preciso que você me conte tudo o que aconteceu com você.

– Nós estávamos procurando por você perto da entrada da Rota 204, quando um Pokémon cruzou nosso caminho. Ele parecia assustado e estava bastante ferido. Estávamos prestes a levá-lo ao Centro Pokémon, mas alguns homens nos cercaram e nos atacaram com seus Pokémon. – ele fechou a cara ao se lembrar daquilo. – Eu pedi para a Susan correr para a floresta com o Pokémon, mas eles a seguiram. Não recebi notícias dela desde então...

– Poderia me dizer como esses homens eram, Tomás?

– Hã... eu não consegui ver muita coisa, porque eles cobriam o corpo com capuzes vermelhos e o rosto com máscaras de Smeargle.

Ao ouvir a descrição de Tomás para os bandidos, eu senti um forte frio na espinha. Descobrir que se tratava dos mesmos homens que atacaram os meus amigos na noite anterior estava me amedrontando tanto a ponto de fazer as minhas pernas bambearem e o meu coração palpitar. Respirei fundo. Eu não poderia amarelar em uma hora dessas. Eu sou uma treinadora oficial e, portanto, é meu dever ajudá-los.

– Parece que tem alguém assistindo muito filme de terror. – Richter comentou, fazendo-me revirar os olhos. Aquele não era o momento para piadinhas sem graça.

– Pessoal, ouçam bem. Eu vou precisar da ajuda de todos vocês – eu disse em alto tom. Nunca havia falado tão seriamente em toda a minha vida. – Richter, você vai encaminhar o Tomás para o hospital mais próximo daqui. Ele está bastante ferido e precisa de cuidados médicos urgentemente.

– Beleza! – ele assentiu, ajudando o amigo a se levantar e apoiando um de seus braços sobre o tronco dele. Tomás não pareceu muito contente com o meu comando, mas logo ele se dará conta de que não seria útil com todos aqueles arranhões no corpo.

– Thais. Eu preciso que você retorne à Escola de Treinadores e conte toda a história para a Diretora Elane. Ela saberá o que fazer.

– Certo, pode deixar comigo! – a menina concordou com a cabeça e parecia bastante determinada a ajudar a salvar alguém que ela dissera não gostar. Eu fiquei imaginando se eu agiria da mesma forma se aquilo acontecesse com a Leah Lass**, minha maior rival da escola.

– Eu e o Piplup seguiremos para a Rota 204. – meu Pokémon inflou o peito de ar e exclamou alguma coisa que eu interpretei como uma frase motivadora. – Tomás, eu prometo a você que trarei sua amiga de volta! – afirmei, olhando fixamente para os olhos daquele garoto, na intenção de transmitir confiança. A julgar pelo sorriso que ele esboçou como resposta, deu certo.

– Tome cuidado, Dawn. Tentarei avisar o meu irmão e o Barry assim que possível – disse a garota, me abraçando. Ela realmente era uma criança muito fofa e prestativa.

– Obrigada, Thais!

Eu sabia que não teria a menor chance contra aqueles contrabandistas, ainda mais se aquilo terminasse em uma batalha Pokémon; mas eu precisava tentar. Minha sorte era que eu não estaria sozinha e tinha um bom plano em mente.

– Esse momento é nosso, Piplup! Vamos mostrar a eles toda a nossa força!


Notas Finais


*Bolt Corredor: Como na franquia de Pokémon ainda não existem treinadores da classe "Corredor" (em inglês, Runner), eu tomei a liberdade de criar uma, sendo o grande Usain Bolt o primeiro representante dessa família.

**Leah Lass: Essa personagem é uma homenagem para uma amiga das antigas do site (a @MissLeah), que eu acredito não estar mais ativa por aqui. Acabei escolhendo ela para ser a primeira rival da Dawn não apenas por sua personalidade, mas também por descobrir que eu tenho apenas uma leitorA dessa fanfic, o que me forçou a recorrer a outra pessoa para ser homenageada. Ela faz parte da classe de treinadores "Lass", que tem somente representantes do sexo feminino, e eu optei por não traduzir para "Garota" por questão de estética mesmo.

Sintam-se a vontade para deixar um feedback sobre esse capítulo aqui em baixo. Podem ter certeza de que ficarei muito feliz em responder cada comentário que vocês postarem aqui! Inclusive, eu gostaria de pedir para que os interessados em ter um personagem nessa fanfic manifestem tal interesse através do comentário, dizendo "Eu quero!". Um grande abraço e que Deus vos acompanhe! =D

Tradução dos movimentos:
Scratch = Arranhar


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