História Pokemon Indigo League - Volume I - Uma incursão de resgate. As batalhas contra a Equipe Flare!

  May e Dawn haviam saído de Hoenn horas antes do ataque começar e nem sequer ficaram sabendo dele até chegarem na casa da coordenadora de Sinnoh.

  Dawn abriu a porta e viu sua mãe tremendo. Ela olhava fixamente para a televisão e não parecia ter percebido as duas ali.

- Mãe? – Dawn entrou correndo – Tudo bem?

  A mulher arregalou os olhos ao ver as duas ali e então a abraçou e suspirou aliviada.

- Minha querida! Eu estava tão preocupada!

May entrou logo atrás e olhou para a TV.

- Uh-oh! – ela exclamou – Isso é muito ruim!

- Que bom que vocês não estavam lá quando aconteceu!

  Dawn olhou para a televisão e viu o que pelo menos deveria ser, uma gravação aérea de Rustboro.

- O que é isso? – ela quase gritou.

[Voltamos com novas informações sobre este incidente, agora com a confirmação de ter sido um atentado terrorista! Segundo informações que conseguimos puxar de dentro da cidade, um grupo todo vestido de vermelho invadiu o prédio da Devon Corporation. Quase meia hora depois o corpo do presidente foi encontrado já sem vida na rua e uma mensagem começou a ser transmitida nos PokeNáv por um homem que se identificou como o terrorista supostamente falecido Lysandre...]

  A repórter continuou falando, mas May e Dawn não prestaram mais atenção.

- Disseram que ele estava morto! – May falou estupefata.

- Alguma coisa muito errada está acontecendo! – Dawn se sentou no sofá e apoiou o queixo nas mãos – Lysandre... eu conheço esse nome... não é o...

  Ela parou de falar e arregalou os olhos para a televisão.

- May! Olha isso! – ela agarrou os ombros da garota e a virou na direção da tela.

- Não acredito! – a outra exclamou.

  Um grupo de pessoas havia surgido por fora da cúpula de raízes em volta da cidade. A repórter pareceu não notar eles, pois continuou explicando sobre como a cidade estava reagindo. O grupo conversou por alguns segundos e então por mais alguns segundos com um homem que estava ali presente, um deles se juntou ao indivíduo e então os outros se separaram indo para diferentes direções. Agora eram dois grupos, porém um deles era muito pequeno, só tinha três treinadores e três Pokemon para fora. Eles pararam na frente da cúpula e os Pokemon começaram a atacá-la, um dos treinadores soltou dois Pokemon e eles, junto dos que já estavam ali, começaram a ajudar. May percebeu que todos os Pokemon eram familiares e um em especial estava chamando sua atenção. Um Pikachu.

- Pikachu, Charizard, Infernape, Chesnaught... – May reconheceu todos, mas antes de falar o nome do último, olhou para Dawn com satisfação.

- Greninja! – as duas falaram juntas – Ash... boa sorte!

 

  O grupo liderado por Alan conseguiu entrar na cidade com a ajuda de Absol, que abriu um buraco nas raízes e criou uma barreira de energia para que ele não se fechasse.

- Certo, vamos nos separar! – Alan falou – Dividam-se em duplas e tentem tirar da cidade a maior quantidade de pessoas possível!

  Eles começaram a se dividir e antes que pudessem correr em direções opostas Alan voltou a falar.

- Aliás, se algum de vocês ver algum Flare, mandem um FIRE BLAST neles por mim!

  Aquilo aliviou a tenção e todos deram um sorriso.

- Não vamos deixar um de pé! – Gary gritou e eles começaram a missão.

 

  Paul e Casey correram para um bairro um pouco pobre da cidade, onde várias casas desabaram com o tremor. Eles encontraram vários Pokemon selvagens fazendo ataques aleatórios contra tudo o que se movia e Paul sem pensar duas vezes soltou Electivire.

- Use DISCHARGE em todos eles! – ele gritou.

- Eu mereço... – Casey revirou os olhos e jogou uma pokeball – Electivire absorva toda a eletricidade!

  A enorme quantidade de raios formada pelo ataque foi absorvida pelo outro Electivire, sem dar dano algum aos Pokemon selvagens.

- O que você acha que está fazendo? – Paul gritou com ela.

- A Dawn me disse que você é um idiota, mas não achei que fosse tanto! – Casey soltou Meganium e mandou que ela usasse SLEEP POWDER nos Pokemon – Eles estão tão assustados quanto as pessoas que perderam suas casas! Eles estão presos aqui dentro, mas esse não é o lugar deles... eles precisam de ajuda tanto quanto qualquer outra pessoa aqui dentro!

  Paul revirou os olhos.

- Desculpe! Vamos ajudá-los!

- Espera! O que você disse? – Casey deu uma risada nervosa.

- Vamos logo! – Paul começou a andar pela rua para procurar por pessoas perdidas lá.

  Casey foi logo atrás dele e aos poucos, depois de levantar escombros, destruir algumas raízes e colocar Pokemon selvagens para dormir, a quantidade de pessoas que eles resgataram e começaram a segui-los já passava de vinte. Eles foram avançando para voltar ao buraco que Absol abriu, mas tiveram que desviar de vários Pokemon selvagens, alguns membros da Equipe Flare e também de algumas raízes.

- Não basta a cidade estar fechada pelas raízes, ela tem que estar tomada por elas! – a garota bufou enquanto Meganium acertava um MAGICAL LEAF para cortar a base de uma.

- Ash e Alan falaram que Lumiose ficou desse jeito, só que não tinha a cúpula gigante da morte! – Paul falou enquanto Electivire abria um buraco na parede de um prédio – Vamos por aqui, corremos menos risco de sermos atacados!

  Casey entrou no prédio primeiro para guiar as pessoas que vieram logo atrás, Paul entrou por último para cuidar da retaguarda.

- Está vendo alguma coisa? – ele gritou para a treinadora.

- A saída! – ela respondeu.

- Isso é bom!

  Eles conseguiram sair do prédio e começaram a correr para fora da cidade até que viram Absol sentado ao lado de Serena, Sawyer e Bonnie. Casey correu até os quatro.

- Me ajudem!

  Serena ergueu a mão fazendo Casey parar de falar e foi na direção das pessoas, ela respirou fundo e fechou os olhos, parecendo se concentrar em algo, então ela os abriu e deu um sorriso lindo e confiante, um vento muito forte começou a soprar e ela precisou segurar seu chapéu rosa para que ele não fosse embora voando. Mesmo em meio ao caos total a garota conseguia permanecer bonita. Aquilo irritava Casey um pouco e deixava os garotos com inveja de Ash.

– Vocês estão assustados, eu sei, eu também estou, aliás, todos nós estamos! – ela falou devagar – Mas vocês precisam me escutar! Não prestem atenção em mais nada, só em mim!

  O tom da sua voz era tão calmo e melodioso que as pessoas entraram em uma espécie de transe e Casey quase foi junto.

- Que fantástico! – Sawyer exclamou.

- É o dom dela! – Bonnie disse.

- Vocês vão sair por aquele buraco, e seguir para a esquerda até encontrarem um homem de sobretudo, seu nome é Looker e ele vai poder ajudá-los! Agora vão!

  Era algo muito estranho, pois as pessoas sentiam vontade de obedecê-la. Mais de vinte pessoas passaram pela abertura que havia sido feita na cúpula e saíram da cidade, mas antes que a última saísse, Serena a pegou pelo braço.

- Você não! – ela falou.

  Paul balançou a cabeça desnorteado.

- Você é maluca! – ele falou.

- Você também é! Vamos! – Casey agarrou a mão dele e tentou puxá-lo para dentro da cidade de novo.

- Não! – Sawyer interrompeu ela – Os dois ficam, nós entramos!

- Por quê? – Paul perguntou.

- Nós achamos melhor que ficasse sempre alguém aqui para garantir que a Equipe Flare não tente nada. – Serena explicou.

  Geleca pulou de dentro da bolsa de Bonnie.

- Geleca? Tudo bem? – a garotinha perguntou preocupada – Você está estranho desde que chegamos aqui, aconteceu algo?

  Geleca olhava para cima, na direção de um prédio muito distante.

- Aquele é o prédio da Devon... – Serena falou – A May me trouxe aqui quando eu estava participando do Contest. Geleca, o que tem ali?

“Meu irmão! ” – ele respondeu tremendo e eles não souberam dizer se era de medo ou raiva.

- Zygarde está lá? – ela perguntou.

  O Pokemon confirmou com a cabeça e Serena concluiu que era raiva.

- Então Lysandre também está... e é para lá que Ash vai!

 

- Absol, use SHADOW CLAW! – Astrid gritou.

  Ele investiu contra um Mismagius que foi enviado por um Flare. Suas garras brilharam e Absol desferiu o golpe diversas vezes contra adversário, Mismagius conseguiu desviar e tentou se afastar para lançar uma SHADOW BALL.

- DARK PULSE! – Astrid ordenou.

  Os dois golpes se chocaram e houve uma explosão. O Mismagius caiu e então foi chamado de volta para dentro de sua pokeball e trocado por um Aggron.

- Bela explosão! – Gary comentou tomando o lugar da garota na batalha – Agora deixa comigo! Blastoise, acaba com ele!

  Blastoise surgiu e gritou na direção do oponente. Absol sentou e ficou olhando para sua treinadora.

- O que foi? – ela perguntou – Deixa ele se divertir um pouco!

- GIGA IMPACT! – o Flare ordenou.

- Defenda com SKULL BASH! – Gary gritou.

  Blastoise enterrou suas duas mãos no chão e sua cabeça brilhou. Quando Aggron se colidiu com ele houve uma pequena explosão de impacto que deixou todos temporariamente surdos. Aggron saiu cambaleando, mas Blastoise continuou no mesmo lugar, esperando uma nova ordem. Gary gritava o que ele deveria fazer, mas ninguém o escutava, por fim ele gesticulou apontando para as costas e Blastoise sorriu malignamente.

  Seus dois canhões engatilharam e então soltaram um jato d’água poderoso o suficiente para apagar um Pokemon metálico. Aggron caiu e o Flare se rendeu.

- Meowstic! – Astrid jogou uma pokeball para liberar o tipo psíquico – Use HYPNOSIS!

  Meowstic obedeceu ao comando e colocou o criminoso para dormir. Os ouvidos de Gary, Astrid e seus Pokemon deram um estalo e eles voltaram a ouvir normalmente.

- Belo HYDRO CANNON! – Astrid falou.

- Obrigado! – Gary fez uma reverência exagerada e então se virou para as pessoas que estavam atrás do Flare – Este foi o último, venham com a gente, vamos tirá-los da cidade!

  Todos se levantaram e esperaram Gary e Astrid apontarem uma direção. Os dois treinadores começaram a guiar as pessoas para fora da cidade, deixando no lugar onde eles estavam, sete Flare em um sono profundo.

 

  Barry e Macey acharam durante a exploração, um prédio com as saídas bloqueadas por uma combinação de raízes e escombros.

- Skarmory procure por pessoas dentro do prédio. – o garoto soltou o Pokemon, que entrou por uma janela do primeiro andar.

  Pouco tempo depois ele voltou segurando um sapato.

- Eu acho que isso é o suficiente! – Macey falou pegando uma pokeball – Electabuzz, use THUNDER PUNCH!

- Heracross saia e use MEGAHORN!

  Os dois Pokemon desferiram os golpes várias vezes contra as raízes e os escombros até conseguirem destruir tudo e abrir caminho para dentro do prédio.

- Ah, droga... – Macey suspirou.

  O prédio estava lotado de agentes da Equipe Flare, todos com seus Pokemon preparados para a batalha. Barry percebeu que era uma emboscada.

- Calma galera! – ele falou dando alguns passos para trás – Nós vamos sair daqui e vocês não vão mais nos ver!

  Os dois tentaram correr, mas foram fechados por outros Flare.

- Sério? – ambos exclamaram ao mesmo tempo.

- Hitmonlee, Roserade, Staraptor e Empoleon, saiam e usem seus ataques mais fortes! – Barry gritou jogando todas as suas pokeball.

- Ninetales, Magcargo, Typhlosion e Starmie, vocês estenderam! – Macey também soltou todos os seus Pokemon e logo uma guerra era travada ali.

  Muitos Pokemon se enfrentavam, um SWIFT acertou uma parede, Hitmonlee acertou a cabeça de um Steelix com BLAZE KICK e um Mega Swampert caiu quando Empoleon lhe acertou um HYPER BEAM ao mesmo tempo que Electabuzz o acertou com um THUNDER PUNCH.

  Aos poucos, os dois treinadores limparam o prédio, fazendo a Equipe Flare recuar e fugir.

- Isso! – os dois comemoraram batendo as mãos.

- Aqui em cima! – eles ouviram alguém gritar – Socorro!

- Outra emboscada? – Macey perguntou.

- Eu acho que não... – Barry falou e os dois correram na direção da escada que levava ao primeiro andar.

  Ela estava, assim como quase todas as entradas e saídas daquele prédio, bloqueada. Empoleon usou DRILL PECK para destruir os escombros e Barry e Macey puderam ver quase trinta pessoas, se não mais, amontoadas ali esperando o resgate.

- Venham! – Macey gritou – Vamos tirar vocês daqui!

  Barry guardou quase todos seus Pokemon, deixando para fora apenas Staraptor e Empoleon. O tipo voador ficou acima deles para garantir que não haveria nenhuma surpresa e aos poucos eles foram abrindo caminho para fora da cidade.

- Se formos pela rua da Devon nós cortamos caminho. – uma pessoa disse.

- Não obrigado! – Barry respondeu – Vocês viram o que aconteceu lá?

  Houve uma explosão. Todos olharam para a direção do barulho e sua fonte era o prédio da Devon.

- Estão vendo? – Barry apontou – Fumaça saindo das janelas! Isso nunca é bom!

- Ele está certo. – Macey falou – Vamos continuar por aqui. É mais seguro!

  Enquanto eles se afastavam, mais explosões aconteciam.

- Parece até que tem alguém batalhando lá encima! – Barry falou olhando de novo para a construção em ruínas.

  Os dois treinadores se entreolharam e bateram na própria testa.

- Ash...

 

  Serperior rastejou pela parede de um prédio em ruínas até chegar no topo e então desceu, com duas pessoas montadas nele.

- Desçam daí. Tem mais alguém lá em cima? – Trip perguntou de maneira seca.

- Não... – uma mulher de idade respondeu tremendo um pouco.

  O outro resgatado era um homem também de idade.

- Ei... desculpe meu amigo! – Cameron segurou a mão da senhora – Vamos por aqui, temos que sair logo desse lugar se não vai tudo desmoronar.

  Os quatro começaram a se afastar, mas pararam ao ouvir algumas batidas.

- O que foi isso? – Cameron perguntou.

- Veio de dentro do prédio! – o senhor respondeu.

- Serperior, quebre a parede!

- Samurott segure o Serperior! – Cameron gritou para impedir que o outro atacasse.

- O que você está fazendo? – Trip segurou a gola da camisa de Cameron.

- Se o Serperior atacar ali, vai matar a... eu não consigo respirar...

  Trip o soltou. Cameron arfou e voltou a falar.

- Se o Serperior atacar ali, vai matar a pessoa. Temos que ir por outro lado!

- Certo... – Trip correu com Serperior em seu encalço para encontrar um lugar que ele pudesse quebrar.

  Cameron encostou a cabeça na parede de onde veio o barulho.

- Nós vamos te tirar daí! Espere só um pouco! – ele falou.

- Serperior use DRAGON TAIL como uma broca! – Trip ordenou.

  O edifício tremeu e muita fumaça subiu quando o Pokemon entrou em contato com a construção. Ao terminar o serviço, havia um buraco na parede por onde eles poderiam entrar.

- Deixa que eu vou. – Cameron falou soltando Lucario.

- O que? – Trip o olhou.

- Eu e o Lucario entramos e você fica aqui fora com o Serperior e o Samurott.

- Certo. – ele cruzou os braços.

  Cameron entrou e imediatamente começou a tossir.

- Quanta poeira... – ele balançou a mão na frente do rosto e avançou até onde ele escutou as batidas.

  Ao chegar lá viu que era uma garotinha. Ela estava presa atrás de vários escombros e com a perna machucada. Lucario tirou alguns do caminho para que Cameron pudesse pegá-la.

- Ei ruivinha, não chora! – ele falou tentando acalma-la – Eu vou te tirar daqui!

  Logo que ele a pegou ela enterrou o rosto no peito do garoto e chorou ainda mais.

- Ei! – Cameron se ajoelhou e a colocou no chão – O que foi?

- Eu não sei on... onde está a minha mãe... – ela falou soluçando.

- Está certo... – ele disse voltando a pegá-la – Vamos sair daqui e aí eu vou procurar sua mãe!

  Eles saíram de dentro do prédio e Cameron a entregou para Trip.

- Cuide dela, aliás se puder, já leva eles até a Serena.

- O que você vai fazer? – o outro perguntou.

- Vou achar a mãe dela.

  Trip balançou a cabeça e correu junto dos outros dois que eles haviam resgatado.

- Certo! O Alan me falou que os Lucario podem sentir as pessoas. Isso é verdade? – Cameron perguntou para seu Pokemon

- Rio! – Lucario confirmou.

- Ótimo. Através daquela garota, você pode achar a mãe dela?

  Lucario fechou os olhos e pareceu se concentrar. Segundos depois ele voltou a abrir e disparou para dentro do prédio.

- Ei! Espera aí! – Cameron gritou correndo atrás dele.

 

  Luxray se escondeu atrás de um carro e armou para dar um bote, Angie ao perceber cobriu a boca de Alan com as mãos e o puxou para que eles tambem se escondessem.

- Cala a boca, ele achou alguma coisa! – ela cochichou.

  Alan balançou a cabeça para mostrar que entendeu.

- Luxray THUNDER FANG! – outra pessoa gritou ao mesmo tempo que ela.

  Luxray pulou e colidiu com outro que estava usando o mesmo ataque. Angie saiu do esconderijo para ver seu oponente.

- Clemont! – ela gritou – E Misty?

  Clemont suspirou aliviado e mandou Luxray parar. Alan se levantou e deu oi.

- Oi. – Misty respondeu balançando uma mão e guardando uma pokeball com a outra.

- Quantos vocês já enfrentaram? – Angie perguntou depois que eles se aproximaram.

- Alguns... – Clemont parou para fazer uma conta – Eu acho que entre quinze e vinte!

- Nós estamos por aí também. – Alan falou – Vamos andar. Não é bom ficar parado aqui.

- Certo. – os três concordaram.

- Onde está Charizard? – Misty perguntou.

- Guardamos ele. – Angie respondeu.

- Demos de cara com um cientista e ele carregava uma máquina de controle mental.

- Como assim carregava? – Clemont perguntou – Aquela coisa do Xerosic era imensa!

- A do Xerosic sim. Não a do Colress... – Alan falou – Enfim, achamos mais seguro só deixá-lo para fora se for muito necessário.

  Eles continuaram andando até que ouviram um barulho parecido com o de algumas pessoas correndo, o som vinha de trás de um prédio e todos os quatro entraram em alerta.

- Vamos! – Misty correu na frente deles.

  Os outros sacaram uma pokeball cada e foram atrás dela.

- Acho que estamos dando sorte por enquanto! – Misty falou mais uma vez guardando sua pokeball – Oi Trip!

  Trip cumprimentou ela e os outros três quando eles apareceram.

- Você veio com o Cameron não foi? – Angie perguntou.

- Sim, ele ficou para trás para achar a mãe dela. – ele explicou apontando com a cabeça a garota em seu colo.

- Como você é bonitinha! – Misty a pegou e fez carinho em sua cabeça – Não se preocupe, nosso amigo vai achar ela!

  Mais barulho de corrida. Dessa vez eles não sacaram suas pokeball ou se alarmaram. Lucario chegou carregando uma mulher inconsciente.

- Mamãe! – a garota gritou preocupada.

- Calma! – Misty disse – Ela está bem, só está... dormindo.

  Cameron se aproximou arfando.

- Oi pessoal! – ele falou.

- Acho melhor nós irmos ver como estão lá na entrada. – Alan falou.

- Eu já estava indo para lá. – Trip disse.

- Então vamos. – Misty falou.

  Eles se colocaram a correr de volta para a entrada e chegaram lá à tempo de ver uma multidão saindo pelo buraco que Absol criou e uma multidão chegando para passar por ele.

- Estão todos aqui? – Casey perguntou.

- Menos o Ash e o Leo. – Sawyer falou.

- Esperem aí, já falo com vocês! – Serena disse para os amigos e guiou todos para fora da mesma maneira que antes.

- Uau! – todos exclamaram e Serena riu.

- Certo, onde estávamos? – ela perguntou.

- Ash e Leo provavelmente estão com problemas. – Bonnie falou.

- Ah sim... problemas... – ela olhou para os prédios em ruínas – Eles estão na Devon...

- Você acha que deveríamos subir lá? – Gary perguntou.

- Não. Vocês vão sair e ajudar o Brock com o pessoal lá fora. – ela respondeu.

- Vocês? – Alan arqueou uma sobrancelha – Você planeja entrar lá?

  Ela confirmou com a cabeça.

- Absol... pelo que eu entendi você é amigo do Leo certo?

  Ele confirmou.

- Então você pode fazer uma coisa por mim? – ela perguntou e ele a encarou para mostrar que estava ouvindo – Ele e Ash provavelmente estão com problemas e nós precisamos ajudá-los! Precisamos subir aquele prédio e chegar até eles, você consegue me levar até lá?

“Consigo, não se preocupe, nós vamos ajudá-los! ”

- Obrigada! – Serena agradeceu aliviada.

  Geleca pulou em seu ombro.

“Eu vou também! ”

- Certo! – ela olhou para seus amigos – Vai ficar tudo bem! Eu tenho um lendário e um Absol que Mega Evolui sozinho, nada pode dar errado!

  Todos deram boa sorte e saíram da cidade para ajudar Brock.

- Bonnie você também! – Serena falou.

- Eu quero ajudar eles e o Zygarde! – ela falou batendo o pé.

  Serena fechou os olhos e sua respiração tremeu.

- Por favor Bonnie! Vai ser perigoso e não tem nada que você possa fazer lá!

- Tem sim! Eu vou poder ajudar, por favor me deixa ir! – Bonnie implorou.

- Então fique do meu lado e faça tudo o que eu mandar! – ele disse fazendo cara feia.

- Certo! – a garota respondeu.

  As duas começaram a correr ao lado de Absol e Geleca pulou para a cabeça da Bonnie. Aos poucos o prédio da Devon Corporation foi se aproximando e o barulho e os tremores de uma batalha de proporções enormes foi aumentando.

  As duas pararam nas portas de entrada e respiraram fundo.

 

   Vários andares acima, uma pokeball bateu no chão e Greninja entrou em campo.

- Você preferiu deixá-lo por último, é uma estratégia curiosa, porém é um tanto quanto óbvia! – Lysandre falou calmamente – Zygarde, acabe logo com isso!

  Ash cerrou os punhos em um ódio incontrolável.

- Greninja, vamos usar todo o nosso poder! – ele gritou sentindo seu corpo começar a queimar, uma espécie de fumaça azul envolvê-lo e o que deveria ser sua Aura ser transferida para seu Pokemon – Vamos nos tornar mais fortes!

  Ambos fecharam os olhos e quando os abriram, a sincronia tinha começado!

 

 

  Continua...