História Pokémon School (Interativa) - Escolha de Amizades

??? P.o.v.

Oi! Oi! Oi! Gente, como vão vocês? Bem?! Que bom! Eu também estou ótima. Ótima mesmo... Não, PERFEITAMENTE ÓTIMA! Cara, finalmente chegou o meu momento. Tem tanta gente antes de mim que não narrou ainda e mesmo assim eu não sei nem por onde começar. Meu nome? Ah, certo, meu nome!

Eu sou Mahina Suzuki, sou um Deerling do segundo ano do ensino médio. Posso parecer um pouco nova, mas eu já apareci algumas vezes em momentos que não me favorecem tanto. Talvez não se lembrem de mim.

***Flashback On***

Braixen: Meu Arceus, que merda é essa? - perguntou abismada, sendo ágil ao desviar de um vaso de planta que quase a acerta na cara.

Jeovana: Bom, esse é o 10° andar. - diz, sendo a sua vez de desviar de um objeto perigoso sendo lançado acidentalmente (ou não) em sua direção - Conhece o filme "Uma Noite de Crime"? Pois é, aqui é quase igual.

- OOOOI, MENINAS! - gritei do meu quarto próximo ao elevador - Podem segurar o elevador, por favor! - pedi indo animada até o elevador, me desviando das garotas brigando no corredor.

Jeovana: … VERÔNICA, SUA VACA SEM NOÇÃO! - gritou enfurecida e quando ia acertar a tal Verônica desvia, fazendo com que o tapa me acerta na nuca.

- AAH! - gritei após receber o tapa, cambalear e cair no chão - Morri… - murmurei antes de perder a consciência.

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Braixen: Meu nome é Leyla Parker, tenho 17 anos… Sou uma Braixen normal e sem muitas singularidades, mas quero fazer amizade com todos vocês. Obrigada.

- Bem vinda! Oh! Seja minha amiga! Aqui, oh! Parker! Oooi! Faz amizade comigo! - eu tentei chamar ela por longos minutos, mas acho que a turma tá muito barulhenta hoje, acho que todos estão felizes em recebê-la - Ah, sem problema, outra hora eu converso com ela.

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- Onde será que deixaram a vassoura… - murmurei comigo mesma, tentando me recordar onde ficava a sala do zelador.

Virei um corredor onde eu tinha quase certeza de que era onde a sala ficava, quando eu estava próximo dela, vi um casal de Lycanroc chegando antes lá, começando a se beijarem sem me perceber ali, quase a alguns passos deles. Fiquei com vergonha e fiquei de costas para eles, mas mesmo assim consegui ouvir eles ainda se beijando, como também entrando na sala que eu pensei ser a do zelador.

- HAHAHAHAHAHA… Acho que ali não é a sala do zelador. Que engano meu. - ri da minha própria burrice. Óbvio que ninguém iria entrar na sala do zelador para ficar se pegando.

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Peguei meu celular no bolso do meu shorts que uso na educação física. Disquei o número e aguardei ser atendida.

- Alô, alô… Meu nome é Mahina, bom dia… acho que eu gostaria de solicitar uma ambulância com urgência aqui na escola a Pokémon School. Temos vários feridos aqui… O que aconteceu? Bem…

Olhei para os jogadores que estavam inconscientes ou machucados, por causa das jogadas de Skylet. Vi a tempo a Mega Lopunny dar mais uma mega jogada contra outros jogadores, acertando mais um em cheio. Pobre Pikachu.

- Um ataque de demônio. - sorri, chegando a conclusão do que está acontecendo - Ela é incrivelmente forte e felizmente alguns ainda estão de pé, mas acho que se continuar assim….. Alô?

***Flashback off***

E por mais incrível que pareça, eu estou acostumada com tudo isso. Afinal, estou há mais de quatro anos aqui na Pokémon School — mesma época em que me mudei de Kanto para cá. O idioma daqui é diferente, mas eu adorei TUDO. Fui bem recebida por todos e fiz amizades incríveis com um grupo de garotas muito engraçadas. Eu amo elas! Tem a Ashley, a Samanta, Luluzinha e a—

Raikou: Srtª. Suzuki. - a voz do diretor me assusta por alguns segundos, mesmo sendo calmo ao me chamar.

- Sim, diretor. - sorri, me ajeitando naquela cadeira desconfortável em frente a sua mesa.

Raikou: Você está me ouvindo?

Hm. Verdade, teve um certo momento durante nossa conversa que simplesmente eu ignorei. O que será que ele tava falando mesmo?

- Puff! Óbvio que sim. - menti, dando uma risada alta demais para ser sincera - Talvez… tenha me perdido na última parte, sabe? Depois do “bom dia, Srtª Suzuki” em diante.

Raikou: Estava falando sobre sua situação atual. Devo lembrar que você é amiga do grupo de garotas que iniciou a briga generalizada no início do ano letivo. - sua voz grave se torna mais séria, enquanto ele apoia seus braços imensos sobre a mesa.

Ah, tem essa questão que deixei passar.

Esse meu grupo de amigas que me ajudaram muito nos últimos anos a me adaptar acabou… colapsando. Algo envolvendo traições que terminou na briga generalizada. Eu estava doente naquele dia, então não pude presenciar mais do que as discussões havidas delas no whatsapp e as publicações do Bloody Rumors relatando tudo. Não me machuquei que nem alguns, mas perdi meu grupo de amigas.

Infelizmente nenhuma delas quis continuar uma amizade comigo porque eu falo animadamente da época em que éramos um grupo. Isso irrita elas, que não aguentam nem ouvir os nomes umas das outras. Isso foi triste de se ouvir, mas fazer o que… se elas estão felizes assim, eu também estou feliz.

Raikou: Por vermos que você não teve nenhum envolvimento com a briga não aplicamos nenhuma punição, diferente das outras que foram suspensas. - explicou, sorrindo de uma forma mais amigável, oposto a seriedade que estava tendo a alguns minutos atrás - Entretanto, seria interessante para você fazer amizades novas. Que se enquadrem melhor nas suas qualidades. - ele retirou de sua gaveta uma vasilha de vidro com jujubas coloridas.

Não pude esconder meu desejo e comecei a pedir pelos doces, quase pulando do meu lugar. Parecia uma criancinha — o que, provavelmente, sou perto do lendário de sabe-se lá quantos séculos de idade. Ele me entregou a vasilha inteira, como se a seriedade daquela conversa fosse amenizar com um pouco de doce envolvido. Realmente, como se eu fosse criança. E, sim, obviamente funcionaria comigo, então agarrei a vasilha e a abracei em felicidade.

Raikou: Você é uma garota gentil e comunicativa. Muitos falam bem de você, então acho que se daria melhor com outras amizades menos… caóticas.

- Ainda não tô ligada, seu diretor.

Raikou: Mahina, você querendo ou não era do grupo de garotas que brigou. Todas foram castigadas menos você. Apesar do fato de você não ter feito nada de errado, muitos acharam que você foi “privilegiada” por ser uma das poucas que daqui que não são de Sinnoh. - explicou escolhendo cuidadosamente as palavras certas para dizer, em um tom calmo e acolhedor.

Ouvir aquilo me fez sentir um pouco desconfortável, mas descontei o sentimento ruim comendo as jujubas amarelas. Minha mãe sempre dizia que amarelo era a felicidade, então quando ficasse triste, era só comer umas cem dessa. E eu não sou burra em desobedecer minha própria mãe.

Raikou: Por enquanto, te recomendo esperar a poeira abaixar e fazer amizades com gente tranquila, que não te coloque na “boca do povo”.

- Ok, diretor. Estilo celebridade quando se mete em algum escândalo. - falei, pondo meu casco no queixo, sorrindo de canto - Já sei até por onde começar.

Me levantei em um pulo e caminhei rapidamente até a porta. Me despeço do diretor e saio, sinto que esqueci alguma coisa ao fazer isso, mas deixei esse pensamento de lado para priorizar na minha tarefa atual.

[...]

Eu entendi que preciso de amigos que não chamem atenção, pelo meu próprio bem, mas normalmente gente assim é TÃO desinteressante. Por outro lado, se eu me juntar com alunos caóticos pode ser que os alunos prestem mais atenção neles do que em mim.

Genial, eu sei. Pode elogiar. Eu sou mais esperta do que aparento.

1° Escolha - Skylet Arnold

Sempre ouvi falar dela, pelos apelidos engraçados que dão pra ela, como “monstruosidade”, “deusa do caos” ou “mensageira do apocalipse”. Apesar de estranhos, não acho que ela seja tudo isso que dizem. Meus pais me ensinaram a não julgar as pessoas com base nas opiniões alheias e que devo tirar minhas próprias conclusões.

Talvez até a Skylet seja o total oposto do que dizem, ao invés de agressiva e hostil, ela seja meiga e sensível. Se for o caso, pode ser que ela se sinta muito ofendida pelos apelidos que recebeu. Tadinha.

Depois de perguntar para muita gente onde eu poderia encontrá-la e ter recebido MUITOS avisos para mim evitar encontrá-la, finalmente uma Braixen me disse onde ela estava. Skylet estava passando a tarde no clube de luta, então fui até lá, e não demorou nem cinco minutos de tão perto que estava. 

O clube ficava numa parte alocada ao Prédio Vermelho, onde fica o ginásio. Como se fosse um complemento um pouco menor ao prédio, localizado na lateral dele com acesso externo. Ou seja, quem quisesse acessar ao Clube de Luta, era só ir até a lateral do Prédio Vermelho, onde teria duas portas que davam acesso ao espaço do clube.

Lá dentro do clube, encontrei uma típica academia de luta que se vê em filmes ou séries: No meio do cômodo havia um ringue mais alto, enquanto que por cada canto do clube tinha aparelhos de musculação e outros para práticas de luta, como sacos de areia. Só que, diferente da movimentação que pensei que encontraria ali, deu de cara com muitos alunos caídos no chão, espalhados pelo clube. Alguns estavam se mexendo, parecendo soltar gemidos de angústia, enquanto que outros permaneciam imóveis, e esses estavam até mesmo amontoados uns nos outros.

Hum… ok. Talvez não seja exatamente o que estou imaginando. Eles podem estar dormindo, afinal, treinar nesse clube deve cansar muito.

Me assusto ao ver um Machoke fortão cair bem próximo de mim, ficando no chão igual aos outros. Só então me dei conta que ali, algumas galopadas à minha frente, estava a Skylet. Estava no ringue que fica no centro do clube, não muito alto, mas bem largo.

Ela estava sentada em cima de um dos caras caídos (dormindo), como se fosse um confortável assento para ela.

- Que foda…! - sussurrei, em admiração.

Skylet bocejou e no seu ato de cruzar as pernas fez o cara em quem ela sentava grunhir. Ela me olhou, com seu penetrante olhar hostil o qual todos falam.

Skylet: O que foi? Você é a próxima? - perguntou, séria, e eu seguro a respiração naquele momento, não conseguindo conter meu sorriso.

- Me adota…

Skylet: O que?

- O que?

???: Skylet! - gritou alguém no canto do cômodo.

Eram Andrik e Rakyo, conhecidos por serem os únicos que insistem em enfrentar a Skylet nos últimos meses apesar da surra épica que eles levam. Nunca presenciei isso, mas apesar de admirar Skylet espero que eles ganhem.

Andrik: Rakyo, vamos fazer como treinamos. - disse, batendo confiante nas costas do Pikachu, que assentiu em resposta.

Andrik e Rakyo correm até Skylet em sincronia, e a mesma se coloca em posição de ataque. Quando próximo o bastante, ela tentou atingir o Andrik com um chute, mas ele desviou rolando no chão, passando por entre as pernas de Skylet. Enquanto isso, Rakyo, vinha logo atrás repetindo o mesmo movimento que o Frogadier, só que ele acertou um chute na única perna que sustentava o corpo de Skylet naquelas pouco segundos. Ela perde um pouco o equilíbrio e os dois aproveitam essa brecha para atacar.

Enquanto ela recuperava o equilíbrio, Rakyo deu a volta por ela numa velocidade impressionante, pretendendo atacá-la pelas costas. Já Andrik, a enfrentará pela frente. Ambos avançam ao mesmo tempo, deixando a Skylet encurralada, tendo que escolher entre impedir Rakyo ou Andrik.

Quando parecia que ela ia ser acertada pelo soco de Andrik, que foi o primeiro a alcançá-la, Skylet impressiona ao recuar um passo, segurando Andrik pelo pulso e gola da camisa. Ela acertou em cheio uma joelhada na barriga de Andrik e, enquanto estava se recuperando do golpe, a Mega Lopunny jogou o Frogadier contra o Rakyo.

Os dois rapazes se colidem e caem amontoados um no outro. Então, antes deles fazerem mais alguma coisa, Skylet chutou os dois, que gritam ao voarem uma distância surpreendente até baterem na parede do clube. Os dois caem inconscientes.

- Ela é tão foda… - meus olhos devem estar brilhando de admiração.

Infelizmente, por mais incrível que ela seja, acho que a vida dela é meio… intensa demais para mim. Por tanto, vamos para a próxima escolha.

[...]

2° Escolha - Matthew Grames

Matthew até onde eu sei, é um garoto muito que compartilha de muitos interesses e gostos iguais aos meus. Sua personalidade meio caótica é compatível comigo, que sou alguém que adora uma boa diversão. Imagino muito nós nos divertindo em festas, fazendo piadas e pegadinhas.

Ok que ele foi o responsável por orquestrar o colapso do meu antigo grupo, o que me levou até minha situação atual à procura de amigos. Entretanto, os problemas sempre existiram, ele só trouxe à tona (de forma bem questionável).

O observo de longe conversando com a mesma Braixen, que eu tinha visto várias vezes, sentados juntos no refeitório. Aguardei até ela sair para me aproximar dele e eu fiquei surpresa de não ter visto, mas em cima da mesa dele tinha uma cabeça de uma fantasia, que reconheci como sendo a cabeça de um Manaphy com óculos juliet. É tão adorável, será que ele vai se fantasiar de Manaphy? Qual a ocasião?

- Oi, Matt. - cumprimentei sorrindo.

Matt: E aí. - cumprimentou de volta, distraído demais comendo seu hambúrguer e mexendo no celular - Quem é você?

- Meu nome é Mahina Suzuki. Desculpa ser direta, tô meio animada, você quer ser meu amigo? Você parece ser uma pessoa que valoriza seus amigos e eu preciso de amizades assim. Fora que nossas personalidades são bem compatíveis. - a cada palavra que eu dizia o Lycanroc assente de volta, só depois que eu parei de falar que ele guardou seu celular e repousou o seu lanche no prato, passando a me olhar nos olhos.

Matt: Bem, eu não estava pretendo fazer mais amizade... mas tudo bem, podemos ser amigos, sim. - deu de ombro sorrindo, 

- Sério? Incrível!  - exclamei animada - Agora que somos amigos precisamos saber mais um do outro. Concorda?! Perfeito! Qual sua cor favorita? Se cortarem essa sua franja você vai ficar tão puto a ponto de matar a pessoa? Posso te chamar só de Matt ao invés de Matthew, como todo mundo, ou você tem algum apelido que só seus amigos usam? Qual é a da fantasia, vai pra alguma festa? Sabia que eu gosto muito de ler? Menos terror. Tudo em terror em geral. Eu também tenho medo de porcos e—

Matt: Certo, certo, desacelera aí. Eu vou te responder todas essas perguntas, só que antes disso vou no banheiro cagar. - disse sorrindo de canto, então pôs a pata sob a parte da fantasia - Cuida disso aqui pra mim rapidinho? Você seria uma amiga incrível fazendo isso.

- Claro! - assenti.

Matt: Perfeito. Ah, isso também. - disse tirando um troféu dourado de seu lado do banco e colocando em cima da mesa, antes de sair.

A cabeça de mascote era uma surpresa por si só, mas um troféu? Não sabia que ele jogava futebol. Espero conhecer melhor esse lado dele mais para frente, agora que eu fiz amizade com ele.

Assim que ele saiu, não deu nem 10 minutos, e ouço uma gritaria vindo da minha entrada do refeitório. De lá, entraram no refeitório o time de futebol da nossa escola rival, acompanhados do Presidente do Grêmio Estudantil. Pareciam enfurecidos e escandalosos, até um deles apontar em minha direção, gritando:

???: ALI! A CABEÇA DO MASCOTE DA NOSSA ESCOLA, MC MANAPHY! - gritou, irritado.

- Mc Manaphy?

Ah, é mesmo, o mascote da escola rival é um Manaphy funkeiro.

???: ELA TAMBÉM TÁ COM O TROFÉU QUE GANHAMOS DEPOIS DE AMASSAR O TIME DA POKÉMON SCHOOL! - gritou outro do time, igualmente apontando em minha direção.

Verdade, eles ganharam da nossa escola ontem a noite. Foi uma humilhação, nem dava para chamar aquilo de partida equilibrada.

Ah, agora faz sentido. Matt deve ter assistido a partida de ontem, não gostou do resultado e roubou tanto o troféu quanto a cabeça do mascote deles só pra zuar.

HAHAHAHAHAHAHA! O Matthew é uma figura, mesmo. Ele zombou um time inteiro. Melhor ainda é que ele….. entregou…. Tudo para… mim.

- Eh… - agora que a ficha caiu.

???: PEGUEM ELA! - gritou, e todos correram em minha direção.

Pensei em para-los e me explicar tudo, dizer-lhes que foi um mal entendido, mas ver aqueles caras imensos vindo pra cima de mim só me fez pensar em uma coisa: Corre!

[...]

Finalmente. Depois de longo tempo procurando, tendo que assistir brigas, fugir de um time de futebol e explicar por quase uma hora que não fiz nada de errado contra eles. Tudo valeu a pena por enfim encontrar alguém interessada em ser minha amiga. Alguém que eu não levei como uma opção, mas ela diz tão alegremente que quer ser minha amiga que não pude dizer não.

3° Escolha - Emilly Walter

- Eu realmente fico feliz por saber que sou alguém que você gostaria de fazer amizade, Emilly. - digo com imensurável alegria, me jogando na cama confortável da Jigglypuff cinzenta, enquanto ela mexia no computador.

Emilly: Siiimmm, seu saldo— digo, sua alegria é muito grande. Eu estava de olho nisso fazia algum tempo. - diz tirando seus fones headset e se virando para mim - Afinal… Eu sou tão sozinha… uma amizade normal pra mim me cairia bem… - ela cobriu rosto com seu cachecol xadrez e começou a soluçar, com a voz trêmula de quem estava prestes a chorar.

- Own, Emilly. - me sentei na cama e a encarei com pena.

Emilly: Vo-você aceita ser minha amiga, né? Né? - ainda cobria seu rosto e sua voz ainda estava chorosa em meio aos soluços.

- É óbvio que aceito! Seremos melhores amigas! - digo, tentando dar um sorriso que a fizesse ter vontade de sorrir também.

Emilly: Ótimo! - diz alegremente, descobrindo seu rosto.

O rosto… não estava meio seco demais para quem estava chorando? E seus olhos não estavam vermelhos.

Emilly: A-amiga, posso começar nossa amizade… já pedindo um favor?

- Hmmm… Bem, minha última experiência não deu muito certo… - falei pensativa no Lycanroc hoje mais cedo - Mas acho que tudo bem.

Emilly: Preciso cadastrar um cartão de crédito no meu jogo, você teria algum?

- Não… meu cartão atual é só de dependente que meus pais fizeram.

Emilly: Poxa, nem o Daichi ou a Mayumi tem? - perguntou, entortando a cabeça para um lado, em dúvida.

- Ah… como sabe o nome dos meus pais? - perguntei ainda mais confusa.

Emilly: Hmm… Intuição?

Uau, que intuição incrível.

- Provavelmente, eles têm. - assenti.

Emilly: Provavelmente, é? - ela se virou pro computador e começou a digitar por alguns segundos, então se virou para mim novamente - Hahaha! Amigaaaa, qual a data de nascimento e o CPF do seu pai?

- Isso é fácil. Sete de setembro de—

Black: ELA TÁ TE ENGANANDO, SE LIGA! - gritou, inusitadamente aparecendo logo dando um cascudo na cabeça da prima dela.

[...]

Depois de tudo isso, o cansaço me atinge com força, então fui até o campo de futebol assistir o nosso time de futebol levando esporro do nosso professor durante o treino. A derrota que eles tiveram foi só feia que o professor não ficou até o final, mesmo sendo o treinador deles. Ele apenas tinha dado as costas e ido embora, decidido a triplicar o treino hoje e dar esporros em todos os alunos.

Falando em derrota, hoje foi uma vergonha as minhas tentativas de fazer amizade. Em todos os sentidos eles foram difíceis… acho que se eu tivesse escolhido outras pessoas mais… normais daria certo as minhas investidas. Ou não. Ashley sempre dizia que eu era irritante demais. A Luluzinha também, só sabia dizer que eu tenho que deixar de ser tão grudenta e acalmar o facho…

Espera, eu não fiz amizades ainda e minhas amigas não estão mais falando comigo. Então quer dizer que… eu tô sozinha? Por quanto mais tempo eu vou ficar sozinha? Eu vou passar o ano sendo uma solitária sem amigos? Isso é meio… triste.

???: Eles não são normais, não é? - ouço alguém perguntar enquanto eu estava deitada no banco da arquibancada, olhando as nuvens, perdida em pensamentos.

Me levantei e olhei na hora para a Kirlia que se sentava ao meu lado, sorrindo gentilmente para mim. Uau, como essa garota é bonita. É de dar inveja.

- Ah, oi… - cumprimentei sem graça.

Kirlia: E-eu atrapalhei seu descanso? Desculpa.

- Ah, não. Tudo bem, eu só estava relaxando.

Kirlia: Ah, bom. - riu sem graça e eu também.

Ficou um clima meio estranho, então limpei a garganta antes de começar a conversar. Entretanto, assim que abri a boca para falar, vejo que ela ia dizer algo também, então parei. Só que ela parou também, o que gerou mais um silêncio estranho.

- Abaixei a cabeça e fiquei em silêncio, desistindo de tentar ser a que faz amizade. Principalmente com essa Kirlia, que eu lembro que tem até fama de musa deusa suprema ou algo assim… De qualquer forma, acho que essa aí não vai querer nenhuma amizade comigo mesmo.

Kirlia: Mary.

- Que?

Kirlia: Meu nome é Mary Thompson. - diz sorrindo, e eu a olhei confusa - Acho melhor dizer meu nome para não ser vista como “musa deusa suprema”. De onde ouviu isso, por sinal?

- KHA! EU FALEI EM VOZ ALTA?! - perguntei, abismada, vendo a outra assentir envergonhada - Que vergonhaaaaaa. - não consegui não rir disso, quase chorando de tanto rir - Prazer, eu sou Mahina Suzuki.

Mary: Sim, ouvi sobre você. - disse sorrindo - Você é a “louca” que estava tentando fazer amizade com mais gente louca.

- Pufff… Que fama é essa a minha? - segurei a risada, enquanto que a Kirlia também riu - Meu antigo grupo se desfez, então meio que estou precisando fazer novas amizades. Eu achei que seria legal fazer amizades com quem são… são tão… eles. - expliquei sorrindo, incerta da palavra certa.

Mary: Mahina, não dê um passo maior que o pé. Eles são muito confusos e estranhos para chegar fazendo amizade de meios normais. Talvez deva começar um pouco mais abaixo do nível deles. - explicou, sorrindo.

- Você é amiga deles?

Mary: Sim.

- Sério? Que legal!

Mary: Você acha? - riu sem graça.

- Sim! - assenti, então uma ideia surgiu em minha mente - QUER SER MINHA AMIGA!

A Kirlia talvez não esperasse que eu perguntasse em uma tonalidade tão alta, porque se afastou um pouco surpresa. Entretanto, fiquei mais tranquila quando ela riu e assentiu em resposta. Diferente dos demais, eu sinto que consegui. Fiz uma amizade mesmo… eu não vou ficar sozinha esse ano.

4° Escolha - Mary Thompson

Continua...............................