Law ajoelhou diante de mim e segurou meu pé com aquele olhar malicioso brilhando incessantemente. Ele foi beijando a região e subiu pela minha perna e coxa, onde deixou beijos mais atrevidos. Sua boca era boa, macia. Os dedos ávidos de Law deslizavam no meu corpo como a água do chuveiro que nos molhava. Law segurou minhas coxas e me ergueu, prensando minhas costas contra os azulejos úmidos do box. Eu o abracei e encostei minha testa na dele, ofegante. Estávamos naquele ritmo desde que havíamos chegado da festa e Law, bêbado, estava como um lobo no cio.
- Law...
Ele me beijou de maneira gulosa e beijou meu pescoço. O gosto de tequila impregnava a boca de Law e por mais que eu não tivesse bebido nada, sentia-me entorpecida pelo álcool. Eu agarrei o cabelo dele e o afastei do meu pescoço, com o polegar, toquei o lábio inferior marcado com um pequeno corte e deslizei pela pele arroxeada abaixo da mandíbula por causa dos murros trocados com Drake. Law arquejou e eu recuei, mas ele percebeu e agarrou minha mão e a entrelaçou na dele.
- Eu amo você... - sussurra ele.
Ouvi-lo dizer aquilo confortava meu coração e depois de tudo, eu estava preparada novamente para amar alguém.
Sem aviso prévio, fui penetrada com brutalidade e gritei. Law beijou rapidamente meus lábios e afundou os dentes na pele avermelhada do meu pescoço, já marcada anteriormente. Ele movia o quadril num ritmo violento, mas extremamente bom. Eu estava me sentindo nas nuvens. O sentia me possuir de maneira única, o sabor de tequila em seus lábios e a força com que me pressionava contra os azulejos úmidos enquanto a água caía sobre nós deixavam tudo ainda mais similar a um sonho muito bom.
- Law... - chamei, manhosa, e o vi sorrir devasso enquanto mantinha o ritmo.
Enterrei meus dedos trêmulos entre seus cabelos escuros e deixei que tomasse as rédeas da situação, como havia sido na primeira vez que consumamos o ato. Deixei que me tomasse por completo, porque, afinal, eu já era dele. Meu coração era dele.
- Eu amo você... - repeti, entorpecida com as sensações que ele me causava. - Eu amo você tanto...
Encostei a cabeça no azulejo e fechei os olhos, suspirando. O senti beijando minha mandíbula e baixei o rosto, ficando de frente com o dele.
- Também amo você, Rouge-ya - disse Law.
- Que dor de cabeça... - murmura Law.
- Eu te avisei para não exagerar.
Law empertigou os ombros e afundou o rosto no meu busto, enquanto eu aumentava o volume do filme aleatório que a gente assistia. Passava da 1 da manhã e Vivi havia ido dormir na casa do Kohza, então estávamos apenas nós. Eu acariciava o cabelo dele.
- Como estão seus machucados?
- Ardendo, mas 'tô bem.
Law ergueu a cabeça e me encarou.
- Não faça mais isso, 'tá? - pergunto, acarinhando o rosto dele.
- Não garanto nada.
Suspiro. Law se afastou e sentou na outra ponta do sofá, arregaçando as mangas de uma das blusas de manga que eu havia pegado dele antes. Ele pegou a latinha de refrigerante e tomou um gole, então pegou uma fatia de pizza.
- Já que estamos namorando - disse ele, e a maneira como falava tão naturalmente me deixava envergonhada demais -, temos que falar com seus pais.
- E com o Cora-san e a Lami - completo. - O que acha que ela vai dizer?
- Ela gosta de você, Rouge-ya.
- Você acha? Não é estranho pensar que a professora dela e o irmão dela estão juntos?
Law franziu as sobrancelhas.
- Lami ficou me enchendo o saco por sua causa esse tempo todo, então não acho que ela ligue pra isso. E o Cora-san? - Law deu de ombros. - Ele te adora.
- Mesmo assim...
- Não esquente - disse ele.
- Você não parece muito preocupado...
- E não estou.
Senti minhas bochechas arderem e o olhar de Law recaiu sobre mim. Eu instintivamente fechei as pernas e puxei o casaco que cobria minha calcinha. Law era um bêbado tarado. Depois que saímos da praia, ele veio o caminho todo apertando minhas coxas e beijando meu pescoço e tê-lo olhando para mim daquela forma ainda era estranho, mesmo que agora fossemos oficialmente namorados e que eu estivesse cada vez mais conhecendo a natureza tarada dele.
- E-entendi...
Law se levantou do sofá e foi até a cozinha. Eu levantei e o segui, então o abracei por trás.
- Adoro seu cheiro - digo.
Law se virou e eu me acomodei entre suas pernas, aconchegada em seu peito. Mesmo que estivéssemos bem relaxados após o banho - e que banho... -, ele ainda aparentava estar tenso com algo. Levei minhas mãos diminutas até o rosto e acariciei as bochechas machucadas por causa da briga com Drake.
- O que foi?
- Estava pensando, só.
- Em?
Law estreitou os olhos e sua expressão se tornou mais branda.
- Nada, não se preocupe.
- Certeza?
- Sim.
- Law...
Ele suspirou, vencido.
- Sei que não é hora, mas estava pensando sobre o lance de Flevance e Doflamingo - disse ele. Senti meu peito apertar de angústia ao ouvir o nome. - Da última vez que conversamos sobre, sugeri que se quiséssemos saber da verdade, seria bom ir ao começo de tudo, que é Flevance.
- Sim... O que tem em mente, Law?
- Ainda quer ir lá?
- Acho que sim... - Mordi o lábio inferior. - Quer dizer, eu não sei..., mas sinto que deveria ir. O que acha?
- Se quiser ir, podemos ir. Mas não garanto que vá ser algo feliz. Não vou lá tem tempos.
- Flevance tem montanhas para esquiar...
Law enterrou os dedos entre os cabelos escuros e me encarou.
- Próximo mês? - sugeriu.
- Pode ser - respondo, dando de ombros. - Quero chegar ao fim disso tudo logo..., mas não quero pensar nisso pelo resto da madrugada.
- O que quer fazer?
Meu rosto ruboriza com a pergunta e o fito, desviando o olhar. Os dedos de Law, ávidos, já percorriam meu corpo por debaixo do casaco e seguravam as finas alças da calcinha que eu usava, quase como se estivesse lendo meus pensamentos mais devassos e libidinosos. Deixei que seguisse caminho até estar massageando minha intimidade e penetrando os dedos longos em mim. Ergui a cabeça, suspirando.
- Que gatinha safada você é, Rouge-ya...
O sorriso malvado dele foi suficiente para me atiçar por inteiro.
Aquela noite seria bem longa e eu não queria que acabasse nunca.
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