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História Police History - E02X1: Anônimo


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


O fic terá altas referências a muitos filmes. Fiquem de olho.

Capítulo 2 - E02X1: Anônimo


Camus caminhou a passos largos, querendo se afastar do novo parceiro, que vinha caminhando devagar atrás dele, com as mãos nos bolsos, como se admirasse o escritório. Bufou diante do elevador e apertou o botão insistentemente para chamá-lo.

—Um novo parceiro! Eu não preciso de um novo parceiro! –resmungava para si mesmo.

A porta abriu e entrou, mas Milo o seguiu mantendo uma expressão serena em seu rosto.

—Olha, não vamos começar com o pé esquerdo! –falou finalmente. –Vamos fazer uma coisa? Vamos tentar trabalhar juntos nesse caso, e se não der certo, a gente pede pro capitão trocar a parceria. Que tal?

Camus o olhou de soslaio e nada respondeu. Assim que a porta abriu, desceram no saguão do departamento e deram de cara com um rapaz de cabelos loiros, curtos e rebeldes que se aproximava. Milo fechou a cara ao reconhece-lo.

—Petronades.

—Alessandros. –Ele fitou Milo com uma expressão nada amistosa.

—Amigo seu, Aiolia? –Camus perguntou com ar de tédio.

—Crescemos no mesmo bairro. –respondeu Aiolia.

—Ah, claro... a comunidade grega. –concluiu Camus, vendo que ambos só faltavam rosnar um para o outro. –Querem que eu os deixe a sós?

—Não. Temos um trabalho a fazer. –disse Milo, fazendo um sinal de que estaria de olho em Aiolia.

—Eu tenho que achar minha parceira e voltarmos a trabalhar. –falou Aiolia, fazendo o mesmo sinal hostil a Milo e entrando no elevador.

—O que foi isso? –Camus perguntou.

—Nada. Somos parças, crescemos juntos no mesmo bairro. –respondeu dando os ombros. –Quis ser policial por causa do irmão dele.

—Conheci ele. –comentou Camus. –Era um bom policial!

—Era sim. –Milo suspirou. –Mas fazer o que? É a vida...

—Infelizmente. Resolvi considerar sua proposta. –Camus disse saindo do prédio e caminhando até o estacionamento.

—Sério?

—Sim. Se pisar comigo nessa investigação, eu te tiro do caso e te mando para outro departamento. –concluiu se aproximando de um veículo.

—Não foi bem isso o que propus. Vamos esclarecer algumas coisas antes de mais nada?

—Fale, mas depressa.

—Sei que não foi muito com a minha cara, mas se vamos ser parceiros...vamos ser amigos?

—Vamos estabelecer umas normas, se as seguirem, talvez dure mais que o meu último parceiro.

—OK... -ele sorri como um garoto. -Quanto tempo durou sua última parceria?

—Quatro semanas. -respondeu indiferente.

—E o que houve?

—Apontei uma arma para a cabeça dele e atirei. -respondeu friamente, analisando a reação do outro.

—Sério? Isso realmente acaba com qualquer amizade. -ele ficou pensativo. -Meu último parceiro pediu demissão depois que realizamos um salto espetacular com o carro. Eu estava dirigindo.

—Onde foi o salto? -realmente isso o interessou.

—Direto no Rio Hudson. -ele responde fazendo um gesto com a mão, imitando o salto.

—Mon Dieu. -ele suspirou. –Só são sete horas ainda...

—Ei, é francês?

—Por parte de pai. -ele faz um gesto para que o siga e chegam a um Prada. -Vamos às regras: Eu dou as ordens, nada de comer ou beber em meu carro e só eu, e apenas eu, dirijo!

—Eu não quero dirigir essa lataria mesmo. -Milo examina o carro. -Ei! Que belo rádio! Tem entrada de pendrive!

—E não toque em meus CDS. -avisou por último antes de entrar. -Vamos!

—Quem escuta CDS hoje em dia no carro?

—Eu escuto! Não toque em nada!

—Falou! -ele entra no carro em câmera lenta, deixando Camus nervoso.

—O que está fazendo?

—Tentando não sujar seu carro precioso. -ele ironizou.

Camus liga o carro e quase sai com Miro ainda na porta do mesmo. O rapaz entra no carro em movimento, nem ligando para a cara de mau humor de seu parceiro.

 

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Enquanto isso, em Manhattan, uma hora antes, Parque High Line.

Uma jovem de cabelos e olhos castanhos fazia sua corrida matinal pelas ruas silenciosas de West Village, passando por teatros e restaurantes, um local que era frequentado por moradores ilustres do show business. Annie já estava acostumada a esbarrar em um ou outro ao longo do ano que morava ali, mas nunca os incomodou bancando a fã deslumbrada.

Se preocupava mais ainda em cumprir sua meta diária de exercícios e voltar para casa a fim de tomar um banho e se arrumar para ir trabalhar. Ainda era uma advogada começando carreira e precisava mostrar aos sócios majoritários de seu escritório que tinha capacidade de se tornar sênior ainda esse ano e quem sabe, uma dos sócios futuramente.

Ter o nome Branches junto a Reynard e Stevenson era um sonho a ser realizado. Chegou na rua onde residia, cumprimentou algumas pessoas e olhou seu tempo no relógio de pulso, antes de entrar em um prédio antigo.

Annie subiu rapidamente as escadas, fazendo um carinho rápido no gato e olhando o relógio, depois tratou de tomar um banho. Meia hora depois já estava descendo, terminando de se arrumar para preparar um café.

Olhou rapidamente em seu celular e praguejou. Sua chefe havia ligado vários vezes desde que saira para correr. Retornou a ligação e ela parecia nervosa, afinal, iriam ter uma audiência importante hoje, envolvendo um divórcio milionário.

Deu uma desculpa amarela e pegou sua maleta e sua bolsa, bem como o casaco, pensando em comprar o café e fazer a maquiagem pelo caminho. Antes de sair, colocou ração para o gato, acariciou ele novamente e correu para fora, mas parando ao abri-la. Seu olhar pousou em um porta retrato, onde havia sua fotografia se formando no Ensino Médio com seu pai do seu lado.

Annie dá um sorriso triste e toca a foto, depositando um beijo com as pontas dos dedos nela.

—Sua garotinha vai vencer! –murmurou antes de sair e se despediu do gato. –Até de noite, Akenaton! Fique bonzinho!

Não percebeu que alguém tirava fotos de sua pessoa desde que havia virado a esquina até antes de fechar a porta de casa, correndo para ir à estação de metrô mais próxima. A pessoa que fazia isso, escondida em seu veículo sorri, e guarda a câmera antes de ligar o carro e sair dali.

 

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A caminho do Central Park.

—Não tem uma musiquinha, não? -Milo perguntou, louco para mexer no som do carro de Camus.

—Não estou a fim de ouvir música. -ele respondeu com toda a atenção no trânsito.

—Tá. -Milo abriu o porta-luvas e olhou os CDs, arqueou as sobrancelhas surpreso. -Louis Armstrong, Lionel Hampton, Charlie Parker, Miles Davis...só CDs de gente que morreu há uns cem anos?

—Algo contra o jazz? -ele pega seus CDs de volta e os recoloca no porta-luvas. -Não ponha mais as mãos em meus CDs!

—Não, nada contra. Não tem algo mais moderno? -ele indagou. –Com alguém vivo ainda?

—Não gosto muito das músicas atuais! -Camus falou enfático. –Muito menos hip-hop.

—Em que mundo você vive?

—O da boa música? -Camus ironizou.

—É heresia dizer isso. Vou te mostrar a boa música. -Milo liga o rádio e sintoniza uma estação de FM, onde estava tocando uma música ritmada e muito barulhenta. -Avenged Sevenfold! Isso é boa música!

E começou a se mexer de um lado ao outro do carro, como se estivesse dançando, e cantava a música em voz alta. Camus desligou o rádio e apontou o dedo para o nariz de Milo.

—Nunca...nunca...mais...toque em meu rádio!

—Ok, Ok... -ele colocou as mãos para cima como se rendesse. -Estamos chegando no parque mesmo.

Logo estacionaram o automóvel e seguiram a pé até a movimentação de curiosos, policiais e peritos no local do crime.

—Ei, Alessandros! -um homem acenou, usando terno, pertencente a perícia. -Não vai cortar esse cabelo igual ao de um homem não?

—Pra que? Tua mulher já me disse que gosta dele assim, Herdenson! -Milo gritou de volta e o outro levantou o dedo médio para ele. -Ah, eles me amam!

—Percebe-se o quanto! -ironizou Camus, dando um par de luvas a Milo. -Chegamos. Eu faço as perguntas, olhe a cena do crime.

—Quem fez isso, limpou bem o local. -Milo com as mãos nos bolsos olhando ao redor. -Não tem muito o que olhar...a não ser o cara pelado estirado na grama...estripado...sem pele...eca!

Camus suspirou, girou os olhos impaciente e imaginou que seu novo parceiro não o ajudaria em nada. Ele não parecia ser o tipo de pessoa confiável, que levava a sério um trabalho como o de investigação policial. Ficaria de olho, no primeiro deslize o mandaria de volta ao lugar de onde veio.

—O que sabemos até agora? -Camus perguntou a dois policiais uniformizados.

—Chegou a homicídios. –disse um deles. -Ainda bem!

—Isso tá atraindo o circo da mídia. –Milo apontou com os olhos a imprensa tentando furar a barreira policial.

—Ele estava pendurado naquela árvore. –disse um dos policiais. –Foi encontrado por um sem teto que mora no parque.

—O sem teto seria suspeito? –indagou Camus.

—Doggy? Não! –um dos policiais foi rápido em responder. –Ele é tranquilo, na dele. Não foi ele mesmo!

—Como pode saber? As pessoas surpreendem quando querem cometer um ato como esse.

—Doggy é aquele ali conversando com um dos guardas? –Milo apontou para um sem teto bebendo café oferecido por um policial. –Acho difícil ser ele.

—E por que acha isso?

—Olha, esse cara deveria ter o que? 100 quilos? Pendurar ele precisou de muita força e olha para ele, detetive. –apontando para o mendigo. –Mal consegue segurar o copo com café.

—Tem razão. –Camus abaixou e levantou o lençol que cobria o corpo, examinando. –Primeiro temos que saber quem era.

—A carteira do infeliz estava com ele. –disse um dos policiais. -Melhor dizendo, amarrada naquela corda, dentro de um saquinho plástico. Carl Wislam, advogado.

—Cliente infeliz? –Milo perguntou e Camus parecia pensativo. –Que foi?

—Esse nome não me é estranho...

—Mais uma coisa. –o policial entrega a Camus um envelope de provas. -Estava dentro da carteira. É um bilhete.

Milo ficou observando melhor o corpo. Nunca havia visto nada assim. Já tinha visto corpos, baleados, esfaqueados, vítimas de diversas tragédias, mas nada assim. Nenhum louco que pendurava as vítimas como animais.

Começou a andar pelo local, olhando atentamente o chão, as árvores e arbustos. Reparou na grama amassada, como se algo fosse arrastado ali, seguiu o rastro. Acabou se afastando do local do crime, e após caminhar bastante, viu um brilho prateado em meio a um arbusto. Encontrou uma faca curvada, parecia ter sido feita artesanalmente, com sangue, colocada cuidadosamente sobre uma pedra.

—Filho da mãe. -Milo sorriu. -Queria que a achássemos.

—O que está fazendo? -Camus perguntou logo atrás dele.

—Achei uma lembrancinha do nosso açougueiro. -Milo mostrou a faca.

—Dê uma olhada no bilhete que deixou com nossa vítima. -Camus mostrou a Milo o saco de provas.

Milo o pegou e começou a ler.

—“E Deus disse a Abrahão: Pegue seu filho e sacrifique-o para mim. E Abe respondeu: O que? Está me zoando?” -e riu. -Quem tá de zoação aqui é o cara que escreveu esse...-Milo fica pensativo.

—O que foi?

—Eu... onde li isso antes?

—Precisamos levar ao nosso especialista em perfis. Espero que não tenha mais corpos, ou isso significa que temos algum maníaco à solta e... –disse Camus e notou que Milo repetia o que tava escrito no bilhete. –Oi, está me ouvindo?

—Já vi isso em algum lugar... pensa, Milo!

—Vamos processar as provas e enviar ao laboratório para análises e...

—Já sei! –Milo disse entusiasmado.

—O que?

—Vem comigo.

Disse Milo andando na frente de Camus, que o seguiu sem entender o estranho comportamento do parceiro.  Logo depois estavam em uma em uma lanchonete.

—O que estamos fazendo aqui? Deveríamos estar trabalhando! -Camus reclamava a Milo quando entraram.

—Não tomei um café da manhã decente. Tô com fome. Trabalho melhor de estômago cheio. -ele respondeu e cumprimentou uma garçonete loira com um largo sorriso. -Aqui deve se legal!

Sentaram em uma mesa e a garçonete veio atendê-los.

—Pois não?

—Torta de maçã e canela, ovos mexidos, torradas e café! –pediu Milo.

—Não quero nada. Só café. –disse Camus e a garçonete atendeu.

Assim que ela serviu café aos dois e se afastou, Camus foi logo perguntando:

—Dá para falar o que pensou no parque? -Camus perguntou assim que sentou em frente ao colega.

—E Deus disse a Abrahão: Pegue seu filho e sacrifique-o para mim. E Abe respondeu: O que? Está me zoando? Caçado! -repetiu e Camus fez cara de quem não estava entendendo. -Essa citação é de um filme de Tommy Lee Jones, sobre um cara do exército que pira e saiu matando gente numa mata, como se fossem animais...igual ao cara do parque, tá o lance da pele tá mais pra Predador, mas me entendeu. Caçado é o nome do filme.

—E? É uma boa teoria mas...

—Quando você estava falando com o Capitão mais cedo, eu já estava no escritório... bem, tava no almoxarifado com a secretária. –deu um sorriso malicioso e Camus revirou os olhos. –Aí estava esperando me chamarem e vi uma pasta de um caso seu em sua mesa...

—MEXEU... –olhou para os lados, sua voz alterada chamou a atenção de todos ao redor. –Mexeu em minhas coisas?

—Leitura rápida e curiosa daquele caso na Cozinha do Inferno. –respondeu e sorriu para a garçonete que trouxe seus pedidos. –Obrigado.

—Isso não te dá o direito de mexer em um arquivo de um caso que me pertence!

—Tecnicamente, ouvi dizer que o tal caso foi pro escritório do FBI.

—Você me entendeu!

—O Silêncio dos Inocentes. –Camus ficou sem entender. –Sabe, aquele filme com o Anthonny Hopkins e Jodie Foster que...

—Eu sei qual filme é!

—Então. Li por cima, não deu pra reparar bem as fotos mas, a mulher na Cozinha do Inferno, sem pele, com uma borboleta na garganta e um bilhete com uma fala do Silêncio dos Inocentes... cara, temos um maluco!

Camus olhou para Milo como se fosse um alien pelo entusiasmos de suas conclusões.

—Um maluco que está imitando assassinos de filmes!

—Não pode ser... Ou pode?

Camus ficou em silêncio um pouco, ponderando sobre o que ouviu, enquanto Milo se deliciava com os ovos mexidos e as torradas. A garçonete trouxe a torta e se retirou sorrindo e piscando para ele. Quando Camus ia falar mais sobre o caso, seu celular toca.

—Com licença. -ele pega o aparelho e atende. -Sim? Celly?

—Espero que não se esqueça do seu aniversário, irmãozinho! -uma voz feminino disse do outro lado.

—Eu não vou esquecer. A Rosie não deixou que eu esquecesse logo de manhã.

—Hummmm... Rosie...Celly...tá podendo. -debochou Milo.

—Com licença, Celly. -ele lança um olhar mortal para Milo. -Rosie é uma empregada de mais de cinquenta anos, e Celly é minha irmã!

—Tá... -Milo segurou o riso. -Sua irmã é bonita, solteira e disponível?

—É seu parceiro novo? -ela perguntou.

—Sim, é. -respondeu depois de um olhar fulminante lançado a ele. –Não por muito tempo.

—Traga ele a festa.

—QUE? -disse tão alto que todos no restaurante olharam para ele, e depois corado ele fala mais baixo ao celular. -Celeste Marie, eu não vou...

—Eu faço questão que ele venha. -ela disse enfática.

—Mas...por que???

—Papai e os amigos fizeram uma roda de aposta para ver quanto tempo dura esse novo parceiro. Eu disse que só entraria na aposta depois de ver a cara do novato.

—Eu não acredito no que estou ouvindo!

—Traga ele. Oito horas no bar do papai, Pingouin! -(Pinguim em francês)

—Nain! (Duende em francês). -ele procurou irritar a irmã caçula com o apelido de infância e desligou o celular.

—Você tem irmã. Legal! -Milo comentou.

—Ela... você quer ir à minha festa de aniversário que ela está promovendo? -perguntou sem graça. -Todo o departamento vai. Será desagradável se você não for e...

—Você quer que eu vá?

—Bem... -demorou a responder. -Quero sim.

—Está legal, eu vou. -e continuou a comer.

—Depois te dou o endereço. Será hoje, às oito da noite. –bebe um gole do café. –Voltando ao caso. Mesmo que seja um provável Serial Killer... esses maníacos costumam ter como vítimas pessoas com alguma característica em comum. As vítimas não tinham nada em comum. Uma era uma dona de casa, participava da Associação de Pais da escola dos filhos e ajudava na igreja, o outro um advogado de porta de cadeia. Tem certeza do que está dizendo?

—Eles devem ter algo em comum. Ainda não sabemos o que é. Quando descobrirmos...

—Pegamos ele? -Camus sorriu, balançando a cabeça descrente. -Anda vendo filme demais. Esses assassinos em série não se deixam pegar tão facilmente, são inteligentes, calculistas, frios...e se são pegos, é porque querem isso. Querem de algum modo que alguém os impeça de continuar matando. E se esse não for o caso do nosso assassino? E se ele amar matar?

—Então...O IML vai ter muito trabalho. -respondeu sem entusiasmo. –Se já não tem algum corpo lá cuja morte foi inspirada em algum filme.

Camus pegou o celular e disca um número, sendo atendido por uma voz preguiçosa do outro lado.

—Meu guru da internet, está acordado? –Milo estranhou o modo como ele se referia a pessoa do outro lado da linha. –Para com a dieta vegana, não tá te fazendo bem. Quero que procure para mim em seus computadores casos de assassinatos brutais não resolvidos dos últimos seis meses. –silêncio. -Shaka eu sei que é Nova Iorque e isso tem todos os dias e vai te dar um trabalho enorme, mas faça!  E olha, veja se as vítimas tem alguma ligação com Carl Wislam, um advogado.

Camus chamou a garçonete, a teoria maluca do Milo fazia algum sentido e isso abriu seu apetite.

—Assim que acabarmos aqui. Vamos pesquisar por conta própria quem é a vítima e qual a ligação dela com a mulher da Cozinha do Inferno.

 

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Em outro ponto da cidade, em um setor industrial abandonado. Um homem tornou umas das muitas fábricas falidas e abandonadas em seu novo reduto. Enquanto ele ouvia músicas de Rolling Stone bem alto, cobria seu rosto com uma máscara protetora de siderúrgica, enquanto com um maçarico terminava de dar os últimos retoques em uma porta de aço.

Desligou o maçarico e analisou seu trabalho, sentindo-se satisfeito com o resultado. Em seguida, largou a ferramenta e a máscara de lado, caminhando até onde estava o som, verificando suas anotações e traçando seu próximo passo.

O misterioso homem fita uma foto presa a parede com uma tachinha, onde havia a imagem de duas crianças, meio corroídas com o tempo, onde não era possível ver o rosto da criança menor, as a bela menina de cabelos loiros sorria com alegria para o fotógrafo, feliz ao lado da menor.

Ele retira a luva e estende a mão, tocando com a ponta do dedo indicar a imagem da menina e suspira.

—Um a um... terão o que merecem e farei justiça a você, meu anjo. Um a um... e ele, o grande culpado, será o último!

Ao dizer isso olha outras fotografias colocadas em uma parede com cortiça. Três delas estavam com um enorme X vermelho, haviam outras quatro. Uma delas era de Annie saindo de casa para trabalhar, ao lado dela havia a foto de Camus Chevalier saindo de sua casa outro dia.

—Ele, vai implorar para morrer! –ao dizer isso, molha a ponta do dedo em tinta vermelha e a coloca sobre a face de Camus na fotografia. –Um grande final para meu astro! E todo astro tem que ter sua estrela.

Ele pega a foto de Annie e começa a rir, alisando-a.

 

Continua...



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