História Policial Irritante - Park Jimin. - Viajem

— Já falei o quanto odeio quando esse idiota vem na minha casa? — Irritadiça, confessei para Alexia minha melhor amiga. Logo após à faculdade resolvemos ir para minha casa, e aqui estamos! O único problema era que Park Jimin não me deixa em paz e está sempre no meu pé.

Park sempre foi um grande amigo do meu pai, cujo se chama Dae–Hyun, eles se conheceram no alistamento militar, quando meu pai era um pouco mais novo ele resolveu ir para o Militar, antes de ir para o cargo policial, e acabou conhecendo Jimin, que se tornou um grande amigo seu. Ele sempre ajudou Jimin antes, por ser mais Jovem e sem experiência, e pelo que Park diz, ele agradece muito por meu pai ter o ajudado nesse trajeto.

Quando mais nova, eu até que aguentava a presença do garoto, Ele era respeitoso e com a aparência de santo. Viramos amigos, e ele teve brecha o suficiente para se soltar e mostrar que na verdade ele só é um Policial safado que adora prender garotinhas espertas.

— Você deixa claro que odeia o Park, mas... Pensa comigo! — se sentou na cama com uma feição pensativa, seus lábios continham um bico duvidoso, e seu olhar demonstrava que estava prestes a falar alguma merda, desde esse ponto, prefiro não ouvir. — Se ele pega no seu pé, ele... deve gostar de você! — praticamente gritou, e apontou o seu dedo em minha direção.

Corri para perto dela e coloquei minha mão em sua boca, impedindo–a de falar mas alguma baboseira.

— Para de falar merda Lexie! — falei em um tom baixo, para que ela falasse no mesmo tom que eu. — ele pega no meu pé apenas para tirar minha paciência, aonde Park Jimin iria gostar de Song Hanna? Uma garota que nem eu? — me observo no espelho, não, eu não sou gostosa.

— Você é linda, amiga. — levantou da cama. — Acho bom melhorar sua auto estima viu? Você sempre se achou linda, o seu corpo é lindo, e o seu olho é da cor do mel! — sorriu, e alcançou sua bolsa, andando até a porta.

— Você já vai? 

— Sim, minha mãe vai sair com o Chung–hee para o médico, te vejo amanhã. — acenou brevemente e saiu fechando a porta.

Me sentei na cama e pensei duas vezes antes de descer, não queria dar de cara com Park, e ouvir suas palavras pervertidas.

— Ok, vamos enfrentar o policial irritante. — suspirei altamente, retirando minha roupa.

[...]

Depois de pronta, coloquei meu par de sandálias douradas e saí do quarto. Observei um pouco pela escada, vi Park sentado no sofá, revirei os olhos mordendo o lábio, apreensiva. Como sempre, sua calça preta apertada mostrava bem sua coxa, e a camisa preta o deixava sempre sexy, quero dizer... Nada que supere seu nível de chatice.

Já aguentei as provocações do garoto por anos, ainda me controlo muito, a única coisa que eu quero e que essa pressão diminua. Acho impossível Jimin moderar sua beleza, esse garoto é tão lin... Idiota!

Desci as escadas, e coloquei as mãos em minha coxa, como o short é curto, aposto que Jimin direcionaria seu olhar diretamente para lá.

— Olá senhorita Hanna. — ouvi sua voz grossa, arrepiando–me inteira. 

— Aonde está meu pai? — Alfinetei.

— Ele teve que sair para resolver algumas pendências na delegacia, e pediu para que eu cuidasse de você. — mordeu o lábio.

— Não preciso de babá, se quiser embora posso te acompanhar até a porta. — reviro os olhos, e subi o primeiro degrau.

— Prefiro ficar com você, bebê. — sussurrou, e eu suspirei novamente, subi a escada e entrei no meu quarto novamente.

Fechei a porta com força e me joguei na cama, empurrei o lençol para longe e me virei de costas, abraçando o travesseiro.

Suspirei pesado pela terceira vez, conheço Jimin desde meus 17 anos, eu sempre fui apaixonada por ele, na época ele namorava com Elkie, uma garota loira que era linda, pelo mais que eu. Eu sempre ficava triste, mas me iludia muito quando ele me visitava, me chamava de boneca ou princesa, me abraçava, beijava meu pescoço ou sorria pra mim.

O lance de beijar meu pescoço era sempre que ele me abraçava, sentia arrepios até de sentir sua respiração no meu pescoço. Hoje em dia ele é um homem formado, rico, policial e lindo. Ele terminou com Elkie recentemente, incrivelmente o relacionamento durou 5 anos, mas tem algo por trás disso... Park foi ameaçado por muito tempo pelos pais da garota, Elkie simplesmente cobiçava Park, e agora que a morte dos pais foi anunciado ele conseguiu se separar dela. Me sinto triste em relação a ele, acho que ele nunca amou uma pessoa durante esse tempo.

Ele continua sem ninguém, mas Park nunca deixou sua pose de safado. Fechei os olhos tentando afastar o garoto do meu pensamento.

Ouvi o barulho agudo da porta, e me levantei rapidamente.

— Quer companhia, gatinha? — ouvir a voz de Park as vezes me irritava, mas sua voz grossa sempre deixava–me calma, eu não entendia o por quê, simplesmente me acalma.

— N–não... estou bem sozinha. — me afastei, me deitando na cama. — me deixa dormir.

— Não faz assim... — mordeu o lábio, observando minha bunda. Senti um estalo forte atingir minha carne, revirei os olhos. 

— Jimin! Conheça os seus limites, me deixa descansar, hm? — sussurro, e fechei os olhos.

— Posso ao menos me deixar com você? Faz tempo que não temos um tempo nosso, que nem antigamente. — sorriu, realmente ele parecia lembrar.

— Tudo bem, deitei aqui. — dei algumas batidinhas no colchão ao meu lado, e ele retirou sua arma da cintura, pondo–a na penteadeira. Se deitou a meu lado, e puxou o lençol para nos cobrir.

— Não estou com frio. — segurei o lençol, e acabei segurando sua mão. Senti um choque elétrico passar pelo meu corpo, assim nossos olhares acabaram se encontrando, puta que pariu. — Desculpa.

Puxei minha mão da sua e me virei de costas para ele, agarrando novamente o travesseiro, mordi o mesmo sentindo a mão quentinha de Park, rodear minha cintura.

— Vira pra mim. — ordenou, percebi pelo seu tom de voz. — vire para mim, Hanna.

Me virei indefesa, olhei em seus olhos e mordi os lábios novamente. Park me encarava com um olhar predador, sua língua passou pelos seus lábios grossos e tão beijáveis. Senti minha boca secar novamente.

— Posso te abraçar? — falou baixo, senti minhas bochechas queimarem, e pela primeira vez depois de 5 anos vi Jimin ficar envergonhado.

Apenas estiquei os braços, não poderia negar um abraço de Jimin, ele sempre foi e sempre será um garoto especial para mim, não importa que ele tenha se tornado um policial safado, e irritante.

Sentir seus braços me acolherem novamente depois de anos era tão emocionante para mim, lembrar da vez que Jimin me ajudou no meu último relacionamento, eu havia sofrido demais, e Park sempre esteve lá. Me senti egoísta agora, por tratá–lo tão mal assim.

— Obrigado. — sussurrou e se afastou de mim, me deixando confusa.

— Por que você agradeceu? 

— Por que você nunca mais me abraçou... Nem aceita um carinho meu. — fez um bico, e se aproximou mais ainda.

Próximo demais.

Próximo demais.

Próximo demais.

— Quer que eu te beije? — sussurrou próximo aos meus lábios, e eu respirei fundo, fazendo–o fechar os olhos. — Quer que eu te beije?

— Não ache que eu quero te beijar. — falei convencida, sentia seu lábio encostar no meu conforme eu falava.

— Tem certeza, hm?  — passou sua língua pelo meu lábio, fazendo um arrepio gostoso percorrer pelo meu corpo. 

— Me beija logo, seu abusado. — falei com um sorriso debochado, e ouvi um risinho seu.

Seus lábios grudaram nos meus, e assim passou a ser um selinho demorado. Logo sua boca de movimentou, depois de um tempo deu espaço para minha língua, deixando–me extasiada. Suas mãos apertaram minha cintura, e logo em seguida uma de suas mãos agarraram minha nuca.

Ouvimos batidas na porta, então nos levantamos da cama. Me sentei na mesma e Jimin colocou sua arma no lugar, abrindo a porta.

— Cheguei! — ouvi a voz grossa do meu pai, me fazendo engolir seco, minha garganta fechou, e então me levantei, tentando manter minha pose seria. — tenho uma notícia de última hora.

— Diga papai. — falei preocupada, mudando minha feição rapidamente.

— Como sua mãe está meses fora, resolvi ir passar um tempo com ela no brasil, para ajudá–la a administrar a empresa. — falou sério. — Preciso que você fique para cuidar da casa e continuar sua faculdade, já que está no último mês. Queria pedir pra você! — apontou para Park, com um sorriso fraco. — que cuide da minha filha.

— Eu... Será um prazer te ajudar Dae, preciso retribuir o que você fez por mim. — sorriu, e me abraçou de lado. — Eu gosto de cuidar da Hanna, ela é uma ótima companhia pra mim.

Suspirei pesado, não concordando nada com aquilo, mais preferi não interferir naquilo, sinto que papai está com saudades de minha Mãe, ele só trabalha, ele merece descanso e sossego.

— Tudo bem pai, quando você volta? — falei sem delongas, não vou fazer birra e parecer uma adolescente mimada.

— Preciso que fique um mês com Jimin, você aguenta? — debochou rindo sa minha carinha emburrada.

— Depois dos meus horários vou te buscar na escola, tudo bem? — me olhou apreensivo, me fazendo rir e concordar.

— Vou te dar férias de um mês, você quer? — ouvi meu pai sussurrar para Park, que negou de primeira.

— Sei que posso cuidar da sua filha e fazer meu trabalho. — sorriu confiante.

— Tudo bem, vou te dar uma semana! — ainda insistindo Jimin aceitou, deixando meu pai satisfeito. — vou arrumar minhas malas, estarei partindo de noite. — bateu no ombro de Park e me deu um beijo na testa.

— Teremos muito tempo juntos, querida! — sorriu, e deu um beijo na minha bochecha. — Prefere na minha casa, ou aqui?

— Prefiro ficar na minha!

— Vou pegar minhas coisas, gatinha. — sussurrou no meu ouvido e deixou um selinho em meus lábios descendo as escadas.

— Jimin te beijou, filha? — meu pai saiu do corredor espantado, me assustando, hoje que eu morro. — Fico muito feliz! — sorriu, me aliviando, espera...  o que? — Espero que você e meu amigo fiquem juntos, hm.

Ouvi sua risadinha e eu revirei os olhos, entrando para meu quarto novamente.

Terei que te aguentar, Park.