História Policial Irritante - Park Jimin. - Vem comigo

      1         S E M A N A      D E P O I S

Já passou bastante tempo que eu não ouço a voz de Park, nem olhei em seus olhos a semana inteira. Fico aliviada, pois ele está cooperando bastante com o nosso afastamento, espero que dure para sempre.

Ele anda saindo muito com Dahyun, o que me deixa triste. Porém, visito Yoongi e Jisoo todos os dias, que me apóiam e me fazem sorrir sempre. Gosto da companhia deles, já que Jimin voltou a trabalhar ele saí logo depois do almoço. 

Já mandei ele parar de me buscar na escola, porém ele não me escuta e está sempre vindo. 

[...]

— Cheguei. — ouvi a voz de Park, porém ignorei. Ele havia saído com Dahyun um pouco mas cedo. — Hanna?

— O que é? — falei, e o olhei. Eu não poderia fazer isso, mas é estranho você deixar de olhar uma pessoa.

— Então, eu... queria que você me ensinasse a como pedir uma garota em namoro? — falou rapidamente. Meu coração apertou, por que eu deveria estar assim? Engoli em seco.

— Você só pediu a garota em namoro e vê se ela aceita, não é grande coisa. — me virei pra Tv novamente. — você sabe como se faz, para de ser idiota e vim me perguntar isso.

— Eu só queria saber o que você achava...

— Eu? — levantei do sofá, andei até sua frente e ri. — eu acho... meu parabéns, até por que eu só quero o seu bem, e espero que você namore essa pessoa, por amor, e não por desejo sexual! — falei enquanto ria em sinal de deboche. — até por que é estranho você dizer que não quer nada com ninguém e dias depois... Bom, você não disse que ía, mas pense como se fosse.

— Por que você finge que se importa comigo, hanna? — sua voz soou triste, seus olhos transbordaram mágoa. Não que eu quisesse que ele se fizesse de coitadinho, mas ele parecia triste realmente. — por que você não fala mais comigo? Por que você anda me ignorando? POR QUÊ? — o garoto gritou, e eu me assustei.

— Jimin... — soltei um suspiro. Eu não estava com cabeça pra falá–lo o que eu estava sentindo. Porém, eu preciso encarar isso. — você não entenderia o por que, então não complica mas as coisas, por favor.

—  Por que você quer deixar tudo pra depois? Eu quero que me explique, por favor. Eu não aguento mais. — fez um bico, mas não pra me comprar, porém com tristeza e sinceridade.

— Eu não tenho o que explicar, só não quero me aproximar de você, me apegar, depois começar a gostar de você e ficar uma idiota enquanto você me trata como um lixo. — falei exatamente o que estava pensando.

— Se aproxime de mim, por favor. — segurou na minha mão. Ousei em puxá–la, porém ele apertou. — eu só quero que você fique perto de mim.

— Jimin, por favor. — fechei os olhos e apertei sua mão. — eu...

Abri os olhos e rapidamente pude ver Jimin me puxar para perto de seu peito, me trazendo uma sensação aconchegante. É como se eu tivesse acabado de me aproximar de uma lareira quente, funguei ao sentir seu cheiro em minhas narinas.

— Me desculpe... Faça tudo, menos se afastar de mim.  — fungou, Jimin estava chorando?

“ Se ele te ama mesmo, vai voltar atrás e pedir desculpas. ”

— Você está chorando?

— Não, não estou. — falou com sua voz um pouco mas grossa, eu ri e afastei seu rosto, tinham lágrimas descendo.

— Para de dar uma de maduro, Park!

Ele até chorou.

— Me desculpa, eu só quero que você me abrace a tarde inteira. — falou e limpou suas lágrimas, se aproximando de meu rosto, porém eu o empurrei.

— Eu só posso te abraçar. — falei curta, e ele deu um suspiro fraco, ok, sem regras. — as vezes depende.

— Certo... — sorriu e me abraçou, me tirando do ar, ouvia seu riso gostoso e alto por toda a casa. Ainda comigo em seu colo se jogou no sofá, me assustando.

— Aigoo, e se eu me machucasse?

— Eu cuidaria de você.

Meu rosto ficou vermelho rapidamente. Fingi coçar o rosto, mas apenas me escondi ali, para que ele não visse.

— É incrível como aquela garota grossa de antes ficou tão envergonhada e fofinha do nada, não é? — sua voz soou perto de meu ouvido. 

— Cale sua boca! 

Abri os olhos e seu rosto estava muito próximo do meu, respirei fundo e virei meu rosto, porém ele puxou–o novamente. Me encarando fixamente, pisquei algumas vezes e até mesmo tossi, mas ele continuou ali.

— Posso... beijar?

— J–Jimin...

— Posso beijá–los de novo, por favor? — suplicou.

Concordei com a cabeça. Por mas que eu tentasse eu não aguentaria ficar perto dele por muito tempo, sem beijá–lo.

Juntou nossos lábios em um beijo carinhoso, calmo e doce. Sorri ao sentir novamente aqueles lábios gordinhos e tão beijáveis nos meus por poucos dias, porém eram como se fossem anos, eu gostaria de fazer isso todos os dias da minha vida. Pena que eu seria muito egoísta, se ele não me amasse e eu sim.

— Você é perfeita. — falou ofegante eu meu ouvido.

[...]

— Como vai aí minha filha? — meu pai disse, na linha.

— Vai bem, e como vão as administrações da Fashion? — me referi a grande empresa de moda de minha mãe.

— Melhor o impossível minha flor. E aonde está Jimin?

— Ele está na sala, dormindo.

— Cuide bem dele. — riu e eu tossi.

— Ele que deveria cuidar de mim, papai! — reclamei soltando um gritinho. — e ele só dorme, vou processar esse garoto. — ri na chamada, e ele fez o mesmo.

— Não processe o amor da sua vida, filhinha. — ouvi um sussurro de minha mãe, pela linha.

— Mãe, não comece. Aí... — me assustei ao sentir um abraço em minha cintura. — que susto.

— O que houve minha filha?

— Eu assustei sua filha, Dae–hyung. — Jimin falou rouco perto do telefone. — então, como vão as coisas? Me desculpe estava dormindo.

— Vão bem garoto. — meu pai tratava Jimin como um grande irmão. — se cuide e cuide da minha filha, certo? Nada de dormir e deixar ela só. — riu.

— Dá próxima eu seguro ela comigo, certo? — falou me olhando, e eu coloquei a mão no rosto.

— Certo! — riu fraco, com um pingo de malícia. —  até.

— Até!

Desliguei a chamada e coloquei meu celular no balcão, sentindo meu corpo ser virado. Dando–me de cara com um Jimin com a cara amassada, e um sorriso fofo.

— Você está fofo.

— Eu sei. — fechou os olhos, convencido.

— Mas... falta tomar um banho e ficar cheiroso. — toquei em seu nariz e me afastei, porém ele me puxou de volta, prendendo meus braços na sua cintura.

— Vem comigo.