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História Polisipo - Imagine Tengen Uzui - Capítulo 1


Escrita por: Sunshine777

Notas do Autor


A doida dos imagines está com mais uma história, mas dessa vez de Kimetsu no Yaiba! Confesso que fiquei completamente apaixonada pelo Tengen que tive que criar uma história.

AVISO! Pode conter spoiler do mangá, já que terminei de ler.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Novamente a noite caía e com ela o meu desespero, eu desejava estar desacordada para que não pudesse sentir ou lembrar das próximas horas. Fui para o quarto compartilhado me trocar, como todas as outras faziam, era uma bagunça de cores, tecidos e vozes.

Era sempre assim no distrito da luz vermelha.

- Se você não se apressar para se trocar a senhora vai ficar irritada, (S/N). – Tsuna disse baixo ao meu lado. Respirei fundo e busquei um dos quimonos de cores chamativas, a roupa escorreu pelo meu corpo e logo vesti o tecido rosado com detalhes floridos em vermelho.

- Posso te ajudar a colocar o obi. – Hinatsuru se ofereceu com o tecido já em mãos.

- Obrigada. – Me virei. Ela delicadamente prendeu o obi e sorriu em minha direção. – Como consegue sorrir tanto?

Hinatsuru era nova ali, fazia poucas semanas que ela apareceu ali pedindo uma vaga, estava cheia de dividas e não conseguia achar algum lugar para trabalhar, restando apenas a prostituição.

- Não é bem simples? – Ela acariciou minha cabeça. – Vamos sair daqui algum dia.

- Quando? – Perguntei. Hinatsuru era o tipo de mulher que eu conseguia me sentir confortável.

- Não posso te dizer quando, mas vamos sair daqui. Você vai poder ser feliz. – Segurei as lágrimas que pinicavam meus olhos. Ela era um ano mais velha, mas tinha a positividade de uma criança. Nem se passarmos vinte anos ali poderíamos sair, com o que iriamos nos sustentar? Ninguém contrataria uma ex-prostituta.

A senhora apareceu no quarto para ver se todas estávamos prontas para quando a casa começasse a funcionar, um pequeno sorriso nojento apareceu no seu rosto ao ver que estávamos todas ali.

- Hinatsuru, você vai servir o chá no quarto do oeste. – Puxou a mulher pelo braço, ela sequer pareceu se importar com a indelicadeza da senhora de cabelos grisalhos.

Fiquei sentada esperando ser a minha vez, meu coração nunca parecia se acostumar com a ansiedade, apesar de já fazer anos que sempre fazia a mesma coisa.

- (S/N), tem um hospede na parte leste, você vai fazer companhia a ele. – Minhas pernas lutavam para continuar se mexendo, passei pelos corredores e os olhares nada discretos dos homens seguiam qualquer mulher que passava por ali, como se pudessem nos engolir com seus olhos.

Minha mão tocou a porta deslizante de papel, tentei respirar mas tudo o que consegui foi dar um soluço assustado com o que estivesse me esperando do lado de dentro. Talvez ele fosse bom o suficiente e não me deixaria tão machucada, uma ilusão, eles sempre pareciam lobos famintos.

Entrei silenciosamente e não me atrevi a olhar para seu rosto, ou então eu teria pesadelos durante dias, talvez semanas. Fiquei sentada ali, eles não gostavam que falássemos desnecessariamente.

- Não lembro de ter pedido por uma estátua. – Sua voz grave soou no quarto. Quando isso acabaria?

A única coisa audível no quarto era a minha respiração desregulada, eu a segurei para que ele não percebesse. Eles gostavam quando eu demonstrava estar assustada, o que era um incentivo a eles para me bater.

- Não vai nem dizer seu nome? – Escutei ele se aproximar, podia sentir minhas mãos geladas.

- (S/N). – Falei baixo, mas alto o suficiente para que ele escutasse. Escutei o barulho de liquido sendo despejado no copo.

Levantei meu olhar e com desespero vi ele servindo a própria bebida.

- Eu servirei sua bebida. – Me apressei para retirar o jarro de suas mãos, mas ele apenas afastou a porcelana para longe. Só então percebi que havia me apressado demais, ele me bateria por ter ido ao seu lado sem sua permissão. – Me perdoe, por favor, eu serei mais cuidadosa.

Abaixei minha cabeça ao chão, implorando por seu perdão, eu era patética.

- Por que está pedindo desculpas? Eu posso servir minha própria bebida, tenho dois braços, afinal. – Permaneci com a testa no tatame até que um copo com álcool foi posto no chão, bem em frente ao meu rosto. – Quer beber?

- Sou proibida de consumir algo. – Me levantei devagar.

- Você é amiga da Hinatsuru, certo? – Com a surpresa acabei olhando para seu rosto. Perdi o folego com a visão do homem, ele tinha os cabelos grisalhos e parecia que o vento havia o bagunçado. Os lábios cheios mas o que mais me chamou a atenção foram seus olhos, um tom rosado, talvez fossem vermelhos.

- Conhece a Hina...? – Ele deu um pequeno sorriso.

- Digamos que sim. – Ele deu um gole na bebida e colocou sobre a pequena mesa de madeira. – Quantos anos você tem, criança?

- Fiz 21 no outono. – Falei simplesmente. Ele assentiu e pareceu ficar pensativo, poucos segundos depois ele se levantou e jogou seu haori no chão. Senti todo o meu corpo se tremer de medo, toquei meu obi pronta para solta-lo mas sua mão me impediu de faze-lo.

- Não acha que está animada demais? Não vamos fazer nada. – Olhei com espanto para o homem, ele não faria nada ou estava apenas brincando com a minha cara? – Pode dormir se quiser, não vão me deixar te devolver tão cedo.

Ele se acomodou no futon que tinha espaço para nós dois e ficou ali, sem fazer nada além de dormir. Não tive coragem de fazer algo além de ficar sentada no canto, encarava ele durante os minutos que se passavam, com o medo de ser algum tipo de armadilha para ele abusar de mim enquanto estivesse dormindo.

Ele despertou depois de algumas horas, já era bem tarde, quase de manhã e ele se assustou ao me ver ali, exatamente como eu estava antes dele cair no sono.

Seu olhar pareceu ficar nublado e ele me liberou logo depois de vestir seu haori verde, fiz uma reverência e deixei o lugar. Fiz meu caminho de volta ao quarto enquanto ignorava os gemidos dos quartos do qual eu passava ao lado, depois de tirar toda a maquiagem e roupa me permiti relaxar ao menos um pouco, cochilei por poucas horas.

Acordei com o barulho de tosse ao meu lado, Hinatsuru estava curvada sobre seu próprio corpo. O desespero tomou todos os meus sentidos quando vi o liquido carmesim manchando os lençóis.

- Hina...? – Toquei suas costas e ela pareceu notar que eu havia acordado. Seu rosto estava pálido e grandes luas escuras manchavam seus olhos que antes pareciam brilhantes.

- (S/N), me ajuda. – Ela desmaiou nos meus braços.


Notas Finais


Tenho uma conta no Wattpad e também está sendo postada por lá, caso prefiram ler por outra plataforma.
MAS EU NÃO SEI MEXER POR ELE, então tenham paciência comigo! Vou estar postando lá todas as minhas histórias, então não se assustem caso vejam as histórias por lá.

Minha conta no Wattpad: @Sshine777


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