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História Pompéia - Capítulo 5


Escrita por: manucaximenes

Notas do Autor


Olá amores,
Mais um capítulo!!!
Espero que gostem, bom final de semana!
Beijos e boa leitura!!!

Narrativa: Magnus e Alec.

Capítulo 6 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Pompéia - Capítulo 5

 

 

Capítulo 05

O teu toque.

 

Ludus Lua Crescente.

 

Só a lembrança do olhar do gladiador faz o meu peito vibrar, a minha respiração ficar entrecortada.

Encolho-me no meu novo lugar, encostando a minha testa nas minhas coxas.

Tenho consciência de que deveria ter me habituado com o fato de que eu não passo de um mero objeto e mesmo tendo o contentamento irradiar em meu peito por ter a sensação de alivio por não sentir mais as mãos de Valentim sobre o meu corpo, meu temor quanto ao meu destino é maior.

Minha primeira dona... Camille... A mulher que me ensinou a como proporcionar os prazeres da carne quando era apenas um menino, sempre me garantiu e sempre me mostrou o quão inútil sou sem estar em cima de um leito fazendo o que o meu senhor quer que eu faça.

Posso ter conhecimentos sobre a casa, mas o meu dever era na cama... Sempre fora na cama e quando o meu destino fora desviado do planejamento de Camille quando o vosso marido o senador Quincey vendeu-me e mandou-me para uma província mais distante, desviando o meu caminho dos planos da esposa, senti-me sortudo... Até conhecer o meu dono, até conhecer o meu novo proprietário.

A sensação de liberdade e de temor sempre andam lado a lado.

-Magnus! –Chama Lily, atraindo o meu olhar. –Siga-me! –Manda, estalando os dedos.

Levanto-me e a sido, observando uma marca de lua em vosso ombro esquerdo, eu nunca fora marcado na pele, sempre ostentei marcas em minha coleira... Minha pele deveria ser imaculada.

-O que devo fazer? –Questiono, sentindo o meu coração perder a batida, enquanto desço as escadas.

-Nós iremos limpar Alexander... Preciso que não olhe nos olhos dele, preciso que não se aproxime do vosso corpo, ou demonstre o vosso encantamento por ele! –Manda, atraindo o meu olhar. –E não finja que não tens... És palpável o vosso encantamento, mas não deves demonstra-lo... Muitos já perderam a chance de respirar por muito menos! –Garante, segura.

Ao passar pelas celas, deparamo-nos com um gladiador, ou o que parecia um, encostado em vossa cela, alto, moreno, com um cabelo longo preto que caía sobre vossa testa e abaixo de vosso queixo em cachos, tem cílios longos e espessos e um corpo talhado.

-Mais um para o abate? –Questiona, sarcástico, enquanto Lily recolhe os panos limpos e a ânfora de água.

-Se não tens boas palavras, aprendiz de gladiador, não emita sons! –Manda, puxando-me para a cela de Alexander.

 

***

 

Viro o meu copo de vinho em um só gole, ouvindo passos aproximando-se da minha cela... Luke sempre me manteve afastado como uma forma de domar o meu comportamento bárbaro de celta, abaixar a minha empáfia e transformar-me num desses objetos que todos põem as mãos.

Romanos sempre agem como superiores, mas tomam aquilo que não lhes pertencem sempre que encontram uma oportunidade... Eu cuspo na cara de Roma.

Nada que venha de lá traz glória ou honra.

Ao virar-me em direção à saída encontro Lily e o meu objeto de interesse, ele tinha os vossos olhos cravados não chão, o que me deixa descontente... Eu não quero que ele olhe para os vossos pés e sim para os meus olhos.

A vossa postura me irrita, os vossos ombros caídos, a vossa postura encolhida, pois tenho absoluta certeza de que és mais alto do eu, pelo menos uns bons dois dedos, o vosso corpo esguio tenso, os vossos passos curtos.

Observo-o pegar uma tina e molha-la com um dos panos, começando a limpar o meu corpo, sem encarar-me, mantendo uma distância respeitosa e pela primeira vez não me agrado dela.

Não me agrada não ter o fogo dos vossos olhos encarando os meus, não me agrado não vê-lo ofegar com a minha presença, muito menos não ter o privilegio de ver os vossos lábios semiabertos, as vossas bochechas corarem, a vossa postura vacilar.

Sinto-me incoerente, sinto-me confuso com a necessidade de aproximar-me dele, de toca-lo, de sentir o vosso desconforto de perto, a tensão, excitação no sentido mais literal.

Aproximo a minha mão da vossa face, fazendo-o encarar-me, os vossos olhos arregalam-se e sinto-o soltar um ar quente contra a minha pele, aproximo-me mais, avaliando-o com cuidado, sentindo o pulsar pelos meus dedos, sentindo uma fina camada de suor se formar em vossa pele, sentindo um cheiro novo invadir as minhas narinas.

O cheiro dele impregna cada misero centímetro dos meus sentidos, deixando-me viciado, fazendo-me arder por mais... Quando dou por mim um repuxar de lábios ocorre e os olhos puxados verdes-amerelados são atraídos por ele, entretanto, a movimentação de Lily não me passa despercebida e um rosnado escapa dos meus lábios quando ela o puxa para perto de si.

Findando algo que não deveria ser findado, trazendo-me descontentamento e irritação.

Avanço em direção a Lily, mas o homem se põe a vossa frente, não consigo distinguir se fora por reflexo ou por proteção, mas esta ação fez-me avançar mais, sentir as vossas mãos em minha cintura, criando arrepios se formarem em minha pele.

Os vossos dedos se apertam em minha carne e o vosso corpo cola-se ao meu, molda-se ao meu, enquanto os vossos olhos cravam nos meus, nublando os meus sentidos, nublando os meus instintos até que sinto uma lâmina em minha carne, marcando o meu pescoço.

Volto-me em direção ao dono da lâmina, encontrando Alaric, ajudante de Lucian, com os vosso cabelos longos e cinza, alto e bastante musculoso, encarando-me com os vossos olhos semicerrados.

-Plutão já receberá almas o suficiente. –Revela, entre os dentes.

Uma gargalhada escapa dos meus lábios, enquanto levo uma mão à lâmina, apertando-a e atingindo Alaric com o cabo e fazendo-o cambalear para trás, enquanto sinto o meu sangue pingar e minha pele arder... Uma sensação costumeira para mim, até que sinto uma que não és familiar, alguém arrancando a espada da minha mão e alguém enrolando um pano em minha ferida, estancando o meu sangue, sentindo o olhar de preocupação em vossos olhos e havia surpresa... Espontaneidade e determinação.

Está não és a sensação que estou acostumado, mas que posso acostumar-me com ela.



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