História "Ponto De Partida" - "Surreal"

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Em certo momento aquele bar se tornou de fato uma balada, pessoas aglomeradas se empurrando enquanto bebiam e dançavam aquelas músicas que ninguém se preocupava mais em entender, como o esperado, assim que Azumane conseguiu uma pausa, Noya foi direto até ele, no momento esses dois devem estar se pegando em qualquer canto por aí, eu continuei sentado no mesmo banquinho, bebendo sozinho e ignorando qualquer idiota que vinha falar comigo, e eu continuaria assim pelo resto da noite se alguém não estivesse me comendo com os olhos a horas.

Kageyama Tobio é estranho, desde que trocamos olhares ele continua a me encarar, talvez esperando que eu saia do meu lugar e vá até ele, o que claramente não vai acontecer, ainda mais porque estamos a uma distancia considerável, eu não vou atravessar uma multidão de gente suada e bêbada só pra chegar perto dele, mas confesso que ter seu olhar sobre mim por bastante tempo é um pouco constrangedor, eu sinto esse olhar queimando minha pele, como se mesmo o local lotado não fizesse a mínima diferença, seu olhar permanece em mim.

Mais uma vez eu senti seu olhar queimando minha nuca, dessa vez eu resolvi o procurar, encontrando o corredor de olhos azuis sentado em uma mesa do outro lado do bar, cercado de mulheres bonitas e outros corredores, mesmo que pareça que todos estão conversando, ele está quieto olhando novamente para mim, mas dessa vez ele sorri, o sorriso daquele homem parece tão cheio de perversão que meu corpo estremece, o que me faz voltar a atenção para a bancada, o copo com a bebida vermelha parece ainda mais atrativo naquele momento, em falar na bebida, eu já não fazia ideia de quantos copos havia tomado, mas sabia que estava bem mais animado do que o comum.

Saio dos meus pensamentos quando vejo um copo com uma bebida azul sendo colocada perto de mim, meus olhos seguiram a mão branca lotada de anéis até que eu pudesse ter o vislumbre de quem se sentava ao meu lado, não consegui esconder a surpresa ao ver Kageyama sentado no banco ao meu lado, ele estava com um sorriso pequeno nos lábios e parecia me encarar de certa forma curioso? Eu não fazia ideia do porque ele estava ali, mas também estava curioso por saber, estranhamente quando sua mão tocou meu rosto eu não quis afasta-la, talvez seja pelo fato de eu estar bêbado.

– É a primeira vez que você vem aqui?- Sua voz é bonita e arrepia toda a minha espinha.

– Por que acha isso?- Faço outra pergunta o vendo sorrir.

– Porque eu não esqueceria facilmente do cara mais bonito de todo o lugar.- Eu acabo rindo baixinho, parecia uma cantada barata que ele joga para qualquer um.

– E você diz isso para todo mundo ou eu sou uma exceção para essa noite?- Ele dá um sorrisinho sem graça mas então me encara.

– Pra falar a verdade é a primeira vez que dou uma cantada em alguém.- Ele coça a nuca envergonhado o que me faz revirar os olhos.- Eu fui bem?- O moreno pergunta curioso e eu me seguro para não rir dele.

– Defina o seu “ir bem”.- Falo voltando minha atenção para a minha bebida.

– Consegui uma chance com você?- Seus olhos azuis pareceram brilhar mais do que as luzes do bar e eu acho que esses olhos são realmente encantadores, mas ele não me engana, está agindo de maneira muito doce para alguém que só está em busca de diversão por uma noite.

– Conseguiu chamar um pouco da minha atenção.- O respondo de maneira sincera, vendo aquele sorriso bonito dele ficando maior.

– E o que faço para te cativar ainda mais?- Eu acabo rindo sem graça alguma, deixando o copo de bebida na bancada, passei minha língua por meus lábios sentindo o gosto doce do líquido vermelho.

– Que tal se você for sincero e me dizer logo o que quer?- Eu acho que ele ficou um pouco surpreso por eu estar sendo direto, mas logo a surpresa deu espaço para a verdadeira face daquele garoto, uma face que deixava claro que ele era um predador ali e que eu era sua presa.

– O que eu quero? É bastante simples para falar a verdade.- Kageyama Tobio fala calmamente, então me encara, seus olhos parecem percorrer todo o meu corpo até parar em meu rosto, dessa vez ele que passa língua sobre os lábios e eu posso ver um piercing prateado bem ali, quando menos esperei ele se movimento rapidamente, me fazendo ficar entre seu corpo e o balcão.- Eu quero você, quero o seu corpo, a sua boca e a porra de uma noite inesquecível.- Suas mãos grandes seguem até minha cintura, apertando a mesma com força.

– E se eu te disser que não vim em busca de ficar com ninguém?- Toco seus braços sentindo como ele é forte, com certeza ele passa horas em uma academia.

– Então eu vou ter que te dizer que você acabou de mudar de ideia.- O mais alto volta a me apertar, dessa vez colando seu peito ao meu, eu sabia que ele iria me beijar, mas eu queria aquilo? Não fazia a mínima ideia.

No ímpeto de coragem que se apossou do meu corpo, mandei todas as minhas preocupações e questionamentos para o quinto dos infernos, e como se um olhar fosse suficiente, dei o aval para que Tobio me beijasse, sua mão direita seguiu até o meu rosto, tocando minha bochecha com seus dedos finos e longos, seu rosto se aproximou dos meus aos poucos, mas quando seus lábios tocaram os meus meu corpo todo pareceu entrar em chamas, era como se seu toque fosse gasolina sendo despejada em uma chama, era um sentimento avassalador, um sentindo muito bom por sinal, o inicio do nosso toque foi singelo, foi um selar de lábios calmo.

No entanto sua mão que ainda estava em minha cintura deslizou até minha coxa, quando ele a segurou, a apertou com tanta força que eu quase gemi, sabia muito bem que ele tinha percebido e gostado pois ele sorriu bem pertinho aos meus lábios, antes que eu pudesse dizer para ele me beijar direito, seus lábios voltaram a se chocar contra os meus, dessa vez seu corpo se encaixou entre minhas pernas, nossos peitos colados, sua língua contra a minha, aquele piercing gelado se esfregando contra o músculo molhado era estranhamente bom, eu não me lembro de ter beijado um cara que tinha piercing na língua.

A mão grande dele em meu rosto fazia com que eu seguisse seus movimentos com afinco, minhas mãos foram para a cintura dele o puxando para perto de mim, deixei que minha mão esquerda caminhasse por seu corpo até a sua nuca, sentindo seus cabelos raspados contra meu dedos, ele pareceu gostar daquilo pois seu corpo se colou mais ao meu, o beijo parecia ficar mais intenso e naquele momento eu nem me importava mais de estar o beijando no meio de tanta gente que o conhecia como um famoso corredor, eu só queria que ele continuasse me beijando, que suas mãos continuassem em meu corpo e com esse pensamento nos separamos, sentindo a falta de ar, puxei diversas vezes o ar para os meus pulmões, quando abri meus olhos encontrei o moreno me encarando, seus lábios vermelhos me chamando a atenção.

– Vem comigo? Vamos sair desse lugar lotado?- Kageyama sussurra ofegante, me fazendo parar para pensar, eu acho que não iria me arrepender se fosse com ele, afinal é só mais uma noite.

– Me leve para ter a melhor noite da minha vida.- Peço baixinho o vendo sorrir.

– Você não vai se arrepender.- O moreno responde um pouco mais animado me fazendo suspirar.

Antes que ele se afastasse eu aproveitei que ainda estava perto do balcão para beber o resto da minha bebida, Tobio fez o mesmo e logo pegou em minha mão, ele se afastou do bar me fazendo sair do banco, logo começando a segui-lo, eu não fazia sequer ideia de onde iria, mas estava arriscando tudo por que iria sair dali com ele, ainda segurando minha mão o mais alto começou a andar no meio das pessoas, em meio aos empurrões e gritos nós seguimos até uma portinha preta, quando saímos estávamos do lado de fora do estabelecimento.

Nós caminhamos por um caminho de pedras até a garagem, quando entramos no lugar alguns carros estavam dispostos na mesma, todos em suas vagas bem alinhados, nós caminhamos por entre eles até chegarmos em frente a um carro preto brilhante, em suas laterais haviam faixas azuis escuras, da cor dos olhos de Kageyama, eu não tinha reparado antes mas o carro é lindo, combina bastante com o dono no caso, ainda de mãos dadas com Tobio, esperei pelo que ele fosse fazer, devagar ele me puxou em direção a porta do banco do passageiro.

– O carro é bonito Kageyama.- Elogio o moreno que sorri.

– Obrigado.- O mais velho agradece, então me encara.- Pensando bem, você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.- Normalmente eu não me importo de dizer meu nome a casos de única noite.

– É Shouyou, Hinata Shouyou.- O respondo sem me importar com o que poderia acontecer depois.

– Então esteja pronto para entrar no paraíso Hinata Shouyou.- Tobio sussurra com aquele maldito sorriso pervertido em seu rosto, esse maldito sorriso me deixa cheio de tesão.

Como eu não sabia o que ele iria fazer, esperei que ele começasse a se movimentar, não demorou para que ele abrisse a porta do carro, se sentasse no banco do passageiro e me puxasse para que me sentasse em seu colo, uma perna de cada lado das suas coxas, nós iriamos transar dentro do carro? Eu nunca havia feito isso, então mal consigo disfarçar a ansiedade que se instalou dentro de mim, assim que me acomodo encima do seu corpo, levo minhas mãos até os seus ombros, me apoiando ali, antes de fazer qualquer coisa o moreno ligou a luz da frente do carro, iluminando mesmo que um pouco nossos corpos.

– Vamos transar dentro do seu carro?- Pergunto curioso, sentindo suas mãos adentrarem o meu cropped tocando minhas costas com seus dedos.

– Você não está de acordo?- Devolve a pergunta ao levar seu nariz ao meu pescoço.

– Disse que me levaria para a sua cama, não para o seu carro, não sei se fico confortável de transar no mesmo lugar que todos os seus peguetes.- Resmungo um pouco frustrado o escutando rir.

– Você é especial Shouyou, saiba que eu nunca transei com ninguém dentro desse carro.- Eu não sei se rio ou se acredito na sua pequena mentira, sem saber o que fazer prefiro entrar no seu joguinho.

– E por que eu sou especial?- Pergunto ao puxar seus cabelos para trás.

– É pelo simples fato de que eu sinto que se não consigo mais me segurar, quero te foder agora, o lugar é o que menos me importa.- Sua voz parecia tão sincera que o meu corpo todo se arrepiou.

– Então me faça seu Kageyama, me foda até que eu esqueça meu nome.- Peço ao encara-lo, eu consigo ver seus olhos brilhando, antes dele me puxar pela nuca, me beijando com força.

Eu escutei o moreno fechando a porta, suas mãos em minha nuca me faziam ser dominado por seus movimentos, o piercing em sua língua fazia meu corpo se arrepiar constantemente, minhas mãos em sua nuca continuavam a puxar seus cabelos, as mãos dele deslizaram novamente pelo meu corpo, parando em minha cintura, nossos rostos se movimentavam de um lado para o outro em busca de mais contado, cada vez que eu o apertava contra o meu corpo, que eu o puxava pelos ombros em busca de mais contato eu me sentia como se aquele homem fosse demais para mim, sentia que estava tão bem encaixado nele que era surreal.

Quando nossos lábios se separaram daquele beijo afoito, Tobio seguiu até o meu pescoço, abaixando a gola do cropped começando a me beijar e morder com certa violência, no entanto a dor causada por seus lábios é prazerosa e intensa, faz meu corpo queimar e arder, mas parece que ele ficou irritado com o cropped e logo suas mãos estavam tratando de retira-lo do meu corpo, o jogando para o banco do motorista, antes que ele voltasse a querer me beijar eu faço o mesmo com ele, começo a puxar sua blusa, podendo revelar uma boa parte do seu corpo, o tanquinho e o peitoral bem marcados pelos músculos, extremamente gostoso em minha opinião.

Sorrindo de maneira arteira me aproximei do seu pescoço, mordendo o mesmo com força, começando a marca-lo também, enquanto beijava seus pescoço aproveitava para apalpar seu peito e seu abdômen, as mãos do moreno que estava em meus cabelos deslizaram por minhas costas até minha bunda, ele apertou ambas bandas com força, me fazendo gemer contra o seu pescoço, então ele me puxou para frente, fazendo minha semi ereção se esfregar contra a dele, o que me fez gemer mais alto ainda, devagar eu levantei meu rosto, procurando por seus lábios começamos a nos beijar novamente, dessa vez de maneira intensa e molhada, trocando o máximo de contato que podíamos.

Minhas mãos afoitas seguiram pelo meio de nossos corpos até os botões da calça do moreno, eu abri os mesmos, descendo o zíper em seguida, minha mão esquerda entrou dentro da cueca do moreno, tocando seu falo quente, devagar comecei a acariciar a cabeça do seu pênis, sentindo a mesma ficando molhada, logo minha mão estava deslizando por toda a sua extensão, subindo e descendo, Tobio em resposta ao meu toque começou a gemer baixinho, mostrando que o que eu estava fazendo o agradava e muito, um pouco mais animado aumentei a velocidade dos meus movimentos, sentindo as mãos dele abandonando minha bunda, para encontrar com meu pênis.

Tobio abriu os botões da minha calça e o desceu o zíper, sua mão grande começou a me masturbar na mesma velocidade que eu fazia com ele, fazendo assim com que nossos lábios se afastassem, deixando aquele fio de saliva nos conectando, nossas testas continuavam juntas, nossas respiração se mesclando, nossos gemidos também se mesclavam, quando já estávamos duros o suficiente eu me afastei de Kageyama que pareceu confuso, principalmente quando eu me sentei no banco do motorista, porém seus olhos logo se iluminaram quando ele me viu começar a retirar os sapatos.

O moreno logo começou a fazer o mesmo, retirando seus sapatos e começando a retirar o resto de suas roupas, assim que terminei de retirar tudo, ficando completamente nu, joguei minhas roupas no banco de trás, vendo o mais alto imitar meus movimentos, logo eu estava de volta sobre o seu colo, me apoiando em seus ombros, sentia seu membro duro roçando em minha bunda, a cabecinha vermelha estava em constante contato com minha entrada, me arrepiando e me instigando a querer meter o seu pau em mim sem nem mesmo me preparar antes, mas é claro que eu não faria algo assim, eu quero foder com ele, não me machucar por inteiro.

Antes que nós fizéssemos qualquer coisa, Tobio abriu o compartimento do carro, retirando de lá algumas camisinhas e um potinho de lubrificante, logo seus dedos estavam molhados com o lubrificante transparente, sua mão seguiu até a minha entrada me fazendo gemer em antecipação quando um de seus dedos esfregou a mesma, depois de lubrificar por fora, seu primeiro dedo começou a entrar devagar em meu interior, alcançando o meu ponto g com apenas um dedo, o que me fez arregalar os olhos, quando o segundo dedo entrou, eu senti a pontinha dos seus dedos esfregando aquele ponto doce, eu não tive resposta a não ser gemer alto com o estimulo.

O mais alto continuou se mexendo em meu interior, enquanto eu gemia, Tobio começou a morder e beijar meu pescoço, minhas mãos seguraram em seus ombros, minhas unhas curtas começando a arranhar seus ombros, até sentir o terceiro dedo entrando no meu interior, não demorou muito para que eu sentisse que estava pronto para receber algo maior e deveras melhor, quando o moreno percebeu que eu estava pronto, apenas retirou seus dedos do meu interior, eu sentia minha entrada pulsando, sentido a falta de seus dedos, Kageyama esticou sua mão até o banco do motorista, pegando uma camisinha qualquer, para logo abrigar seu pênis no latex.

O moreno limpou a mão na própria camisa antes de descer o banco, assim que o banco ficou reto, Tobio se acomodou no mesmo, ficando totalmente deitado, o mais alto levou suas mãos até a minha bunda, me levantando um pouco, eu aproveitei que estava com as mãos livres para as melecar com lubrificante, lubrifiquei ainda mais o seu pênis, logo o guiando até a minha entrada, aos poucos fui sentando em seu colo, sendo cada vez mais preenchido por ele, e porra, como o seu corpo podia encaixar tão bem no meu? Quando ele ficou completamente dentro de mim, meu corpo todo tremeu, havíamos nos conectado muito bem.

Depois de me acostumar com seu pênis dentro de mim, me apoiei em seu peito com ambas mãos, sentindo Tobio segurando minha cintura, o primeiro movimento que eu fiz, o pênis do corredor saiu quase todo por completo do meu interior, mas quando voltou alcançou cada pequeno espacinho, aquilo era bom demais então eu apenas continuei me movimentando, até conseguir alcançar um ritmo gostoso para nós dois, enquanto eu subia e descia em seu colo, uma das suas mãos que estava em minha cintura deslizou até alcançar o meu pênis, logo ele estava me masturbando enquanto eu quicava em seu colo.

Quando pensei que poderia gozar, o moreno tapou a minha glande com seu dedão, sorrindo de maneira perversa, eu quase o xinguei, eu até o xingaria se tivesse ar o suficiente para isso, pois no momento que pensei em xinga-lo, Tobio segurou com a mão esquerda a minha coxa, quando eu desci sobre o seu pênis, o mais alto se impulsionou para cima, fazendo que seu pau acertasse com uma força absurda meu ponto g, eu só não gritei pois havia perdido o ar com aquele movimento, como ele estava segurando minha glande com a mão direita eu sentia como se fosse explodir, mesmo tremendo é como se meu corpo estivesse no automático, continuo quicando sobre seu colo com maestria.

Eu jurei poder ter visto estrelas quando seu dedo parou de pressionar minha glande, quando ele começou a me masturbar de novo eu queria chorar para poder finalmente gozar, e quando eu gozei, sentindo seu pênis acertando o mais fundo do meu interior, eu tive certeza de que estava fora de orbita, principalmente quando ele gozou na camisinha dentro de mim, respirando profundamente e cansado eu apenas cai sobre o seu corpo, sentindo os espasmos do orgasmo fazendo todo o meu corpo tremer, esse cara é mais do que eu pensei que poderia ser, ele é sem sombra de dúvidas surreal...

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