1. Spirit Fanfics >
  2. Ponto fraco >
  3. Esconderijo

História Ponto fraco - Esconderijo


Escrita por: DonaMaldade e Karol2802

Notas do Autor


Oioi gente, sei que eu tenho demorado um pouco mais para postar os capítulos e que alguns estão até estranhando, de tanto que eu postava todos os dias aqui HAUSHAUSHA Pois vocês estavam muito mal acostumados, hum u_u Brincadeira, eu adoro/adorava postar sempre por aqui, mas os deveres de futura psicóloga me chamam.Tive que cessar um pouco com a mania de escrever a todo momento para poder fazer as provas (não vou nem falar que estudei porque seria a maior mentira KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK alô corona sai do meu país pq eu não estudo EAD nem morta). Enfim, a fanfic também está acabando e embora já tenha outras à caminho, estou com o coração pesando por terminar essa aqui. Ponto Fraco foi a primeira fanfic NaruHina que escrevi, pois "Não se esqueça de mim" era uma one tristezinha que fiz em um dia muito melancólico. Acho que me perdi no assunto, já esqueci o que ia falar KAPSPASKAP Então vamos ao cap pq eu falo mt

Capítulo 22 - Esconderijo


Vinte minutos. Foi o máximo de tempo que pude suportar Konohamaru e Hanabi juntos. Não só eu, como também Naruto já não aguentava mais aqueles dois pirralhos fazendo piadas sobre tudo ao redor. Ainda mais pelo fato de que "tudo ao redor" significava eu e o loiro. Obviamente Kushina e Minato livraram-se das brincadeiras, pois ao menos a eles os mais novos tinham respeito. 

— Mas a Hinata nunca namorou antes? — Konohamaru intrigou-se, enquanto minhas bochechas permaneciam vermelhas há tempos. Naruto encarou-me em expectativa diante a questão, e seus pais fizeram o mesmo. Já minha irmã, desatou a rir. 

— Ela não sabia nem conversar, imagina beijar na boca! Até eu que não estudo em colégio, já que não preciso de experiências, tinha mais amigos que ela. Agora já não sei, pois ela tem conhecido meio mundo na Academia. Mas aposto que continua uma gaguejadora na frente das pessoas! Até na frente da gente gagueja... 

— Hanabi, para... — pedi baixinho, mas fui ignorada.

— Ela uma vez desmaiou quando papai fez uma festa na empresa e tivemos que ir. Alguns amigos de papai abordaram ela, perguntando mais sobre sua vida e tal, e a Hina simplesmente desmaiou diante tantas pessoas encarando ela e falando ao mesmo tempo. Foi o maior vexame! Ainda bem que eu estava lá e pude conversar no lugar dela. 

— Mas você não tem vontade de estudar com pessoas da sua idade também? — Konohamaru quis saber. 

— Eu não. Aposto que são todos como você, infantis e sem graça... 

O garoto encontrava-se boquiaberto, assim como eu. Murmurei que ela não devia tratá-lo assim, mas ela apenas deu de ombros, e o Sarutobi não pareceu de fato entristecido com o corte. 

— Se eu te provar que pode ser legal conviver comigo, que tal mudar de ideia e voltar atrás com sua resposta? — ofereceu com um sorriso. Minha irmã piscou algumas vezes, pensativa, e por fim apertou a mão estendida do garoto, revelando que tinham um trato. — Se não mudar de ideia, eu tento até conseguir. 

— Esse é o meu garoto! — Naruto exclamou. 

— Mas e vocês duas, se dão bem sempre? O pai de vocês é durão daquele jeito em casa também? — Minato perguntou com um sorrisinho amigável. Aquilo sempre funcionava, pois quando o loiro mais velho sorria, passava confiança. Sua aura exalava gentileza, era quase um ser angelical. 

— Sim... papai nunca foi tão aberto conosco, mas sabemos que ele nos ama. Ele tem uma forma de demonstrar amor bem diferente — respondi, segundos antes de ser atropelada pelas palavras de Hanabi tagarela Hyuuga. 

— Hina e eu somos totalmente opostas, ela me irrita demais às vezes porque é tão parada, deixa as pessoas pisarem nela várias vezes e demora para se defender, evita a todo custo intrigas e fica super chateada quando se vê em uma situação assim. Não estou certa? — perguntou ao notar minha expressão surpresa — Eu sei que estou certa. Ela é muito bobinha às vezes, por isso a maioria das pessoas tem a impressão de que ela é meio fraquinha para muitas coisas. Mas apesar de tudo, eu sei que minha irmã mais velha tem grande potencial para as coisas, só não consegue liberar tudo ainda. É tão tímida, tadinha! Já eu sempre fui mais falante, deve ser por isso que não tenho dificuldades em fazer amizades e tal. Onde eu vou, eu conheço várias pessoas! 

— Sim, a gente viu que você preenche todo o silêncio que faz parte da Hina — Kushina concordou com as mãos na boca, enquanto abafava uma risada. 

— Já papai sempre foi fechado, o jeito dele é bem duro. É o contrário do tio Hizashi! Tio Hizashi é super amoroso e gentil, está sempre quebrando climas, apoia a gente em tudo... 

— É o irmão de Hiashi, certo? Eu o conheci, por alguns segundos achei que estivesse em um sonho ou que Hiashi tivesse acordado do lado errado da cama, trocando de personalidade — Minato gargalhou e depois pegou uma fatia de pizza. 

— É como se Neji devesse ser filho do Hiashi e vocês do Hizashi — Naruto exclamou de boca cheia, recebendo um olhar de censura de sua mãe. Dei um sorriso de lado, imaginando como seria essa troca. Mesmo com os jeitos opostos, eu gostava de ser filha de quem era. Terminando outra fatia de pizza, Hanabi e Konohamaru começarama tagarelar novamente, dizendo o quanto estava óbvio que Naruto e eu acabaríamos juntos. Ao ouvir a afirmação, o loiro franziu as sobrancelhas e questionou o motivo de acharem que foi uma coisa óbvia.

— Ai filhinho, só você mesmo pra não perceber como essa princesa te olhava, né? Mas lembra, Minato? Quando estava grávida, eu ainda tive receio de nosso bebê nascer assim...

— Como assim, nascer "assim", mãe?! Tá me diminuindo na frente dos outros-ttebayo? 

O casal gargalhou diante o biquinho frustrado do mais novo, e eu fiquei observando, encantada, como Naruto ficava fofo até fazendo birra. 

— Mas Naruto também ficou babando na Hinata desde aquela história... lembra? Ele falou tanto da "menina que defendeu ele", que ninguém aguentava mais. Até Jiraya falou que isso daria namoro — Minato lembrou-se, e o rosto de Kushina acendeu-se diante a lembrança.

— É verdade! Esqueci disso. Viu, Hina? Meu bebê é um fofo, sabe admirar a força de uma mulher.

— Naruto gritou essa história aos quatro ventos, até eu parei de vir aqui, não aguentava mais ouvir isso... — Konohamaru resmungou, também de boca cheia. 

— E a Hinata? Ela realmente achava que ninguém ia perceber a bonita suspirando pela casa, toda nervosa quando ia pra Academia, ficava toda vermelhinha quando perguntava sobre o astronauta... tudo era Naruto, Naruto, Naruto. Eu já sabia da quedinha que ela alimentava pelo astronauta, mas depois que eu vi as conversas deles dois no celular, não tive dúvidas de que ia dar namoro. O garoto simplesmente chegou pra minha irmã e falou que ela lembrava uma lua! Ai, pelo amor de Deus. Se não desse namoro, eu mudava meu nome! 

— Hanabi! Isso não é conversa p-pra sua idade — tentei me defender, mas meu argumento soou muito mais infantil. Minhas defesas estavam absolutamente baixas, e eu me sentia totalmente explanada. 

— Continua! — Naruto pediu à minha irmã, arrancando risadas de todos os demais presentes. Menos a minha. Ele estava adorando saber de detalhes sobre mim, quando se tratava dele. 

— A Hina tem uma gaveta onde ela esconde uns papéis, como se fosse um diário solto dela — olhei em desespero para Hanabi. Ela sabia? — A boba escreve tudo lá. O astronauta tinha que ver o que ela escreveu sobre ele no dia em que se conheceram! — gargalhou, ignorando minha expressão — Já contou a ele, irmãzinha? 

— O que você escreveu sobre mim quando me conheceu? — Naruto questionou, extremamente curioso.

— Que meiga! Você gosta do meu filho desde a primeira olhada? Que lindo-ttebane! Viu como eu estava certa mesmo?! — Kushina exclamou, sonhadora. 

— Kushina, está constrangendo a menina... — Minato retrucou baixinho, recebendo de mim um olhar agradecido por me entender. Entretanto, continuavam a me olhar em expectativa, fazendo o desejo de acabar com a minha irmã mais nova apenas crescer. Hanabi, você me paga... Por sorte, o Namikaze voltou a falar de repente, como se tivesse lembrado de algo — Logo terei que me ausentar, mas só por uns minutos, Enquanto ia buscar as meninas, recebi uma ligação e não tive outra opção a não ser aceitar uma breve reunião aqui, alguns papéis para serem assinados e avaliados. Parece que há uma nova filial. 

— Mas quem virá? — Kushina questionou, irritada. Como o assunto não me dizia respeito, minha atenção voltou-se aos três à minha frente. 

— Naruto deu sorte — Konohamaru resmungou — Vê se você se liga mais nas coisas, tá legal, seu babaca? 

O loiro não respondeu, apenas deu um cascudo no menor, que por sua vez, deu outro no Uzumaki. Assim, começaram um ciclo vicioso de cascudos, tapas, chutes... até que derrubaram as pizzas que estavam em cima da mesa. Hanabi e eu pensamos rapidamente, mas nossa comunicação foi falha, já que agarramos a mesma pizza bem a tempo. As outras acabaram caindo no chão, fazendo com que Kushina imediatamente passasse a gritar com os dois garotos que aprontaram.

— Meu Deus, não tem como aguentar vocês juntos! 

— Ele que começou!

— Mentiroso... 

— Agora ninguém mais vai comer essas pizzas, satisfeitos? — Hanabi resmungou, juntando os pedaços que caíram no chão e colocando de volta em suas respectivas caixas. Kushina agradeceu-a e recolheu o objeto, balançando a cabeça negativamente, totalmente frustrada. 

— Eu posso comer, não vai me matar — Naruto deu de ombros enquanto apontava para a caixa nos braços da mãe, que o fuzilou com o olhar. 

— Faz mal! Pode dar vermes — esclareceu, irritada. Em seguida, retirou-se da sala rapidamente, enquanto eu estendia o braço timidamente para receber um pedaço da pizza doce que foi salva, onde Minato cortara fatias e me entregava a primeira. Restando apenas mais três fatias, o loiro mais velho levantou-se e alegou que sua visita estaria quase chegando, pedindo com um sorriso pequeno para que os meninos se comportassem.

— Vamos — Naruto também se levantou, mostrando uma chave que balançava-se na ponta de seu dedo. 

— Aonde? Você dirige? — Hanabi questionou, desconfiada. 

—Nós vamos no...? — Konohamaru mal terminou de perguntar e já estava correndo. Com um sorriso mínimo, segui os dois rapazes com uma Hanabi intrigada em meu encalço. Demorou uns instantes para que ela associasse que o forte cheiro de doces aprofundava-se à medida que nos aproximávamos de determinado corredor. Assim, ela finalmente entendeu que iríamos ao "paraíso", como eu mesma descrevi. 

Era divertido ver com meus próprios olhos reações que antes passaram por mim. O brilho no olhar de Konohamaru e Hanabi, a ponto de babarem, me fez lembrar do primeiro dia em que estive aqui. De canto de olho, pude notar que Naruto mantinha os olhos em mim, talvez lembrando-se da mesma coisa que eu. Ou poderia estar lembrando que quase demos o primeiro beijo bem aqui... 

Parecia que foi há uma vida atrás. Na época, minhas maiores preocupações consistiam em me decidir se ele sabia ou não de meus sentimentos, e se sabia, por que nada falava (?). Agora, tinha tantas coisas em mente, tanta coisa tinha acontecido...

— Isso com certeza é o inferno para os diabéticos — Hanabi murmurou, recuperando-se do choque ao se deparar com tantos aromas, cores e doces num só lugar. Eu permanecia encantada com o cômodo, mas nada tão chocante quanto a primeira vez. — Astronauta, você conquistou a Hinata só por causa disso, tenho certeza. Não tem ninguém mais formiga que minha irmã, nem eu ganho dela nisso. 

— "Nisso"? Em que outras coisas ganha de mim, dona Hanabi? — perguntei, franzindo a testa. Com um sorriso travesso, a pequena puxou uma mão de Konohamaru e o levou até a fonte de chocolate. O mais novo olhou para trás, chocado e vermelho, apontando para sua mão na de Hanabi. 

— Ela é muito diferente de você —Naruto  aproximou-se, falando baixinho enquanto me estendia um pote cheio de confetes. 

— Sempre foi — respondi com um sorriso enquanto tirava uma mão quase cheia de dentro do pote, lembrando que Kushina poderia ficar um tanto irritada se por acaso suas guloseimas acabassem. Em silêncio, observamos os mais novos percorrerem cada centímetro do cômodo, absortos em cada doce que podiam experimentar. Papai teria um ataque se nos visse em um quarto lotado de doces... 

Naruto não estava mais ao meu lado, mas tentava chamar minha atenção. Olhei na direção da porta, onde o loiro estava, e segui-o confusa até que ele me puxasse rapidamente para outro cômodo, ao lado do quarto dos doces de Kushina. 

— N-Naruto! — exclamei, tampando o rosto vermelho. Olhei ao redor, notando ser uma espécie de sala de leitura. Tinha uma mesa grande com um computador, e muitos armários repletos de livros, além de algumas poltronas e almofadas para apoio de pés. Alguns retratos da família Uzumaki... até mesmo Tsunade estava ali, ao lado de um homem de longos cabelos brancos. Jiraya. — Não tem... problema se a gente ficar aqui? Se a Hanabi e o Konohamaru notarem que...

— Relaxa! Os doces da mamãe deixam todo mundo tonto, impossível eles notarem que sumimos. Só queria ficar um pouco mais perto de você, não vamos demorar. 

— É... é melhor n-não — falei baixinho, mas a verdade é que eu estava ansiosa pelo que estava por vir. É claro que as chances de algo dar errado eram praticamente de 90%, mas como dizer isso ao coração? 

Como Naruto hesitou em se aproximar, talvez por receio já que eu disse que era melhor não, eu mesma me encarreguei de ficar na ponta dos pés e dar um selinho rápido no loiro. Ele teve rápida resposta, pois suas mãos voaram ao encontro de minhas bochechas, empurrando-as para frente até que meus lábios formassem um biquinho que foi beijado diversas vezes pelo loiro, que riu ao notar minhas bochechas vermelhas (não só por causa de suas mãos, que as empurraram, mas também pela minha timidez que dificilmente iria embora). 

— Hime, eu já te agradeci por ser você? 

Sorri, radiante. Suas mãos agora estavam em meu cabelo, mas seus olhos permaneceram fixos aos meus. 

— E eu já agradeci por tudo o que você fez por mim? — questionei timidamente, mas sentindo meu peito encher-se de alegria. Ainda não tinha me acostumado com toda essa nova proximidade, e esperava que as sensações quentes e gostosas que a presença de Naruto me proporcionava nunca fossem embora. Com uma exclamação abafada de Naruto, onde ele dizia que eu era tão pequenininha, fui posta em questão de instantes em cima da mesa onde estava o computador que antes eu tinha observado. Minhas costas bateram contra o eletrônico, mas não a ponto de me machucar. Então, com um sorriso eu recebi o beijo de Naruto mais uma vez ao dia. Poderia facilmente me acostumar com isso... 

Suspeitava que o loiro também partilhava dos mesmos desejos que eu, os quais eram estar sempre juntinhos. Estar apaixonada pelo Uzumaki era como estar nas nuvens: sim, eu tinha grandes chances de cair desenfreadamente e ficar acabada com a queda. No entanto, a sensação de paz, a sensação de estar por perto, de amá-lo.. era tão aconchegante que parecia anular qualquer pensamento sobre o quanto isso poderia dar errado algum dia.. Naruto não me faria mal por querer, e eu tinha consciência disso. 

Estava tão na ponta da mesa, que sentia que iria cair a qualquer instante, não fosse Naruto que mantinha os braços nas laterais de meu corpo, firmando suas mãos no pequeno espaço da mesa aos meus lados. Já meus braços, como se por instinto, voavam em direção ao pescoço dele, alternando entre me segurar em seu pescoço ou fazer carinho em seu cabelo. Sabia que nós dois estávamos vermelhos, mas não por vergonha e sim pelo calor que irradiava a cada vez mais de nossos corpos que se movimentavam de acordo com a velocidade dos beijos que dávamos, onde as pausas eram quase inexistentes. De onde tirávamos tanto fôlego? E por que meu coração parece estar saindo pela minha boca só com a simples constatação de que estava beijando-o? Não deveria ter me acostumado? 

Bem, acho que nunca vou me acostumar com isso mesmo... 

Abri meus olhos no exato instante em que a porta voltou a abrir, mas ninguém entrou na hora. Naruto e eu nos encaramos em desespero, separando-nos e tentando pensar rápido. Nossa única escolha foi nos encolher atrás de um dos armários que estava no canto, onde havia uma passagem estreita e uma planta que era mais ou menos da minha altura. Na velocidade mais rápida que conseguimos, mantive-me atrás do jarro da planta, completamente encolhida, e Naruto manteve-se ao meu lado, atrás do armário que foi separado em silêncio da parede, deixando uma passagem para o loiro. Alguns segundos depois, a porta escancarou-se mais ainda, e tive que abafar uma exclamação ao ver, por cima das folhas, meu pai, Minato e... Toneri. 

Por favor, Hanabi, continue no quarto de doces. Por favor, Minato, não diga que estamos aqui!, pedia incansavelmente por pensamentos que nada desse errado, com o coração acelerado. Minhas pernas já doíam por estar abaixada desconfortavelmente, e Naruto parecia esmagado contra o curto espaço por trás do armário no qual se enfiou. O Namikaze sentou-se em frente ao computador, de costas para nós dois que estávamos escondidos, mas Toneri e papai mantiveram-se próximos à porta. Abaixei a cabeça lentamente, evitando até mesmo engolir em seco. Não poderia de forma alguma fazer um barulho sequer. 

— Não estou certo disso, devo dizer — Minato assumiu, e segundos depois o barulho da cadeira sendo arrastada preencheu a sala, revelando que o loiro tinha se levantado. Passos suaves aproximaram-se, fazendo com que o tum-tum-tum de meu coração aumentasse mais ainda. Se fôssemos pegos... 

Com um filete de suor que caía da testa de Naruto, pude ver Minato verificar livros no armário onde Naruto encontrava-se atrás. Minhas mãos também começaram a suar, mas acreditava que se o loiro mais velho nos visse escondidos ali, entenderia a situação. Bem, assim esperava. 

Felizmente, pude ver que ele apenas retirou um livro e saiu de perto. Mais uma vez, reprimi sons. Dessa vez seria de alívio, mas impedi bem a tempo. Estava prendendo a respiração na maior parte do tempo, para evitar que fosse revelada, mas estava começando a ficar com falta de ar. 

— Antes de pensar em fecharum contrato com a Otsutsuki também, quero um prazo — o loiro continuou a dizer — Quero ter certeza sobre o tipo de lugar, métodos, profissionalização e etc. Não quero problemas por não ter avaliado bem, muito menos me sentir culpado por não ter analisado porque um parceiro garantiu-me que era um bom negócio. Sinto muito, Hiashi, mas espero que entenda que não posso fazer esse tipo de coisa precipitadamente. 

Virei a cabeça levemente em direção a Naruto, que revirava os olhos diante o assunto de trabalho. Sorri em sua direção, recebendo um sorriso de volta. Estávamos encrencados, mas juntos. 

— Entendo que não confie cegamente, entretando, tente pensar mais um pouco antes de pedir um prazo. Facilitaria e agilizaria ainda mais as coisas, senhor Minato — era a voz de papai, parecendo urgente. — Estaremos aguardando sua resposta. 

— Exatamente. Antes de lhe oferecer um prazo de apenas 15 dias, esperarei sua resposta até o fim dessa semana. A partir disso, o prazo para que o senhor possa avaliar tudo à fundo estará valendo. Claro, embora eu considere isso uma perda de tempo, tendo em vista que se o contrato for fechado agora mesmo, poderá avaliar com seus próprios olhos tudo o que quiser.  — Toneri falava calmamente. Sua presença me fazia estremecer de uma forma nada agradável. Pare com isso, Hinata. Ele te ofereceu condições que nunca foram oferecidas antes. Talvez seja uma boa pessoa... chega de cismar com ele. Nem todos são como Sasori! 

Enquanto eu travava uma batalha interna comigo mesma, os três homens continuavam a discutir entre si sobre o fato de que Minato não tinha certeza absoluta sobre a veracidade e lealdade, assim como benefícios, da empresa de Toneri. Ao meu ver, o Otsutsuki havia ficado ofendido com isso, e meu pai parecia estranhamente nervoso para que Minato aceitasse logo tal parceria. Será que eu realmente fiz uma boa escolha? 

— Oh, eu já li esta coleção — Toneri pronunciou, totalmente fora do contexto em que antes estavam discutindo. Meu coração voltou a bater rapidamente ao ouvir passos aproximando-se, e espremi-me ainda mais contra o chão. — Gosto muito de estudar sobre esse tema em meu tempo livre. Acho que serve de...

Congelada, encarei os olhos azuis claros que acabaram de me encontrar, assim que minha cabeça virou levemente para cima, já que eu mal conseguia respirar de rosto no chão. 

Uma gota de suor escorreu de minha testa. Toneri havia me visto. 

— Serve de base para novos termos em variados tipos de documentos. O senhor já chegou a lê-los, Hiashi? — voltou a falar, sorrindo misteriosamente em minha direção. Por sorte, não havia notado Naruto. No entanto, o loiro havia notado o homem à minha frente, que sorria por tempo demais em minha direção. Pude ver pelo canto dos olhos o Uzumaki fechar a expressão, mas não ousei olhá-lo e acabar entregando uma segunda pessoa escondida. Talvez Toneri nos entregasse caso visse que Naruto também estava ali, talvez ele levasse para um lado ruim. 

Felizmente, o Otsutsuki voltou ao seu lugar, não falando nada a respeito. 

— Não tenho tempo para tais leituras — meu pai respondeu. 

— Aposto que sua filha gosta de ler. A mais velha, a quem me refiro. 

— Hinata é dedicada. Sempre foi. Tenho tentado prepará-la desde cedo, no entanto, não entendo certas atitudes dela. Mas isso não vem ao caso... 

— Por favor, conte-me... conte-nos — consertou-se rapidamente — mais sobre sua filha mais velha. Tenho informações boas sobre ela, admiro muito a senhorita Hinata. Fiquei encantado ao estar em sua presença mais cedo, além de me sentir honrado e agraciado por ter a oportunidade de tê-la por tão perto. Mal posso esperar para aprender mais com ela, no início de seu estágio em minha empresa. 

Abri a boca e fechei, engolindo em seco. Naruto me olhava intrigado, com várias perguntas silenciosas. No entanto, aquele cara e suas palavras perseguiam meus pensamentos. Talvez eu tenha feito uma má escolha. 

— Desculpem-me a intromissão, mas... o senhor demonstra muito interesse em Hinata Hyuuga. — Minato observou, sua voz saindo um tanto desconfiada. 

— Oh, claro — Toneri deu uma risada baixa — Não é nada demais. A família Hyuuga me fascina, pois admiro muito o trabalho dos Hyuuga. Não há nada demais em admirar algo ou alguém, certo? 

— E quanto ao estágio de Hinata, tendo em conta que a menina ainda é uma menor de idade, ela precisa de supervisão, certo? — Minato continuou a questionar, a desconfiança cada vez mais evidente em sua entonação de voz.

— Eu pessoalmente supervisionarei — o Otsutsuki respondeu, orgulhoso. 

— Hiashi, está de acordo? Ao meu ver, Hinata precisa ser supervisionada por alguém de confiança. Além de ser inexperiente, não podemos esquecer que o mundo não é brincadeira. Sei bem que sua filha não é fraca, mas não podemos fechar os olhos para a maldade alheia. Não é recomendado deixar uma menor de idade à solta em uma empresa totalmente desconhecida, sem ninguém por perto. Não quero ofendê-lo, senhor Otsutsuki, espero que entenda. 

— Oras, isso não será necessário... — voltou a falar, mas papai interrompeu-o.

— Bem observado, Minato. Aprecio muito sua preocupação para com minha filha, estou grato por isso. E quanto a isso, pode ficar tranquilo, pois mandarei meu sobrinho ficar de olho e dar suporte a ela. Bom, temo que nosso tempo por aqui já tenha dado, certo? Não me pareceu muito produtiva essa breve reunião, então peço perdão pelo tempo. 

— Não foi nenhuma perda de tempo. Fiquei feliz com algumas informações... — Toneri falou, e um frio em minha barriga instalou-se instantâneamente. 

Alguns momentos depois, ouvimos a porta abrir-se e os homens pareceram sair do escritório, finalmente. Naruto não tardou a empurrar o armário, saindo de trás do esconderijo e ajudando-me a levantar em seguida. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, saímos apressadamente do local de mãos dadas, não sem antes verificar se a barra estava limpa. Ouvi a voz de Kushina, provavelmente oferecendo um lanche aos homens, e voltei ao quarto onde (felizmente) Hanabi e Konohamaru permaneciam. No entanto, perceberam que antes não estávamos mais lá. 

— Olha só, os pombinhos finalmente voltaram do perdido que tentaram nos dar? — questionou, sapeca, enquanto balançava um pirulito à minha frente.

— Hanabi, papai está aqui — falei nervosamente, despertando a expressão chocada e confusa de minha irmã — Não saiam daqui, ok? Preciso descobrir se papai vai pra casa, porque se ele for...

— Estamos encrencadas — completou. 

— Você não conseguiu convencer seu pai? — Naruto perguntou, confuso. Tristemente, balancei a cabeça. — Vou falar com meu pai! 

— N-Não, Naru...

— Sim, fala! — Hanabi me interrompeu.

— Ei, vocês já se aventuraram demais — Konohamaru exclamou — Eu e Hanabi também queremos nos divertir. Vem, Hanabi, vamos espionar seu pai e descobrir por eles. 

— Boa ideia, Honorável! — exclamou, animada. Franzi a testa diante seus diálogos. Quanto tempo fiquei fora? 

Não tive tempo o suficiente para esclarecer minhas dúvidas, pois os dois não tardaram em sair de fininho do quarto dos doces. Com uma exclamação de surpresa, me vi sendo arrastada por Naruto também, mas não o interrompi. 

— Vem, vamos para o meu quarto — falou, simplesmente. Estávamos na metade do caminho quando ele resolveu revelar para onde íamos, e eu demorei alguns instantes para processar a nova informação.

— S-S-S-Seu q-q-quarto? — senti o rubor vindo com tudo em minhas bochechas. Rápido demais! 

— Sim, aqui vamos ter mais privacidade, né? — respondeu, não parecendo perceber minhas reações. Será que eu que sou uma pervertida?!, pensei ao vê-lo fechar a porta atrás de si, puxando-me gentilmente pela mão até sua cama. O quarto estava totalmente arrumado, mas minha mente não estava processando bem o que estava se passando ao redor. No entanto, ao contrário do que eu julguei que aconteceria, Naruto apenas iniciou uma conversa, totalmente intrigado — Quem é aquele cara? Como assim ele estava hoje com você? Por isso você sumiu? Você não estava com Neji? 

— C-Calma Naru — sorri nervosamente — Fiz muitas coisas hoje. Mas sim, estive às escondidas na empresa Otsutsuki... — e com isso, comecei a esclarecer o motivo de ter ido às escondidas, dando ênfase na parte em que Neji estava comigo, o que tranquilizou um pouquinho só o loiro ao meu lado da cama. Ao fim de minha história, o Uzumaki parecia ainda mais intrigado. 

— E você realmente acha que isso é uma boa? Por Deus, Hina! Esse cara é perigoso. 

— M-Mas como você tem certeza? 

— Ele é louco! Estava perguntando demais por você, sorriu daquele jeito pra você, te olhou daquele jeito... e claro, parece que te tratou como a princesa dele! Hina, você não pode ficar perto dele, eu tenho certeza que isso não é nada bom-ttebayo! 

— Naru, calma — falei apressadamente, segurando seu rosto com minhas mãos, fazendo com que o loiro me olhasse — Eu sei me defender caso algo aconteça. E tem o Neji! Você ouviu meu pai. Para ser sincera, eu posso  sim ter errado em aceitar, mas... essa não é a minha maior preocupação no momento. Ou esqueceu que não convenci papai? 

— Mas essa é a minha maior preocupação — rebateu, frustrado. No próximo instante, suas mãos estavam em meu rosto também — Tenho certeza que meu pai vai ajudar. Até minha mãe. Até eu falo com ele de novo! Mas e quanto a esse cara? Hime, eu me preocupo com você. 

— Não precisa, Naru — falei, tentando me recompor. Estava desarmada depois de suas palavras. 

Fechei os olhos ao constatar mais uma vez que Naruto tinha adotado uma nova mania: observar e traçar cada detalhe de meu rosto cuidadosamente antes de, enfim, me beijar. Mas como o beijo não veio, abri os olhos lentamente. 

— Naru...?

— Hime, me desculpa mesmo — começou a falar, fazendo com que uma expressão confusa surgisse em meu rosto. O loiro deixou de lado meu rosto e virou para outro ponto qualquer em seu quarto — Eu espero que não tenha te deixado triste por não ter percebido rápido que gostava de mim. 

— Não liga pra isso, Naru — respondi firmemente — Já passou! 

— Eu sei, hime, mas é que eu quero fazer tudo certo com você, tá legal? Eu te amo demais para sequer pensar em fazê-la sofrer, ainda mais se for por algo que eu mal percebi! 

— Você não vai me machucar, Naru — tranquilizei-o, embora eu mesma estivesse totalmente "desconfigurada" após sua declaração breve. Eu te amo demais. Um sorriso enorme cresceu sem aviso prévio em meu rosto, chamando a atenção do loiro — Eu amo você! 

— Hime, eu confio em você, ok? — voltou a falar depois de ter me dado um beijo carinhoso, o qual me fez voltar a sentir borboletas no estômago — Só não quero que sofra de novo. Promete que vai estar atenta e não vai baixar a guarda a ninguém? 

— Prometo, Naru — confirmei com um sorriso enquanto o loiro colocava uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha. 

— Que bom, não seria legal ter que bater no novo chefe da minha namor... — arregalei os olhos diante sua frase, mas o loiro hesitou, sem graça, e interrompeu-se — Acha que sua irmã conseguiu espionar seu pai? Porque Konohamaru sempre foi péssimo em jogos de esconder. 

— Não sei, quer ir ver? — questionei, sentindo um nó na garganta. Ele estava prestes a me chamar de namorada, por que se interrompeu? 

— Pensei que seria melhor aproveitar um pouco do tempo que nos resta sozinhos — respondeu, olhando para o teto e com um sorriso torto. Suspirei, um pouco frustrada pelo adjetivo não completado antes pelo loiro, mas deixei pra lá assim que Naruto voltou a me beijar gentilmente, não sem antes fazer seu ritual comum: apreciar e acariciar cada detalhe de meu rosto. Porém, antes que minha parte favorita tivesse a chance de aparecer, ele separou-se ligeiramente de mim com uma expressão confusa no rosto: — Então quer dizer que... eu fui o primeiro cara a te beijar? 

Acenei timidamente com a cabeça. Não sabia se era algo que eu deveria me envergonhar, mas não era como se eu tivesse outras oportunidades antes para me apaixonar e beijar. Na verdade, sentia-me bem por Naruto ter sido meu primeiro amor e beijo. Por isso, não me senti tentada a questionar Naruto sobre o seu passado amoroso, se ele teve ou não. Poderia acabar me magoando, e não havia motivos para desenterrar coisas que não condiziam com nossa situação atual. 

Com um sorriso brilhante, Naruto voltou a me beijar, fazendo-me soltar um longo suspiro. A constatação anterior parecia ter, de certa forma, motivado o loiro a dar tudo de si no próximo beijo, porque eu não me lembrava de ter recebido um tão intenso quanto aquele. Estava começando a ficar envergonhada demais, mas o desejo começou a falar mais alto e mal percebi que tínhamos deitado sobre sua cama, embolados em um beijo ardente. Beijo esse que durou muito mais que o esperado, e quando alguém passou a bater à porta já tínhamos rolado em cada canto da cama do Uzumaki, nunca nos desgrudando. Com certeza quando nos separássemos, eu ficaria congelada de vergonha, mas no momento eu apenas apreciei cada emoção e sensação que ele me causava a cada toque e beijo. Até os barulhos estalados de nossas bocas em contato me faziam estremecer devido à tantos sentimentos envolvidos no momento. 

— Ouço daqui o barulho de vocês se beijando — Hanabi falou abafadamente contra a porta. Naruto correu para abrir, antes que chamasse mais atenção. Entretanto, o loiro tinha uma expressão furiosa. — Ihhh, reclama não, astronauta. Já ficou tempo demais sozinho com minha irmã... — e finalmente entrando no quarto, minha irmã e Konohamaru me olharam assustados — O que vocês estavam fazendo?! Espero que tenha sido só beijos mesmo, ein astronauta? — a Hyuuga mais nova ameaçou o loiro, que engoliu em seco e sorriu sem graça, alegando que foram só alguns beijos mesmo. Sem entender o porquê de tanta confusão, entrei no banheiro de Naruto e escancarei a boca ao ver meu estado: a boca totalmente inchada, devido os intensos beijos, e o cabelo todo emaranhado e cheio. Parecia que o loiro tinha me atacado, não me beijado. 

— Estavam dando uns amassos — Konohamaru observou com um sorriso pervertido assim que saí do banheiro, um pouco mais apresentável, mas muito vermelha. 

— Depois eu implico com vocês, não temos muito tempo — Hanabi esclareceu, provando que a situação estava tensa — Papai tem mais um assunto pendente e vai pra casa, ele quer falar com você, Hina. Konohamaru serviu de distração, já que a presença dele não é suspeita por aqui porque é um vizinho, e falou pro tio Minato que precisamos da ajuda dele. Já que Joseph tá de carona pro papai...

Tio? "Tá"? Que diabos fizeram com minha irmã?

Perdida, concordei com suas palavras e logo estávamos feito ninjas às espreitas, apenas aguardando um sinal do inimigo. Escondidos num espaço apertado entre a escada e o corredor, vimos Toneri, papai e Minato passarem juntos na direção oposta. Foi a nossa deixa. 

Com nossos pertences em mãos, eu e Hanabi entramos silenciosamente no carro de Minato após uma corridinha engraçada pelo corredor até a garagem, o que garantiu boas risadas abafadas. Abaixadas nos bancos traseiros do carro do Namikaze, esperamos o dono do automóvel. Com a janela aberta para que não morrêssemos sufocadas, nos comunicamos baixinho com os meninos, que permaneciam do lado de fora e ao lado do carro, de forma que podiam ver se alguém se aproximava.

— Pronto, meninas — Minato surgiu na porta depois de uns minutos, surpreendendo-nos. O loiro ria abertamente ao notar que eu e Hanabi estávamos praticamente encolhidas no banco traseiro — Não precisava de tanto, era só não deixar Hiashi as ver, não era isso? Bom trabalho, ninjas! Prontas para a próxima missão?

— Pai, por favor... — Naruto franziu a expressão, fazendo com que suas mãos se abaixassem a cada vez mais: — Menos, bem menos. 

— Só queria me enturmar — Minato deu de ombros, entrando em seu carro. 

— Até mais, astronauta! Tchau, Honorário! — Hanabi despediu-se sorridente. 

— Tchauzinho, volta mais vezes — Konohamaru respondeu, recebendo um olhar confuso de Naruto.

— É minha casa e você está convidando por mim? — o mais novo ignorou-o, então Naruto apenas balançou a cabeça negativamente e completou, com um sorriso: — Mas você pode vir sempre que quiser, pirralha. E quanto a você... — parou para observar-me, e se aproximou da janela, puxando gentilmente meu queixo em sua direção — Podia vir todo dia! — e dizendo isso, me beijou rapidamente, atraindo assobios e palmas dos pestinhas. 

— Esse é meu filho! — Minato surpreendeu-se — Nunca pensei que veria isso... Meu filho tendo atitude! 

— Pai! — Naruto revirou os olhos ao se separar de mim. 

E com essa última cena cômica, infelizmente o lar dos Uzumaki ficara para trás, dando espaço para o caminho de volta ao lar. 

— Hinata, tem certeza que não quer que eu fale com seu pai? Tenho algumas observações a fazer com ele, sem a presença do Otsutsuki, de qualquer forma. 

— Ela quer! — Hanabi respondeu por mim — Mas não hoje, tio Minato. O dia foi cheio, creio eu que papai ficará estressado. 

— Tudo bem, pode ser outro dia — respondi baixinho, odiando não ter a cara de pau que minha irmã tinha. 

— Fica tranquila, sou um bom argumentador.. Não é à toa que me formei em direito, certo? — brincou, fazendo com que o clima que eu mesma tinha feito se instalar, sumisse. Minato era um anjo, eu tinha certeza — Espero que ele tenha juízo para manter uma relação com você, sei que é uma boa menina. Além do mais, conhecendo bem minha esposa... acho que ela já tem uma nora no coração dela. 

— Parece que coração de mãe nunca se engana, né? — minha irmã questionou, com um sorriso meio triste. Nunca saberíamos se era, de fato, verdade...

— Nem de pai. Por que as mulheres sempre desmerecem os homens?! — e mais uma vez, Minato estava quebrando um clima tenso com seu sorrisinho. 

— O senhor é diferente, fica tranquilo — respondi sua dúvida com um sorriso mínimo. Com um olhar do loiro mais velho, rapidamente me consertei: — Você é diferente. Desculpa — murmurei baixinho, recebendo em troca sua risada baixa. Era difícil imaginar aquele homem brigando com alguém. 

— Sendo assim, sinto-me lisonjeado — rebateu. — Bom, estão entregues. Já que estamos em uma operação de nível secreto, deixarei vocês aqui mesmo na esquina para evitar olhares que não queremos, certo?

— Sim, muito obrigada, Minato! — agradeci enquanto saía do carro, aguardando minha irmã tirar o cinto de segurança e também despedir-se. 

Sorrateiramente, pedimos que o porteiro não dissesse nada, agradecendo mentalmente por mantermos boas relações com todos ao nosso redor. 

— Eu adorei nosso rolê, Hina! 

— Rolê? 

— Ah, modo de falar. Não enche! 

— Já aprendeu tanto com Konohamaru... — falei baixinho ao subir as escadas, recebendo um olhar de desaprovação de minha irmã. Isso! Finalmente eu teria a minha tão sonhada vingança... Anos de implicância, finalmente teriam um resultado bom para o meu lado. — Hum... será o início de uma nova paixão por aqui? 

— Cala a boca, beijoqueira! — exclamou ao bater sua porta, fazendo-me rir. 

Entrei em meu quarto sentindo-me leve, no entanto, minha alegria cessou no momento em que virei-me e encontrei papai de braços cruzados. 

— Onde estavam, Hinata? 

 


Notas Finais


hmmm, e aí?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...