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História Por detrás das câmeras - Isulio - Fraturas


Escrita por: work_woms

Notas do Autor


Eu não tenho nem palavras pra me expressar hoje...
Mais de 300 comentários, e mais de 80 favoritos...
Isso não sou eu. São vocês.
Obrigada, e parabéns, vocês são incríveis.
Os melhores leitores do mundo.
💛.

Capítulo 24 - Fraturas


Isabela Souza p.o.v

2 semanas depois 

Era o dia da viagem. Já havíamos encerrado as gravações há um tempo, confesso que chorei quando gravamos a última cena, mas meu coração se confortou ao saber que logo logo entraríamos em turnê.

Por falar em turnê, estávamos ensaiando como loucos. Com o fim das gravações, era possível ensaiar tanto de manhã, como de tarde. Como eu e Julio ficaríamos fora por um tempo, por conta da viagem promocional, eles nos colocaram para ensaiar de noite, para que quando voltássemos, não ficássemos para trás em comparação aos outros. 

Andre sempre se metia nos nossos ensaios. Ele se entrosou muito rápido com o pessoal da equipe, o que não me surpreende, afinal, além de muito sociável, André é uma pessoa muito legal e carismática. 

Eu havia perdoado Scott pela sua participação na "armação" que fizeram contra Julio e eu. A música que eu e Julio compomos havia sido lançada a uma semana. Os fãs haviam amado e simplesmente enlouquecido. Eles ainda não sabiam que os compositores dela havia sido eu e o Julio, se soubessem, ai que enlouqueceriam mesmo.

Por falar em Julio, nós nos afastamos um pouco. Alguém havia tirado uma foto dele entrando e saindo da minha casa, na última vez que ele foi lá. E também, tiraram foto minha entrando na sua casa de noite, e saindo de manhã, quando dormimos juntos. Isso me resultou em uma conversa séria com o meu pai e meu irmão, que quase tiveram um infarto, e em uma bronca de Scott. Ele disse que devíamos ter sido mais cuidadosos. 

Os fãs haviam atingido o limite de loucura e euforia. Por longos dias, eles só falavam disso. Segundo eles, eu e Julio estávamos namorando escondido. Nós estávamos quase fazendo isso mesmo, eles só não precisam saber rs. 

Então, eu e Julio nos afastamos, não no sentindo de não nos falarmos mais, mas sim, no sentido de que nunca mais tivemos um momento só nosso. Quando ficamos sozinhos, apenas conversamos e ficamos curtindo a presença um do outro, nada mais. 

Eu sinceramente gosto de estar assim com ele, desde sempre, as nossas interações sempre me deixaram feliz. Mas confesso que é um pouco frustrante não sentir mais seus braços me rodeando em um abraço, ou seus lábios fazendo carinho na minha boca em um beijo. Essa escassez de contato físico conseguiu me deixar ainda mais sujeita a sua presença.

Ele tinha razão, quanto mais afastados estivermos, mais sentiríamos saudade, o que faria com que a gente não se controlasse. Eu só espero que não façamos nenhuma burrada durante a nossa mini turnê.

Guido e André estão nesse momento em meu quarto, me ajudando a arrumar a minha mala, Giulia está na sala, pegando a pizza que acabou de chegar.

— Leva isso. — disse Guido me mostrando uma jaqueta de couro preta — Você pode usar com aquela calça preta, e com aquela blusa preta, junto com aquele coturno preto.

— Ai ela vai ficar toda de preto? Vai parecer gótica. — disse André.

— Claro que não. Ela pareceria uma gótica caso ela passasse uma sombra preta ou algo do tipo. Acredite, com essas roupas, ela vai virar o conceito em pessoa.

— Hum, eu gostei. — eu concordei.

Guido jogou a jaqueta pra mim, eu a dobrei colocando na mala logo em seguida. Guido e André estavam fazendo uma bagunça no meu guarda-roupa, enquanto eu estava sentada na cama apenas analisando as propostas deles.

Olha o auge da menina.

— Opa, opa. — Giulia disse chegando — Aqui está a pizza. 

Ela colocou em cima da cama, do lado da mala, logo eu estiquei um braço para pegar um pedaço. Guido e André pegaram uma fatia de pizza e logo se voltaram para o meu guarda-roupa.

— Esse vestido é perfeito. Leva. — André jogou pra mim um vestido longo preto, que continha algumas rosas vermelhas espalhadas, ele também continha uma abertura em um dos lados, que quando vestia, dava bem nas pernas. Ele era perfeito mesmo, nunca usei por falta de ocasião.

— Ai André, — começou Guido com a boca cheia — o que aconteceu ontem? 

Ontem? O que tem ontem?

— É verdade, você nem falou. — disse Giulia.

Gente, só eu que estou perdida aqui?

— O que aconteceu ontem? — eu perguntei chamando a atenção dos três.

— Você não sabe? — Giulia perguntou retoricamente — Acho que rolou alguma coisa entre André e Agustina. 

Arregalei os olhos ao ouvir as palavras da garota. COMO ASSIM GENTE?

— COMO ASSIM? — me virei pra André — Você não me falou nada.

— É porque não aconteceu nada. — ele disse ainda mexendo nas roupas do armário.

— Tem certeza? — perguntou Guido desconfiado.

Alguma coisa está acontecendo e eu não estou sabendo.

— Alguém me explica direito o que está acontecendo? — pedi em um tom de desespero.

— Olha... — André soltou um suspiro cansando antes de continuar — Eu me dou bem com todo mundo do elenco, você sabe, e a Agustina é uma dessas pessoas. A questão é que... — ele deu uma pausa e soltou um sorriso bobo — Ela é muita bonita sabe, linda, na verdade. E nós temos essa cumplicidade um com o outro, e já tivemos esses momentos em que realmente parecia que poderia ter algo, mas eu não sei, estamos falando da Agustina, ela é tão... difícil de decifrar. 

Isso era verdade, Agustina consegue ser tão complicada quanto sua personagem, Celeste.

— E ontem, — ele continuou — a gente saiu, fomos em um show, e foi tão divertido sabe. Ela é incrível Isa. — ele disse finalmente me olhando — Ela é engraçada, descontraída, e com ela a conversa flui tão naturalmente. Eu só... tenho medo de fazer algo e ser rejeitado sabe. E se o que eu entendo por "sinal positivo" não for nem um sinal? Eu só... estou confuso.

Ele se virou e voltou a vasculhar meu guarda-roupa. 

Refleti um momento sobre as suas palavras, e reprimi os lábios com força. Olhei para a pizza, olhei para mala, olhei para Giulia que tinha um sorriso nos lábios, e então eu não aguentei.

— EU QUERO SOBRINHOS! — gritei fazendo todos olharem pra mim assustados — André. — eu disse ameaçadoramente — Eu acho bom você me dá sobrinhos, ou, eu juro que arranco seus dentes um por um. 

Guido e Giulia desviavam o olhar de mim para André, esperando por algo.

— Nem vem, eu pedi primeiro, você até agora não me deu. — ele disse colocando a mão na cintura.

— Exato. Você não queria tanto seus sobrinhos? Faça-os você mesmo. — eu disse me levantando e colocando a mão na cintura também. Vi pelo canto do olho Guido ir até Giulia e se sentar ao seu lado.

— Pode parar de graça Isabela. Inclusive, obrigada por me lembrar, eu ia mesmo ligar pro Julio pra mandar ele agilizar esse negócio, vocês estão demorando muito. — ele disse pegando o celular do bolso.

Em um ato rápido eu tomei o celular de sua mão e virei pra ele, desbloqueando a tela do celular. Obrigada apple, pelo desbloqueio facial.

— Se me der licença, vou mandar mensagem pra Agus pelo seu celular, vou chamar ela pra sair e de quebra, pra fazer alguns filhos. — eu disse e sai correndo sendo seguida por André.

— Isabela. VOLTA AQUI!— ele gritou me fazendo rir, mas eu continuei correndo pela casa.

Abri seu whatsapp e procurei pelas suas conversas o nome de Agus. Tinha grupos, tinha Rhener, tinha número desconhecido, tinha Julio, tinha eu, tinha a mãe dele, e finalmente, tinha Agustina.

Apertei em sua conversa e assim que abriu, senti meu corpo se bater com o chão, e um peso nas minhas costas. O gemido de surpresa e dor que saíram dos meus lábios foi inevitável. Meus ossos doem, e meus peitos foram totalmente esmagados, o que está me causando uma dor fora do comum.

Andre se levantou e tomou o celular da minha mão, saindo em direção ao quarto como se nada tivesse acontecido. Tentei levantar mas minha costela faltou gritar de dor, então, permaneci no chão, esparramada, esmagada, sofredora...

Lentamente, eu rolei no chão, ficando de peito pra cima. Senti meus olhos lacrimejarem, e a dor se tornar ainda mais intensa. Odeio ser fraca. Saudades da época em que eu não me doeria assim por uma simples queda.

Tentei mais uma vez me levantar, mas assim que levantei a cabeça entortando o corpo, minha barriga reclamou, me fazendo voltar pra posição anterior. De repente, me deu uma súbita vontade de rir, mas assim que soltei um frasco de risada, doeu mais. Comecei então a chorar e a rir ao mesmo tempo, sem conseguir me controlar.

Vi Guido, Giulia e André se aproximarem... graças a Deus.

— Socorro. — eu disse com a voz fraca, enquanto sentia a lágrima rolar, e a barriga doer por conta da risada que insistia em sair da minha boca.

• • •

Depois de uma longa noite de sono, mais que necessária devo acrescentar, acordei com Mary me chamando. 

— Hey Isa, tá na hora de acordar. Trouxe um creme pra você.

Lentamente levantei o tronco, me sentando na cama. Ao contrário do que eu pensava, a dor não havia passado, muito pelo o contrário, agora que o sangue esfriou, parece que piorou.

Andre quase pirou quando viu o estado em que havia me deixado. Ele e Guido quase me levaram para o hospital. Mas, Giulia disse que não era preciso, isso porque ela sabe que não sou muito fã de hospitais. 

— Ainda dói? 

— Sim. — eu disse alongando preguiçosamente os braços na intenção de "massagear" e esticar a parte atingida de meu corpo.

— Eu já informei a equipe sobre o acontecido. Eles resolveram mudar algumas coisas. — uma expressão hesitante tomou seu rosto.

— Como assim? O que eles mudaram?

— Vocês dois vão apenas para um lugar agora.

Aquilo não podia ser verdade. Não posso dizer que não fiquei frustrada. Estávamos tão animados pra conhecer novos lugares e novos fãs, mas pelo visto, não vai ser possível. E por minha culpa. Droga, droga, droga. 

— Para onde vamos? 

— Vocês irão para a Espanha.

Arregalei os olhos em surpresa. Julio devia estar muito animado. A série havia sido recentemente lançada na Espanha, isso seria ótimo para promover a série por lá.

— Isso vai ser incrível. — eu admiti soltando um sorrisinho sincero. Por mais que a minha vontade fosse de viajar para mais lugares, sei que a nossa estadia na Espanha será ótima.

— Eu vou está acompanhando vocês na viagem, pra poder cuidar de você e da sua lesão. Agora vem, levanta com cuidado que eu vou te ajudar a se arrumar.

Com a ajuda de Mary, eu me levantei e fiz minhas atividades matinais, tomando banho e me arrumando. A dor aliviou um pouco depois do banho e da massagem que Mary fez. Mas eu não podia fazer movimentos bruscos, pois isso acionaria a volta total da dor.

Fomos em direção ao aeroporto e no caminho, conversei com os fãs, eles estavam muito eufóricos e animados pela nossa viagem, mesmo que agora só fôssemos para um único lugar. Ao contrário do eu pensava, nossos fãs vão muito além da América Latina. Tínhamos fãs no mundo todo. Expliquei para eles o que havia me acontecido e faltei chorar com o apoio e preocupação que eles me deram.

Assim que entramos no aeroporto, encontramos com a equipe e fomos logo fazer o Chek-in. Depois, fomos atrás de um lugar para comer e esperar até a hora do voo. Estava andando um pouco atrás da equipe e de Mary enquanto falava com a minha irmã por mensagem, quando ouvi a voz de Julio.

— Isa. — ele me chamou e eu virei pra ele — Você está bem?

Eu concordei com a cabeça e ele se aproximou de mim, me abraçando. Ele passou um dos braços pelos meus ombros, e o outro pela minha cintura. Ele não me apertou, e eu sabia que ele não o tinha feito para não me machucar.

Fiquei um pouco surpresa, já que nas últimas semanas estávamos evitando esse tipo de contato. Mesmo assim, me aconcheguei em seus braços, sentindo meu coração acelerar as batidas, ao mesmo tempo em que elas se tornavam fortes. Como eu senti falta disso.

— Eu fiquei preocupado com você. — ele sussurrou no meu ouvido antes de me soltar. 

— Está tudo bem, quer dizer, eu ainda sinto dores, mas só se eu mexer muito, ou fizer algum esforço. — eu dei de ombros afim de acalmar as reações do meu corpo causadas pelo simples abraço.

— A gente devia cancelar, você não está bem. — ele disse com o olhar preocupado.

— Ei, tá brincando comigo? — eu dei um leve soco em seu ombro — Estamos indo para Espanha, você devia estar super animado, e outra, eu já disse que estou bem, logo logo eu estarei recuperada, você vai ver.

— Tudo bem. — ele soltou um suspiro — Eu confio em você.

— Ótimo... Porque estamos indo pra Espanha. — fiz uma dancinha desengonçada causando uma pequena gargalhada dele — Espanhaaa. — cantarolei o nome do país enquanto continuava a dançar. Julio ria de mim, mas de repente seu sorriso sumiu.

— Para de se mexer, vai causar mais dor. Anda, vem. Vamos sentar. — ele disse puxando suas malas.

Revirei os olhos pela sua chatice ao mesmo tempo em que abri um sorriso no rosto pela sua preocupação.


Notas Finais


Okay? Okay.

BOM, pra começar, quero dizer que @jhonatanLopes e @CamiBrazeiro, deram a brilhante ideia de criarmos um grupo da Fic, o que vocês acham? Eu particularmente amei a ideia, e preciso saber quem gostaria de participar.

Agora, quero falar sobre o Lucas... Por que vocês odeiam tanto o coitado? rs.
Brincadeiras à parte, ele logo mais irá aparecer.

Comentem o que vocês acharam do capítulo e dos acontecimentos.
Eu só quero um Andre e um Guido pra escolherem as minhas roupas.
E a Isa, tadinha. Se tacou no chão coitada.
E o Julio preocupado? É pedir muito?

Quero agradecer vocês por tudo. As coisas não são fáceis pra mim, mas vocês têm me incentivado de uma maneira tão grande e bonita, que minha nossa, eu já pensei em desistir algumas vezes, mas vocês me dão forças pra continuar. MUITO OBRIGADA.
💛.


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