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História Por Favor, Vire Esta Página - A estrela de Pam e o professor embriagado


Escrita por: Kanjuella

Notas do Autor


Olá pessoal, desculpem a demora, começaram minhas férias apenas na segunda e não foram bem "férias", acho que como todas as mães a minha também tem me feito de escravinha, bom então aí está, um capítulo direto do forno, nem revisei direito porque não tive tempo, qualquer erro peço pra vocês me avisarem que eu arrumo, ok?

Capítulo 2 - A estrela de Pam e o professor embriagado


Quando minha irmã viajava para a cidade do namorado dela, ela deixava sua filha comigo, a pequena Pâmela, minha sobrinha, ela sempre trazia um monte de bichos de pelúcias e histórias infantis.

— Titio Gabs, titio Gabs, quero ir no parquinho, no parquinho! — Gritava Pam correndo pela casa.

— Agora não Pam, estou trabalhando.

— Mas titio Gabs, você prometeu! Minha mamãe disse que promessa é dívida!

— Ok Pam, já estou indo!

Pam correu para a porta e Baleia foi atrás, enquanto Pam rodava em círculos Baleia balançava o rabo.

— Titio Gabs a Baeia pode ir junto?

— Mas é claro, pega a correntinha dela na cozinha.

Pam correu para cozinha tropeçando no chão, de repente a cena mudou e Pam estava no meio da rua.

— Titio Gabs?

— Não! — Acordei gritando quase sem fôlego, faz quase um ano que minha irmã e minha sobrinha sofreram um acidente de carro e acabaram morrendo e desde então nunca mais consegui dormir direito.

— Droga!

Levantei-me da cama e fui ao banheiro lavar meu rosto, percebo que estou com a aparência péssima, privilégio de sonhar com Pam e Marlene denovo, depois disso fui ao meu escritório, é sábado então não tem aula, porém tenho muito o que planejar para a semana que vem, a primeira semana de aula não foi umas das melhores, como o previsto Valera era o típico "palhaço da sala" perde tudo, menos a piada, senhorita Santoro interrompia a aula a cada 2 segundos para fazer perguntas sem cabimento "Por que o céu é azul e não rosa? Por acaso o mundo é machista? Quem disse que o azul é homem e rosa é mulher?" e por aí vai... Agora Delari, a própria constelação da classe não parecia nada interessada em rir das piadas de Valera ou rir da cara da Santoro, como os outros faziam, ela apenas ficava em sua cadeira, em seu mundo, rabiscando coisas em seu caderno.

Quando enfim abri o notebook meu telefone começara a tocar, era minha mãe, hoje era o aniversário de meu irmão André, porém não estava muito afim de ver a família, já que os acontecimentos estão ainda tão recentes.

— Oi mãe. — Atendo o telefone.

— Gabriel? Estou ligando para saber se você pode me levar no André hoje. — Sua voz suave me trazia lembranças da minha infância.

— Mãe sinceramente, não estou afim de ir.

— Ora Gabriel, por quanto tempo pretende se lamentar sobre isso? Você não teve nada a ver com o acidente deles, você pode ter perdido uma irmã e uma sobrinho, mas eu perdi uma filha e uma neta, e enterrar duas gerações depois de você é muito traumatizante, mas estou me lamentando por isso? Não! São coisas que acontecem na vida Gabriel, a morte é inevitável.

— Será que dá pra senhora não me dar sermão pelo menos por hoje!

Como eu disse... Lembranças... Mas não disse que eram agradáveis.

— Não grite com a sua mãe.

— Não estou gritando, é só que... Nada, deixa, a que horas devo passar aí?

— Bom menino, estarei pronta ás sete.

— Ok, então tchau.

Desliguei o telefone e respirei fundo.

"Droga", pensei batendo a mão na mesa.

Realmente não estava afim de ir na festa do André, mas sei que não conseguirei escapar de minha mãe, realmente, será que Bruna não poderia levá-la na festa? Ela sempre aparece nas celebrações de família, para ela as celebrações familiares são sagradas. Não estou afim de ouvir as piadinhas sem graça de tio Tonho e não quero as Tias Bernadete, Heloísa e Fátima em cima de mim perguntando quando vou arranjar uma esposa, além de minha mãe é claro.

André já tem sua noiva, Bruna tem até seus filhos e Marlene tinha Pam... E nós tínhamos Marlene e Pam.

Ainda me lembro de Pam irrompendo pela porta da sala gritando: "Titio Gabs, titio Gabs". Só ela me chamava assim, os outros sempre me chamavam de Tio Biel, mas Pam era diferente, Pam era especial, Pam era como se fosse minha própria filha.

Olhei para o relógio e eram quase cinco e meia, decidi ir tomar banho, porque caso eu me atrasasse minha mãe não iria gostar, peguei minha camisa social azul que Bruna me dera de aniversário e vesti a melhor jeans que eu tinha, perto das seis e quarenta sai de casa para buscar minha mãe.
— Está um minuto atrasado. — Resmungou minha mãe.
— Aí mãe, um a mais, um a menos, não faz diferença e ainda te…
— Não quero saber de suas desculpas Gabriel, pise fundo!
Como sempre, seguindo ordens da minha mãe… Assim que cheguei na chácara de André e estacionei o carro avistei uma pessoa indesejável… Mônica.
— Mãe, o que a minha ex-namorada está fazendo aqui? — Perguntei incrédulo ao projeto de gente a qual chamava de mãe.
— Ela é prima da noiva do André, vamos ande logo, vamos entrar!
Assim que saí do carro vi Mônica vindo em minha direção, tentei forçar um sorriso, mas não sou muito bom com essas coisas.
— Pensei que não viria à festa Gabriel. — Falou Mônica tentando me seduzir.
— Bom te ver também Mônica.
— Ah, sério Gabriel, preciso te contar uma coisa e agora! — Mônica berrou e todos começaram a olhar para nós, pude ver Alicia e Luna, suas melhores amigas, a incentivando por trás. — Gabriel... É que… Eu… Estou grávida!
— O quê!? — Gritei.
André começou a se aproximar da gente junto com Lúcia, sua noiva.
— Faz 3 meses que a gente se separou Mônica!
— E eu estou grávida de 5!
— Você estava grávida de 2 meses e não me disse?
— É que… Eu não sabia ainda… Não tive sintomas.
“Ah… Eu.. Vou… Ser… Pai… A… Mônica… Vai… Ser… A… Mãe.”
— Não consigo respirar. — Digo sem fôlego.
— Gabriel! —Ouço Mônica com seu gritinho agudo.
E então eu estava na sala de aula de novo, todos os alunos apontavam os dedos e riam de mim e na lousa estava escrito “Pior pai do ano”, em mim estava presa aquela bolsa de bebês e Valera tocava papéis com cuspe em mim, exceto Delari não ria, Delari não apontava, Delari não fazia nada, apenas lia e quando olhei para ela era como se eu fosse transportado para outro mundo e nada mais importava.
— Gabriel? — Ouvia uma voz ao fundo.
—Gabriel!? — A voz era parecida com a do meu irmão.
— Huhn? — Eu me senti muito tonto e com muita dor de cabeça. — O… que… aconteceu? — Falei entre soluços.
— Você bebeu demais e caiu na piscina. — Respondeu Lúcia.
— Espera não vou ser papai? — Falei com voz de bêbado.
— De onde você tirou essa idéia?
Comecei a rir do nada e então de repente minha mãe parou diante de mim e parei de rir.
— Òtimo… Chegou a bruxa! — Comecei a aplaudir involuntariamente. — Tragam a fogueira por favor!
—Que palhaçada é essa Gabriel!? —Perguntou minha mãe indignada.
— Ah cala-se bruxa malvada do oeste!
Meu irmão me deu um tapa.
— Chega Gabriel! —Disse me balançando. — Bruna leve-o lá fora para tomar um ar.
— Não precisa, eu vou sozinho! — Gritei e comecei a andar até a saída cambaleando.
Lá fora sentei-me caindo na raiz de uma árvore.
— Aí minha bunda! — Eu ri.
— Senhor Malestra?


Notas Finais


Tomara que tenham gostado, até a próxima \o/
(Ainda nessa semana vai ter a estréia de uma nova fanfic e de uma oneshoot)


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