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História Por que és assim? (Imagine Kenma Kozume) - Capítulo Único


Escrita por: Aramika e ImaginesLand

Notas do Autor


Oi, oi pessoal, como estão? Estou de volta com mais um imagine! Desta vez, com o terceiro tema sugerido no mês! Antes de começarmos, gostaria de agradecer às queridíssimas @fuyufuyu pela betagem incrível; e a @NanaNamikaze pela lindíssima capa! Deem amor a elas porque merecem!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Você está lá, sentada no banco de uma praça onde haviam várias árvores, passarinhos cantando e algumas flores plantadas perto dos bancos. O sol estava emitindo um calor gostoso, fazendo com que a tarde não ficasse tão abafada.

Haviam pessoas caminhando, crianças correndo e cachorrinhos brincando com seus donos, porém você não conseguia enxergar nada disso. Tudo parecia cinza, sem graça, sem cor. Para você, aquele dia estava sendo horrível, por conta de alguns sentimentos que a perturbavam.

Em meio ao seu devaneio, você percebeu a sombra de alguém parando a sua frente. Logo, uma voz conhecida ecoava em seus ouvidos, tirando-lhe de seu transe. Só aí você percebeu que estava chorando também.

— Oi. —  O garoto a sua frente chamou-lhe a atenção, fazendo você erguer a cabeça para encará-lo.

— Oi Kenma… — Você respondeu sem vontade alguma, com a voz trêmula e o nariz entupido.

— Posso me sentar?

— Claro, por que não?

Após sentar-se, Kenma pegou seu Nintendo Switch e começou a jogar. Estava jogando algum game casual, que não precisava de muita atenção. Você então abaixou sua cabeça de novo e colocou suas mãos sobre o rosto, voltando a chorar. Seu peito estava doendo de tristeza, precisava falar sobre isso com alguém, mas sabia que Kenma não prestaria atenção. Foi aí que você resolveu desabafar com o vento, mesmo o garoto estando ao seu lado.

— Sabe… Me sinto uma péssima irmã e uma péssima filha. Eu deveria ter arrumado dinheiro para visitar minha irmã, para ajudar na preparação da festinha de revelação da criança, mas eu não fiz isso. Eu sou uma idiota que se afasta de tudo e todos. — Você falou enquanto soluçava de tanto chorar. Kenma continuava a jogar, parecendo não prestar atenção no que você dizia. — Eu acho que se eu tivesse ido, teríamos nos aproximado um pouco mais, sabe? Por que a culpa desse afastamento todo é minha. Eu resolvi ficar por aqui, eu resolvi que não iria mais ligar para os problemas delas, eu resolvi me afastar para não me envolver… Por que eu faço isso?

Enquanto você desabafava, Kenma continuou ao seu lado, mas parecia distante. Sua concentração no jogo era evidente, o que fez você se calar e continuar a chorar baixinho, resmungando coisas como: “você não me ouviu”, “eu já deveria saber”, “você só dá atenção a esse jogo idiota”.

O garoto ao ouvir isso, abaixou seu Switch e encarou-a por um tempo. Seu semblante era sério, beirando ao indiferente. Seus cabelos, agora majoritariamente pretos, voavam com a brisa que batia levemente sobre o mesmo, deixando-o mais atraente do que você imaginava. Seus lábios logo se partiram e lhe dirigiram as palavras mais dolorosas que já ouviu.

— Eu odeio esse seu lado. —  Após dizê-lo, continuou a lhe fitar, como se as palavras proferidas não a tivessem machucado.

— O quê? Em primeiro lugar, por que está aqui Kozume Kenma? Não tem sua empresa para cuidar? Não tem seus vídeos para editar?

— Eu tenho, mas eles podem esperar.

— Você veio aqui para me deixar pior?

— Não, eu vim aqui para passar o tempo e encontrei você.

— Ah claro, com certeza! O que você quer Kozume?

— Primeiramente: por que você é assim?

— Como?

— Porque você é assim? Se esse lance de não ter visitado sua irmã e mãe antes lhe machuca, por que só não ir lá agora?

— Por que… É bem mais complicado do que parece.

— Não, não é. Pelo que você acabou de falar, o distanciamento aconteceu por sua culpa. Por que não tenta se reaproximar? Com certeza elas vão entender e vão fazer o possível para essa reaproximação acontecer.

— Kenma… — Você ficou surpresa. Nunca passou pela sua cabeça que ele estaria prestando atenção em suas palavras.

— Segundo: você não é idiota. Se fosse, acha mesmo que teria conseguido entrar na faculdade que tanto queria? De idiota você não tem nada.

— V-você estava prestando atenção no que eu falei?

— Terceiro. —  Kenma ignorou sua pergunta para continuar seu sermão, aquilo duraria horas pelo visto. — Você não se afasta dos outros. Muito pelo contrário, sempre ‘tá atraindo os outros para perto de você, como se fosse um imã. Se não fosse por isso, acha mesmo que eu estaria aqui?

— Mas você disse que veio aqui passar o tempo.

— Quarto: precisa parar de pensar que não estou prestando a atenção em você. Eu ouvi tudo o que disse, toda sua tristeza, toda sua dor.

— Sinceramente… Por essa eu não esperava. — Você estava em choque. Nunca havia visto Kenma falar mais que cinco palavras em uma frase, então isso te surpreendeu.

— Você quer mudar essa situação?

— Eu não sei se estou pronta…

— Ficar indecisa não é do seu feitio.

— Eu sei, mas isso é complicado.

— Não, não é. Você pode visitar sua família e reverter tudo isso.

— Eu odeio essa sua praticidade...

— Não é praticidade, são fatos e lógica; se você visitar sua família e conversar com elas, logo tudo estará resolvido.

— Tem razão. Mesmo assim, eu ainda odeio essa sua praticidade.

— E eu odeio essa sua mania de se autodestruir.

— Então estamos quites?

— Mas… Eu amo esse jeito determinado que você tem.

Você ficou assustada por um momento. Não era do feitio de Kenma dizer essas coisas aos outros, ainda mais com um monte de gente em volta, embora estivessem todos ocupados. Você sentiu suas bochechas esquentarem e, por impulso, colocou as mãos sobre elas para tentar escondê-las.

    Kenma viu isso e com uma risadinha, afastou suas mãos de seu rosto, sorrindo enquanto admirava sua timidez. Você não sabia, mas ele sempre gostou de você, desde a época de escola. Porém, nunca teve a coragem necessária para lhe dizer isso, pois se sentia inseguro demais.

— K-Kenma...Obrigada por ter me animado. Eu agradeço muito. — Você falou com a voz quase falha por conta da aproximação do maior.

— Eu sempre estarei aqui para te animar, mesmo que eu não seja muito bom nisso.

— Você tem razão, não é nada bom em animar os outros. — Você concluiu enquanto sorria.

— Mas você também não é muito boa em acreditar em si mesma.

— Ok, você tem um ponto. Seu jeito de me animar é meio esquisito, mas eu gosto dele.

— Posso dizer que te amodeio então?

— Posso dizer o mesmo?

Agora quem ficou surpreso foi Kenma. Não esperava essa reviravolta na conversa e muito menos que você sentira o mesmo por ele. Aquilo o fez arregalar um pouco os olhos de surpresa, tirando um sorriso tímido de você. O fato é que você também sempre gostou dele, mas nunca teve coragem de invadir seu espaço e lhe dizer seus sentimentos. Não gostava da ideia dele te odiar por forçar uma interação indesejada.

— Eu acho que pode… Só se não estiver mentindo.

— Não estou mentindo bobo, eu realmente amo você.

— Esse jogo virou de uma forma inesperada.

— Concordo com você.

— Ok, vá para sua casa arrumar uma mala.

— Por que? Vai querer que eu more junto com você? — Você brincou cruzando os braços.

— Por enquanto ainda não. Vamos visitar sua família.

Mais uma vez você foi pega de surpresa. Kenma era um homem bem imprevisível quando queria, e isso foi um dos motivos que a fez se apaixonar por ele. Por impulso, você o abraçou forte, enquanto derramava algumas lágrimas. Não sabia como agradecer o jovem por estar te ajudando tanto. Após se afastar um pouco, deu-lhe um selinho nos lábios, sorrindo logo em seguida.

— Vou pra casa arrumar as coisas então… Muito obrigada Kenma!

— D-de nada. Vá lá e depois passe em minha casa. Vamos partir de lá.

— Ok, ok!

Após se despedir, você saiu com pressa da praça, que parecia bem mais colorida agora. Kenma a observou se distanciar e sorriu enquanto via sua alegria sair por seus poros. Não podia esquecer de ligar para Hinata, que viu a cena em que você se encontrava e ligou para ele, dizendo para encontrá-la na praça. Precisava agradecer seu amigo de alguma maneira, que pensaria depois de resolver o problema que você estava enfrentando.



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