O vazio que assombra minha existência agora esquenta meu pulmão com a falta de oxigênio.
Minha memória já não funciona mais. Cada palavra antes proferida, cada pensamento um dia pensado agora está esquecido em um canto escuro de minha mente.
Às vezes, sinto como se eu fosse apenas uma estante esquecida no canto da sala. Sabe, aquela estante velha e empoeirada que de tão usada já não aguenta suportar o próprio peso e das coisas que nela residem?
Quero ser lembrada por coisas simples; palavras, canções, o som do oceano durante uma tempestade ou até mesmo o barulho de um lápis. Por que é isso que sou, uma pessoa simples e turbulenta.
Nunca aprendi a amar, as vezes me pergunto se o amor realmente existe. Mas, eu realmente não sei o que é amor ou nunca me mostraram como é amar?
Não sei quando comecei a achar meus sentimentos fúteis, nem quando comecei a chorar por não conseguir me entender. Acho que, tentando fugir do problema, acabei fugindo de mim mesma.
Não me reconheço mais, não sou a mesma de dois anos atrás, nem mesmo de dois dias atrás. Vivo em constante mudança, escondendo minhas verdadeiras vontades e sonhos sob o tapete ao ponto de não encontrá-los mais.
Acho que ninguém nunca me conheceu verdadeiramente, pois nem eu me conheço verdadeiramente. Não sei qual meu filme favorito, qual meu doce preferido, qual a música que mais gosto ou o som que me acalma quando sinto que estou a desabar.
Sou uma pessoa fútil com gostos e pensamentos fúteis. Nada é realmente sério, apenas uma ironia vaga e boba criada pela minha própria mente idiota.
Acho que me perdi tentando me entender.
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