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História Por Trás Da Folha - Etapas.


Escrita por: laykiri

Notas do Autor


OLHA QUEM VOLTOOOOU!
Pessoal, muito obrigado pelas mensagens interessadas na fanfic. Fico muito feliz de saber que ela agradou/agrada e diverte vocês, pretendo continuar escrevendo ela e peço desculpas pelo sumiço.
Bem, agora é hora de matar as saudades.
Boa leitura amores szszsz

Capítulo 10 - Etapas.


Fanfic / Fanfiction Por Trás Da Folha - Etapas.

— Para que essa produção toda?

Kankuro dizia em alto tom ao se aproximar dos aposentos de Gaara, fazendo o ruivo o olhar de forma fria e talvez até um pouco irritada. Um suspiro se fez presente por parte do menor e agora ele estava atravessando a porta do cômodo, deixando o irmão ali, sem qualquer resposta.

Para Kankuro, aquilo já era comum e pensou que Gaara estava apenas sendo ele mesmo, no entanto, o pequeno imaginava que não conseguiria inventar uma desculpa para aquilo: Ao invés de suas vestes habituais de shinobi, o garoto estava vestido com um manto leve, aparentando ter sido costurado justamente para viagens. O que incomodava o irmão de Gaara não era sua repentina vontade de mudar de look, mas sim o fato de ser especialmente naquela data; Quando a equipe de Kakashi viria para ajudá-los em uma missão.

Na verdade, ele até entendia. Mas gostaria mesmo que Gaara se abrisse e falasse sobre o que sentia. Não que Kankuro fosse o irmão mais amável do mundo, mas de algum jeito até que gostava de ver o caçula assim; todo apaixonado.

Depois de um tempo, Gaara e seus demais parceiros foram à entrada da aldeia, não demorou para que logo vissem ligeiramente longe dali, de dentro da aldeia, uma carruagem de madeira vermelha se aproximando cada vez mais. Era o tal objeto que eles teriam de transportar para o País da Água, que eles sequer faziam ideia do que era, uma vez que o contratante exigiu sigilo. Em sumo, sua missão estava dentro de um meio de transporte sem qualquer tipo de proteção além dos ninjas. Talvez os que contrataram as equipes tinham demasiada confiança nelas, ou o objeto em questão não era de fato algo valioso; Tal pensamento estava começando a fazer uma veia pulsar na testa de Temari. Gaara e Kankuro compartilhavam deste sentimento, mas se continham com expressões frias no rosto.

Enfim a carruagem estava frente a frente com os ninjas, que a analisavam com os olhos por longos segundos. E conforme esse tempo que na verdade era curto se passava, mais os ninjas da folha se aproximavam de Suna.

— Naruto! Cala essa boca agora! — Um punho fechado ia em direção a cabeça do loiro, que acabava por ser arremessado no chão devido a força de Sakura. Mais alguns passos e eles se depararam com os três ninjas os observando de maneira surpresa, denunciando o fato de que não esperavam por uma bagunça logo no encontro deles.

— Poxa Sakura! Eu só estava confirmando, precisava me bater? — Os olhos de Naruto se tornaram pequenos ao olhar para a garota de um jeito magoado, contudo, assim que virou o rosto e teve o vislumbre de Gaara, as orbes azuladas do garoto cresceram rapidamente. Como o mal mentiroso que era, Naruto começou a suar frio, direcionou o olhar para Kakashi e Sakura e ficou ainda mais desesperado por ver que eles transpareciam uma calma sem igual. Sabia que estavam tão preocupados quanto ele de receber aquela pergunta de Gaara, mas para Naruto não era tão fácil fingir.

— Q-Quanto tempo, hein! G-Gaara! — Naruto disse ao se levantar, com um sorriso amarelo nos lábios e uma risada engasgada. Sua mão esquerda coçava teimosamente a nuca, ainda que não percebesse isso.
Uma gota de suor escorreu pela bochecha do ninja da folha quando Gaara o ignorou para começar a procurar ela com o olhar. Terminada a inspeção visual, o ruivo passou a encarar profundamente Naruto.

— Aonde está a Akemi?

Uma mão de ferro pesada se fechou no coração de Naruto ao ouvi-lo. Ele estremeceu por dentro, não por medo, mas por não saber sustentar uma mentira. Quando Naruto fraquejou no ato de abrir os lábios para falar, Sakura tomou seu lugar com maestria.

— Desculpe Gaara, a Hokage não permitiu que ela viesse conosco. Disse que uma missão em outro país era importante demais para uma ninja que havia acabado de chegar — A garota abriu um sorriso ao terminar de falar, e em sequência Kakashi ergueu as sobrancelhas, aliás, era a primeira vez que esboçava alguma reação desde que havia encontrado com a equipe da areia.

Um suspiro cansado foi emitido por Gaara, mas não parecia ser por chateação, mas por outra coisa; Algo que a equipe de Kakashi ainda não tinha conhecimento, um desdém para com a resposta de Sakura que eles não entendiam. Mas Kakashi já deduzia. Em seus pensamentos, a lembrança de Akemi chegando na aldeia com as roupas sujas de areia lhe veio à mente e graças a isso ele entendeu o por quê de Gaara estar tão incrédulo quanto a resposta de Sakura. Foi a vez de Kakashi suspirar, porém, desta vez era realmente por cansaço.

— A carruagem já está aqui. Vocês acabaram de se tornar Chunins, não é? Acho que não querem ficar com má reputação — Kakashi dizia enquanto ia em direção ao homem que estava encarregado por puxar a carruagem, mas parou de repente e olhou para a própria equipe por cima dos ombros — Ah! Não que o Naruto tenha alguma reputação — A máscara impedia de ver seus lábios abrindo um sorriso, mas só de ver aquele olhar irônico era possível adivinhar. Antes que o ninja pudesse rebater — e ele ia, com certeza — Temari interrompeu abruptamente com palavras ásperas.

— Se você se preocupa tanto com a reputação de seus ninjas, porque está faltando dois deles? — Disse a loira sem expor o fato de que sabia que as palavras de Sakura eram mentira. Foi uma frase simples, mas proferida de um jeito que fazia Sakura querer atingir Temari com algo que fosse mais pesado que seus punhos. 

Os cabelos grisalhos pareciam acompanhar a aura de Kakashi, pois hoje estavam mais opacos do que o natural, quase caindo para um tom mais escuro. Sua reação para a provocação de Temari foi tão amena, porém firme. De certo entrava em harmonia com a sua aparência atual. 

— O líder desta equipe sou eu. Se eles não estão aqui eu sei os motivos e isso já é suficiente.  — 

Temari prendeu um resmungo. Kakashi conseguia impor respeito de uma maneira tão sutil que era difícil pensar em discutir. Para cada provocação pensada, a previsão de um contra-ataque que te faria ficar sem ter o que dizer se fazia tão clara quanto uma memória real. Ele nem mesmo precisava falar mais, Temari já sabia que não ganharia em um argumento com Kakashi. E foi isso que a fez se calar. Para alguém que entendesse a força de Kakashi, aquela situação era óbvia, talvez Shikamaru entenderia, mas não Gaara e Kankuro, que foram sempre tão acostumados com as explosões de arrogância da irmã, e portanto, ficaram surpresos com a reação.

— O Senhor vai ser o encarregado de puxar a carruagem? — Kakashi perguntou ao homem que até então estava quieto, agora que estavam reparando nele, as rugas e o corpo ligeiramente corcunda o faziam aparentar ser uma pessoa de idade, e isso os causou curiosidade. Afinal, porque escolheriam ele para puxar uma carruagem por dois dias de viagem?

— Sim! — Os olhos do senhor se fecharam em duas pequenas linhas envoltas por rugas assim que ele abriu um sorriso. — Vocês podem pensar que eu não aguente esta viagem, mas não se preocupem comigo. Eu sou um veterano quando se trata de levar e trazer encomendas — A gentileza com o qual ela falava parecia amenizar o clima pesado que havia se estabelecido pouco tempo atrás.

— Meu nome é Fukuyama, conto com vocês para proteger essa carga — Naruto e Sakura sorriram para o então denominado Fukuyama, o loiro por sua vez foi correndo animado para a frente do senhor, cerrando os punhos como se fosse uma criança curiosa.

— Ei, ei! Tio Fuku! O que é que a gente tá levando? Aquela velha não quis me contar! — Ele terminou a frase com um bico emburrado nos lábios, se referindo à Hokage. Fukuyama se limitou a dar um riso pesado e alto, daqueles que se ouve ao passar em uma casa com muitas crianças, parecia um avô se divertindo com o neto.

— Tio Fuku, é? Acho que eu vou gostar de você, menino com cara de raposa! — De repente, todos ali pareceram ter sido enxurrados por um balde água fria. Sem saber, aquele senhor tinha dito algo que ninguém gostava de comentar e eles esperavam que isso fizesse Naruto se chatear. Mas ao contrário disso, o loiro gargalhou. Levou as duas mãos para trás da nuca, como se a segurasse e abriu um sorriso bobo.

— Então estamos empatados, Tio Fuku!

E como em uma montanha-russa, o ar se tornava novamente mais fluído naquele espaço. Prova disto era a risada sincera de Sakura perante a inocência do garoto. Enfim os ninjas tanto da folha quanto da areia estavam dando por encerrado seu reencontro — que não tinha sido lá um dos melhores — para dar início a sua missão. Enquanto isso, longe dali, uma outra equipe recém formada estava prestes a receber um objetivo semelhante. A diferença era que, se falhassem, sua reputação não seria a única coisa que sairia prejudicada.

 

***

 

Um tronco de árvore seco e cortado, com as raízes frágeis, servia de assento para Deidara, que por sua vez apoiava ambos os joelhos sobre a planta morta enquanto assistia ao treinamento à sua frente. Akemi em seu esplendor pulava contra as árvores que outrora serviram de cama para ela, de modo diferente se comparado com o seu primeiro treino naquele campo. Estava mais leve, mais rápida. Em seus olhos não se via mais uma fúria descontrolada, mas uma espécie de vazio indecifrável. Era seu esforço em aprimorar as habilidades, em se tornar imprevisível para o oponente refletido no próprio olhar. Foi isso — se falarmos externamente — que três dias de treino na Akatsuki lhe trouxeram.

— Ali! —  Ela finalmente se pronunciou, e agora havia se transformado em um vulto que avançava para cima de Itachi com velocidade. O Uchiha, tendo o Kekkei Genkai brilhando em seus olhos, os fechou por completo; colocou uma das mãos para fora da capa — que até então permaneciam cobertas, acompanhando o ritmo da batalha — e estendeu para a frente. Os lábios de Akemi se ergueram em um sorriso que ansiava pela vitória e desta maneira, tão confiante, ela continuou seu ataque: Seu corpo tomou forma de algo humano de novo, ao menos agora Deidara que ainda assistia conseguia enxergá-la como tal, diferente de anteriormente. Uma das mãos estava tomando conta do braço de seu oponente que havia sido esticado enquanto que com a outra ela agredia com força o rosto de Itachi. Seu ego se encheu, dentro de si uma nuvem de satisfação começava a se formar, mas foi brutamente soprada para longe quando ela viu na sua frente não mais a face afetada do homem, mas sim corvos que abriam depressa suas asas e voavam para cima dela.

— O que é... — Akemi interrompeu a própria fala, notando que as picadas que recebia das aves estava lhe trazendo dores estranhamente fortes, quase como um veneno que fora injetado na veia e espalhado por todo o corpo. Os olhos da ninja saltavam em surpresa, embora soubesse que estivesse presa no jutsu, era difícil se controlar, então um pouco antes do medo lhe tomar, a voz de Itachi surgiu na sua cabeça. Entendia que não era parte do genjutsu, mas sim de sua própria mente. Ela relembrava dos ensinamentos que tomara durante o curto período que conversaram.

Respire. Analise. Libere.

Ela fechou os olhos, os corvos ainda estavam ao seu redor mas agora Akemi não se movia; parecia em transe, porém, estava se concentrando. A respiração ia e voltava profunda e várias vezes. As mãos juntaram-se devagar uma a outra e finalmente ela falou:

— Sharingan! — Tão firme quanto sua voz, aquelas ilusões iam se dispersando como se a liberação de seu jutsu fosse uma ordem e eles não pudessem fazer outra coisa senão obedecer. A paisagem começava a voltar ao normal e agora Akemi estava encarando seu atual treinador, que em contrapartida a fitava com a mesma intensidade.

— Ainda não é o suficiente — Itachi virou-se de costas e saiu andando, dando a entender que o treino de hoje estava encerrado.

Akemi bufou em cansaço, esperando ouvir ao menos um você melhorou. Ela sentou no chão, cerrou os olhos e encostou em uma árvore que anteriormente utilizava como auxílio na batalha. Ouviu passos lentos se aproximando mas não deu importância, na verdade estava exausta e só queria descansar um pouco. Apesar disso seu rosto se mexeu em uma expressão de raiva, por reflexo, no momento em que ele começou a falar.

— Até quando vai ficar lutando como uma iniciante, hein?

Deidara se sentou do lado dela, apoiando na mesma árvore que a ninja. Esta por sua vez, suspirou fundo e abriu os olhos para fitá-lo.

— E você? Até quando vai ficar atrás de mim? — Akemi fez questão de soltar um riso irônico e Deidara, fazendo jus à personalidade que mostrou a menina desde que se conheceram, não deixou de escandalizar a frase dela, como de costume. E assim ambos adicionavam mais uma discussão dentre as muitas que já tiveram só naquele pequeno tempo que foram apresentados um ao outro. Para interromper e finalizar aquela briga sem motivo, Itachi lançou kunai no meio dos dois, que se tivesse sido atirada poucos centímetros para a esquerda, ou direita, teria acertado um deles. 

— Vocês dois vão em uma missão.

— Como é? — Eles disseram em uníssono. As sobrancelhas dos menores levantaram em surpresa, não só pela fala de Itachi mas por toda a sequência de fatos que o trouxeram para perto dos dois tão rapidamente e de maneira que nenhum havia percebido sua presença.

— Há um item sendo transportado para o País da Água. É um pergaminho importante sobre os Jinchurikis escrito por Orochimaru, vocês devem trazer para cá — Os dentes de Akemi rangeram ao serem apertados um no outro no momento em que ela escutou falar de Orochimaru — De certo haverá guarda-costas contratados para protege-lo, então... Trabalhem em equipe para derrotarem todos. 

Foi a vez de Deidara resmungar, lançando um "tsc" para canto nenhum e recebendo de volta um olhar assustador do Uchiha.

— E lembrem-se: Se falharem, nem precisam fazer questão de voltar. Eu mesmo os acharei.

E novamente ele deu as costas aos aprendizes, andando com uma simplicidade anormal para quem acabara de fazer uma ameaça. Deidara e Akemi que ainda estavam atônitos se entreolharam. Mesmo depois daquele aviso uma chama se acendia dentro deles, era um misto de ansiedade com animação por poderem enfim testar os que lhe foi ensinado. Este último era mais desejado por parte do loiro, enquanto que a Uchiha começava a pensar em que tipo de pessoa enfrentaria. De qual vila, de qual estilo. E por isso estava tão ansiosa, contudo, estaria mais ainda se soubesse a quem reencontraria nesta missão, sem saber, vai por não somente as habilidades físicas à prova, mas também as emocionais. O quanto Akemi terá aprendido, ou esquecido sobre suas relações?
 


Notas Finais


O que acharam? Eu estou com quase um ano de ferrugem, mas espero ter conseguido transmitir bem o que o próximo capítulo reserva, além de mostrar um pouquinho do que aconteceu nesses poucos dias com a Akemi.
Bem, aguardo ansiosa o comentário de vocês! Até o próximo sz


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